Blood in The Water escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 16
Uma surpresa agradável




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P.O.V. Hope.

Assistimos enquanto o corpo da nossa mãe queimava e Aro também.

—Mamãe!

Mas, de repente... ela se levantou do meio das cinzas.

—Ai Meu Deus! Mamãe!

Ela tava pelada e toda cheia de fuligem, mas não nos importamos. Ela estava viva. Nos abraçamos.

—Oh, minhas queridas. Pensei que havia lhes ensinado melhor... o fogo não pode ferir, muito menos matar um dragão.

Ela tinha nos passado a perna.

—Você nos enganou.

—Sinto muito, mas sua reação tinha de parecer real. Bem, acho que é hora de ir pra casa e eu preciso de roupas.

Aro pode ter sido eliminado, mas sempre há outra ameaça. E graças á anos de negociações os vampiros, as bruxas, os híbridos e todos os outros seres sobrenaturais tem direitos. Por exemplo, os vampiros que são "adolescentes" e já tem diploma no ensino médio não precisam ir mais á escola, podem fazer faculdade. Os criminosos condenados á pena de morte não morrem mais por injeção letal ou cadeira elétrica, eles viram comida de vampiro. Podemos usar nossos dons livremente, bem quase. Não podemos usar contra os humanos á menos que seja legítima defesa.

E pior de tudo... como não somos formadas, temos que ir para o Ensino Médio.

—Vai ser legal.

—Ainda tentam pendurar crucifixos no nosso quintal!

—Ah, não dá para agradar gregos e troianos minha filha. Vamos, vocês vão gostar. Fazer amigos, sair com pessoas da sua idade.

—Nós temos sete.

—Mas, mentalidade de dezessete. Provavelmente mais. Bom, vocês vão e isso não é uma discussão.

—Eu te odeio.

—Também te amo. Escolham um look bonito para amanhã, uma roupa que as deixe ainda mais bonitas.

P.O.V. Genevieve.

Embora não pareça a Hope sempre foi mais difícil que eu. Mais mimada.

Não, nossa mãe não tem uma filha favorita, mas a Hope tem um temperamento mais amargo. Eu sou mais desencanada, descolada, a Hope é patricinha e acho que ter todo este poder na veia deixa qualquer um meio pirado. Porque enquanto primogênita minha irmã é mais poderosa que eu.

Ela é meiga, doce e calma, eu sou mais esquentada. O que é contraditório. Hope é mimada, chiliquenta, mas é doce, meiga, fofa e patricinha. Eu sou sorridente, fria, calculista e ainda assim xingo quando um babaca tenta pendurar um crucifixo no nosso quintal. Perco as minhas estribeiras muito fácil. Especialmente com estes humanos fanáticos loucos. 

Também pudera né? Eles invadem propriedade privada e atiram pedras nas nossas janelas! Um vitral feito á mão por um artista que minha mãe contratou e levou quase um ano pra ficar pronto e veio um maluco e tacou uma pedra! Resultado? O vitral que parecia aqueles das igrejas góticas foi estilhaçado!

Felizmente com um retrato falado, uma denúncia e um dos melhores advogados que o dinheiro pode comprar, o cara teve que pagar um vitral novo e foi preso.

P.O.V. Hope.

Ter que ir á escola humana. Que merda. 

No momento em que chegamos fomos recebidas com assombro, medo, repulsa, hostilidade. Metade da galera nos odiava e a outra metade estava fascinada e tinha gente sentindo os dois.

P.O.V. Romeu.

Vampiras na nossa escola. Muitos pais protestaram, fizeram abaixo-assinados, mas eles perderam. E não são apenas vampiras. São Princesas Vampiras. As filhas da Rainha do Submundo.

Elas eram lindas, absolutamente lindas. O cabelo ruivo era tão sedoso que parecia aquelas coisas de propaganda de shampoo, na verdade, deixava os cabelos de propaganda de shampoo no chinelo. A pele era pálida obviamente, mas não havia uma imperfeição. Elas eram bonecas de porcelana vivas. Uma tinha olhos verdes, a outra tinha olhos azuis.

A de olhos verdes usava uma camisa social azul clara com umas bolinhas coloridas e por cima um colete de cashimire vermelho, uma saia de pregas com estampa xadrez também vermelha.

Era como um uniforme. Um clássico uniforme inglês. Só faltava uma gravata. Uma meia calça branca e sapatos moleca preto de salto estileto. E no pescoço havia um colar.

Notei que era o mesmo colar no pescoço das duas.

—São as três luas. Lua crescente, lua cheia e lua minguante.

—Como?

Ela pegou no colar e disse:

—Lua crescente, lua cheia e lua minguante. São as três luas. É o símbolo da nossa linhagem de bruxas.

—Como você...

—Notei que estava encarando. Aqui, este é o brasão do Clã do meu pai, Volturi. Este, é o brasão da família da minha mãe, Cullen e este simbolo é o da linhagem, da família do meu pai. Levesque. Eu sou a Hope, á propósito.

—Romeu.

—É um prazer conhecê-lo.

Ela estendeu a mão.

—Não vai me deixar com a mão abanando, vai?

—Oh! Não. Prazer em conhecê-la.

Eu apertei a mão dela e era fria. Comparada a minha.

A outra irmã estava usando uma roupa bem mais... humana. Jeans skinny de lavagem escura, camiseta regata preta, um cardigã azul de cashimire que quase cobria sua mão, sapatos pretos de bico fino e salto sete quadrado. O cabelo ruivo estava semi preso, a mecha da frente presa por um grampo e o resto solto. Era liso, bom estava liso, chapinado.


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