Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 19
Presos


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Minha “sentença” havia sido anunciada. A pior parte seria ter que conviver com Alice. Segundo eles o lixo e as plantas eram as funções mais recusadas. E ela cuidava justamente das plantas.

— Meu filho! – minha mãe chegou a mim antes que eu pudesse respirar um pouco em paz e conversar com Rafael e Alícia.

— Que merda você pensa que está fazendo. – tirei as mãos dela de mim e a empurrei com força. – Essa sua fixação em manter Alice e eu separados ainda vai causar muita coisa ruim.

— Não fiz nada Arthur.

— Queria odiar apenas meu pai, agora odeio os dois.  – a deixei sem palavras e aproveitei e sai andando.

— Você pegou pesado. – Alícia comentou e fiquei calado. – É a sua mãe Arthur.

— O que você sabe? – quase gritei a interrompendo. – Ela mentiu, armou, fez coisas horríveis. O meu pai vive em função de checar nossa separação e pra que isso tudo? Por que ela gasta tanta energia nisso? Ela se aliou a um homem que não vale NADA. E está feliz porque a sobrinha dela está completamente envolvida com o filho dele que é igualzinho ou pior que ele.

— Ah sim, entendi. Isso tudo é ciúme dela. – ela resmungou insatisfeita. – Você não tem escolha Arthur, apenas aceita. Quebrar a cara dele não vai mudar nada. Só vai fazer dele vitima da história.

— Você faz muitas suposições sobre mim e isso é o que mais me irrita em você.

— Vocês dois não vão brigar né? Alícia ele está com a adrenalina ainda a mil, para de falar o que pensa. – Rafael recomendou enquanto sentávamos em um dos bancos do refeitório. Fiquei calado enquanto eles comiam e eu tentava engolir a comida. Cada um foi para o seu quarto depois, escovei os dentes e deitei.

— O nosso rolê para ver as estrelas com o telescópio lá na passarela de ferro tá de pé? – Fael perguntou chegando e se sentando. Confirmei. – Cara, eu sei que não sou ninguém para falar isso, mas você tá perdendo completamente a lucidez... Você tá surtando mano. Você quase matou seu irmão, empurrou sua mãe, foi estúpido com Alícia... De novo essa merda de ter que esquecer sua prima te tirando do eixo.

— Ele começou a descrever a primeira vez deles Rafael.

— Foda-se Arthur. Do mesmo jeito que ele foi o primeiro, vão vim vários outros. Ela não é nenhuma santa esculpida em madeira não. É uma adolescente, de carne e osso que tem curiosidades e necessidades como todas as outras. O que você tem que entender é que ela superou a doença que tinha, não é mais a menininha que precisa dos seus cuidados. Ela é independente agora e o escolheu. – segurei transbordar o que aquelas palavras faziam comigo por dentro. – Desculpa irmão, alguém tinha que te falar isso. – fiquei calado por um bom tempo. – Deixo você me dar um soco quando parar de sentir essa dor que sei que está sentindo.

— Você não sabe. Nunca saberia.

— O seu mal é que você se acha muito esperto... E às vezes as pessoas mais próximas te escondem coisas mais importantes. Só te digo que eu sei, exatamente.

— Oi. Só vim saber que horas vamos pra lá. – Alícia apareceu e parecia bem triste.

— Pode deixar a gente conversar? – perguntei para Fael e ele saiu rapidamente.

— Desculpa. – pedi enquanto ela se sentava perto de mim. – Você estava certa e eu explodi sem motivo.

— Deve ser difícil para alguém orgulhoso como você admitir isso.

— Um pouco. – sorri pequeno.

— Queria poder te ajudar a esquecê-la. – ela se aproximou mais ainda e fez carinho em meu rosto. – Vejo o quanto não faz bem a você esse sentimento.

— Sabia que eu já te quis? – passei a mão em seu ombro nu devido a blusa que usava e vi que ela ficou arrepiada. – Você tem esse poder de atrair qualquer homem que quiser. E sabe disso né? Atraiu Rafael, Ryan, Murilo. E já peguei Alê e Yuri te olhando.

— Fique claro que um namora e não seria minha opção.

— Isso é fascinante em você. Você faz o que quer, quando quer, com personalidade, segurança... Isso é o que mais me admira.

— A garota que você ama é quase o oposto.

— Se quer me ajudar a esquecê-la podia começar não falando dela. – vi a surpresa em seus olhos. Mas ela se recuperou rápido e veio para cima de mim, me dando um beijo quase tão intenso quanto... Isso não seria nada fácil.

— Acho que devemos parar, tem pessoas no dormitório... – ela disse sem graça depois de um tempo.

— Belo momento para decidirmos começar isso. – falei e ri, a pegando pela cintura e colocando em meu lado. – Olha... Vamos ter que ir com calma e por enquanto não vamos ficar perto de ninguém. Por favor, não conte para Fabiana, ela anda grudada em Alice e com certeza vai falar para ela e daí ela vai presumir que sou um cachorro precipitado, o que eu não sou. – respirei fundo. – Sei que agora está pensando que eu não devia me importar com o que ela acha de mim. Mas não consigo evitar.

— Entre as coisas que me machucam gostar de você está no topo.

— Quer desistir antes de começar? Vou entender.

— Não. Na verdade sua atitude é linda. A maioria dos caras iria fazer o contrário e esfregar alguém na cara dela, já que ela praticamente está com Kevin. Vou ter calma porque tenho muita sorte. – ela me olhou apaixonada. – Você é o cara mais romântico, sensível, educado, respeitoso e íntegro que já conheci.

— Não sou isso tudo. – fiquei sem graça.

— Agora que poderíamos fazer várias coisas você está cheio de castigo. Palhaço. – ela reclamou e me bateu. – E um deles é com ela. Acha que vai ficar bem?

— Perfeitamente. – nos beijamos de novo.

— Temos que parar se queremos que ninguém fique sabendo. – ela disse e riu.

— É, os dormitórios não tem portas. – afirmei o óbvio. – E toda hora alguém chega.

— Essa galera é pegajosa. – ela deu uma risada alta. – Me faz sentir falta da faculdade.

— Por falar nisso vamos perder um semestre. Isso é uma merda.

— Pelo menos vamos ter um relatório ou laudo sei lá comprovando a situação de emergência. Não poderemos perder nossa vaga.

— Meu pai moveria céu e terra se perdêssemos. – pensei nele e no quanto ele era chato.

— Ele te ama Arthur. Tem o jeito torto e talvez desonesto como você diz... Mas faz tudo por você. Tenta não entrar em conflito com ele. Com certeza é uma das coisas que faz o seu meio irmão mais feliz. – ela disse mais algumas coisas sem sentido e ficamos conversando por um bom tempo até ficar tarde e dar a hora perfeita de irmos ver as estrelas. Eu seria proibido de sair das dependências do abrigo após as vinte duas horas, mas consegui a liberação após meu pai convencer os meus tios que eu precisava esfriar a cabeça. Aquilo era ridículo. Mas explodir mais uma vez seria ainda pior.

— Isso é incrível! – Alícia exclamou pela segunda vez enquanto via as estrelas no telescópio pelo vidro da cúpula na alta passarela de ferro.

— Sai dai você pode cair.  – Fabiana disse e se sentou ao meu lado na beirada do ferro.

— Agora nós dois podemos cair. – a olhei e dei um sorriso.

— Como você está? – senti uma preocupação genuína em sua pergunta.

— A beira de um precipício. – admiti e suspirei. – E não é uma figura de linguagem. E nem associação pela altura que estamos sentados. – ela deu uma risada fraca.

— Não escalei até aqui e estou correndo risco de quebrar alguns ossos para te ver chorar. – ela disse me olhando nos olhos. – Eu tentei Arthur. – ela falou baixo depois de um tempo. – Fiz de tudo. Agora não tem mais jeito. Vocês dois chegaram a um ponto que é tanto rancor e mágoa... Nenhum sentimento sobressai a isso.

— Você é incrível. Eu te amo por tentar. Sabe disso né?

— Eu sei. E... Você me conhece, sabe que eu sou bem esperta né? – dei uma risadinha. – Já percebi os olhares e o clima entre você e a Alícia. Uma parte de mim está aliviada porque agora ela vai parar de atirar para todos os lados para te fazer ciúme e assim vou ter o Murilo quando eu quiser. – ela sorriu. – Mas a outra parte... Só está esperando a merda enorme que isso vai dar. Ela é minha amiga Arthur. E mesmo que seja a garota mais forte que já conheci na vida, ela vai sofrer muito porque você vai machuca-la. Ela nunca teve ninguém por ela. Nem mesmo os pais. Seu jeitinho carinhoso, é algo que quando ela não tiver vai doer demais.

— Eu sempre penso em todo mundo Fabiana. Deixa que eu seja egoísta pelo menos dessa vez. Preciso disso, preciso dela. Mesmo que eu não a corresponda, e ela sabe disso, eu sinto atração por ela e tenho vontade de estar com ela. Alícia tem um jeito que a faz parecer uma rocha e isso assusta e ao mesmo tempo fascina. É alucinante. – ela ficou me encarando de boca aberta.

— Você está se apaixonando. E não achei que isso era possível.

— Não estou. Sou louco para transar com ela, é diferente.

— Ridículo. – ela me deu um tapa forte.

— Sua doente, vamos cair! – reclamei me defendendo.

— Vocês tem noção que o Rafael entende de astrologia? – Alícia perguntou quase gritando devido a distância. – Desçam daí. – descemos e ficamos conversando um tempo antes de voltarmos para dentro e dormirmos.

O outro dia não foi nada tranquilo. Carreguei várias latas enormes de molho de tomate e de vários mantimentos da dispensa e levei para a cozinha. Depois transportei mais algumas coisas pesadas e fui tomar banho. Almocei e descansei. Em meia hora eu teria que ir ajudar Alice nas plantas. Meu estômago nevava por dentro.

— É sua ansiedade que está fazendo com que tenha que causar tantos movimentos para diminuir toda essa carga elétrica? – Murilo perguntou ao chegar.

— Como foi a “escola”? – perguntei e ri.

— Um saco. Esse povo só pode estar de tiração. Não dá para fingir que isso aqui é uma cidade.

— É uma extensão da cidade, segundo as palavras do seu tio e do seu pai.

— Que seja. – ele respirou fundo.

— Você chegou a transar com Alícia? – perguntei baixo.

— Não, por quê?

— Queria saber se ela era boa.

— Tá pensando na possibilidade?

— Já arquitetei tudo em minha mente. Só preciso deixar essa merda de surra ser esquecida.

— Esquecida? Acabei de vê-lo, está detonado. Não que ele não merecesse, mas você tinha que ter parado antes.

— Acabou de vê-lo? - o olhei.

— É ue. Não sou cego, ele passou por mim, eu vi. Qual o problema?

— Ele sente sua falta. - ele fez uma expressão confusa. - Quando brigamos, ele disse que vocês eram amigos e hoje sou eu seu preferido.

— Vocês não vão me colocar no meio dessa palhaçada né?

— É que eu nunca entendi como vocês conseguem ser amigos.

— Não somos amigos, converso com ele. Somos primos, esqueceu? Kevin é bem aturável longe de você. - ele suspirou. - Cara... - ele me olhou. - É muito sério isso entre vocês dois. Não é nada legal. Vocês deviam tentar se resolver.

— Isso não é possível. Mas aí... E sobre aquela parada do seu pai... A Fabiana estava aqui e nem conversamos direito.

— Não posso falar sobre aquilo, eu começo a chorar. Prefiro falar sobre a surra.

— Saiba que eu tô do seu lado. Sempre fomos amigos além de primos.

— Você é o único que sabe disso. Não preciso nem dizer o quanto é algo delicado e que não pode ser dito.

— Jamais. Mas devo confessar que saber disso ajudou ainda mais na raiva que estou sentindo do seu pai.

— Os meus pais são preocupados em manter o padrão Montez de família perfeita. E eles não souberam lidar com a criação dos filhos, eles praticamente fizeram e fazem tudo errado.

— Isso diz tudo sobre minha mãe. A preocupação excessiva dela sobre Alice me magoar fez um estrago na minha vida que jamais vai ser consertado.

— Está na hora de você ir ajudar sua prima. – meu pai apareceu e falou me olhando. – Não concordei com esse castigo e vou te tirar dele o mais rápido possível, então tenta não ficar de conversinha com ela, para o bem da sua mãe.

— Você prendeu os seus dois filhos que se detestam em uma sala para eles se baterem iguais dois galos de briga, por que ainda insiste em me dirigir a palavra? – sai sem nem esperar qualquer resposta.

A parte fácil desse castigo é que o serviço era moleza. A parte difícil é que mesmo nos evitando teríamos que ter algum contato.

— Você vai molhar os pés de alfaces até conseguir criar um lago? – ela perguntou estressada. – Vai pegar a pá para remover as folhas da grama que caíram daquela árvore. – passei a mangueira para ela.

— Quem diria que você mandaria em mim.

— Não diga nada que não tenha a ver com o serviço, foi a minha condição. Caso contrário eu me nego a continuar na função.

— Desculpa chefe. – falei com raiva.

— Depois de finalizar vá para dentro da estufa para acabar de plantar as sementes. – cumpri suas ordens. Quando estava acabando vi que o sol já havia se posto.

— Você está liberado. Sempre acabo as dezoito, um pouco antes de escurecer. – ela falou entrando na estufa. Ouvi um estalo e vi que a porta de ferro com vidro bateu atrás dela. Pude ver Murilo e Fabiana.

— CONVERSEM! – ela gritou e mostrou a chave.

— Que porra! O que eles pensam que estão fazendo? – ela questionou muito brava me fazendo assustar. – O que foi? – eu devia estar com os olhos arregalados com certeza.

— Você nunca fala palavrões.

— Não vou ficar aqui presa com você. – ela andou de um extremo ao outro. Olhou para todos os lados e paredes. – Vou quebrar isso.

— Vai foder ainda mais com a minha vida? Ninguém vai acreditar que foi você e a culpa vai cair em mim, vou acabar sendo expulso Alice. Não faz isso, por favor.

— Nem se eu quisesse eu faria. Cadê eles? – ela chegou bem perto do vidro para aumentar sua visão. – Não estou vendo. Bom... Eles não devem demorar muito. Daqui uma hora e alguns minutos vai dar a hora do jantar. Vamos só ficar em silêncio e esperar. – ela se sentou no chão em uma ponta e eu na outra. Fiquei olhando para ela tentando entender como ela podia ter caído nas lábias do Kevin. – Se não puder nem me olhar eu agradeço.

— Não quer mesmo falar comigo? O tempo pode passar mais rápido.

— A última vez que nos falamos você fez suposições sobre minha vida sexual e me chamou de vadia, então não, eu não quero falar com você.

— De qualquer forma continuamos presos no mesmo lugar. E juntos. Brigar não vai ajudar em nada.

— Não vou brigar. Você é inexistente pra mim. Não sei nem por que continua falando.

— Não finge que não se importa! Você ficou de cama depois de ouvir aquilo de mim.

— Ah... Isso é motivo de orgulho para você? Devia saber o quanto era idiota, não é atoa que nunca namorou ninguém.

— Nunca namorei porque desde que tenho idade para pensar em namoro eu só tive tempo para você e quando eu comecei a me envolver com algumas garotas... Descobri o que sentia. E isso já tem três anos.

— Cala a boca. Sua voz me dá nojo. – fiquei calado por um tempo. Ela pareceu ver o quanto havia me magoado e deu sinais de arrependimento.

— Olha... Temos que pensar em alguma solução juntos se quisermos sair daqui. Sei que a gente se odeia, mas...

— É, eu te odeio. E eu já falei para calar a boca! – ela ia me xingar mais, mas de repente se calou.

— O que foi? Por que está assustada assim? – comecei a olhar ao redor e para cima.

— Eu te odeio... – falou devagar.

— Sei disso Alice.

— Eu realmente te odeio.

— O que você quer que eu faça? Comemore?

— Se eu te odeio... Eu odeio, entendeu? O ódio, ele é um sentimento oposto a... – fiquei tão assustado quanto ela. – Eu não posso te odiar. Deve ser só raiva. Porque se eu sinto ódio eu posso sentir amor.

— Talvez você possa.

— Realmente te odeio. Não consigo ficar no mesmo local que você. – ela se levantou e começou a andar em círculos. Eu me levantei e fui andando devagar em sua direção.

— Você está magoada. Eu sei que te feri... – eu me aproximei e em um impulso levei a mão direita ao seu rosto.

— Não encosta a mão em mim. – ela deu um tapa em meu rosto com força.

— Não sei o que me deu, não queria encostar em você. – admiti com sinceridade e vergonha. - Mereço isso. Achei que estivesse completamente certo, mas aqui em sua frente, só nós dois, consigo ver você por dentro, você não é aquilo que eu pensei, não pode ser. – quase gritei de raiva. – Ninguém nos separou. Eu sou o culpado. Por que custei a ver isso? – a puxei para mim e abracei forte. Meu coração estava muito acelerado. Eu a apertava tanto, porque sabia que quando a soltasse tudo voltaria ao ponto que estava, tudo desfeito. - O que aconteceu foi que eu fiquei cego de ciúme e fiz uma merda atrás da outra. Aquele dia eu estava drogado Alice, estava fora de mim. Eu nunca teria coragem de fazer nada com você... Eu te respeitava, mesmo que nossos beijos quase me obrigassem a fazer o contrário. Não estou te pedindo perdão. A gente foi destruído para sempre e não tem como recuperar. Só estou querendo ser honesto como sempre fui. – ela me olhava assustada, estava com medo de mim.

— Estava drogado igual você estava ontem quando não conseguiu parar de bater em seu irmão. E no dia que chegou rindo lá em casa. E vários outros dias que eu nem imagino. Você não percebe o quanto você está no fundo do poço?

— Por que você conversou com ele? Na tarde do dia que eu pedi para nos afastarmos? Meu pai me mostrou o vídeo de vocês dois brincando.

— Porque Kira pediu para eu não me afastar dele. Ele é alguém melhor quando eu estou por perto e isso nem você pode negar.

— O tempo todo eu pensando que você fez porque quis.

— Na verdade eu quis, ele me faz bem. Eu me divirto com ele. Eu nunca quis me afastar de Kevin.

— E vale a pena nos sacrificar por isso?

— Você que sacrificou. É mais fácil que aceitar nossa amizade né?

— Não é só amizade, vocês já se beijaram. Ele te quer. Não confio nada nele e a gente se odeia demais. Quer mais motivos?

— Parece que o universo não quer que a gente fique juntos. Nossa história é complicada demais. E ainda tem vocês dois.

— Isso é verdade. – ficamos nos olhando. – Mas eu estou certo quanto a ele.

— A droga está acabando com sua capacidade de pensar e você está acreditando em tudo que escuta. Não aconteceu nada, não tem como eu te provar e nem quero, mas você ficar toda hora batendo nessa tecla de que eu fiquei com ele é humilhante.

— Já não disse que consigo ver você por dentro? Não quis dizer que ficou com ele.

— Porque não conseguiu me ver por dentro aquele dia em seu carro?

— Estava drogado e magoado. As imagens do vídeo eram muito recentes. Quando a raiva passa, só fica o sentimento. Eu te amo Alice, por mais que eu queira tanto te esquecer, dói muito dizer isso.

— Só me esqueça Arthur. Arrume um jeito e faça isso. – ouvimos um barulho e a porta se abriu. Ela saiu quase correndo.

— Pelo visto a ideia não deu certo. – Fabiana comentou desanimada.

— Fim parte dois. Muita coisa foi esclarecida, não foi em vão.

Aquela noite eu decidi que não iria me isolar dos meus primos e meus amigos porque o esquema do Kevin era convencer todos, principalmente Alice, que me tornei um drogado sem controle e me isolar só o ajudaria.


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