P.O.V. Presidente Matarella.

Vampiros, lobisomens, bruxas, híbridos e dragões. Mas, que mundo é este?

A imprensa estava á postos. Centenas de milhares de repórteres com suas câmeras prontas para tirar uma foto da Rainha do Submundo.

Quando a limousine estacionou, um vampiro enorme saiu, abriu a porta e estendeu a mão para ela, a bela mulher de olhos e cabelos castanhos. Cabelos estes que estavam presos num coque brigitte clássico. O vestido dourado cheio de enfeites. E em sua cabeça, que surpresa, uma coroa dourada.

—Senhor Presidente. É uma honra, conhecê-lo.

—A honra é minha. Sua Majestade.

E o colar de lua no pescoço. 

—Sua Majestade, sua majestade. O que tem a dizer sobre os soldados que foram mortos?

—Foi uma infelicidade. O General não quis recuar, insistiu em nos atacar e tivemos que nos defender. Minhas condolências ás famílias do General e dos soldados.

Nós entramos e no salão estavam reunidos os membros do parlamento.

—Senhores.

—Senhorita.

—Sua Majestade.

Corrigiu ela.

—Vossa Majestade. É um prazer, conhecê-la.

—Igualmente, senhores.

Ela apertou as mãos dos senadores, nos sentamos e começamos a negociar.

—Como sabemos que mais dos nossos não vamos morrer?

—É simples. Não mande mais dos seus para nos atacar. Eu entendo que seja muito... estarrecedor para um humano saber que vocês não são a única espécie "inteligente" do planeta. Não vou iludi-los senhores, nós somos criaturas predatórias. Vampiros são atraídos pelo cheiro do sangue, pela matança, lobisomens ou até mesmo os híbridos não tem controle sobre si mesmos em seu estado primal e bruxas quando provocadas são responsáveis por alguns dos maiores desastres da história. Mas, não somos selvagens. Somos muito civilizados. Meu avô é um vampiro e por mais chocante que pareça... ele é um médico.

—Sim Doutor Carlisle Cullen. Estamos á par.

—Então senhores, me ajudem. Me ajudem a fazer do mundo um lugar melhor para todos. Incluindo minhas duas belas filhinhas gêmeas.

—Você teve gêmeas? Pensei que vampiros não pudessem... ter filhos.

—O senhor não acredita em tudo o que lê, não é mesmo?

P.O.V. Renesmee.

Então, eles começaram a fazer as perguntas clássicas.

—Se me permite, sua majestade... vampiros não são afetados por estacas, são?

—Não senhor. Não são. E quando um lobisomem é ferido por prata... cicatriza. E bruxas são servas da natureza, nosso Poder vem da própria terra. Infelizmente no primeiro ano após a transformação, os vampiros são mais cruéis, descontrolados, loucos de sede. Eles não pensam em nada além de sangue. Mas, passa. Com o tempo e com ajuda... eles aprendem a se controlar.

—Como a senhora criou o Castelo?

—Magia é o desejo feito realidade. Eu imaginei e eu criei. Mas, não se preocupem não é toda bruxa que consegue fazer algo daquele tipo.

—E quanto ás bruxas de Salém?

—Salém foi um erro. Mas, haviam sim bruxas lá. É claro que os padres nunca pegaram uma de verdade. Nem em Salém, nem na época da Caça ás Bruxas. Não espere, Bridget. Bridget Bishop. Ela era uma bruxa de verdade.

—E como a senhora sabe?

—Tenho uma amiga que é descendente direta de Bridget. Ela é casada com um vampiro e também tem crianças, gêmeos. Rebecca e Phillipe. O professor De Clairmont assim como a Doutora Bishop são acadêmicos brilhantes.

P.O.V. Presidente Matarella.

Começo a perceber que há muitos vampiros no meio acadêmico. Professores, Doutores, etc.

—Então, vampiros podem sair ao sol?

—Agora que o segredo foi revelado sim. Eles podem.

—Não vão queimar?

—De novo, o senhor acredita em tudo o que lê, acredita?

Creio que esse seja o jeito dela dizer não. A mulher é mais lisa que sabonete molhado.

—Será que o seu guarda não se importaria em nos mostrar?

—O que acha Félix?

—Sua Majestade.

—Não vou lhe obrigar a fazer nada que lhe deixe desconfortável.

—Não me envergonho de ser vampiro, Majestade. Me orgulho.

Ele abriu as pesadas cortinas vermelhas.

—Oh, veja está nublado.

—Se estiver realmente de acordo... posso resolver este problema.

—Vai nessa, Majestade.

—Muito bem. Solaris ilumina obscuration.

As nuvens se dissiparam e o sol bateu no guarda. Pude ouvir um barulho de tilintar e a pele dele era como se ele fosse feito de diamantes.

—Meu Deus! Isso é incrível. É muito lindo. Você não...

—Eu brilho, mas é impossível para o olho humano ver. 

Debatemos mais um pouco e começamos a forjar um documento assegurando os direitos destas novas espécies.

Quando eles estavam saindo, o guarda a impediu de entrar na limousine.

—Qual é o problema Félix?

—Escuta.

P.O.V. Renesmee.

Eu ouvi o tique-taque.

—Uma bomba!

Nós corremos, nos escondemos e a limousine voou pelos ares. Alguns dos humanos que estavam próximos do veículo foram atingidos pelos destroços. Uma das portas caiu encima dum homem.

P.O.V. Félix.

A Rainha doida, pegou na barra do vestido e foi até o humano que havia sido atingido pela porta.

Ela tirou a porta de cima do indivíduo e começou a fazer algum tipo de feitiço nele.

—Respire la vie, corpore, respire, la vie corpore.

E num piscar de olhos ele estava completamente curado.

—Alguém chame uma ambulância para socorrer os outros.

Chamaram ambulâncias e ela curou o máximo de humanos que conseguiu.

—Não consigo. Não posso mais.

Eu senti o cheiro do sangue que provavelmente saia do nariz dela. Eu estava certo, soube disso quando ela limpou o nariz com as costas da mão. 

Humanos armados com bestas, lanças de madeiras começaram a atirar nela. Era um ataque em massa. Todos mascarados.

—Guardas! Protejam a Rainha!

Comecei a tirar ela do lugar que estava abarrotado daqueles humanos terroristas.

—Félix, não mate ninguém. Se matar vai dar razão a estes malucos.

—Vamos.

Infelizmente eles nos cercaram.

—E agora? Como vamos sair sem matar ninguém?

—Deixa comigo. 

Tive que ao menos empurrar alguns deles.

—Félix pega minha mão. Preciso de ajuda.

Peguei a mão dela e senti algo. Vi quando ela fechou os olhos, senti-me um pouco enfraquecido e vi que havia uma luz alaranjada saindo da mão dela que segurava a minha. Então ouvi o barulho. O inconfundível barulho dos grasnados de dragão. E ele chegou cuspindo fogo. Comeu um dos mascarados, nos outros ele tocou fogo, mas alguns atiraram lanças no dragão.

—Draco!

Ela foi até o dragão e arrancou uma das lanças que o haviam acertado. Ele grasnou na cara dela.

—Calma meu filho. Tá tudo bem.

O enorme animal deixou ela tocar o seu focinho, mas os homens continuaram atirando as lanças.

Ela montou no dragão.

—Voe.

E o animal obedeceu. Tivemos que sair do caminho ou seríamos pisoteados pela gigantesca criatura. Então, ouvi ela dizer:

—Félix levanta os braços e estenda as mãos.

P.O.V. Presidente Matarella.

Ver a criatura chegar incinerando os atacantes, vê-la voar e manobrar para pegar o outro vampiro que foi levado embora enquanto os mascarados que sobraram tentavam acertar a Rainha foi... chocante.

—Um dragão?! Meu Deus um dragão!

P.O.V. Félix.

Agora eu entendo o porque ela gosta tanto de voar nesses bichos. Mal pousamos já estávamos cercados de guardas. E Alec, e Jane e os bebês.

—Você está bem?

—Estou bem. 

—Oh, meus bebês.

—O que houve?

—Uma bomba na limousine. Foi tudo pelos ares, então houve este ataque... um monte de humanos mascarados. Saíam de todos os lugares pareciam baratas. Então, o dragão veio e pronto foram todos incinerados. Alguns foram devorados.

No dia seguinte, o presidente estava falando na televisão em um pronunciamento oficial.

—Renesmee Cullen, a Rainha do Submundo... me assegurou que deseja paz entre os nossos povos. Um acordo de paz está sendo negociado para garantir a segurança de todos. E quanto ao atentado... não vamos descansar até descobrirmos quem foi o mandante do crime. Estamos investigando o ocorrido e vale ressaltar que se não fosse a Rainha muitos homens inocentes que foram pegos pela explosão da limousine não teriam sobrevivido. Então, somos gratos pela Rainha ter salvo as vidas daqueles homens.

—E quanto ao Dragão?

—Parece-me que o dragão é um mecanismo de defesa. A criatura veio quando os criminosos cercaram a Rainha e sua guarda e como bem sabem, agiu em defesa de sua soberana.

—Vocês acham que Aro está por trás disso?

—Talvez. Talvez não. Não é surpresa os humanos reagirem de forma violenta a coisas que eles não entendem ou não conseguem controlar.