Blood in The Water escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 20
Duas híbridas num bar




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P.O.V. Luca.

Tem um pub perto da escola e os que já são maiores de idade costumam vir aqui para relaxar e tomar umas cervejas.

Eu, Romeu, Marco e Elias estávamos no bar conversando, bebendo quando, de repente. Silêncio. Um silêncio sepulcral que foi quebrado pelo clack, clack de saltos altos batendo no assoalho de madeira envernizado. E adivinhem a quem aqueles saltos pertenciam? Se responderam as irmãs Volturi? Acertaram.

Elas pularam o balcão.

—Ahm com licença, mas isso é ilegal.

—Não se preocupe, não vamos assassinar você. Apenas, os italianos tem um gosto meio... ruim para música.

Então começou a tocar The Offspring.

—Eu vou...

Não sei o que aconteceu com o barmen, mas ele ficou quietinho e começou a servir bebida para elas.

P.O.V. Genevieve.

Como os humanos são corruptíveis. Um maço de notas de cem euros e ele era todo nosso. Nós enchemos a cara de uísque, cerveja e a gente nem ficou bêbada. Mas, arrumamos a desculpa que precisávamos para podermos dançar encima das mesas. E acreditem ou não, os humanos entraram na onda.

Mas, quando a Hope viu o rapaz da escola e companhia limitada... deu merda. Porque ela mordeu o cara bem no pescoço. Mas, jogou cerveja na cara dele primeiro.

—O que diabos!

—Olha, alguém deixou aqui umas batatas fritas.

—O que? Você é...

Ela foi com tudo pra cima dele e começou a se alimentar do cara.

—Hope! Você vai matá-lo!

Ela parou de beber.

—E dai?

—Seria homicídio.

—E o mundo tem muitos Quarter-Back's babacas para colocar no lugar dele.

—Hope!

—Tá.

Ela se mordeu e o alimentou para curar o ferimento.

P.O.V. Luca.

Foi chocante. Ela mordeu o cara e bebeu o sangue dele e ai o curou, mas ao invés de ficar indignado, ele pediu.

—Oh, por favor faça de novo.

—Não. Não mesmo. É errado morder o pobre humano indefeso. Desculpe, regras da mamãe.

—Ai, Hope. Isso foi... vicioso! Até mesmo pra você.

—Tem razão. Nós somos muito viciosas.

—Você tá trocando as palavras, o álcool tá começando a te afetar. Não é viciosas, é viciantes.

—Isso também. Eu vou buscar outra.

Vi Genevieve se sentar numa das mesas e passar as mãos no cabelo em sinal de indignação e preocupação.

—Ei. O que foi?

—Você nem faz ideia do que a minha irmã acaba de fazer com aquele infeliz.

A ruiva pegou a garrafa de cerveja da minha mão.

—Ei!

—Desculpe, mas eu preciso mais disso do que você. 

Disse entornado a cerveja que já estava pela metade. 

—Toma. Pra compensar.

Ela me deu uma nota de cem.

—Vou deixar você beber a minha cerveja com mais frequência. 

Com o dinheiro eu comprei bebida para todo mundo.

—Ai Luca!

—Na verdade, quem leva o crédito por isso é a Genevieve Volturi!

Ela começou a beber cerveja feito uma condenada.

—Porra Hope, você é muito impulsiva e muito inconsequente. Isso vai repercutir muito mal, em mim, na nossa família e mais importante... na mamãe! E na campanha de paz dela.

Disse ela para si mesma já que estava sentada sozinha na mesa.

—Você tá legal?

—Isso vai acabar mal. Você nem faz ideia do que a minha irmã fez com aquele pobre mortal infeliz.

Sentei na mesa e falei:

—Me esclareça então.

—Geralmente, vampiros são venenosos. Sempre que eles mordem alguém injetam o veneno nas veias do indivíduo e se ele não for drenado até a morte... ele passa três dias inteiros sofrendo, berrando com a sensação de que está sendo queimado vivo, que a cabeça está queimando como o fogo do inferno até finalmente a transformação acabar e ele virar um vampiro. Ai vem a fome incontrolável, o instinto assassino, etc. Mas, como minha irmã e eu somos o híbrido, do híbrido, algo aconteceu.

—E não somos venenosas, somos viciantes. Quando mordemos um humano e ele vive... não que eu já tenha matado alguém, mas tentamos com cobaias voluntárias ver o que acontecia. Eles sentem este... barato. Os membros do experimento, as cobaias falaram que tentaram fazer uso de entorpecentes para recriar a sensação e falharam. Eles passaram suas vidas entrando e saindo destas casas de reabilitação, sofrendo de crises de abstinência. Por causa da maldita substância que tem na nossa saliva. Depois os vampiros que são físicos, médicos, cientistas fizeram análises extensas da nossa saliva, descobriram que não existe nenhuma substância igual a que nós produzimos. Quando injetada faz o cérebro humano liberar toneladas de dopamina, oxitocina, endorfina. É como um super orgasmo.

—O que?!

—Chocante. Eu sei. O cara é um babaca, mas não merece uma coisa dessas, uma vida assim. Ninguém merece.

—Porra! Eu realmente não sei nada sobre vampiros. Os puro sangue fazem...

—Sexo? Sim. Emoções ampliadas ou seja o amor, a paixão, o fogo não tem igual. Eles não suam, não se cansam, não precisam dormir ou respirar então... digamos que o meu avô contou que levou uns vinte anos para ele e os outros membros da família conseguirem chegar perto da tia Rose e do tio Emmett.

—Eles passaram vinte anos fazendo sexo sem parar?!

—Basicamente.

—Á quanto tempo seus avós estão juntos?

—Não muito. Meu bisavô e minha bisavó no entanto... quase que a duzentos anos.

—Vampiros se casam?

—Sim, mas é uma cerimônia diferente.

—E como é?

Ela respirou fundo. 

—Tem sim, vestido de noiva, terno, flores e tudo mais. Mas, os votos são um pouco diferentes. O noivo não fica plantado esperando. O casal anda junto por um corredor, então há escadas, escadas duplas uma de cada lado, elas se separam, cada um sobe a escada por um lado. Para representar que mesmo que o tempo passe e tente separá-los, eles encontram o seu caminho de volta um para o outro.

—Que romântico.

—Espera, ainda tem mais. No andar de cima há um pedestal com uma vela grossa e uma sacerdotisa que é também uma bruxa preside a cerimônia, em latim. As mãos direitas do noivo e da noiva são amarradas uma a outra com vinhas embebidas com a magia da bruxa, eles seguram uma vela menor acesa e então... tem os votos.

—Eu juro lhe ser fiel pela eternidade?

—Não.

Genevieve respirou fundo outra vez. E começou a falar:

—Eu juro honrar e defender os seus sob todos os outros, para dividir bençãos e fardos, para ser o seu conselheiro, seu campeão, para ser o seu conforto, o seu santuário, para ser sua família... enquanto nós dois vivermos.

Então eu percebi que ela tinha acabado de pronunciar os votos reais. Era o que seria falado numa cerimônia de casamento entre dois vampiros.

—Ai, eles acendem a vela sob o pedestal juntos com a vela menor e para fechar com chave de ouro... o noivo e a noiva mordem seus próprios pulsos e alimentam-se um com o sangue do outro. Assim, eles serão um para sempre.

—Uau!

—E é claro que tem o pode beijar a noiva.

Disse com humor. Dando um gole na sua cerveja.

—É um milagre você ainda estar de pé.

—Não. É a minha habilidade de cura sobrenatural.

Então os olhos dela ficaram perdidos.

—Genevieve? Genevieve?

A irmã veio correndo.

—Geni. O que você tá vendo? Me mostra.

Hope pegou na mão da irmã e os seus olhos se perderam também.

—O que diabos é isso?

—Eu não sei. Mas, acho que elas estão vendo alguma coisa que a gente não vê.

Era como um transe e de repente, elas acordaram.

—Oh, Meu Deus! 

—Oh, Meu Deus! São os mascarados!

—Mascarados?

Genevieve subiu encima da mesa, ela ia falar alguma coisa, mas não deu tempo. Todas as saídas fecharam. Elas se entreolharam e falaram no mesmo instante ao mesmo tempo.

—As bruxas. Como vamos colocar eles pra fora?

—Eu acho que tenho uma ideia. Elas fizeram um selo ao redor do bar, o que significa que há magia nas paredes.

—Então... a gente sifa a magia até... as portas abrirem outra vez?

—Basicamente.

—Mas, como vamos salvar os humanos?

—Vão ter que lutar por si mesmos. Contra os membros da própria raça.

As gêmeas se deram as mãos e Hope colocou a mão livre na parede do pub.

As mãos delas ficaram com um brilho laranja.

Logo ficamos cercados e pessoas usando máscaras douradas e portando lanças vieram chacinando as pessoas.

—Repete depois de mim. Imperium flatas malias.

—Imperium Flatas Malias.

Uma rajada de energia laranja atingiu os "mascarados" e eles explodiram. Mas, os narizes das gêmeas estavam sangrando. 

—Conseguimos.

Foi só o que disseram antes de caírem no chão. Alguém chamou a polícia que levou todo mundo para interrogatório. Ai chamaram a Rainha. Que chegou esbaforida carregando um cooler azul.

—Minhas filhas. As minhas filhas. Onde elas estão?

—Estão no hospital.

—Hospital? Qual deles?

—Não sei o que fica mais perto.

Ela ligou para o avô que disse algo e ai ela saiu como um borrão.


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