Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 12
Bloqueio


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777951/chapter/12

Se não bastasse todo o drama entre eu e Alice, surgiu agora um drama maior e aterrorizante. Doença X, essa maldição atacou Alela e veio para cá, a primeira pessoa próxima à gente a manifestar os sintomas foi Alícia. No hospital descobri que haviam mais casos. E estavam crescendo. Muito rápido. Precisávamos de um plano de contenção enquanto não descobriam o que era e a cura.

— Ela não apresentou sinais de melhora. – a enfermeira falou assim que viu Maísa e eu chegar para ver Alicia. Ficamos mais algum tempo por lá, descobri que Alícia não tinha pais, era órfã. Por isso ela trabalhava e não se dedicava apenas ao estudo como a maioria.

— Vou encontrar meu pai, ele mandou mensagem. – falei para Maísa.

— Sim, vá. Arthur... Luna é um pouquinho dramática... – a interrompi.

— Pouquinho? Minha mãe é uma atriz mexicana!

— Tá. – ela deu uma risadinha fofa. – Por outro lado, Raíssa é racional demais. Percebi que está rolando algo entre você e Alice e já soube da regressão máxima dela. Se de alguma forma ela estiver te correspondendo e houver algum drama, gostaria de me disponibilizar para ajuda-los. Tanto para conselhos, desabafos, quanto se for necessário conversar com Vinicius, ninguém sabe lidar com ele melhor que eu.

— Não sei o que ele vai achar ainda... Na verdade... Precisava mesmo falar sobre isso com alguém.  – respirei fundo. – Ela realmente sente alguma coisa por mim, claro que nem se compara ao que eu sinto, mas já é algo e... Não posso tocar nela.

— Por quê? – desviei o olhar.

— É uma regra que criei em minha mente. Porque ela é diferente. Mesmo que agora ela consiga sentir o mínimo possível, ela ainda é a Alice sabe?!  E ainda é um pouco inacreditável pra mim. Tenho essa imagem dela indefesa, sem poder sentir nada, sem saber o que é isso. Hoje eu tentei, mas eu não consigo. Acho que no fim de tudo vou ter mesmo que esquecê-la.

— Será que esse bloqueio é permanente?

— Não sei. Agora o que importa é a cidade e proteger quem mora nela.

— Os dramas não vão acabar só porque essa doença surgiu. – nos olhamos. – Conversa com sua vó Isa, sabe a ótima psicóloga que ela foi, ela vai saber o que você precisa ouvir. – concordei com ela e fui encontrar meu pai.

— Para fazer o bem à cidade você vai até esquecer os insultos a mim? – ele perguntou surpreso.

— Não fode Caleb. Você já conseguiu um acordo com as autoridades?

— Sim, acredito que em poucas horas você e o seu papai de mentirinha vão ter homens e máquinas suficientes para colocarem o projeto de vocês em prática.

— Eles vão distribuir mantimentos para as famílias que vão ser abrigadas?

— Estou vendo isso. – ele olhou para os lados. – Preciso te pedir uma coisa.

— Lá vem. – respirei o mais fundo que eu conseguia. – Olha se é para eu me manter longe de Kevin, eu acabei de apanhar e não estou afim de me meter em outra briga tão cedo então não se preocupe.

— Não é isso. – ele chegou mais perto. – Estou com uma amiga no hotel... E agora com essa história de não poder sair da cidade...

— Seja o que for, saiba que eu tenho nojo de você.

— Isso eu já sei. – ele nem deu confiança. – Então... Poderia usar minha influência para tira-la da cidade, mas isso implicaria em me expor e eu não posso nunca deixar isso acontecer, há muita coisa em jogo para mim. Eles vão evacuar o hotel daqui uns dias, quando o abrigo estiver pronto ela irá pra lá. Preciso que você cuide dela pra mim e a mantenha por perto, inventa alguma coisa, que ela é uma namorada que você trouxe da capital.

— Você já me viu namorando? – o encarei com tédio.

— Um caso Arthur. Foda-se. Não posso largar a mulher assim sem cuidado nenhum, em um lugar que ela não tem amigos ou parentes, com uma doença espalhada pelo ar...

— Ela não é uma amante qualquer, vocês estão tendo um caso há um tempo né?

— Pouco, mas o suficiente. – fiquei olhando para ele tentando entender como ele podia ser meu pai. – Olha, Kira só se preocupa com a própria aparência. Vive viajando a trabalho. Se intitula a Modelo Madura do século. Sabe-se lá se não tem um amante também.

— O filho de vocês tem até a tatuagem da data do casamento...

— Por isso que preciso mais que nunca que me ajude. Não posso ficar estando com ela, se eu entrar em contato Kevin vai saber, ele é esperto.

— Um caso? Eu? Essa mulher tem quantos anos pai?

— Vinte e cinco. – arregalei os olhos.

— Qual é pai, você tem quarenta e um.

— Que fala preconceituosa.

— Sabe por que mantenho distância de você? Por que quanto mais contato eu tenho, mais vontade de socar sua cara dá!

— Vai quebrar essa pra mim né? – fiz sinal negativo com a cabeça. – Por mais moralista que você possa ser, sei que tem um coração fraco e enorme.

— Usa isso, o que te faz mais sujo ainda. – dessa vez minha voz e meu olhar transmitiam tristeza. – Não vou pai. – virei às costas.

— Por que você ama uma garota difícil? Ela quer o Kevin. Vi com meus próprios olhos. Desiste Arthur.

Ignorei. Não iria mais perder meu tempo com o meu pai. Assim que entrei no carro recebi uma ligação da minha mãe avisando que era para eu ir para casa, todos iriam jantar lá e aproveitaríamos para juntarmos nossas coisas todas para irmos para a casa de pedra do tio Vini e da tia Ray. Tomei um banho rápido e desci e não foi minha surpresa quando vi que falavam de mim.

— Agora sem aquela coisa no braço deu para reparar que você está diferente. – minha tia Tamy falou me olhando, não esbocei reação.

— O corte de cabelo dele está diferente e ele parece mais forte. – minha mãe concluiu. – Mas quem dera que as mudanças fossem apenas físicas. Não parou em casa desde que chegou. Quando vai me apresentar sua namorada?

— Oi? – a olhei como se ela estivesse louca e estava.

— Só estou jogando verde. – ela queria me foder, igual ao meu pai. Só podia.

— Quando eu souber mais que o nome dela. – respondi a altura e claro todos ficaram horrorizados.

— Vivi para ver Arthur entrar para a vida de puteiro. – Murilo comentou e riu.

— Agora dá para o assunto não ser eu? A cidade ainda está em pânico.

— Vamos esquecer isso só por essa noite. – Azura, que era amiga da família, mas não era mãe de nenhum dos nossos amigos, pediu. Sentei perto dos meninos.

— Você parece nervoso. – Murilo constatou me olhando. – Transe. Antes de sair de casa fiz de novo... – ele falou mais baixo. – Com Fabiana. Ela manda muito bem. – fiquei olhando para ele enquanto ele contava os detalhes.

— Às vezes ter a sensação de estar cercado por idiotas não é muito legal. – falei. – Não se sinta ofendido.

— Ah, não. Eu me ofendo com poucas coisas. Se você disser que meu pênis é pequeno aí sim você vai me ofender. - ignorei porque eu não tinha alternativa.

— Cadê o Ravi? – olhei para todos os adultos presentes.

— Na construtora. – minha mãe respondeu mesmo um pouquinho distante, ouvido de mãe era assim. – Ele quer adiantar todos os serviços pendentes.

— Vou lá ver se posso ajudar em alguma coisa. – me levantei.

— O velho e bom Arthur ataca novamente. – Kevin resmungou acidamente.

— Deixa de ser tão responsável e sério e compromissado, é nossa noite normal, vamos curtir, bater papo, jantar e esquecer o que está acontecendo.

— Prefiro fazer o que estou estudando que ouvir Murilo falando sobre o tamanho do pênis dele.  

— Ah, é grande. – Fabiana falou e depois colocou a mão na boca.

— Temos uma irmã perdida da Giovanna, o time está completo. – Alexandre zoou a namorada que riu e bateu nele.

— Cadê a Alice e o Rafael? – reparei que os dois não estavam ali.

— Lá em casa, vão vim com Vini. – tia Ray respondeu me fazendo imediatamente estremecer.

— Por quê? – não contive a indiscrição.

— Seu amigo é estranho, esquisito... Ele sumiu do nada. Só soube que ele estava lá quando Vinicius me mandou mensagem avisando agora a pouco. E Alice quis vim com o pai dela ue, o que tem? – minha mãe respondeu contrariada.

— Nada. – ele era estranho, esquisito e maníaco por sexo. E uma presa fácil estava solta com um predador. Precisava ir correndo pra lá.

— Pela cantada de pneu alguém deve estar morrendo. – Rafael comentou quando me viu. Assim que entrei peguei os dois rindo alto na cozinha, isso fez meu estômago embrulhar. Não imagino um mundo em que Rafael consiga seduzir Alice. – Ei, eu não dei em cima dela. – ele percebeu meu olhar. Minha respiração estava ofegante, odiava demonstrar o que sentia pelas reações do meu corpo. – Queria algo alcoólico para beber e o pai dela não bebe nada, daí tem um vinho na geladeira que a mãe dela bebe de vez em quando e a gente veio pegar... Começamos a pensar se a mãe dela percebe que alguém pegou e a Alice disse que nunca bebeu na vida e que iria ser muito engraçado a mãe preocupada achando que era ela. Só isso Arthur. –ele viu que não adiantou nada. – Olha não me bate. – ele deixou a taça no balcão e fez sinal com as mãos pedindo para eu não fazer nada. – A última vez que você me deu um soco doeu tanto que eu sinto a dor até hoje.

— Ele já te deu um soco? – Alice perguntou o olhando. Aquilo estava ficando insuportável. Agora me faltava ar. – Por quê?

— Porque eu disse que a Alicia é uma vadia. Como se ela não fosse.

— Ah, você a defende desse jeito? – nos olhamos e vi ódio em seu olhar.

— Quer saber? Vão para o inferno vocês dois. – tentei ir embora, mas Alice veio correndo até a mim e me segurou.

— Você não me beija porque não consegue tirar da cabeça que beijei seu irmão e agora dá esse ataque de ciúme?

— Para de tirar suas próprias conclusões! Não tem NADA a ver com Kevin. Só te pedi um tempo. Se você precisa tanto de alguém para ficar assim, o Rafael está aí e sinto muito ter atrapalhado.

Minha cabeça rodava. Assim que entrei no carro vi que aquele imbecil estava ao meu lado. Imaginei que ele começaria com mil desculpas ou falaria sem parar, mas ele ficou em silêncio. Precisei de tempo para me acalmar. E por incrível que pareça ele continuou calado.

— Meus pais são separados... – ele começou a falar com a voz baixa. – Moro com meu pai, não sei muito da história, mas acho que minha mãe não me quis, ela não liga muito. – comecei a ficar tenso ao ouvir aquilo. – E a criação do meu pai sempre foi muito ortodoxa, machista e fria. Ele não faz por mal. É o jeito dele. O fato é que eu nunca ouvi um “eu te amo” sair da boca dele. A gente não demonstra sentimentos. Mas demonstra de outras formas. Sempre te falei sobre consideração. Não vou trair sua confiança Arthur. Essa garota... O que você sente por ela... É assustador. Isso te controla muito. E chega a ser prejudicial. Mas quem sou eu para falar sobre isso. Só saiba que eu não dei em cima dela. Não vou dar em cima dela nunca. Ela não me atrai justamente por ter essa imagem de ser sua. Não consigo. O meu pau não subiria tá legal?

— Ah, estava bom demais pra ser o Rafael.

— É o meu jeitinho.

— Desculpa por desconfiar de você.

— Sendo você eu também desconfiaria. – não aguentei e dei uma risada. – Não pela minha índole, mas por eu ser extremamente gostoso.

— Vamos logo e cala a boca. – liguei o carro e comecei a andar. – Minha mãe falou que você sumiu.

— Estava fumando maconha lá no meio da mata. Acha mesmo que vou encarar o apocalipse dos zumbis de cara?!

— Você é tão exagerado.

— EU? Fui eu que quase dei um ataque cardíaco ao ver um amigo apenas conversar... – o interrompi.

— Vou te deixar na casa da minha vó tá?

— Pra onde você está indo? Vai voltar lá pra cima e pedir perdão a princesinha?

— Não. Vou até a construtora do meu padrasto ajuda-lo. – ele insistiu que queria ir comigo, mas não deixei. Mesmo que fosse inteligente e esperto, Rafael só atrapalharia com seu jeito expansivo. Conhecia bem Ravi e ele odiava pessoas assim. Acabamos saindo de lá muito tarde, já era madrugada. Todos já haviam ido dormir lá em cima na casa de pedra dos meus tios, eu e Ravi decidimos ficar lá embaixo mesmo para não correr o risco de acordarmos ninguém.

— O que te faz ser fiel? – foi a primeira pergunta que fiz a meu padrasto assim que acordei e o vi sentado na copa tomando café.

— Ah, bom dia também Arthur. Fiz café na cafeteira. Tem várias coisas que sua vó deixou pronto. E por que você tá perguntando sobre fidelidade? – ele franziu a testa, fazendo com que seus óculos de grau acompanhassem o movimento. Ravi tinha uma puta cara de nerd, acho que essa era toda a credibilidade dele, por isso nunca usaria lentes.

— Curiosidade. – servi uma caneca e me sentei.

— O amor que sinto pela sua mãe. Acho que é o principal motivo. E o fato de saber que se eu fizesse algo eu a perderia e tudo que temos também.

— Será que o meu pai nunca amou ninguém?

— Ele está traindo Kira? – nos olhamos.

— Você não sabe de nada?

— Eu e ninguém. – ele fez uma expressão de perdido. – Se ele faz é muito bem feito. E não deixa rastro nenhum. Olha que o seu tio Vinicius é MUITO astuto, além disso, o Gustavo está constante em contato com ele, ele saberia e comentaria comigo. Isso é cisma sua, não?

— Ele me disse. – desviei o olhar.

— Pra que ele te disse isso?

— Tenho até vergonha de contar. – suspirei. – Coisas do meu pai Ravi.

— E você está confuso sobre lealdade?

— Não. Tenho ótimos exemplos, felizmente. Queria era entendê-lo. Mas acho impossível.

— Desvio de caráter é realmente inexplicável. Não sou a melhor pessoa para falar do seu pai Arthur. Eu o respeito, convivo com ele, mas nunca irei esquecer o que ele fez com a sua mãe.

— Pior que nem eu. – acabei de comer os bolinhos maravilhosos da minha vó e fomos lá pra cima. Depois daquela discussão ridícula de ontem eu precisava pedir desculpa a Alice. A maioria ainda estava dormindo quando chegamos, mas vi que ela já havia acordado e estava sozinha na mata perto de sua casa. Sentei ao seu lado.

— Lembra que a gente costumava ficar aqui? – perguntei olhando ao redor. Ela ficou olhando para mim.

— Você está tão diferente. A faculdade te mudou. 

— Minhas respostas a minha mãe são falsas e propositais. Ela me irrita com a preocupação excessiva. – ela continuou me olhando. – Para de me julgar com o olhar.

— As máquinas já estão chegando. Você vai ficar bem ocupado com isso né?

— Um pouco. Mas você é minha prioridade e sabe disso né?

— Queria passar mais tempo contigo, aproveitar que está aqui. Sei que as circunstancias são outras e as coisas estão ficando catastróficas, mas essa vontade é tão grande.

— Vem cá. – encostei sua cabeça em meu ombro e fiz carinho em seu rosto. Ficamos assim por um bom tempo, em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro.

— Como Alicia está?

— Sem melhoras, mas daqui a pouco vou lá de novo.

— Você está preocupado né?

— A partir do momento que ela veio comigo para a minha casa se torna minha responsabilidade. Sim, estou.

— Não vai acontecer nada. Pensa positivo. Como foi ter que avisar aos pais dela? Imagino que foi bem difícil.

— É aí que tá... – suspirei. – Ela não tem pais. – assoviei ao ver Rafael passar lá embaixo perto da casa.

— Você parece o meu irmão fazendo essas coisas.

— Pareço seu irmão fazendo muitas coisas. – sorri e acabei dando uma risada.

— Qual é? – Fael chegou ofegante por subir a pequena ladeira correndo.

— Você é da cidade natal de Alicia e nunca me contou que ela é órfã.

— Ela era do lar de caridade só de meninas, que as crianças que não são adotadas vão e quando fazem dezoito anos são despejadas. Muitas delas trabalham antes e guardam dinheiro, acho que foi assim que Alicia conseguiu ir para a faculdade.

— Não. – ouvi a voz de Fabiana. – Ela trabalhou sim e guardou dinheiro, mas conseguiu ir para a faculdade porque ficou em um dos primeiros lugares, a faculdade é publica e o alojamento também, ela trabalha lá para se alimentar e não precisar mexer no dinheiro que tem guardado. Mas o Rafael nunca saberia disso, porque ele só conhece o lado devasso da Alicia.

— Ela lutar para sobreviver não significa que ela não seja uma grande puta. Não confunda as coisas.

— Chame a minha amiga de puta de novo e desça daqui rolando.

— Meu pai está te chamando. – Otávia chegou do nada me avisando. Descemos todo mundo.

— Olha só – tio Vini nos parou antes que entrássemos e se direcionou a mim. – essa noite você arruma um jeito da sua amiga não ir para o quarto do Murilo. – meu primo saiu andando. – Já tentei de tudo para por juízo na cabeça dele, mas ela não deveria aceitar essas propostas insanas.

— Não vai acontecer de novo. Vou cuidar dela.

— E cuide da sua prima também. – ele olhou para Alice e depois Rafael. – Já basta Kevin para eu me preocupar. – ele saiu e eu me virei para Fabiana e segurei os ombros dela.

— Fique longe do Murilo. Por favor. Meu tio não costuma ter muita paciência. Dizem que a luta e o nascimento de Alice o mudou muito, mas ele ainda é conhecido por ter o pavio curto. Não quero entrar em conflito com ele.

— Vou evitar. Prometo. – ela respondeu obviamente insatisfeita. – Ei... – ela me chamou depois de continuarmos andando até a casa. – Você não vai dar bronca nos dois também? – ela apontou para Alice e Rafael.  Olhei para ela sério. – Ele é bem capaz. Sabemos que ele é.

— Mas ela não é. – continuei andando.

— Você acha mesmo que eu sabendo que vou ficar preso com ele em uma capsula vou dar em cima da mina dele?

— Ele já falou que não é cápsula, é cúpula. – Otávia o corrigiu.

— Eu não sou mina de ninguém, só pra constar.

— Ainda assim vocês dois não vão se aproximar. – respondi ainda de costas.

— E qual a diferença de uma cápsula para uma cúpula? – Rafael continuou com o assunto com Otávia.

— Não importa, vai ter a cidade inteira para eu me aproximar. – ela disse e saiu andando o para dentro da casa.

— Acho que é o tamanho. Uma cúpula é bem maior. – Otávia respondeu e me olhou. – O que deu nela?

— Não sei... Estava tudo bem entre a gente.

— Seja o que for, não fique atrás dela. Não questionei e não a mime. Isso só vai piorar. Deixe que ela reflita e venha até você dizer. – Fabiana aconselhou.

— Que seja. – fui até Ravi, que já estava começando a ficar impaciente por me esperar, o que era impressionante, pois ele era o rei da paciência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIII - Versão Arthur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.