Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 17
Honestidade


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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— Seu nariz, tá sangrando. – senti o sangue descer e limpei com minha camisa. Sentei de novo para apoiar a cabeça e ficar com ela inclinada para cima.

— Sempre acontece isso? É emocional?

— Não. É químico. – a olhei de relance.

— E aquele papo de mal uso? Erva não pode, esse veneno pode?

— Foi só hoje, eu precisava de coragem.

— Posso saber pra que?

— Para conseguir transar com uma mulher com o pensamento em outra e sofrendo tanto.

— Nunca ouvi tanta merda junto. Isso é ridículo e você sabe né? – a olhei e voltei a encarar o céu. – Ao menos conseguiu?

— Nem fui lá. Fiquei em um lugar que eu e Alice costumávamos ir anos atrás aqui perto.

— Esse tempo todo? – ela parecia surpresa.

— Sim... Nem todo tempo do mundo vai ser necessário para conseguir aceitar isso tudo que está acontecendo.

— Isso tudo se resume em você ser o maior idiota de todos os tempos. – ela respirou fundo inconformada. - Por você sempre ter sido perfeitinho tem um crédito, mas eu não sei se isso vai ser o suficiente para ser perdoado quando perceber que estava errado.

— Aquele lugar me trouxe tantas lembranças... Sabe... Quando cheguei lá no alojamento eu te contei sobre ela, mas não te falei detalhadamente como tudo aconteceu. – ela ajeitou seu corpo e me olhou.

— Conta. – seu sorriso me mostrou que ela esqueceu um pouco a raiva por mim.

— Como você sabe, nossos pais são irmãos e minha mãe, não sei porque razão nunca saiu da casa da minha vó. Ravi quando se casou com ela aceitou ir morar lá.

— Até porque aquela casa abrigaria mais umas quinze famílias.

— Sim, mas sei lá... Todo casal quer sua casa, não? Minha mãe é esquisita. Enfim... Devido a isso eu e Alice nos encontrávamos além do comum. E também eu estava sempre aqui. Eu e Murilo sempre fomos bem amigos. Até ele se afastar um pouco por eu ser mais apegado a ela e ele ao Kevin. – dei um sorriso ao lembrar o passado. – Nisso entra meu irmão... – suspirei. – Nunca nos demos bem. Uma vez eu estava subindo de bicicleta aqui e ele me viu e então jogou uma pedra na altura dos meus pés para que eu caísse, se o tombo fosse um pouco pior o médico disse que eu poderia ter uma lesão no braço direito que me impediria de pegar qualquer peso para sempre.

— Que desgraçado.

— Esse é só um exemplo. Ele já fez inúmeras coisas. Eu até aceitava quando era comigo, mas com ela não. Não podia. Porque ela não conseguia se defender, ela ainda não sentia medo, não tinha reflexos e precisava de ajuda. E Murilo nunca foi atento a isso. Então era o meu papel. E para isso eu precisava estar sempre ao seu lado. Lembro como se fosse hoje o dia em que esse sentimento por ela começou... Tem exatamente três anos. Eu tinha quinze anos e ela doze. Todos nossos amigos e primos estavam brincando de atirar com arminha de água e como sempre o Kevin tinha que aprontar... Ele apareceu com uma arma diferente que o jato era bem maior e com mais pressão e acertou nela, fui correndo para ver se ela havia se machucado porque ela estava com a mão no rosto e quando cheguei perto dela coloquei seu cabelo atrás da orelha e a olhei... Daquele jeito, sabe? Toda molhada... Vulnerável como sempre. Mas aquele dia foi diferente. Quando ela olhou para cima e viu que era eu e me agarrou tão forte, a partir daquele instante tudo o que eu quis é que ela fosse minha. Meu coração acelerou tanto. – a olhei. – E esses três anos foram tão difíceis. Primeiro tive que entender o que eu sentia... Depois aceitar. E então esquecer. E quando vi que não conseguiria me mudei. E ela me aparece dizendo sentir algo. No fim descubro ser tudo mentira.

— Você tem mesmo certeza do que você sente?

— Lógico. Mas tenho que ser sincero... Ela ter beijado o Kevin primeiro e depois se envolvido com ele... Já tinha mexido comigo e agora ela faz isso. Só posso concluir que é ele que ela quer. E pra que ela faz esse teatro comigo? Para provoca-lo. Minha mãe avisou que ela me quebraria de um jeito difícil de restaurar, mas não imaginei que seria tão rápido.

— Ah, não! Não chora! – ela me abraçou com carinho, o que fez meu desespero só aumentar. Já estava chorando de soluçar. Ficamos assim um bom tempo.

— Isso tudo revelou um lado meu que eu não conhecia... – contei depois que já havíamos nos separado. – Um lado bem obscuro. Sou vingativo e nem sabia. Já comecei me vingando dela.

— O que você fez Arthur? Ela é frágil, você esqueceu isso?

— Engraçado porque quando ela quer ela é bem forte.

— O que você fez?

— Disse algumas coisas que ela precisava escutar, como por exemplo, que ela é uma vadia. – passei a mão no rosto. Verdadeiramente eu não queria ter feito aquilo. – A onda bateu. Lugar errado, momento errado. Ela semi nua em cima de mim no meu carro... Não consegui evitar.

— Até ai tudo bem... O irmão dela me chama de vadia toda transa. – ela tentou amenizar as coisas.

— Não estávamos transando. E o contexto não foi esse.

— Eu sei. – ela deu um suspiro pesado. – Estou só brincando para disfarçar o quanto estou pasma. Ela é fofa demais para você chama-la de vadia até na cama.

— Isso foi machista. – retruquei. – A mulher pode ser chamada do que ela quiser. Ela tem que se sentir bem. E pronto. – dei de ombros.

— Ah claro, e não é machista chama-la de vadia porque você concluiu na sua cabeça de idiota que ela é louca pelo seu irmão. Nota um de dez para a sua historinha fictícia. Os dois não tem nada a ver.

— Não tem? Ah não. – fiz sinal negativo com a cabeça. – Como se divertem tanto juntos? E eu não a chamei de vadia por isso. Chamei porque ela me usou.

— Mano vai fazer um exame pra ver se você tem algum problema cerebral também. E  eu estou falando sério. – fiquei calado. – Foi sua mãe que pesou nisso não foi?

— Jamais. Nada seria suficiente para me fazer desistir de Alice há não ser ela mesma.

— Arthur... Vou te falar uma coisa... Não espero que acredite em mim. É a sua família, é sua mãe, eu sei. Entrei na sua vida há pouco tempo. Mas eu preciso te falar isso. – a olhei diretamente. – Outro dia escutei sua mãe falando assim “Faça o que tiver que ser feito, não quero Arthur com Alice.” Eu me assustei muito e fiquei imóvel, mas logo sai correndo. Não vi com quem ela falou. Mas pensa bem se isso tudo não é armação.

— Para de ver comédia romântica. – pensei durante um tempo. – Desgraçados. – dei uma risada amarga. – Foi com meu pai provavelmente.

— Você acredita em mim?

— Conheço a minha mãe. Ela é legal, fofinha, mas mimada pra caralho e se alguma coisa não sai como ela quer, ela faz com que seja feita e não existe ninguém no mundo mais sem escrúpulos que faria de tudo para conseguir algo que ela deseja que o meu pai.

— Por quê? Ele ainda a ama?

— Sim. Ele fez o teatro de amar Kira para não sair por baixo quando ela o largou para decidir ficar com Ravi, mas é nítido o sentimento dele, o que não muda nada porque sentimento nenhum o faria prestar.

— Então de certa forma ele faz tudo que ela quer?

— Exatamente. Até parar lá na universidade e fingir ser um bom pai ele fez. – fiz cara de paisagem.

— O que eu te contei não te assusta? Você agora não consegue ver o quanto estava errado?

— Tá. – respirei fundo. – Confesso que mesmo o conhecendo como ninguém ele conseguiu me envenenar. Ele entrou em minha mente. – fechei os olhos. – Mas aquelas cenas... – abri os olhos e a encarei. – Isso tudo não teria acontecido se ela não fosse assim com Kevin. Posso mesmo estar errado, coisa que há dez minutos eu tinha certeza que não estava, mas do mesmo jeito não daria certo. Pedi a ela para se afastar dele. Ela não fez. E ainda fazia isso escondido de mim. Não confio mais em Alice. E agora é só ela e ele. Que se resolvam e me tirem disso.

— Você acha que eles vão voltar a ficar?

— Não acho, tenho certeza.

— E se ele a conquistar e você a perder pra sempre?

— Qual a parte que eu acho que ela já gosta dele você não entendeu?

— E qual a parte que você foi induzido a pensar isso você ainda não percebeu?

— Eu sei. Mas isso foi uma parte apenas. Outra parte ainda prevalece.

— Você é muito cabeça dura. – ela respirou fundo. – Já amanheceu, vamos deitar.

Os dias passavam até que rápidos, eu descansava e dormia para descontar o trabalho duro das últimas semanas. Ainda não havia visto Alice, o que eu evitava e parece que ela também.

— Você não pode tirar Maísa do hospital porque nossa filha está com mal estar. – ouvi meu tio Vini falar com a esposa enquanto eu descia com os pratos de jantar meu e de Alícia.

— Vinicius já é terça feira e ela ainda está de cama! São quatro dias. Um stress emocional e uma dor no estômago não causam isso.

— Maísa não pode largar várias pessoas doentes para vim olhar apenas uma!

— Essa uma é Alice, você não está nem um pouco preocupado com o estado da sua filha não é mesmo?

— Diagnosticaram como stress emocional, então vai passar Raíssa. – enquanto eu esperava os pratos na lavadora eu passava os olhos de um para o outro, como todos que estavam na sala.

— Pra você tudo passa né Vinicius?

— Por que está falando comigo desse jeito? – ele se aproximou dela se alterando.

— Ei, vocês não vão brigar né? – Tio Gu perguntou preocupado.

— Já estamos brigando se você ainda não percebeu. – ela respondeu e voltou a encarar o marido. – Não sei como te aguento há tantos anos. – ela ia saindo com certeza indo até Alice.

— É simples, é só se separar. – ela parou e o olhou.

— Espera a cidade voltar ao normal e a gente dá inicio a papelada, até lá mantenha distância de mim e da minha filha.

— Ela está nervosa. Sabe que os filhos são tudo para ela. – o irmão dele opinou e bateu em seu ombro. Assim que Gustavo saiu ele me olhou.

— Você sabe o que está acontecendo com Alice?

— Acho que devia perguntar para o Kevin, aposto que ele deve saber. – sua expressão ficou ainda pior. – Vou deixar a máquina trabalhando já que demora. – subi novamente bem rápido.

— Está todo mundo lá fora. – Alícia disse assim que entrei no porão. Ela saiu da pequena varanda e veio até a mim. – Você está nervoso.

— Queria só ir embora daqui, sair de Torres o mais rápido possível.

— Eu sei, eu também queria. Mas estamos presos aqui. – ela deu uma pequena risada triste. – O que te incomoda tanto? Sua ex? É Aline o nome dela né?

— Ela é a menor das minhas preocupações. Na real ela nunca chegou a ser uma namorada.

— O que foi então, tira isso do seu peito. – ela se aproximou e passou a mão em meu corpo. Olhei aquilo.

— Está usando meu estado emocional para dar em cima de mim? – perguntei não conseguindo evitar o sorriso, Alícia era hilária.

— E quando eu poderia tentar? Você está sempre atrás da sua prima.

— Não fala dela. – fiquei estressado. – Lembra quando você disse que eu tenho um pai que traiu minha mãe? – ela fez sinal positivo. – E afirmou ser ele o motivo de tudo... De eu agir da forma como costumo agir, porque ele magoou a mulher que mais amo no mundo. E você ainda inventou uma teoria de eu não suportar me envolver com alguém por não querer correr o risco de ser como ele. Apostou que eu estava cansado de evitar ter sentimento por alguém.

— Sim, lembro disso tudo.

— Acertou em partes. – respirei fundo. – Tenho um pai que traiu a minha mãe e acho isso repugnante. Talvez seja ele o motivo de algumas atitudes minhas, mas não todas. Mas eu não me envolvo com alguém emocionalmente porque tenho medo de ser como ele, eu nunca seria como ele, sei do meu caráter. Não me envolvo porque há três anos sou dominado por um sentimento controlador e obsessivo. Quero me livrar dele. Sua aposta estava completamente correta, estou cansado de evitar ter sentimento por alguém, mas é alguém especifico e que eu já tenho sentimento.

— Por que está sendo tão aberto e honesto? – ela perguntou depois de um tempo pensando em tudo que eu disse.

— Porque estou cansado de não confiar em ninguém. Eu te devo desculpas por ter te ofendido quando fiquei sabendo que ficou com Rafael e pelo que eu disse na boate. Por mais que essa cicatriz sempre vá me lembrar sua vingança, sinto que preciso me desculpar.

— Temos que seguir em frente né? – ela deu uma risada dessa vez fofa.

— Saiba que não me deve mais nenhum favor. Não vou ficar te cobrando nada.

— O que você pensa de mim? Em meio a tudo é só isso que me preocupa.

— Você disse orgulhosamente que não se importava.

— Usei o argumento de gostar de você. Eu me declarei aquele dia. Isso você se lembra?

— Claro. Ninguém nunca se declarou para mim de forma tão gentil e com palavras tão originais.

— Sabe, eu errei... Você não é um covarde.

— E você não é uma... Você sabe. – respirei fundo. – Voltei a dizer isso há uns dias atrás... Para alguém que eu nunca imaginei que fosse dizer.

— Oi. – Fabiana chegou e se sentou na cama nos olhando. – Vocês dois estão parecendo um casal, tá rolando algo?

— Estamos acertando as coisas. – soltei as mãos de Alícia.

— E você e Murilo sua enxerida? – ela perguntou se divertindo e sentando ao lado dela.

— Ah... O mesmo de sempre. Sexo intenso, orgasmos maravilhosos... E só isso.

— E a Aline? – perguntei a olhando.

— Obtendo a atenção necessária para deixar de ser chata. – não aguentei e ri.

— Como ele consegue se meter em tanta fria? – perguntei a mim mesmo.

— Fala galera. – Fael chegou e praticamente pulou na cama.

— Chegou quem não precisava. – Alícia comentou e deu um sorriso irônico para ele.

— Como que está a saga de tentar pegar Sophia? – Fabi perguntou o olhando.

— Desisti. Ninguém é bom o bastante pra ela. É como o resto da família. – ele deu de ombros. – O sobrenome Montez tem influência nisso.

— E eu me tornei a pessoa que eu mais temia, aquela que concorda com Rafael. – Fabiana afirmou e a olhei. – Para o seu tio Vinicius nem você é bom para a filha dele.

— Eu não quero ser. E dá para evitar falar nela? Já pedi.

— Então chega aí, tenho outra coisa pra falar. – Fael me chamou e foi para perto da porta, quando cheguei notei que ele estava com medo.

— Qual foi a merda que você fez?

— Ainda não fiz. Em respeito a você vim te pedi autorização antes.

— Pra fazer alguma coisa que eu reprovo?

— Tá, vamos lá antes que eu perca a coragem. Sua irmã está dando em cima de mim. Pra caralho. Não estou conseguindo mais fingir que não estou entendendo.

— Vá em frente. – dei de ombros. Ele me olhou bem assustado. – Se fosse há uns quatro ou cinco dias atrás eu iria quebrar sua cara, mas... Cansei de tentar controlar tudo. Otávia deve saber que você não é o tipo de cara ideal para ela. Se mesmo assim ela te quer...

— Posso te dar uma opinião? Se eu não puder vou dar mesmo assim. Você fica bem melhor longe de todo esse dilema com o que sente por sua prima.

— Eu estava tão determinado a fazer dar certo quando ela disse sentir algo... E agora que sei que ela pode não sentir nada, mesmo que sinta, toda minha determinação está centrada em esquecê-la. E dessa vez não vou usar mulheres, bebidas ou drogas. Vou fazer do jeito certo.

— Estarei aqui para o que precisar. Sabe disso.

— Tá. Agora vai lá “cunhado”.

Achei que teria paz em um novo dia, mas estava estupidamente enganado. Primeiro tive que ir com Ravi na obra checar a finalização, depois minha mamãezinha, quem eu nem estava conversando direito, organizou um mutirão com todos os meninos para a gente começar a levar as coisas para lá e organizarmos tudo, agora para finalizar com chave de ouro meu pai queria conversar comigo.

— Sua mãe está bem chateada. Ela disse que você a tem evitado. O que aconteceu? – ele questionou enquanto eu empilhava algumas caixas na caminhonete cedida pelas autoridades.

— Está quente, estou cansado e estou trabalhando, coisa que você não deve fazer já há alguns dias... Então dá pra me deixar em paz?

— Não sairei daqui enquanto não me disser.

— Você não se cansa de ser o cachorrinho dela? – parei aquilo e o olhei. – Sempre faz tudo o que ela quer, o tempo todo. Não existe a possibilidade de ela largar Ravi e ficar contigo. Devia saber disso.

 - Na verdade não faço por ela, faço pelos meus filhos, tudo o que ela me pede tem a ver com você ou Yuri.

— Devia ter pensado na gente anos atrás antes de transar com a melhor amiga dela. – voltei ao que estava fazendo.

— Você nunca vai me perdoar né?

— Ainda bem que isso não faz nenhuma diferença para você.

— Vi que você e Alice parecem afastados... – o olhei e dei uma risada.

— Ah claro... Na verdade o que você veio fazer aqui é se certificar se o plano perverso de vocês dois deu certo. Pode falar pra ela que sim.

— Você está louco?

— Não precisa se fazer de inocente, eu sei de tudo.

— Como você sabe?

— Sempre estarei alguns passos à frente de você papai. – afirmei olhando em seus olhos com muito ódio.

— Prevejo que vocês dois estão fingindo afastamento para sua mãe te deixar em paz.

— Está errado. Vocês realmente conseguiram o que queriam. Mesmo eu sabendo que foi uma armação isso não muda muita coisa.

— Agora eu fiquei bem confuso.

— Não quero ficar com Alice. Não foi por nada que você disse. Você até se esforçou bastante e tenho que admitir que quase conseguiu entrar em minha mente... Mas o motivo é bem maior.

— E qual é?

— Pedi a ela para se afastar dele, ela concordou. Ela, melhor que ninguém sabe o quanto eu e ele não nos damos bem e o quanto ele a quer. Ela ficava a noite comigo e seja como for se divertia com ele de dia. Ela... Ela me lembrou você. E eu repugno demais a ideia de ficar com alguém que me lembre você. – ele entendeu que esse era o fim. Fui para o sótão tomar um banho, eu estava suado demais e agora com lembranças terríveis na cabeça. Um banho gelado era tudo que eu precisava.


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