Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 28
Tudo por Alice


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Arthur Narrando

Aproveitei que estava sozinho com Alice e resolvi tentar melhorar as coisas entre a gente. Esperava que adiantasse.

— Queria conversar sobre ontem. – minha voz saiu bem mais fraca que planejei.

— Não precisa. – ela desviou do meu olhar e continuou seu serviço.

— Foi horrível te ver me olhar com aquela decepção... Sei que o que eu fiz não foi nada legal, mas... – ela parou e me olhou.

— Você destrói a gente de uma forma tão violenta Arthur. Sempre quando parece que vamos finalmente ter uma chance de acertar as coisas surge um novo você que eu não queria conhecer, o drogado, o manipulado pelo pai, o idiota ciumento, o negociador de sexo... – ela falou e abaixou a cabeça. Suspirei. Não tinha resposta e nem defesa para aquelas palavras. – Você sempre vai ser importante pra mim. Mas quero parar de tentar. – nos olhamos e eu senti lágrimas caindo em meu rosto. Sabia que ela estava falando sério. – Queria que nossos amigos parassem de associar Arthur a Alice, então se puder deixar claro a eles que me esqueceu...

— Mas eu não esqueci. Talvez eu nunca esqueça. – enxuguei meu rosto e cheguei mais perto dela.

— É difícil tentar te esquecer com eles lembrando o tempo todo que você me ama.

— Eu te amo Alice! – ela me olhou com mais tristeza ainda.

— Não funciona. Você sabe disso. – a abracei com carinho. Pensei que ela me afastaria, mas ela encostou-se a meu peito e então percebi que ela também chorava.

— Me deixa tentar fazer funcionar. – pedi baixinho em seu ouvido. Ela se afastou e me olhou.

— Você não cansa de me machucar? – aquilo doeu mais que tudo. – Você ficou com ela em troca de uma informação, ok. Você é solteiro e faz o que quiser. Mas você ficou com ela ontem. – a olhei assustado.

— Quem te contou? – perguntei gaguejando.

— Estava com insônia. – olhei bem em seus olhos.

— Não queria que tivesse visto aquilo. Estava com muita raiva por ela ter feito você se decepcionar comigo e dei a ela o que ela queria daquela forma...  Não sou assim.

— Daquela forma como? – desviei o olhar.

— Agressivo. – ela respirou fundo.

— Nem sabia que havia sido. Vi os dois e entrei novamente. Só imaginei que para estar fazendo aquilo ali e encostado a parede, a necessidade devia ser grande.

— Não era necessidade, era fúria.

— Consegue se excitar enfurecido?

— Já consegui depressivo. – suspirei. – Por que não veio falar comigo sobre isso?

— Não queria me magoar mais.

— Fiquei na expectativa ao te ver preocupada com meu ciúme do Kevin agora a pouco.

— Na verdade eu estava preocupada com o ciúme do Murilo com Kevin. – ela deu um sorrisinho fofo. – Olha Arthur... Não te odeio. Não conseguiria. Mas também não quero te amar, então vamos ser primos e amigos... Não podemos nos afastar nem se quisermos. Como você disse, Murilo vai precisar de mim, os dois vão precisar da gente, é uma relação muito complicada, muito delicada... Eles têm que ter a gente ao lado deles. Sabemos disso. Estamos juntos nessa? – ela continuou com aquele sorriso.

— Com certeza.

— Espero que entenda como isso me faz sofrer e não tente mais.

— Queria tanto poder voltar para o início. Você sabe que eu nunca vou ter ninguém né?

— Às vezes você só tem que tentar. A ruiva é uma boa opção.

— Devia ser escroto aqui como sou lá na universidade, assim você não acharia que ela é diferente.

— Seja também. Grande parte das garotas e mulheres desse abrigo vão amar a ideia. E você é livre pra isso.

— Sou, mas eu não te machucaria tanto. Quantos anos você me conhece? Nunca fui assim. Foi apenas uma tentativa inútil de te esquecer, já te falei isso.

— Não importa se é uma ou várias. A dor é a mesma. – ela deu um sorriso de lado meio irônico e riu. – Está tudo certo né?

— Você está mesmo decidida não está? – vi em seus olhos que nada a faria mudar de ideia.

— Não vou te esquecer jamais, mas dói menos assim, já me decidi sim.

— Então... – respirei fundo. – Vou fazer com que eles parem de falar da gente.

— Vai namora-la agora de verdade já que segundo você era de mentira?

— Seria muito fácil. – olhei atrás dela. – Fica tranquila, não vou te machucar. E eu sei que você vai me julgar pelo que vou fazer, mas prefiro te ver me julgando que triste.

— Seja o que for pense bem. – ela tirou sua luva e me olhou. – Vou guardar as coisas e ir tomar banho.

— Tá bom. A gente se vê mais tarde. – fiquei olhando ela entrar na estufa e por mais que aquilo não fosse uma despedida, parecia muito.

...

A parte boa de tudo que eu estava fazendo era ver a expressão no rosto do meu pai. Eu estava me saindo tão bem que se as coisas não dessem certo na engenharia eu poderia ser ator tranquilamente.

— Então o que está dizendo é que você... – minha mãe não conseguia nem completar a frase. Sentia o ódio vindo de Kevin, não tive tempo de avisar nada a ele. Reuni minha família, mãe, pai e irmãos para sair do armário. Armário esse que eu nunca entrei. Mas era a única forma de pararem de vez de pensarem que amo Alice.

— É mentira, ele tá de gracinha. – meu pai falou nervoso. – Isso não tem nenhuma graça Arthur.

— Não transformem isso em uma merda de um drama! Só aceitem e pronto.

— Posso sair daqui? – Kevin perguntou e nosso pai ficou olhando para nós dois.

— Tá com raivinha por que ele não te contou antes? – ele deu uma risada. – A amizade tá abalada? – parece que ter me assumido já não era mais tão importante para ele.

— Dá para você focar no que nosso filho contou e em tudo que ele vai passar daqui em diante? Sabe como é difícil ainda para as pessoas aceitarem a diferença?

— Não ele não sabe e nem o filho deve saber. – Kevin disse e me olhou. – Tá muito calmo para quem tá dizendo que é gay. – ele estava muito puto. E parecia que tinha razão, eu não sabia.

— Gente ainda é o Arthur. Só acho que devemos parar de pressiona-lo. – Yuri deu sua opinião. Olhei para Otávia que permanecia em silêncio.

— Podem ir, vamos conversar com seu irmão a sós. – minha mãe ordenou e eles se levantaram.

— Vou te esperar ali fora. – Kevin avisou e evitei seu olhar. Depois de responder quantos caras fiquei, se me prevenia, se já havia sofrido algum preconceito direto, apanhado ou algo do tipo e ouvido milhões de recomendações minha mãe me liberou.

— Aquele Rafael é seu namorado não é? – meu pai perguntou antes de eu ir.

— Talvez. – pisquei e sorri para ele. Sai e Kevin estava me esperando sozinho. Comecei a andar e ele veio ao meu lado, milagrosamente calado, achei que já começaria com o esporro.

— Olha... Sei que você está puto comigo, quero que entenda... – estávamos saindo do abrigo e ele explodiu de uma hora para a outra.

— ENTENDER? – ele me pegou pela blusa e eu não entendia de onde tirava tanta força. O pessoal estava por perto e os meninos vieram correndo. – VOCÊ É RETARDADO? – os meninos o puxaram e eu tentei recuperar o ar.

— Esse problemático tem que se tratar. – Yuri falou nervoso.

— Deixem a gente conversar. Fica Murilo e Rafael. – aquilo poderia ser estranho. – Caso ele perca o equilíbrio de novo. – eles saíram e vi que Kevin andava de um lado para o outro. – Kevin, por favor, fica calmo.

— Não tem motivo para você ter feito essa merda.

— O que ele fez? – Murilo perguntou nos olhando.

— Assumiu que é gay. – ele olhou para Rafael. – E parece que você é o namoradinho dele.

— QUE? – o loiro arregalou os olhos.

— Que merda é essa Arthur? – meu primo me olhou sem entender nada.

— Sua irmã quer mais que tudo nessa vida me esquecer e todo mundo falando que eu a amo o tempo todo a machuca. Foi o jeito que achei de esquecerem isso. Faço tudo que for preciso pra ela ficar bem.

— Na hora de transar com a ruiva satânica você não pensou no bem dela. – olhei para o meu irmão e fiquei nervoso.

— Eu devo lembrar que estava preocupado com você?

— Você fez porque quis! Era só me perguntar.

— Eu perguntei. Você mentiu e até inventou um namorado que não existe.

— Existe, só não é meu namorado.

— Você é gay? – Rafael olhou pra ele e depois olhou para o Murilo. – Ah Meu Deus do céu! Eu estava brincando e estava certo. Se rolar uma suruba eu serei ativo, já estou avisando antes.

— Preciso conversar com a Otávia, ela ficou calada o tempo todo e tenho que saber o que ela tá pensando.

— Que você é um idiota mentiroso. Ela não acreditou em nada.

— Ela te falou? – olhei para Kevin.

— Vocês não conseguem mesmo saber o que as pessoas estão pensando?

— As pessoas normais não.

— Fui treinado pra isso. – ele respondeu sem dar importância. – Se quer saber vai difícil recuperar a admiração dela.

— O motivo é digno vai. – Rafael opinou.

— Se for preciso você matar alguém pela Alice você vai? – olhei meu irmão.

— Se for preciso você matar alguém pelo Murilo você vai? – devolvi a pergunta.

— Tiro ou facada? – ele perguntou e eu não aguentei e ri.

— Ah meu pai! – Rafael exclamou aflito. – To drogado sem droga? Que loucura. – ele respirou fundo. – Tá. Então agora eu sou seu namorado. Foda-se. Quando chegar na universidade essa porra acaba tá ouvindo? Isso nunca terá existido! E não rela a porra de um dedo em mim.

— Sem problema. Somos discretos e não gostamos de demonstração pública de carinho.

— Preciso de uma dose de cachaça. – ele saiu bem inconformado.

— Ele vai manter a língua dentro da boca? – Kevin perguntou me olhando.

— Alícia é o ponto fraco dele. Mas ela me chantagearia para não contar a ninguém. Transar com ela não magoaria Alice já que ela quer tanto me esquecer e de qualquer forma faria de tudo pra ela não ficar sabendo.- ele olhou para Murilo.

— Como o seu pai reagiu? – ele perguntou me olhando.

— Ficou muito feliz porque o Kevin demonstrou nervosismo, ele concluiu que era raiva por eu não ter contado a ele antes e que assim nossa amizade estaria abalada. Essa foi a principal reação dele. Mas sobre eu ser gay primeiro ele não acreditou e depois pareceu ter acreditado, tanto que até concluiu que eu e Rafael somos casal. – suspirei. – Mas teve uma hora depois que meus irmãos saíram que ele disse uma coisa...  Minha mãe nem opinou a respeito, porque ela não tem paciência com ele e ela deve achar que quem tem que dizer algo é a Kira, mas ele disse que se fosse o Kevin iria doer, eu sempre fui estranho, já ele é másculo e que ele tinha certeza que ele não seria gay.

— Sei porque ele disse isso, de onde ele tira essa certeza. Tem coisas que ele já fez comigo... Tanto físico, psicológico e emocional... Não é qualquer um que aguentaria. E como associam gay a fragilidade... – ele explicou e deu de ombros.

— Ele te mataria né? – Murilo perguntou o olhando.

— Nunca parei pra pensar. Como eu já disse eu sou fechado e eu não preciso da aprovação das pessoas. Muito menos dele.

— O que você trocou pelas fotos com a Lis?

— Eu. Ele me quer com ele.

— Então rompe. Alice viu tudo.

— Você fala isso só agora Arthur?

— Ela tá bem. Agora vocês entendem porque tenho certeza que ela vai mesmo me esquecer.

 - Isso tudo vai ser um problema, você não pensou direito. – olhei para Kevin. – Você acha mesmo que aqueles retardados vão levar isso numa boa.

— Até outro dia eu fazia parte desses retardados pra você. – Murilo observou ressentido.

— Você é, mais ainda por gostar de mim. – Kevin disse e de um sorrisinho de canto. Eles eram muito fofos.

— Não vou atrapalhar vocês de alguma forma né?

— Seu amigo é uma bomba relógio. E ele acha que o Murilo é o imã de mulher dele. Então... Sei lá. Cuida dele.

— Vamos enfrentar os retardados, digo, todos. Vamos ir lá. – pensei em algo. – Kevin. – ele me olhou parecendo saber o que eu ia dizer. – Mantenha suas mãos e sua agressividade longe de Rafael.

— E minha raiva e os meus pés? – ele rolou os olhos. – Relaxa.

— Aí está ele. Cadê o namoradinho? Que história sem nexo nenhum é essa? – Ryan perguntou me olhando.

— É isso. Não estaria brincando falando com os meus pais. A gente não vai mudar em nada nosso jeito e queríamos que vocês também não mudassem.

— Então eu beijei o cara que chupa o meu irmão? – Otávia perguntou erguendo a sobrancelha, olhei para Kevin.

— Você errou. – voltei a olhar para ela. – Qual a necessidade de ser tão escrota?

— Escroto é você achando que a gente vai acreditar nessa mentira! – Kevin riu.

— Eu nunca erro. – o olhei com raiva.

— Otávia, por que você não acredita?

— Conheço você Arthur. Você ama... – a interrompi bruscamente.

— PARA! Amo Alice sim, muito, demais, mas como prima e amiga. Nunca terei alguém além de você e ela que eu terei mais carinho. Mas o amor carnal é por Rafael. – quase engasguei para completar a fala.

— Por falar nele... – ele chegou e se sentou no banco e vi que estava puto.

— Como você teve coragem de ficar comigo namorando o meu irmão? – ela o questionou incisivamente.

— Não valho muita coisa não. Essa ideia de romance aí é do Arthur.

— AEEEEE! AGORA ALGUÉM VAI SE SENTIR COMO EU ME SENTI. – Sofia se levantou gritando.

— Oh infeliz! – Murilo a sentou quase a força. – Esquece esse inferno dessa história.

— Mas o Murilo tá tenso né? – Alê observou atento. – Você tem um caso com Rafael também?

— Prefiro a morte.

— Não provoca. – falei baixo.

— Vamos focar no que interessa? Hoje a noite é do Arthur. Temos que acolhê-lo e saber como ele se sente. – Lari disse e deu um sorriso.

— VOCÊ TÁ ACREDITANDO NESSE TEATRO? – Otávia apelou. – Vocês são muito burros! – ela me olhou. – Nossa eu to com tanto ódio de você Arthur! Tanto asco. Você é nojento. Isso não é legal. NÃO É UMA OPÇÃO DA PESSOA SEU IMBECIL. Não se inventa que é gay ou lésbica. Tenha respeito pelo que as pessoas passam. E logo de quem você foi inventar que é namorado. Do cara mais preconceituoso do planeta. Tá certinho. Você tá vendo a minha mão? – ela mostrou a mão dela perto de sua cabeça. – Aqui é o parâmetro de noção normal, a sua tá aqui. – ela desceu até o chão.

— QUE ESPORRO! – Alê gritou e riu.

— Você é lésbica?- Ryan perguntou curioso.- Tá se doendo tanto.

— CONHECE EMPATIA MACHO ESCROTO? – ela estava sem limites.

— Otávia! Se você não quer acreditar eu não posso fazer nada. Preconceituosa está sendo você de estereotipar a gente.

— Não é por você ser como você é Arthur. É por tudo que você sente... – Rafael a interrompeu.

— Foi justamente por causa dela que ele decidiu se assumir... Me incomoda. Você poderia parar com isso? – ele perguntou bem sério. Até eu me assustei. – Olha, desculpa se de alguma forma te magoei, nunca ultrapassei os limites contigo e era por isso. Agora você acredita? – ela pareceu bem balançada. Pontos para Rafael.

— Pra quem não queria romance...

— Sou difícil. – ele disfarçou desconversando. Kevin olhava pra mim e vi que era sobre o humor do Murilo.

— Você não é o rei dos olhares? – perguntei o desafiando.

— Como vocês transam? Fiquei curioso. – Ryan perguntou parecendo querer rir.

— Pergunte ao Kevin. – olhei para Rafael o fuzilando. – Ele sempre sabe responder tudo. – ele deu um sorriso irônico.

— Mas o sexo é entre vocês. – Ryan continuou. Fael iria acabar apelando e não seria nada legal.

— Alguém te pergunta como você transa... – Kevin começou a falar. – Ah não, primeiro, você não transa. Caso fosse o caso, alguém te perguntaria? – ele ficou calado por dois segundos. – Não. Porque ninguém faz essa pergunta a um hetero. Então foda-se como eles transam, não é da sua conta, há não ser que você queira participar.

— Muito obrigado. A curiosidade sumiu.

— Mas acontece que vocês foderam tudo porque vamos ficar imaginando.

— Não comecem a fazer referência a pau no cú se não eu vou sair daqui. – Alice falou parecendo ficar nervosa e todos se calaram. – E a gente pode superar essa novidade de uma vez por todas? – meu anjo da guarda. Ela era a única que conseguiria isso.

— Alguém está magoada. – Alícia comentou e riu.

— E alguém está iludida. – ela respondeu na mesma moeda.

— Não sou assumido, meu pai é ultra machista e eu queria pedir a vocês duas para nunca comentarem sobre isso. – Fael disse olhando para Fabiana e Alícia.

— Como se você não enfiasse sua rola em tudo que é buraco naquela zona. Já imaginava que você pegava os caras. Só que o Arthur foi surpresa. Subiu bem o nível. – ele olhou Fabi indignadíssimo. - Parabéns.

— Pensando bem... – ele parou pra pensar. – Tô com o cara mais disputado, to com tudo mesmo.

— Há controvérsias. – Fabiana discordou. – Todo mundo prefere o Murilo.

— Por que ele é dado. Ele é oferecido. Arthur parece difícil demais aí é chato.

— Oferecida é a vadia da sua mãe.

— Murilo! – chamei a atenção dele. – Sem ofender mãe.

— O que foi? É por causa desse circo? – Alice perguntou a ele vendo que ele estava nervoso.

— Não. – ele pegou o isqueiro e começou a brincar com ele.

— Você vai queimar seu dedo. – Kevin falou e ele só o olhou e continuou com aquilo. – O que você tem? – prestei atenção nos dois.

— Nada. Que saco. Vocês são chatos pra caralho. Tenho direito de ficar estressado nessa porra desse lugar? – Kevin arregalou os olhos o olhando assustado.

— Parabéns, com essa energia positiva ai jogada o universo vai te retribuir direitinho. – Fabiana falou ironicamente.

— Vou colocar a porra da minha energia positiva inteirinha no seu universo. – ele falou olhando para ela e os meninos gritaram.

— AGORA? – ela se levantou. – Não brinca comigo desse jeito.

— Com certeza você já se banhou na queda de uma cachoeira. – Alê começou a cantar sendo acompanhado pelos meninos. – Murilo me promete uma coisa. – ele o olhou. – NUNCA, em hipótese alguma vamos disputar pela mesma mulher. Você falou de universo e a mina já levantou pronta.

— Você não entendeu a analogia que ele usou? – Sofia perguntou surpresa. – Ah pronto, namorou muito tempo com a Giovana.

— Vamos Muh. – Fabiana o puxou. – Seu stress é minha falta.

— Acho que você não entendeu ainda que eu não quero ficar com você.

— O demônio incorporou nesse menino, que isso? – Fael perguntou e me olhou.

— Quer conversar? – cheguei mais perto dele.

— Se prepara para levar um soco se for continuar enchendo a porra do meu saco.

— Que isso Murilo? – foi a Alice que perguntou dessa vez.

— Preciso cozinhar alguma coisa. – ele saiu igual um vulto.

— Compreensível. Alguém que tem a vida sexual ativa como ele e está sem ninguém há semanas fica com os nervos a flor da pele mesmo.

— Não. – discordei de Sofia. – É algo maior.

— Acho que ele está bem incomodado com o fato de perder o amigo de pegação aqui. – Fael falou com arrogância.

— Se fosse o caso ele não estaria os últimos dias sem ninguém.

— Invés de tentar adivinha porque ainda não foi atrás dele? – Kevin questionou tentando disfarçar o nervosismo. Seria difícil explicar a ele que o melhor era dar um tempo a Murilo.


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