Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 16
Intrigas


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777951/chapter/16

Acordei agarrado com Alice, aquilo parecia nem ser real. Mas ela teve que descer correndo e eu me arrumei e fui tomar café.

— Podemos conversar antes de irmos? – Ravi perguntou bastante sério. Imaginei do que se tratava. Eu o segui até lá fora.

— Arthur você pode beber, fazer sexo, fumar cigarro ou maconha, isso é com você, mas quando faz isso na frente da sua mãe como foi aquele dia você a magoa. E você a está magoando demais e eu não estou gostando disso. –baixei os olhos, eu não conseguia nem encara-lo. – Não tem nada a me dizer?

— Ela está magoada por outro motivo. Eu e Alice estamos juntos.

— Que insanidade! Vinicius vai te socar até a morte Arthur, você só pode estar louco. Por isso ela não me contou nada.

 - Eu sei que ele é extremamente agressivo e não aceitaria... – ele me interrompeu.

— Ele tem um problema. Um transtorno. Ele não consegue controlar a raiva dele. A luta até ajudou, mas você está tocando no ponto fraco dele. A filha é tudo o que ele protege.

— Ele precisa fazer terapia! A garota não vai ser adolescente pra sempre.

— Até outro dia ela era comparada a uma planta. – ele passou a mão na testa. – Isso é muito delicado Arthur. Raíssa sabe?

— Ainda não. Mas ela sabe tudo da gente.

— Ela é a única pessoa que pode aos poucos fazer com que Vini pelo menos não quebre seu pescoço ao cogitar a ideia. Mas não deixe tudo na mão de Alice, peça ajuda a ela, mostre que você está disposto a fazer qualquer coisa pela filha dela.

— Você sabe que eu não seria nada sem você? – falei com meus olhos cheios de água. Olhei para o lado e vi meu pai entrando no carro dele com Kevin. – E isso me faz odiar ainda mais aquele sujeito.

— Vamos trabalhar. – ele sorriu.

— Ah, tenho que ir buscar Alícia. Pode ir que te encontro lá.

Quando voltei meu pai chamou para uma conversa assim que sai do carro. Andamos um pouco para mais afastado da casa. Não podia ser coisa boa com ele no meio.

— Você não pode ficar com Alice. – ele disse sério e cheio de pose. Dei uma risada.

— Argumente!  - cruzei os braços. – Não invente que você e a mãe dela tiveram um caso e ela pode ser minha irmã porque eu não vou acreditar nisso.

— Por que não? Eu não sou sem caráter? – olhei para ele.

— Você precisaria de mais que isso para convencê-la. E eu não creio que você correria o risco de apanhar do tio Vini até a morte. E, mais importante, Alice é a cara do pai. Principalmente os olhos.

— Você é bem esperto. – ele revirou os olhos impacientemente. – Não é isso. Não poderia ser mesmo. – ele deu uma risadinha espirituosa.

— Quero ir tomar banho e comer, desenrola.

— Ela não é tão boazinha assim. – nos olhamos. – Ela está te usando. Isso de “estou sentindo algo por você” é tudo mentira. Foi uma invenção premeditada, ela esta se vingando de Kevin.

— Por quê?

— Eles realmente estavam se dando bem... Se é que me entende. No inicio ele tentou entrar em um personagem por ela... Fingiu de bom moço, fez de conta que era como você. – ele pegou um charuto no bolso. – Mas não durou muito. A primeira vez que Alice o contrariou ele mostrou sua verdadeira face. E ela está te usando para machuca-lo.

— Desde quando você fuma charuto? – estranhei.

— Desde que meus dois filhos resolveram cair no conto de uma ninfeta. Vocês não tem nada na cabeça né?

— Acabou a historinha? Posso ir?

— Esperava por isso. – ele riu. – Não queria te ver ainda mais ferido... Mas... Já que insiste... – ele pegou seu celular. – Veja com seus próprios olhos. – ele me mostrou um vídeo de Alice e Kevin rindo conversando e depois brincando correndo atrás um do outro. Ele a agarrou por trás e ela se virou e o olhou de um jeito diferente e deu um sorriso grande. Ele não havia desistido. - Pode olhar a data de criação, foi hoje. Se quiser confirmar, sua mãe viu e acho que algumas das suas tias e amigos também.

— Não vi nada de mais. – menti. Não deixaria meu pai se sentir vitorioso. – Eles são amigos afinal.

— Sério Arthur? – nos olhamos. – Consegui ouvir os batimentos do seu coração daqui e sua respiração já não é mais a mesma há uns bons minutos.

— O que você quer com tudo isso? Qual é a vantagem para você em eu não ficar com Alice? Não pensa que eu sou otário. Eu te conheço. Não vem com aquele papo de que se preocupa e quer ser um bom pai.

— A vantagem é não ver pelo menos um dos meus filhos não ser usado.

— Você descobriu as merdas do Kevin ontem... Ele estava tranquilo demais, então ele já devia ter merda sua na manga... Daí ele trocou você separar eu e Alice por ele não te entregar para as autoridades. Acertei?

— Você é muito ingênuo de achar que eu acabaria na mão de um garoto. Seja ele quem for e quanto inteligente e esperto for.

— Se você não mandar a real eu vou falar pra Kira sobre sua amante.

— Ela não vai acreditar. – ele deu de ombros e riu. Pior que estava certo.

— FALA LOGO PORQUE VOCÊ QUER QUE EU NÃO FIQUE ELA! – ele conseguia tirar toda minha sanidade.

— Ah, fica. Quem vai ser idiota é você. Cansei. Só tentei te avisar. Eu fiquei incomodado com essa situação! Mas que se dane né Arthur? Toda vez que eu tento fazer algo certo é isso, você só grita e só sabe duvidar das minhas intenções. É mais fácil lidar com as artimanhas de Kevin que com seu temperamento.

Enquanto ele entrava em seu carro certamente para ir até onde havia enfiado sua amante até o abrigo ficar pronto, respirei fundo e entrei na casa. Minha mãe veio logo em minha direção.

— Estou cansado. – desviei dela e fui para o sótão, onde encontrei Fabiana e Alícia deitadas conversando.

— Oi. – falei e já fui pegando minha toalha e minha roupa.

— Arthur – Fabiana me parou na porta do banheiro, me virei totalmente contrariado. – Queria muito falar contigo, é um pouco urgente. – olhei em seus olhos.  – Fiquei com Murilo ontem... – ela começou a falar mais baixo. – Foi só um beijo e bem rápido, mas eu acho que isso de ele me agarrar assim do nada significa alguma coisa... – minha mente já não estava mais ali. As imagens do vídeo que meu pai me mostrou insistiam em se repetirem a todo instante no meu subconsciente.  - ...O que você acha?

— O que quer que eu diga? – falei um pouco mais agressivo que o necessário. – Você se ilude sozinha, cria as histórias em sua cabeça e vem perguntar pra mim o que eu acho? Sai. – a empurrei e fechei a porta. Só conseguia pensar em como Alice conseguia ser assim... Ela estava me enganando, não era possível. Ela sabia que eu não gostava dela perto do Kevin, ela sabia dos problemas entre eu e ele. Como ela conseguia agir assim? Queria socar a parede de raiva, essa era minha reação toda vez que eu saia do limite... Mas eu estava muito mais destruído que enfurecido. Ela gostava dele. De alguma forma, gostava. Não sei se o sentir de Alice veio muito intenso e isso explicava esse apego por ele, mas de qualquer forma foi algo que me machucou profundamente.

— Por que falou daquele jeito com ela? – Alícia perguntou quando sai do banho. – Ela está magoada. Desceu sem nem conseguir disfarçar que choraria. E você pelo visto chorou também. O que foi Arthur? – ela se sentou na cama enquanto me olhava.

— Está se sentindo bem? – perguntei preocupado.

— Sim. E eu te fiz uma pergunta.

— Vou jantar, estou com fome. – falei qualquer coisa e fui comer. A primeira pessoa que vi foi ela. Não conseguia tirar os olhos dos seus, não entendia como ela podia ser esse alguém que meu pai descreveu e que eu conclui após aquele vídeo.

— Está gripando amor? – minha mãe perguntou me fazendo carinho. – Seu nariz está vermelho.

— Devo estar. – desconversei e me servi, comendo pouco e devagar. Meu estômago embrulhava.

— Bora lá pra fora. – Murilo passou batendo em meu ombro. Todos já estavam indo.

— Peraê. – falei pra ele e acabei de tomar meu suco.  Andamos até a porta da sala e ele me olhou sem saber o que era. – Melhor a gente ir ali. – fui até meu carro e abri a porta e sentei no banco do motorista com as pernas para fora. Ele escorou na porta e parecia ainda mais curioso. – O que você acha que sua irmã sente por mim? – olhei em seus olhos.

— Paixão? Não sei. Talvez mais que isso porque pelo que eu soube da forma como ela ficou quando você não conseguia beija-la.

— Talvez ela tenha ficado desse jeito propositalmente... Para que eu me sentisse mal e conseguisse fazer a vontade dela.

— Que? Tá chapado? – ele franziu a testa. – Ela gosta de você. Essa pessoa aí que você tá descrevendo é tudo menos minha irmã.

— Como tem tanta certeza que ela gosta de mim?

— Ela nunca deixou de falar em seu nome desde que foi para a universidade. Pensei que era coisa da minha cabeça, até que ela me contou. Agora ela tá claramente demonstrando isso.

— Como ela pode gostar de mim?

— Dizem que ela não pode amar, mas talvez ela chegue a gostar e até se apaixonar. Nunca alegaram isso não ser possível. E não se lembra que ela chegou ao nível máximo de melhora? – ele me olhou parecendo intrigado. – O que está pegando Arthur?

— Só estou tentando entender. – suspirei. – Vamos pra lá. – levantei e fechei a porta.

E aconteceu. Eu não aguentei e terminei tudo o que nem havia começado direito. As cenas foram fortes demais. As palavras do meu pai poderiam não ter tanta influência em minhas atitudes, mas o que eu vi sim. Subi e me deitei ao lado de Alícia. O meu peito doía, mas todas as lágrimas que eu tinha que derramar se foram no banho. Ela me olhou, mas não falou nada. 

— Quer conversar Arthur? – ela se virou para mim.

— Se preocupe apenas com a sua recuperação. – ela acatou minha resposta e não insistiu. Pouco tempo depois fui para o colchão no chão e dormi rapidamente, o cansaço era maior que qualquer coisa no momento. Quando acordei vi que Fabiana e Alícia dormiam. Tomei um banho rápido para acordar, escovei os dentes, me arrumei e desci.

— Está me pedindo algo impossível! A engenharia não conseguiria adiantar mais ainda o que estamos fazendo. Tudo foi projetado para ser feito o mais rápido. – ouvi a voz de Ravi assim que cheguei a cozinha. Ainda tinha isso. – Semana que vem vai acabar, eu prometo. Pode acalmar a população. – ele desligou e me olhou enquanto eu pegava um café.

— Se eu mandar o prefeito para o inferno eu vou preso?

— O mandato dele acaba esse ano, Caleb pensa em se candidatar... Ele sempre quis isso. Então espere um pouco, vai ter essa oportunidade. – minha tia Raíssa contou e riu.

— Se candidatar? – sentei na bancada com eles.

— Se você conversasse um pouquinho comigo iria saber.

— E os hotéis? Tio Gu não dá conta sozinho. O tio Vini ajuda, mas ele tem os negócios dele... Não vejo você com tempo para isso.

— Seu irmão faz dezessete anos daqui a pouco. Ano que vem ele já vai ter dezoito... Ele vive no hotel. Já vou começar a treina-lo para algumas coisas. Ele pode me ajudar muito. – ah, lógico!

—Isso é ridículo! Você acha mesmo que ele tem responsabilidade?

— Em quem mais se pode confiar para cuidar dos negócios de família há não ser na família? – olhei em seus olhos por um tempo após essa pergunta.

— Você concorda com isso? – olhei para Vinicius.

— É direito dele. – ele deu de ombros e pela sua expressão sabia que não era o certo.

— Pela sua cara já está sabendo da novidade. – Kevin chegou pegando em meu ombro e apertando. Respirei bem fundo para não socar ele inteiro. – O papai vai me dar algumas funções no hotel. Para que eu não tenha tempo livre e surjam ideias... Você sabe. – ele riu. – Bom... Isso é depois que esse pesadelo passar.

— Tira a mão de mim. – balancei o ombro com ferocidade.

— O animal fugiu da jaula. – ele debochou a minha fala de uns dias atrás e saiu. Reparei que agora Fabiana estava sentada com Alice no sofá. Aline estava escorada na porta da sala com uma caneca de chá, parecia triste. Precisava me desculpar com Fabiana, mas fui primeiro na morena na porta.

— O que foi? – perguntei baixo. – Senti o seu desânimo a distância. Preocupação com a doença?

— Também. Mas o que está me deixando assim é o seu primo. – ela deu um sorrisinho. – Acho que não tenho mesmo sorte. – seu olhar se voltou para a mata. – Ele vem me deixando de lado... Ontem descobri o motivo. Sua amiga do cabelo rosa. Sabia que eles tinham se pegado, não sou burra, mas parece que ele está sentindo falta, pois foi atrás dela ontem.

 - Que horas?

— A noite, depois que você foi dormir. Eles ficaram um tempão juntos. E quando eu falei com ele que iria dormir porque a Alice já estava indo – só de ouvir o nome dela meu coração disparou. – ele simplesmente disse que ficaria ali. – ela voltou a encarar a paisagem. Depois de alguns segundos me olhou. – Não sei o que você disse a ela, mas ela aproveitou para entrar no papel de vitima.

— Ela foi vitima. Eu a maltratei. Sem razão alguma.

— Que ridículo. Conheço você muito bem esqueceu? Sei que não faria isso.

— Fiz. – suspirei. – Gosto demais de você Aline. E me preocupo. Se envolver com Murilo não foi uma escolha inteligente.

— É... Ele é confuso. Na verdade eu não queria nada sério. Só queria me distrair para te esquecer... – nos olhamos. – Preciso dizer que não consegui?

— Está triste por ele então acho que conseguiu sim. – dei uma risada momentânea. – Vou lá me desculpar com ela. Fica bem tá? – sorri e quando me virei vi que Fabiana e Alice não estavam mais ali. Elas não estavam em nenhum lugar ali. Subi para olhar no quarto de Alice e as encontrei conversando.

— Desculpa. – pedi olhando para Fabiana. Otávia estava deitada no colchão e ficou me olhando. – Descontei em você porque foi a primeira pessoa que veio falar comigo depois que cheguei. Não vai acontecer isso nunca mais, prometo.

— Só não fui embora ontem porque não tinha jeito. Você me mandou sair e me empurrou Arthur. Isso é... Violento, escroto... Você não é assim. Às vezes você se transforma quando está perto do seu irmão e agora está acontecendo até longe dele. Murilo me contou do transtorno do pai dele, talvez você tenha herdado isso do seu tio. Não é normal ser agressivo com uma amiga que só te pediu um conselho. – os olhos dela se encheram de água.

— Você tem toda razão. Vou procurar ajuda quando a cidade se normalizar.

— Para! Você conhece meu irmão há o que? Quatro meses? Acha que o conhece mesmo? Ele não é agressivo não. O Kevin é que sempre teve esse poder de tira-lo do sério. Aconteceu alguma coisa muito grave. Vocês não conseguem enxergar isso não? – Otávia perguntou olhando para elas e depois me encarou. – O que foi?

— Não quero falar sobre isso. – voltei a olhar Fabiana. – Nada justifica o que eu fiz. Você tem todo o direito de ficar magoada e com raiva de mim. Vou ver se o meu pai consegue algum jeito de fazer com que você vá embora.

— Não precisa. Quero ficar com Alice. Ela precisa de mim. Até porque vimos que sua irmã é bem parcial.

— Porque você fez isso? – Otávia insistiu me olhando.

— As pessoas mudam de ideia, vontade, opinião.

— Arthur é a Alice.

— É... – dei uma risadinha irônica. – Eu sempre disse isso. Por que ser ela a livra de tudo?

— Você melhor que ninguém sabe.

— Não sei mais. E talvez eu só estivesse cego todo esse tempo.

— Sai daqui, você não precisa magoa-la mais. – Fabiana falou com a voz firme.  Olhei Alice e vi que ela estava chorando e tive vontade de abraça-la. Lembrei-me de vídeo. Virei às costas e fui embora.

...

 - O que estão fazendo aqui? – perguntei ao ver Murilo e Fabiana sentados no banco perto da casa de madrugada.

— Esperando notícias. Minha irmã foi para o hospital com suspeita da doença.

— Mas ela estava bem.

— Sim, mas ela estava vomitando muito. Como ela não tossiu estamos com bastante esperança, mas minha mãe quis leva-la mesmo assim.

— Espero que não seja nada. – eu iria entrar, mas ele me chamou.

— Normalmente você iria correr até o hospital.

— Estou cansado demais pra isso.

— Sei que estava transando com uma mulher, mas é a Alice.

— Se eu ouvir essa frase de novo eu dou um tiro em minha cabeça. – resmunguei olhando pra cima. – Estou cansando emocionalmente, não fisicamente. Posso ir dormir?

— Rafael está puto porque você não arrumou uma engenheira pra ele. – Fabiana contou enquanto eu entrava. – E Alícia dormiu bem cedo, acho que esses remédios são muito fortes.

— Ok. – fui para o sótão e tomei um banho. Quando sai vi Fabiana sentada na cama.

— Se veste que eu quero falar contigo. – ela falou baixo para não acordar Alícia.

— Quero mesmo dormir.

— É sério, a gente precisa conversar.

— Amanhã.

— Tenho cigarro de menta.

— Compreensível, garotas gostam disso, é enjoativo. – acabei de me vestir e fiquei a encarando.

— Tenho um base bolado. Do bom.

— Não tenho esse hábito. Você sabe que mal uso.

 - Não existe nada que possa te comprar. – ela fez um bico enorme. – Ei. Pera. Você me xingou bem ali. E me deve uma nova postura. E um conselho. – ela se levantou. – Vem agora. – respirei fundo e fui, já que eu não tinha escolha. Sentamos atrás da casa nas caixas. Estávamos apenas nós dois.

— Murilo foi dormir?

— Sim. Sua tia ligou assim que saiu. Ela está bem, foi um stress emocional. 

— Hum. – olhei para cima observando as estrelas no céu.

— Ela havia chorado antes, eu percebi. Vocês conversaram?

— É disso que quer falar? Pensei que fosse sobre meu primo. – me levantei.

— Que isso Arthur? Senta aqui, para com isso.

— Não quero falar dela nem desse assunto.

— Mas é necessário, sabe por quê? Você está machucando muito alguém e está se machucando. Tudo isso porque inventaram algo pra você.

— Ninguém inventou nada. Eu vi. Passei aqui de tarde e a vi conversando toda alegre com Kevin e depois até brincando com ele. – menti. Observei sua reação.

— O quanto inseguro e ciumento você é para ofendê-la por isso?

— Sei que o vi. E o que conclui com o que vi. Ela me usa para fazer ciúme nele, de alguma forma é ele quem ela quer.

— Você está se ouvindo?

— Não percebi isso na hora, mas liguei algumas coisas depois.

— Estou aqui há algumas semanas e já vi que essa garota é louca por você. Você só pode ter batido com a cabeça.

— Aquelas risadas e aquele chamego todo não eram nada né?

— Talvez tenha alguma coisa mal resolvida entre eles, que deixa essa impressão, mas eles são apenas amigos e ela só pensa e fala em você.

— Não, ela só pensa nela. – vi que ela ficou assustada. E ficaria muito mais se eu falasse tudo que eu estava sentindo e pensando sobre isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIII - Versão Arthur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.