Blood in The Water escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Negociações


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/xftmUFAjONM-Os humanos e os vampiros.



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P.O.V. General Marini.

Não é todo dia que uma garota montada num dragão aparece na sua porta. Num ela estava montada e haviam mais três e mais um punhado de só Deus sabe o que são essas coisas.

—Muito bem. Tem nossa atenção. O que você quer?

—Paz. Nós não queremos brigar, General, nós queremos uma vida melhor.

—Você tem dragões menina!

—Tem razão. E deixe-me deixar isso bem claro, um dragão não é um escravo. Você não me controla, nem nunca vai. Suas armas não nos ferem. Eu entendo como funciona, melhor do que pensa. O que a humanidade não compreende, ela teme e o que vocês temem... vocês tentam destruir. Mas, antes de começar uma guerra, antes de colocar milhares de vidas inocentes em perigo do seu povo e do meu... não gostaria de ao menos tentar negociar?

—Posso ao menos saber com quem e o que estou negociando?

—Meu nome é Renesmee Carlie Cullen. Eu sou a Rainha do submundo. Sou uma bruxa, uma vampira, uma híbrida.

—E eles são o que?

—Eles são a minha comitiva, minha guarda. Esses são Alec e Jane Volturi. Eles são vampiros. Aquela é Delilah. Ela é uma bruxa. E aqueles ali são Giovanni, Lorenzo e Lily. Lorenzo e Giovanni são híbridos, meio vampiros, meio lobisomens. E Lily é uma lobisomem.

A Rainha e sua comitiva foram trazidos para dentro.

—Oh, e um aviso. Não cheguem perto dos Dragões. Eles são dragões.

—E o que eles comem?

—O que eles quiserem. Nós temos pensamento racional, eles não. São animais. Predadores e nada mais.

P.O.V. Alec.

Não acredito que ela está realmente fazendo isso.

—Estou fazendo o que acho que é melhor para nós Alec. Tentando fazer o que é melhor para todos nós.

Nos colocaram numa sala de interrogatório.

Então, ouvi um barulho de microfone.

—Olá? Senhora, eu sou o Doutor...

—Lorenzo Ferri, posso ler isso no seu crachá. E o uso de microfone é desnecessário. Posso ouvi-lo á quilômetros de distância. Também posso ver o esquadrão de soldados atrás do senhor. Lhe asseguro não serão necessários. Como eu já disse, quero paz. Termos que garantirão a segurança e a liberdade do meu povo.

—Não pode esperar que não tomemos precauções. Vocês podem estar carregando algum tipo de patógeno desconhecido.

—Eu já tenho dezessete anos e nunca transformei ninguém que não quisesse. O mesmo vale para Alec, Jane, os híbridos e se você é bruxa você é, se você não é não é. Mesma coisa para lobisomens.

—Não que você saiba. Mas, temos preocupações reais com a segurança.

—Posso?

—É. Claro.

—Olha, humano. Eu tenho novecentos anos. Eu ia ser queimada na fogueira porque tinha habilidades que ninguém mais tinha. E o mesmo para o meu irmão. Acabou que... somos mutantes. E se quiséssemos nós derrubaríamos essas paredes de concreto aos murros e vocês não poderiam fazer absolutamente nada á respeito. Por isso estão com medo. Estão com medo de nós porque não podem nos controlar e nem nos destruir. Ela está tentando negociar com você. O que significa que até o momento não somos seus inimigos.

—Então quem é?

—Vocês mesmos. Como eu já disse, tenho novecentos anos. Sabe quantas guerras eu já vi? Muitas para contar. Sabe quantas pessoas humanas morrem na guerra? Muitas pra contar. Enquanto falamos, terroristas completamente humanos atiram bombas em outros humanos. Vocês se matam aos milhares por coisas tão tolas e ainda assim somos os vilões.

—Calma Jane. Tá tudo bem.

Era uma base militar. Todos aqueles humanos armados com fuzis, tanques, capacetes etc. Como eles são patéticos.

—Se me permitir, gostaria de fazer alguns exames...

—Não. Nem pensar.  Estamos aqui para negociar termos de paz, não para servirmos de cobaia. E se vocês não podem nos fornecer o que precisamos... sem problemas. Vamos embora e encontraremos alguém que consiga.

—Há muitas vidas humanas em jogo para simplesmente deixarmos vocês á solta por ai.

Eles começaram a nos cercar. E apontaram suas patéticas armas para nós.

—Híbridos, protejam a Delilah e a Lily. Alec, por favor.

Ela acenou com a cabeça e comecei a liberar a névoa. Quando a névoa começou a sair eles abriram fogo. Os híbridos serviram de escudo impedindo que a bruxa e a loba fossem atingidas. Logo a névoa os atingiu e começou a afetá-los.

—Vamos. Vamos sair devagar.

Nós saímos e os soldados no nosso encalço. 

—Dane-se o devagar, carreguem as duas e vamos correr.

—Não vamos lutar?

—Não. Pelo menos não ainda. Se queremos paz, não podemos ser como eles, temos que ser superiores.

Infelizmente uma das balas acertou na bruxa.

—Delilah! Seus bárbaros! 

A Cullen usou sua varinha para abrir um portal.

—Giovanni, leva pro meu avó. Rápido. Vai.

O híbrido foi pelo portal e ela montou no dragão. E nós recuamos.

Quando chegamos no novo Castelo, ela desmontou, praticamente pulou do Dragão e correu pra dentro.

—Como ela está? Como está a Delilah?

—Não tenho equipamento para...

—Então, precisamos dum hospital.

Ela fez outro portal e ela o avô pularam dentro, carregando a bruxa ferida.

P.O.V. Doutora Fiorentino.

Abriu-se um buraco no meio do ar e de lá saíram três pessoas.

—Socorro! Por favor! Ela foi baleada está sangrando!

Ninguém conseguia se mover.

—Humanos imprestáveis. Parece que só servem de comida mesmo. Vai, vovô, salva a Delilah. 

Ele se moveu que parecia um borrão. E eu o encontrei numa das salas de operação. Ele começou a pegar seringas, agulhas, linhas.

—Com... com licença, mas... você não pode...

—Sou médico. Eu tenho sido médico á trezentos e setenta e nove anos. Tudo bem, Delilah. Respire fundo. Vou te anestesiar.

Ele a anestesiou, tirou uma bala de fuzil de dentro dela.

—Ela está com sangramento interno. Preciso de um cirurgião e uma sala de cirurgia agora!

—Eu... eu sou...

—É cirurgiã? 

Fiz que sim.

—Então, por favor, Doutora. Ajude.

Com a ajuda duma equipe médica nós operamos a paciente. Delilah e salvamos a vida dela.

—Vovô. Como está a Delilah?

—Está bem. Vai sobreviver.

—Obrigado. Á vocês dois.

Tomei coragem para perguntar.

—Você disse que é médico á trezentos e setenta e nove anos. Como isso é possível?

—Sou o Doutor Carlisle Cullen. E eu sou um vampiro. Uau! É a primeira vez na minha existência que admito isso em voz alta na frente de um humano.

—Como pode ser um vampiro e um médico?

—Com muito treino. E esforço. Tinha vinte e três anos quando fui transformado, meu pai era um Pastor da igreja Anglicana. Nasci em mil seiscentos e quarenta. Meu pai enquanto Pastor era um caçador. Caçava bruxas, vampiros, lobisomens e quando ficou idoso esta tornou-se minha tarefa. Fui esperto o suficiente para encontrar um grupo de verdadeiros vampiros, escondidos nos esgotos de Londres. Mas, em meio ao caos... fui mordido. Retornei para casa apenas para ser expulso. Então, fugi. Escondi-me numa plantação de batatas onde suportei por três dias inteiros a agonizante dor da transformação. É claro que na época eu não sabia o que estava acontecendo. Quando acordei, senti esta fome e eu matei. 

—Vovô...

—Fiquei apavorado com o que havia me tornado. E tentei suicidar-me. Afogamento. Não funcionou, eu não precisava mais respirar. Pulei dum penhasco. Não funcionou, minha pele era mais dura do que mármore. Tentei passar fome, mas também não funcionou. O instinto de caça era mais forte que tudo. Eu era mais besta do que homem na época. Em meu desespero, atravessei o Canal da Mancha a nado como se não fosse nada. E encontrei um rebanho de cervos e me alimentei deles. Naquele dia eu descobri que havia uma alternativa que... eu não tinha que matar humanos. Foi um alívio.

Ele respirou fundo.

—Vovô?

—Respirar foi uma má ideia. 

—Você está bem?

—Estou. Dediquei os séculos seguintes ao estudo, descobri que não precisava mais dormir, encontrei os Volturi. Fui parte da Guarda, por um tempo, mas não concordava com os hábitos alimentares deles. Então, vim para cá. Para o Novo Mundo. Onde acabei trabalhando num hospital em Chicago durante o surto de Gripe Espanhola.

—Onde salvou meu pai.

—Sim. Edward Anthony Masen Cullen, meu primogênito, meu primeiro filho. Sua vó Elizabeth me implorou para que eu o salvasse, não importando como. Nunca havia escutado tamanho desespero na voz de alguém antes. 1918. Ensinei a ele tudo o que eu sabia. Fiquei ao seu lado durante a transformação. Em 1921 seu pai e eu fomos para Winsconsin onde eu transformei a sua vó após ela tomada pela dor da perda do filho tentou suicidar-se. E então... sua tia Rosalie. Eu ainda me lembro de como a encontrei. Senti o cheiro do sangue e... fui até lá para ver se podia prestar algum tipo de socorro. Ela estava nua. Havia sido brutalmente espancada, costelas quebradas, sangramento interno. Também havia sido violentada. Então eu a transformei. E depois disso, sua tia encontrou seu tio Emmett que havia sido atacado por um urso pardo.

Ele riu enquanto contava a parte seguinte.

—Ela o carregou nas costas por mais cem quilômetros, só para que eu o pudesse transformar. Estão juntos desde então. Agora sua tia tomou a cura e é um alívio saber que esta opção existe.

O Doutor estava contando como se aquilo estivesse entalado em sua garganta há muito. E estava tão imerso nas suas memórias que acho que não percebeu que a neta estava escrevendo.

—Então, nos mudamos para Forks, onde fizemos o acordo com Epharim e a tribo Quileute. E Jasper e Alice se juntaram a nós. Então... seu pai finalmente encontrou sua parceira, sua esposa, e sua mãe. Eles conseguiram um milagre. Você. Eu que comecei como caçador de vampiros e bruxas e lobisomens. Agora sou vampiro, tenho uma neta híbrida, amigos metamorfos, lobisomens. Acabo de salvar a vida duma bruxa.

P.O.V. Carlisle.

Não percebi o quanto eu precisava falar até finalmente começar a contar. A história saiu sozinha, como uma represa se rompendo.

—Você não quer uma xícara de chá? Soube que os ingleses gostam de chá.

Eu ri.

—É muita gentileza, Doutora, mas como um vampiro comida humana não me apetece muito.

—Então, não precisa comer?

—Não. Bem, não comida humana.

—E quanto á Delilah?

—Ela está bem querida. Delilah vai sobreviver. Só precisa de um pouco de repouso.


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