Believing in the Devil. escrita por Any Sciuto
Alguns anos antes...
Barbara se separou de David Rossi, levando Penelope com ela. A última gota foi a carta de uma antiga mulher da vida de Rossi dizendo que esperava um filho dele e que queria se encontrar com ele.
Foi assim que G Callen nasceu. Ele nasceu na Romênia, e Dave nunca ficou sabendo sobre a paternidade.
Talvez, fosse uma coisa boa, talvez não, mas quem sabe o que Callen poderia ter experimentado com a paternidade.
Agora...
— Então, você nunca contou a Garcia sobre serem irmãos? – Sam estava sem reação com a história de Callen. – Nem depois que ela acordou?
— Não tive coragem. – Callen confessou. – Não quando ela pareceu nem se lembrar de que eu contei essa história.
— Ela estava em coma. – Sam tentou confortar seu amigo. – Agora, você precisa contar a ela de uma vez por todas, G.
— Que bem vai fazer? – Callen ainda estava relutante. – Ela provavelmente me detesta de qualquer jeito.
— Não complique. – Sam colocou uma mão em seu amigo. – Penelope precisa saber mesmo que você não queira.
— Só espero que ela não me tire da grade. – Callen riu nervosamente. – Só faltam mais uma hora para chegar lá.
No hospital, Derek estava observando Pen dormir. Ele tinha Aurora, fazendo carinhos no cabelo de Pen e não sabia se havia visto algo tão lindo como isso.
— Mamãe, loira. – Aurora falou. – Papai, careca.
— Sim, Baby. – Derek riu. – Os cabelos da mamãe parecem os seus.
— Alguém machucou a mamãe? – Aurora perguntou.
— Nossa equipe de super-heróis vai pegar esse cara, eu te prometo minha bebezinha. – Derek sentiu sua filha o abraçar. – Agora, que tal buscarmos alguma coisa para a garotinha comer?
— Sorvete! – Aurora fez Derek rir.
— Não. Sem sorvete até depois do jantar. – Derek a viu juntar algumas lágrimas. – Vamos comer um bife, umas batatinhas fritas e um suco.
— Eu tenho que comer bom até a mamãe acordar? – Aurora sorriu. – Eu entendi pai.
Derek sorriu. Ela havia passado longos tempos com Reid enquanto ele estava em licença paternidade cuidando de julieta e ele ensinou Aurora tão bem quanto ele provavelmente estaria com a filha dele em breve.
Rossi entrou no quarto, tomando a mão de Penelope na dele e a beijando suavemente. Ela realmente parecia uma boa garota e ela era.
Ele se lembrou de quando ela encontrou um gatinho na rua e queria cuidar dele. Eles o levaram para casa, mas o felino estava muito machucado e ela chorou muito quando descobriu que o gatinho havia partido.
— Ei. – Dave falou quando viu que Penelope acordara. – Bem-vinda de volta.
— Pai? – Penelope suspirou. – Onde estou?
— Filha, eu acho que você deveria deitar. – Rossi a fez voltar para a cama. – Você foi uma das vítimas do nosso último unsub.
— Aquele que não conseguimos pegar ainda? – Penelope tentou retirar o soro. – Onde está minha filha?
— Derek vai trazer ela. – Dave enviou uma mensagem. – O que está havendo?
— Ele quer pegar meu bebê. – Penelope falou e caiu no choro.
Dave pegou o telefone e correu para Hotch do lado de fora, pedindo que JJ entrasse e acalmasse Penelope.
Derek ouviu o telefone e viu que era o número de Dave, mas antes de qualquer coisa, ele sacou a arma e atirou em um homem que tentou roubar Aurora.
A menina começou a chorar e Derek a pegou nos braços.
— Papai. – Ela começou a chorar incontrolavelmente. – Pai.
— Estou aqui. – Derek a protegeu com olhares furiosos e sua arma.
Hotch e Reid chegaram quase cinco minutos depois e viram o corpo no chão e Derek protetor com Aurora.
— Vocês dois estão bem? – Hotch pegou Aurora um pouco nos braços. – Algum machucado?
— Além daquele verme ali no chão? – Derek deu um olhar indiferente ao cadáver. – Não.
— O nome dele era Rick Shea. – Spencer pegou a carteira de identidade. – Combina com nosso suspeito.
— Derek, vá com Aurora para o hospital. – Hotch devolveu a menina. – Penelope está histérica.
— Pen acordou? – Derek pegou Aurora de volta. – Droga.
— Papai. – Aurora chamou a atenção de Derek. – Palavra feia.
Derek riu por sua filha estar lhe repreendendo. Ela realmente era uma cópia de sua mãe e dele.
— Desculpe amor. – Derek pegou a menina e entrou no carro. – Vamos para o hospital.
JJ tentou controlar Penelope, dizendo que sua filha e Derek estavam bem e vindo para o hospital, mas não estava dando certo.
Nesse mesmo momento, Callen entrou pela porta e sem nenhum segundo pensamento ele a envolveu em seus braços.
— Está tudo bem, maninha. – Callen resolveu dizer de uma vez por todas. – Estou aqui.
— Callen? – Penelope abraçou ainda mais o meio irmão. – É tão bom ver você.
— Eu tenho coisas para dizer. – Ele pegou as mãos dela nas suas. – Grace, eu sou seu meio irmão. Me desculpe se não disse antes.
— Oh, G. – Penelope o abraçou ainda mais. – Eu estou feliz por ter mais um meio irmão.
— Desculpe se eu não disse isso antes. – Callen sorriu e abraçou a irmã. – Agora, o que aconteceu com a minha sobrinha?
— Ela quase foi raptada. – Hotch entrou e se ajoelhou na frente de Penelope. – Penelope, olhe para mim.
Penelope olhou para Hotch, não sabendo se eram boas notícias.
— Derek matou o bandido. – Hotch começou a explicar. – Ele não iria deixar que levassem ela sem lutar.
— Eu já perdi tanto nesse trabalho. – Penelope começou a chorar de novo. – Não podia perder minha filha também.
— Ninguém vai permitir que Aurora ou Jack ou qualquer uma de nossas crianças sejam vítimas dos doentes. – Hotch a abraçou. – Tudo vai ficar bem, eu te prometo.
Callen se sentou, tentando entender as relações entre equipe. Era engraçado que a equipe de sua meia irmã fosse igual a sua. Uma grande e linda família, porém não explicava como Rossi traiu a mãe de Penelope.
— Senhor Rossi, posso conversar com você? – Callen resolveu tirar a história a limpo. – Tenho certeza que sabe que eu sou seu filho.
— Sim. – Rossi se sentou com o agente no jardim do hospital. – E eu vou tentar te explicar como aconteceu.
Anos atrás...
O caso foi fechado, mas não houve vitória. A filha de diplomatas americanos fora sequestrada e no final, quando chegaram no sequestrador, ambos estavam mortos.
Para David Rossi a garotinha lembrou muito de Penelope, sua filha. Elas tinham um ano e pouco, eram loiras e achavam que no mundo só existia a bondade.
Eles estavam na Romênia, mas ele não abriu mão de uma bebida. No final, ele se acomodou com o quarto copo de uísque e uma linda mulher veio até o bar.
Ele não sabia que ela era uma agente da CIA de férias. Ele era casado, mas a bebida faz as pessoas ficarem estúpidas então ele dormiu com ela e acordou com a cama vazia.
O casamento dele com Barbara acabou aos poucos depois daquele dia.
Foram dois meses até receber uma carta da mulher que ele dormiu dizendo que ela estava grávida. Ele ignorou e acabou perdendo tudo.
Agora...
— Eu não espero que você me perdoe, Grisha. – Rossi viu Callen o olhar. – Esse é o seu nome verdadeiro. Grisha Alexander Callen. Meu filho.
Callen abraçou Rossi, sabendo agora que tinha um pai e um nome completo. Ele estava grato de ter vindo aqui.
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