Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 9
Perdido




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 Fomos andando fumando um baseado e imaginei que já estava chegando quando ouvi o som alto. – VAI REBOLA PRO PAI, NOVINHA VAI. – o doente mental começou a cantar no meio da rua. – A festa vai ser uma casa de show aberta. Preferia uma boate escura. Mas é o que temos pra hoje.

— Com certeza não estará muito claro. – a gente ficou se entreolhando enquanto o Fael abria um sorrisão. Não resisti e tive de abrir também. Olhei a luz verde que vinha do local que já estava em nossa frente. Foda-se, vamos pra essa porra de festa da Isabela! A música já estava alta pra caralho lá fora. Agora tocava funk, o mc tinha o mesmo nome da pessoa que eu mais odiava no mundo, Kevin. Mas o toque da música era perfeito, aqueles funks bem raiz, animado pra porra. Muitas caras conhecidas ao entrar, mas eu já não estava ligando muito, estava achando tudo engraçado.

A maioria olhava pra Fael e sorria, reconhecendo de algum lugar. A gente estava sempre junto, e por isso provavelmente elas me reconheciam também, mas a minha cara não era lá muito amigável. Enquanto o Fael fazia a social dele, achei um canto para ficar. Assim que apareceu ele acendeu outro baseado ali mesmo.

— Caralho Fael. – ele me olhou sem entender. – Tá fumando mais que qualquer pessoa que eu conheço. E olha que eu tenho um primo maconheiro pra caralho. – ele deu de ombros sem ligar. Tinha uns caras que já não sabiam mais fazer outra coisa que não fosse fumar um. Eu não sei como chegam nesse ponto. Quero dizer, é legal e tal, mas dá pra viver sem. Tem outras coisas mais legais no mundo.

O Fael estava delirando com o ponto alto da música que havia começado. Aquele rap era mesmo demais. E era a parte em que as batidas ficam mais devagar, pra depois estourar.

— AMBIÇÃO É UM VÍCIO E O VÍCIO TE MATA. FLUXO NATURAL. – ele cantou gritando dançando seguindo o ritmo da música e fez ondas com as mãos no final. Era uma porra de uma música boa do caralho. O tipo de música que eu gostava e ouvia o tempo todo. Comecei a cantar e dançar também e acabei vendo uma garota de cabelo curto passar, ela vestia uma blusa larga e uma calça jeans preta rasgada nas pernas. Era a Alícia com certeza. A única que não vestiria igual a todas, com vestidos justos ou cropped e short. Fiquei esperando pra ver se logo atrás dela aparecia a Fabiana, mas não.

Não dava pra enxergar quase porra nenhuma. Só reconheci a Alícia porque... Sei lá porque. Pelo menos não ia ver a cara de ninguém que eu não quisesse. Fumei mais uns e fiquei tomando vodca. A festa estava top, mais que a da loirinha. Já tinha encontrado ela por lá, estava com uma roupa toda preta que fazia o cabelo loiro dela ficar brilhante pra caralho. Fiquei imaginando se encontraria a mina que peguei que tinha namorado. Esperava que não.

Eu nem estava a fim de pegar ninguém, estava suave. Fael já tinha sumido e eu estava sozinho bebendo perto do bar, pra poder pegar outro copo fácil quando acabasse o meu. Tinha uma mina no bar bem bonita, mas mais velha que eu. O meu tio Vini contou uma vez que sempre preferiu mulheres mais velhas, primeiro porque tu fica te sentindo foda pra caralho, segundo porque elas não tem aquela cabeça de menininha, de ficar preocupada com o que tu vai pensar dela no dia seguinte. Sei lá, eu não tinha preferência. Mas amava uma bem mais nova e era justo a filha dele. Alice novamente em minha cabeça, pra variar. Esperei ela aparecer pra eu poder pedir outra vodca, e ela trouxe bem rápido. Talvez tivesse gostado de mim também. Essas minas de bar não costumam olhar pra tua cara quando trazem bebida pra ti, mas essa estava sorrindo. Ela tinha o cabelo comprido e preso num rabo-de-cavalo, que deixava o decote da blusa dela todo a mostra.

— Gostei do seu sorriso. – elogiar qualquer parte do rosto de uma garota fazia com que ela nos desse pelo menos alguma atenção.

— Obrigada. – ela sorriu de novo, dessa vez meio tímida. Sorri de volta e me virei. Já havia a elogiado então não podia dar muito mole. Senão pareceria um bobo.

— Gosto de sorrir para caras tristes. – ela disse se aproximando mais.

— E de onde você tirou que...

— Você tá aí sozinho, encostado no balcão de uma festa dessa, não pode estar muito bem. – ela tinha razão, eu já nem sabia o que dizer. – Gosto de caras tristes.

— Só posso dizer que sinto muito então.

— Paula. – ela estendeu a mão.

— Arthur. – apertei-a. Ela saiu pra servir uns caras e eu fiquei observando a festa pra ver se encontrava algum conhecido. Consegui reconhecer a Fabiana, que estava junto com as minas da sala dela. Deu pra ver o Fael também, o cabelo dele denuncia muito.

— Tuh? – TUH? Virei num só impulso. Que porra era aquela?! CARALHO. Só Alice me chamava de Tuh. A única de quem eu já gostei na vida. Quer dizer, já gostei de outras garotas na vida, mas que nunca durou mais de duas semanas, e eu não me lembro do nome de nenhuma delas. Alice sempre foi aquela que isso nunca passou, só aumentou. Observei a garota a minha frente, era a que peguei na festa da riquinha. A tal que tinha namorado. Ela era pequena, bem do tamanho do meu abraço. Com o tempo você aprende que não é difícil uma guria caber nos teus braços e você vai sempre sentir falta de uma, por mais que seja uma especifica. O som do 1KILO estava alto pra caralho, mas eu parei de ouvir qualquer coisa quando a voz dessa garota apareceu. O gole de vodca me desceu dolorido na garganta, como quando você toma mais do que aguenta.

— O que você quer? - tentei disfarçar meu susto com grosseria.

— Legal te ver também. - de repente ela aparece exigindo que eu seja simpático? Dei mais um gole na vodca e me virei de volta pra festa, enquanto ela continuava me olhando.

— Seu namorado vai me lançar um soco de lá onde ele tá se te ver aqui.

— É dele mesmo que quero falar.

— Tô cheião de notícia dele, não me interessa.

— Só toma cuidado. Você e o Fael.

— Ele vai mandar algum babaca nos bater? Se ele sabe que você estava no quarto não entendo como ele ainda não descobriu que era eu.

— Eu disse que não era. – ela me fez engolir seco.

— Você falou que era quem?

— Ninguém. Falei que fiquei com a Lu. – e claro que ele não acreditou. Pelo menos eu tinha me safado dessa. Concentrei em meus pensamentos enquanto ela ficava parada ali do meu lado.

— É só isso? – tipo, pode ir embora.

— Não, na verdade.

— Ar! – Fabiana chegou e me deu um selinho. Ela me deu a porra de um selinho. O que estava acontecendo? Depois ela enlaçou os braços em meu pescoço e ficou de frente para mim. Fiquei imóvel. Sem saber o que fazer. – Ah, oi garota. – ela disse olhando para a mina que eu nem mesmo lembrava o nome. Ela fingiu que não tinha visto ela lá antes. Por que as minas fazem essas coisas?

— Acho que já vou... Era... Isso. – ela disse sem graça. Fiquei tentando entender aquela cena louca, enquanto eu olhava pra cara da Fabi e a mina ia embora.

— O que é isso?

— Como assim? - ela desceu os braços que estavam no meu pescoço pra minha cintura, e me abraçou, olhando pra minha boca.

— Não, tipo, que porra é essa? - eu não estava nem aí que estava sendo grosso, e nem percebia também. A vodca te engana. Não imaginei que essa porra ia acontecer. – Sai Fabiana.

— Por que tu tá me chamando de Fabiana?

— Qual é a porra do seu nome?

— Não é isso, seu grosso do caralho. - ela me soltou, finalmente. Achei que ela fosse bem mais esperta. Eu tinha combinado alguma coisa com ela? Por que as minas simplesmente não esperam a gente chegar, se a gente quiser? E eu não queria. - Foi uma aposta com a Alícia. – ela finalmente pareceu voltar ao normal. – Ela disse que você não prestava e iria surtar se eu fingisse estar apaixonada. Não é que ela estava certa? - e ela saiu andando. Que porra toda era aquela? A Isabela estava mandando bem na playlist da festa, e eu resolvi dar uma volta. Aquele canto no bar não estava muito favorável. Encontrei Fael, curtimos pra caralho, peguei umas duas menininhas, e assim foi. Nada mais deu errado naquela noite, finalmente. Estava me sentindo bem como não me sentia há tempos. Como eu não deveria estar me sentindo ainda, na verdade. Tudo era recente pra caralho e, se eu parasse mesmo pra pensar, ia ver que estava tudo uma merda. Foda-se. Continuei ali, a música estava na altura certa, a vodca na temperatura certa e minha cabeça nem doía mais.

Dormi no alojamento do Fael e quando acordei, eu estava com uma ressaca do caralho, mas ainda era sábado, então tudo bem. Peguei qualquer coisa que vi e joguei em Fael. Ele fez um barulho qualquer e mudou de posição. As pessoas parecem tão idiotas quando dormem. Fiquei ali por mais um tempo olhando para o teto do quarto dele. Era igual ao meu. E a todos os quartos dos alojamentos. Por falar nisso, eu devia ir embora, precisava conversar com Fabiana. Meu celular tocou. Olhei e vi o nome do Murilo. Kevin aprontou de novo, atendi e já estava angustiado.

— Oi. - Arthur? – eu nunca esqueceria essa voz. Meu coração parou e acelerou ao mesmo tempo. Minha voz não saia. Por maior esforço que eu fizesse.

— Alice? – finalmente falei alguma coisa antes que ela desligasse.

— Pedi meu irmão para te ligar... Fiz mal? – ah, se ela soubesse o quanto eu queria ouvir a voz dela. Sentei na cama rapidamente.

— Não. Não. Como você está? – coloquei a mão no peito, eram incríveis as reações que ela causava em mim. Só ela.

— Bem. E você? Sinto a sua falta.

— Eu estou bem. Também sinto a sua. Muito. – suspirei.

— Por que não vem aqui nunca? Já tem mais de um mês que você está aí.

— É uma viagem muito cansativa.

— Como é tudo aí? Queria conhecer. Mas claro que meus pais nunca deixariam! Você precisa ver como eles estão comigo depois que você foi embora, pareço um rato em uma gaiola... – ela continuou falando e falando, sem parar. Minha Alice. E todos diziam que ela era calada e quieta. Comigo ela era tão espontânea e tagarela. A ligação durou mais de uma hora e ela me fez prometer que semana que vem faríamos uma chamada de vídeo. Ela queria acabar com o meu coração mesmo, só pode.

Como Fael não acordou nem com a minha conversa, decidi ir embora. Assim que entrei em meu quarto encontrei o meu pai sentado em minha cadeira, de frente para a minha mesa de estudos. Ele virou para o lado e me encarou. Só isso que me faltava mesmo!

— Aí está você! – ele me apontou. – Sua colega de quarto é exótica né? Ela saiu para almoçar. Devo dizer que preciso fazer o mesmo. - ignorei forte. Minha raiva era tanta que se eu abrisse a boca… - Onde você estava?

— Na puta que pariu. - e segui para o chuveiro. Não ia perder tempo de vida falando com ele. Ele abriu a porra da porta do banheiro e ficou me olhando com seriedade. – Que foi, caralho?

— Onde você estava?

— Vai se foder, mano!

— “Mano” não. Tu chama teus amigos de “mano”, não teu pai.

— Vai se foder, Caleb. – ele me encarou com raiva. – Eu até te chamaria de pai, se você portasse como um.

— Eu trabalho igual a um cavalo pra você levar essa vida que leva!

— E pra pagar a vida do seu filho também que você fez comendo a melhor amiga da minha mãe. E hoje deve passar o dia inteiro comendo a secretária ou qualquer funcionária do hotel.

— ARTHUR! – ele gostava de berrar o meu nome. Não deve ter sido atoa que ele o escolheu, devia gostar mesmo. Era sonoro.

— Tu não trai a vadia da sua mulher?

— ARTHUR! – aí oh, falei.

— Quando eu crescer, definitivamente não vou querer ser igual ao meu pai, como os meninos costumam dizer.

— Que quando crescer, moleque. Já tá mais que na hora de você virar homem.

— E você que nunca virou? – desliguei o chuveiro e enrolei a toalha em minha cintura.

— Nunca me respeitou e agora que mora sozinho quer falar grosso.

— VOCÊ ENGANOU A MINHA MÃE. - eu apontei mais alto e mais impulsivo, e definitivamente impondo muito mais respeito.

— Sua mãe me largou porque quis Arthur. O sonho dela era estar de novo com o primeiro namoradinho.

— Claro, ele é muito mais homem que você. – feri o ego dele.

— Quando você vai a Torres? – ele perguntou depois de um tempo. Estava me vestindo.

— Quando eu bem quiser, você não vai saber de mais porra nenhuma do que eu faço.

— Eu sou o seu pai Arthur. – ele disse manso. Estava precisando de alguma coisa, só podia ser.

— Problema seu. Eu posso ser pai também na hora que eu quiser e nem por isso eu fico causando. Fazer filho é muito fácil. Você não fez três?

— É sobre um deles que eu quero falar... – ah pronto. – Kevin está querendo me foder, só pode. Primeiro ele levou Alice para um motel. – meu sangue ferveu ao ouvir aquilo, se eu não soubesse antes certamente teria quebrado algo ali. – E agora não para de rodear a garota, já mandei ele se afastar. Tudo que eu precisava era de Vinicius socando minha cara até a morte.

— E o que eu tenho a ver com tudo isso? – finalmente vestido e com cabelo arrumado eu me sentei em minha cama o encarando.

— Para né Arthur. Você sabe que todos te veneram. Seja pelo amor ou pelo ódio.

— Quer que eu arrebente a cara do seu filho? Já fiz isso algumas vezes e parece não resolver nada.

— Convença Alice a ficar longe dele.

— Ela não vê motivos para isso.

— A minha integridade física é motivo suficiente.

— Acho que ela não se importa muito.

— Sei que está tentando esquecê-la. – fiquei imóvel. – Não precisa levantar a voz pra mim e nem mentir, conheço bem os meus filhos. Precisava muito que você fosse aos finais de semana pra Torres Arthur. Com você lá ele não vai se aproximar dela.

— Como você sabe?

— Todos sabem Arthur. Amor não é algo que dá pra disfarçar. – fiquei calado. Que porra. Então até os meus tios sabiam. – Tá conseguindo? – ergui meus olhos para encara-lo. – Esquecê-la.

— Cada maldito dia é como se... – parei de falar. Não iria desabafar com aquela figura de pai.

— É como se ela estivesse mais presente. Você tenta fazer diminuir, mas não consegue. Passei por isso, sei como é.

— Não compare o que eu sinto por Alice com a sua putaria com sua mulher.

— Tá. Mas Arthur, você sabe que se Kevin tira a virgindade dessa garota eu estou morto né?

— Os dois vão estar. Seria um ponto positivo. – respirei fundo. – Está tão grave assim?

— Vai até lá e veja com os seus próprios olhos. Cheguei em casa um dia desses e ele estava se pegando com ela na porta. É só um palpite, mas acho ela anda sentindo excitação. – ele levantou os braços como se fosse inocente, sabendo que eu ficaria contrariado. – Se você visse o jeito que ele a pega... – peguei um isqueiro que estava na cabeceira da minha cama e comecei a acender e brincar com o fogo para tentar me distrair.

— Isso não vai funcionar. Pode parar de tentar me provocar. Eu não vou. – o olhei com raiva.

— Tá bom, desisto. Espero que apareça no meu velório pelo menos. – que dramático. Se bem que se ninguém controlasse tio Vini era capaz mesmo dele matar meu pai na pancada. – Você voltou a fumar né? – nem respondi. – Achei maconha na gaveta da sua mesa de estudos. – nem ia me dar ao trabalho de brigar. – Imaginei que você iria pra putaria, mas drogas?

— Já teve um orgasmo chapado? É mil vezes melhor.

— Essa porra desse lugar vai acabar com você!

— Eu era consumido dia e noite pelo que sinto por Alice, agora pelo menos consigo esquecer por alguns momentos.

— Você me culpa por Kevin e se revolta comigo de um jeito... Faz com que eu me sinta a pior pessoa do mundo. Você é tão melhor que eu Arthur. Integro. E consegue fazer com que todos te admirem. Esse Arthur aí não tem nada a ver com você.

— Esse Arthur é quem eu sou agora.

— Vem comigo. Eu vou te trazer domingo a noite.

— Não estou pronto. Dá pra você respeitar isso?

— Tudo bem. – ele se levantou, finalmente iria embora. – Espero que ainda mude de ideia. Se precisar de alguma coisa, me ligue. Sei que te deixei muito nervoso vindo sem avisar, não vou fazer mais. Só quero te pedir uma ultima coisa... – o olhei de forma impaciente. – Não deixe sua mãe ver você assim. Ela se decepcionaria muito. - ele saiu me deixando sozinho. Meus olhos encheram de água rapidamente. Ele sabia que minha mãe era o meu ponto fraco. Meu pai era um bosta, só consegui me tornar quem sou graças a ela. Era pra eu ser um bosta pior que ele.

Engraçado que eu não estava nervoso nem com a cabeça queimando, muito menos com a garganta fechada. Estava calmo, mesmo sabendo que Kevin diabolicamente tomava Alice para ele. Mas ela ligou foi para mim hoje, então ele não tomou conta dela por inteiro. Ainda havia um pouco da minha Alice ali.

Já estava pronto para voltar para o alojamento de Fael quando Fabiana chegou. Pensei que ela ficaria sem graça ou com raiva, mas ela não esboçou reação.

— Precisamos muito conversar. – falei sério. – O que foi aquilo na festa ontem?

— Alícia é minha melhor amiga Ar. – ela disse em um tom normal. – Ela está apaixonada por você e eu fiz aquilo por ela. Para mostrar a ela que você não valia a pena. Não estou sentindo nada por você. Não conseguiria sentir, porque te conheço.

— Ela viu a forma que te tratei?

— Sim. Ela estava relativamente perto e você a teria visto se não estivesse tão focado nos peitos da moça do bar.

— Olha... Desculpa. Nunca disse que era santo. Não sei estar com alguém, nunca estive. Sou solteiro e estou agindo como tal. Não entendo essa cobrança de vocês duas. Eu fiz algo para ela se apaixonar?

— Não, não fez... Mas você é... – ela suspirou. – Você teria que ser uma garota para entender.

— Mas eu não sou. – suspirei. – Vai Fabi, diz o que eu tenho que fazer.

— É você que tem que saber Arthur. Você quer ser mais um Rafael? Não vejo em você apenas isso. E não quero que deixe isso acontecer.

— Não posso ser igual ao Rafael, mas posso transar com você. Enxerga incoerência? Porque eu sim.

— Se a gente não transar mais você promete não se transformar mais nele?

— Não estou me transformando nele. Somos totalmente diferentes.

— Sim, vocês são, porque você tem princípios que ele não tem. Olha Ar... Não sou ninguém para dizer como você deve viver, mas eu acho que você está se perdendo e precisa se encontrar antes que seja muito tarde. Talvez evitar sentir tudo o que sente pela sua prima seja mais nocivo que imagina. - fiquei pensando em tudo que ela disse e em um jeito para eu conseguir me reencontrar.

 


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