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Capítulo 5
4 - Ainda Não Acabou


Notas iniciais do capítulo

Quem sentiu falta de Romanogers no capítulo anterior, eis-os aqui!
Não exatamente juntos, mas tá valendo.

Esse capítulo é pequeno, apenas uma transição entre o que eles deixaram no passado para poder contextualizar com o próximo, onde já estarão todos juntos no futuro.

Esse vai em dedicação à Srta Alianova, que recomendou a história. Meu coração parou quando! Muito obrigada!

Boa leitura!



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Capítulo 4

Wakanda, 2023

Steve Rogers

 

O uniforme me encarava do outro lado do quarto, como se soubesse que eu tinha que vesti-lo e ir para a reunião. Meu corpo, esticado na cama, porém, me dizia o contrário. Nunca fui preguiçoso, mas os últimos três dias tinham sidos os mais confusos desde então.

Natasha estava me evitando. Sempre que eu tentava falar com ela, ela fugia. E, quanto mais ela fugia, mais eu pensava nela. Nunca tinha olhado para Natasha de outra maneira que não uma grande amiga. Ou talvez eu pensasse, mas apenas não quisesse admitir. Lutávamos bem juntos e ela me apoiou em tantos momentos. Mas aquele dia, no quarto dela, aquele beijo... Se recusavam a sair da minha mente, quase exigindo atenção, me deixando saber que os sentimentos estavam lá. A atração inegável que se revelou durante o beijo também não tinha ido embora, por mais que eu tentasse deixa-la ir.

O único momento que consegui ter com ela foi o momento em que fomos falar com a equipe sobre a reunião que se seguiria. Não tinha sido fácil explicar o risco que assumiríamos, e mais uma vez me responsabilizei caso algo desse errado. Eu nunca confiei totalmente na Shield, Natasha foi quem fez a conexão com Hill e, depois de dois dias de arranjos e cuidados, estávamos ali, há apenas uma hora da reunião, que exigia trajes formais, caso uma luta se seguisse.

— Steve? — a porta se entreabriu levemente, revelando Bucky atrás dela. Ela estava com a roupa de combate, seu uniforme padrão como Soldado Invernal. Pronto para a reunião. — Você ainda está deitado? Não tem uma reunião para ir?

— Tenho, sim — declarei. Joguei meu corpo para fora da cama, peguei o uniforme e fui para o banheiro me vestir. Eu estava só com uma regata e uma calça de moletom desde que tomara banho.

Não contei a Bucky o que estava acontecendo entre mim e Natasha. Sabia que ele acabaria se intrometendo e não queria complicar mais as coisas do que já estavam complicadas. Quero dizer, Natasha parecia nervosa e irritada com o que tinha acontecido e eu não fazia ideia do por quê. Ela não estava falando comigo, e parecia querer fingir que nada tinha acontecido. Mas, ainda assim, eu sabia que algo estava errado.

Por que a raiva e o isolamento se tinha sido só um beijo sem importância para ela? E, se tinha tido importância, por que não podíamos conversar sobre aquilo? Quero dizer, nós formávamos uma boa dupla, não formávamos? Pelo menos nas lutas. Seria o suficiente para mais? Pensei em Peggy e no futuro do qual eu desisti para ter Natasha de volta. Quanto mais eu pensava naquilo, menos eu me sentia apegado naquele passado que eu lamentei a perda por tantos anos. E agora, começava a me perguntar se a escolha que eu tinha feito, não tinha sido motivada por esses sentimentos novos que eu nem sabia que estavam aqui, e há quanto tempo será que eles estavam, sem que eu soubesse.

— Você está tenso — Bucky murmurou, me olhando com desconfiança assim que saí já trajado. — Aconteceu algo?

— Só estou preocupado com a reunião — menti.

Eu desviei dele para pegar meu escudo, tentando não olhar para o meu amigo. Eu sabia o que ele diria se soubesse, e eu não queria ouvir.

— Steve, está tudo bem?

— Está, sim.

— Você está estranho.

Suspirei e me forcei a olhar nos olhos dele. Sempre aprendi a não confiar em quem não me olhava nos olhos, e precisava que ele confiasse em mim naquele momento. Fiz a melhor cara de preocupação com a batalha que pude.

— Hill tem que estar trazendo noticias preocupantes, ou não viria até aqui — foi só o que eu disse. Ele era a primeira pessoa para quem eu falava dessa preocupação, desde que Natasha me contara do telefonema de Maria. Hill, como sempre, nunca deixava transparecer preocupação, mas também raramente convocava reuniões tão especificas e urgentes. Por que essa urgência em falar com os Vingadores? Por que tão rápido e por que tantos segredos? Tudo estava muito estranho para ser apenas uma preocupação de rotina. — Não sei se o mundo está preparado para outra guerra. 

— Outra guerra? — ele perguntou, também preocupado. — É tão sério assim?

— Não sei, é uma suspeita.

— Então fica calmo, vai dar tudo certo — ele sorriu com seu jeito despreocupado e deu tapinhas no meu ombro.

Não acreditei naquilo, mas não tínhamos mais tempo para discutir. Com o horário correndo, saímos em direção à sala de reuniões que Tchalla nos cedeu, onde todos já deviam estar esperando. Quando entramos na sala, Natasha já estava lá, em um canto oposto conversando com Wanda e Clint, todos em seus trajes oficiais. Ela lançou um breve olhar para mim, e em seguida voltou para sua conversa.

Avançamos e fui até o pequeno grupo. Clint não estava com uma cara muito boa.

— Daqui a pouco você estará em casa — dizia Wanda, com seu sotaque carregado.

— Está tudo bem? — perguntei, me dirigindo a Clint.

— Lila quebrou a perna e Nate está doente — ele contou, deixando a preocupação voltar ao semblante. — Laura está precisando de mim.

— Faremos o possível para você voltar o mais rápido possível, então — coloquei a mão no ombro dele, demonstrando apoio. Já era difícil lidar com todos os problemas da vida de super herói sozinho, tendo uma família então... Eu não poderia imaginar. Não sabia como pessoas como Clint e Scott conciliavam suas batalhas com a função de pai e marido, mas os admirava.

— Obrigada, Capitão.

Pelo canto do olho, percebi que Natasha me encarava. Ela estava em seu macacão de combate, com armas espalhadas por ele todo e os dispositivos com os ferrões da Viúva Negra posicionados em seus braços. Ela parecia tão linda quanto letal. Era mesmo necessário se arrumar tanto para lutar?

Natasha parecia não se abalar por nada. Mas não era possível que por dentro ela não se encontrava na mesma confusão em que eu estava. Encarei-a de volta, e ela não desviou o olhar. Por Deus, aquela mulher nunca recuava?

— Natasha, podemos conversar por um instante? — perguntei educadamente.

Wanda e Clint nos olharam, mas ficaram quietos. Natasha levantou o queixo.

— Sobre?

— Em particular.

A contragosto e sem poder me ignorar na frente dos outros, ela me seguiu para fora da sala. Bucky, que conversava com Okoye no outro canto do ambiente me olhou interrogativamente. Devolvi seu olhar brevemente antes de sair porta afora com Natasha. Ela parou no corredor, com os braços cruzados e uma cara nada receptiva.

— O que você quer?

— Conversar.

— Algo oficial, Capitão?

Como ela era cínica.

— Natasha, precisamos conversar sobre o que aconteceu! — exclamei, cansado de repetir a mesma coisa por vezes seguidas.

— Eu não sei de onde você tirou que precisamos conversar sobre aquilo. Foi só um beijo — ela desdenhou, me deixando perplexo. Ela lançou um olhar rápido para a porta da sala e suspirou. — Você só está confuso.

Natasha era tão fria que eu não conseguia dizer se o beijo tinha tido o mesmo efeito nela do que em mim. Às vezes parecia que não, às vezes parecia que sim.

— Não estou, não — me defendi.

— Está, sim. Está surtando porque seus valores morais não lhe permitem beijar alguém com quem você não tenha intenção de ficar, você está se sentindo errado e quer consertar tudo fingindo que não fomos movidos só por impulsos, mas fomos. Você já tem, ou teve, um grande amor, Steve. E ela não sou eu. Não confunda as coisas.

Eu queria bater a minha cabeça na parede. Eu sabia de tudo aquilo, droga! Não queria fingir que Peggy nunca existiu, mas não conseguia me livrar dos pensamentos sobre Natasha. Maldito dia que inventei de beijá-la.

— Mas e se eu tiver?

— Tiver o quê? — levantou uma sobrancelha.

— Intenção de ficar com você — completei a pergunta, já cansado. — Não me leve a mal, não estou te pedindo em namoro, só quero conversar sobre o que aconteceu.

Seus olhos faiscaram e eu me afastei alguns passos, tentando dar espaço para ela.

— Para com isso. Não somos e nem nunca seremos um casal — Natasha decretou. — Um beijo não significa nada. Sabe quantos homens eu já beijei na vida? Acha que namorei com todos eles?

Foi a minha vez de cruzar os braços, sem saber o que fazer. Fiquei totalmente sem graça. Pensei que ela estava me evitando por estar com raiva porque eu a beijei quando sempre fui, tecnicamente, apaixonado por outra. Pensei que ela tinha se sentindo usada, ou algo do tipo. Mas ela não se importava, afinal. E eu tinha feito papel de idiota ficando tão preocupado por causa daquilo. Se beijar qualquer homem que aparecia na sua frente era algo tão trivial em sua vida, então porque toda a confusão?

— Por que está me ignorando então?

— Porque você é todo certinho e deve ter pirado com esse lance de culpa, remorso e tudo o mais — ela revirou os olhos. — Ficar perto de mim não ajudaria em nada.

Eu definitivamente precisava socar alguma coisa. Eu não sabia se me sentia ofendido por sua constatação ou chateado, porque Natasha não parecia sentir nem um pouco da atração que me acompanhava desde o dia do beijo. Ainda ali, durante aquela discussão no corredor, eu queria beijá-la, mas ela parecia apenas impaciente para voltar para dentro.

— Não foi apenas impulso — afirmei, mais para mim mesmo do que para ela.

— Bom, então foi só pra você, soldado.

Dando um tapinha no meu peito, ela se virou e voltou para dentro da sala, me deixando sozinho, confuso e frustrado. Não era assim que eu tinha imaginado a conversa. Eu queria me explicar para Natasha, pedir desculpas talvez ou ouvi-la dizer que estava confusa também. Eu só tinha esquecido de com quem estava lidando.

Sem alternativa, voltei para dentro da sala de reuniões. Natasha estava conversando com Clint novamente. Me sentei em um dos sofás espalhados pelo ambiente, onde Wanda estava sentada próxima a mim. Sam e Banner não participariam da reunião, tinham voltado para Nova York dois dias atrás. Lang estava com sua família e Thor se mantinha ocupado em Nova Asgard colocando a cidade em ordem. Carol não demorou a decolar de volta para o espaço assim que Thanos foi derrotado e, desde então, Strange tinha sumido em uma busca devotada pela joia do tempo perdida no mundo subatômico. Do restante, eu não fazia ideia. Então, éramos só nós; eu, Natasha, Wanda, Clint e Bucky. O clima estava tenso enquanto aguardávamos.

Menos de dez minutos depois, a porta foi aberta.

Nos levantamos todos ao mesmo tempo e Hill entrou, seguida por três pessoas desconhecidas para mim; duas mulheres e um homem. O que eu não esperava, porém confirmava as minhas suspeitas, era que atrás deles entrassem Tony Stark e Thor.

— Sejam bem vindos — disse formalmente.

— Tony? — questionei, me aproximando dele. — Você devia estar fazendo viagens internacionais?

Seu braço ainda estava apoiado em uma tipoia, provavelmente irrecuperável. Mas, fora isso, ele parecia bem. Não deveria parecer, mais parecia.

— As más línguas vão dizer que não. Mas não acredite nelas.

Dei um abraço rápido nele, seguido de toda a equipe. Ele tinha nos dado um susto e tanto três meses atrás.

O grupo se espalhou pela sala. Maria Hill parou do lado da Natasha, essas duas tinham uma camaradagem estranha e distante que eu não conseguia entender. Os agentes ficaram próximos. Eu ainda não tinha entendido toda aquela história de Coulson morto e depois vivo e diretor secreto da Shield antes de morrer de novo. Não me interessava saber a história toda.

— Thor, estou surpresa em vê-lo — Natasha se pronunciou primeiro, rompendo a tensão.

— Hill me informou se tratar de uma convocação oficial — ele respondeu. — Não estou feliz. Nova Asgard precisa de mim, ainda está um pouco caótico porque é pequena demais para todos os que voltaram à vida.

— Não vai precisar se ausentar muito, eu garanto — Hill respondeu. — Deixem-me primeiro apresentar da equipe. Essa é a agente Johnson, também conhecida como Tremor.

— Muito prazer — a morena com traços orientais e postura rígida respondeu.

— Tremor? — Wanda perguntou, curiosa.

— Sou Inumana — ela respondeu.

Os Inumanos tinham tomado boa parte do noticiário mundial nos últimos tempos. Alguns ficaram assustados, outros os defendiam. Era a primeira vez que eu conhecia uma pessoalmente então não tinha uma opinião formada ainda, mas a agente Johnson não parecia ruim.

— E estão são os agentes Fitz e Simmons — Hill gesticulou para os dois, uma moça tímida que segurava uma maleta na mão e um rapaz loiro que nos olhava admirado.

— Oi — disseram juntos.

— E onde está o tal do Mack? — Natasha perguntou. — Ele é o líder agora, não?

— Sim, mas ele e o restante da equipe tinham outros assuntos a resolver. Eu sou a segunda em comando — respondeu a Agente Johnson.

— Muito bem, não temos tempo a perder — Hill bateu palmas, impaciente. Ela olhou em volta e parou para olhar Bucky. — Você não tem permissão para participar dessa reunião. Não é um Vingador.

— Lutei com todos eles! — ele arqueou as sobrancelhas, surpreso. — Isso não me faz um Vingador?

— Nem um pouco — Tony respondeu, claramente satisfeito.

A sala caiu em uma tensão perigosa. Era a primeira vez que nos encontrávamos todos depois da guerra, iniciar uma discussão não seria bom. Involuntariamente olhei para Natasha com preocupação. Para a minha surpresa, ela estava me olhando também.

— Senhor Barnes, podemos conversar em particular antes do inicio da reunião? — Maria perguntou, sem se abalar pelas emoções recorrentes.

Os agentes olharam para Hill. Quase imperceptivelmente, ela e Johnson trocaram um olhar e eu vi a inumana acenando positivamente em um movimento tão rápido que quase não deu para detectar. Ela limpou a garganta e avançou em direção a saída.

— Peço, por favor, que aguardem nosso retorno para inicio da reunião — ela disse. Antes de sair, porém, encarou Bucky. — Vamos.

Bucky emitiu um ruído irritado, mas se retirou da sala. Assim que saíram da sala e a porta foi fechada, a agente Simmons jogou a maleta em cima da mesa. Quando ela abriu, uma jorro de informações e fotos foram jogados no ar por um projetor.

— Certo, não temos muito tempo — a agente Johnson se colocou na frente do projetor, digitando algo ali.

— Vocês podem explicar o que esta acontecendo, afinal? — perguntei. Aquela bagunça toda não me agradava. — Por que ele não pode escutar as informações?

— Existe muita informação sigilosa que precisa ser passada e ele não é confiável, por enquanto — Simmons respondeu. — Não queremos expor. Pode ser perigoso.

— Expliquem.

— Nós temos certa experiência com viagem no tempo, de uma maneira totalmente diferente da que vocês utilizaram. Graças a isso temos ficado vigilantes com os artefatos que nos fornecem esse meio e temos observado algumas anomalias no tempo. Nós achamos que o que aconteceu há três meses, com o estalo do Stark que venceu a guerra, não foi uma vitória. Ainda não acabou.

— Por que acham isso?

— Veja isso — o agente Fitz se pronunciou pela primeira vez, traçando uma linha no projetor por onde apareceram imagens das joias e de batalhas antigas. — Quando Stark estalou os dedos, Thanos e seu exercito não foram simplesmente desintegrados. Eles voltaram para o tempo de onde saíram. Stark também nos contou que Strange tinha usado a joia do tempo para prever todos os cenários possíveis do termino dessa batalha, e entre milhões de cenários, apenas em um vocês venciam. 

— É isso ai — Tony afirmou.

— Mas, nesse cenário, você morria — Johnson disse a Tony. — Mas, quando Pepper usou a joia do tempo para te trazer de volta e recriar o estalo, as coisas mudaram. Acreditamos que estamos vivendo um dos cenários em que perdemos a guerra.

Quando Tony fez o estalo colocando as joias em sua armadura, ele morreu. Mas Pepper, desesperada, usou a joia do tempo da mesma maneira com a qual Thanos tinha usado quando Wanda quebrou a joia da mente em Visão. Ela revertou aquele momento em segundos e, quando Tony estalou os dedos pela segunda vez, Pepper, Carol e Quill seguraram seu braço junto com ele, de forma que a força foi o suficiente para o estalo funcionar sem matar Tony, apenas deixando seu braço machucado.

— Tá me dizendo que minha esposa pode ter condenado a humanidade ao salvar a minha vida? — Tony questionou.

— Bom, colocando desse jeito fica um pouco rude, mas... Sim. Exatamente isso.

— Mas o estalo deu certo. Mesmo que eles não tenha só deixado de existir, ele não tem como chegar aqui, agora, novamente — eu disse, não tão certo do que eu estava dizendo.

— Por enquanto — Simmons corrigiu. — Mas e se ele ainda se lembra? E se estiver empenhado em voltar para se vingar, e...

Antes que ela pudesse terminar de falar, porém, uma bola de luz laranja se ergueu subitamente no ar. Recuei para trás, assim como todos os outros, ao vê-la se expandindo.

— Mas o que é isso agora? — Tony questionou.

— Isso faz parte do show de vocês? — Clint ecoou o tom do Stark.

— Não! — Simmons respondeu.

A bola de luz foi ficando maior até que, através dela, surgiu a imagem de um menino moreno, de pele pálida e olhos fundos fechados com força. Não deveria ter mais do que 14 ou 15 anos e parecia fazer um esforço imenso com as mãos para segurar a bola de luz. Atrás dele tinha um homem, de barba e capa, muito familiar.

— Estou vendo ela! — o homem gritou. — Mas está no tempo errado!

— Darien feche o portal! — outra voz, no fundo, gritou.

— Não consigo! — o menino respondeu.

Nós encarávamos aquilo perplexos, sem entender o que estava acontecendo. Olhei para Natasha, ela estava me olhando de volta, e demos um passo para trás. A bola de luz parecia cheia de energia, faíscas saiam do meio e a imagem estava ficando embaçada. Foi então que Wanda, parecendo hipnotizada pela energia que emanava do circulo, se aproximou com a mão estendida.

— Wanda! — gritei. — O que está fazendo?!

— Esse menino — ela murmurou, sem tirar os olhos da imagem que se formava no circulo de luz. — Eu o sinto me chamando.

O menino arregalou os olhos, parecendo reagir à voz dela. Quando Wanda tocou com a ponta dos dedos no centro da luz, seus dentes se trincaram e o menino gritou, jogando o circulo de energia para fora. Só tive tempo de jogar o meu escudo sobre mim e Natasha, tentando nos proteger, antes da luz no atingir.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer de coração todos os comentários no capítulo anterior. Vocês me motivam demais!

Até o próximo ♥