Exttnct Wild escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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Owen Grady nunca foi uma pessoa normal. Desde muito jovem, ele mostrou grande amor a animais e uma empatia enorme por eles. Quando tinha seis anos, ele entrou um poço para salva um gato preso e cuidou do animal até que ele estivesse completamente recuperado. Depois sua prima o adotou, já que sua mãe é alérgica a gatos.

Depois desse resgate, foram vários outros. Ele sempre resgatou, reabilitou e entrou lares para os animais que cuidava. Quando entrou na marinha, decidiu estudar comportamento animal e depois começou a treinar animais. Ele até mesmo fez estágio na clínica veterinária do regimento para poder ajudar seus animais.

Ele muitas vezes recebeu olhares estranhos por querer ajudar os animais. Muitas vezes falaram que ele era louco por isso, mas ele não via isso deste modo. Animais também eram seres vivos, eles merecem ser cuidados.

Quando seu projeto na marinha deu errado e eles decidiram que iam matar seus animais, Owen ficou louco. Eles não tinham feito nada de errado. Apenas não estavam prontos. Ele tinha avisado um milhão de vezes, mas ninguém escutou.

Ele estava perdido, ele estava desesperado. Todos os santuários para qual ele ligou davam a mesma resposta. Temos animais demais. Não podemos aceitar mais cinco. Quando Simon Marsani apareceu oferecendo um emprego como treinador de raptores, Owen pensou em negar, mas o homem se ofereceu para cuidar dos seus animais. Ele tinha um amigo que poderia levar os animais e eles seriam bem cuidados. Owen não podia pedir mais nada.

Ele se lembrava de como foram os estudos para descobrir mais sobre esses animais, para descobrir o que seria melhor para eles usarem. Como manter os animais e as pessoas seguros. Demorou um pouco, mas ele conseguiu.

Quando o primeiro lote nasceu, Owen estava animado, apenas para se sentir mal quando quase todos morreram, menos uma. Blue. Sua melhor garota.

Blue chegou a esse mundo como uma bolinha de energia nervosa, barulhenta e carente. Ela literalmente explodiu seu ovo e olhou para ele como se fosse o centro do seu universo.

Owen a levou para a casa naquele dia, apesar dos protestos da equipe. Ele cuidou dela, a alimentou, deu banho e dormiu com ela pelos os próximos três meses, quando finalmente o novo lote estava pronto.

Delta foi a próxima a chegar ao grupo. Seguida por Echo. E logo depois Charlie. Owen tinha dado o nome para os ovos, e quando Charlie se recusou a sair do ovo, ele o levou para casa, construiu um ninho, e ficou com o ovo até chocar.

Blue sempre olhava para ele confusa quando ele estava abraçado com o ovo enquanto cantava baixinho. Uma semana depois, Charlie finalmente se sentiu pronta para sair e quando o fez, caiu de cara no ninho.

Owen manteve as meninas na sua casa até elas completarem um mês e começarem a destruir tudo. No fim, ele teve que devolve-las para o berçário. O treinamento começou, as meninas eram teimosas. Mas aos poucos ele foi ganhando sua confiança.

Quando ele pensou que estava evoluindo, seu supervisor mudou e ele conheceu Vic Hoskins. Hoskins era um velho cão da marinha que achava que o fim justifica os meios. Ele colocou na cabeça que os raptores eram as novas armas de guerra e estava fazendo de tudo para ter um teste de campo. Mais uma vez Owen pode ver os erros se repetirem.

As meninas não estavam prontas para um teste de campo. Elas mal seguiam suas ordens. Elas seriam sacrificadas se falhassem. Owen não ia deixar isso acontecer. Aqueles eram seus bebês.

Por isso, aqui estava ele agora. Parado na frente do padoque dos raptores olhando para suas garotas brincando esperando o momento certo. Era meia noite, mas ninguém achou estranho, já que sempre que não conseguia dormir, Owen ia para o padoque. Por isso, aqui estava ele. Parado na frente do padoque dos raptores, olhando para as suas garotas brincando com os ossos de sua última caçada. Ele estava esperando o momento certo para agir. Era meia noite, não tinha mas ninguém além dele e dos cinco seguranças noturno, mas ninguém estranhou o fato dele estar lá.  Owen sempre ia para o padoque a noite quando não conseguia dormir.

Antes de ir para o padoque, ele passou pela a cafeteria favorita deles. A única que tinha café feito na hora. Ele trouxe uma xícara para cada um. Assim como fazia sempre que vinha direto do parque.

Apenas mudou um pouco, pois junto com a açúcar, ele colocou um sonífero. Ele estava em pé olhando para as meninas quando o primeiro guarda caiu. Depois o segundo e assim foi até todos terem dormido. Blue e Delta estava olhando atentamente enquanto Echo tentava pegar um dos guardas que caiu na passarela e Charlie corria pelo o padoque com um pedaço de osso na boca.

Essa era sua chance.

Owen bebeu o resto do seu café e desceu. Ele abriu o portão e entrou. Assim que colocou os pés lá dentro, os quatro raptores voltaram sua atenção para ele.

— Ei, garotas, sentiram minha falta? – ele perguntou com as mãos estendidas para elas. – Para trás. Eu preciso que vocês vão para trás.

As meninas se mexeram inquietas, mas não fizeram o que ele disse, nem atacaram. Blue estava olhando para ele curiosamente, e Owen sabia que não estava morto ainda, por que ela ainda não tinha atacado. Blue e Echo tinham brigado pelo o posto de beta, Blue ganhou. Para matar o alfa, o beta tinha que se sobressair sobre ele. Ele teria que convencer Blue a ficar do lado dele.

— Ei, Blue. – Ele disse com a mão estendida. – Cadê minha melhor garota? Podemos voltar para quando passávamos todo o tempo junto? Vamos voltar a ser um bando completo?

Blue deu um latido firme e alguns passos à frente. Owen se manteve firme. Esse era seu lugar. Ele era o alfa e não ia recuar. Ele era quem mandava ali. Blue o cheirou um pouco antes de se aproximar mais. Ela parou pouco passos dele e rosnou.

— Não me dê essa merda.  – Owen rosnou de volta.

Blue o estudou por mais um segundo, antes de encostar a cabeça na mão dele e permitir que ele fizesse carinho nela. Owen sorriu enquanto passava a mão pelo queixo dela.

Charlie deu um grito animado e foi saltitando até Owen para receber carinho. Ela sempre foi o bebê do bando. Aquela que precisa de atenção e carinho. Owen passou a mão por ela e logo as outras estavam lá também.

— Vamos. Garotas, grats. – Ele deu a ordem e os raptores olharam para ele confusas antes de irem para as caixas de exame.

Owen saiu do padoque e pegou o controle do portão antes de ir para a sua moto. Owen pensou muito no que estava fazendo era unicamente baseado em seu relacionamento com as meninas. Ele não sabia se elas iriam mata-lo. Não sabia se iam se virar contra ele e atacar todos no parque. Ele não queria colocar ninguém em risco, mas ele não perderia suas garotas.

Pensando nisso, ele subiu em sua moto e apertou o botão. As meninas saíram correndo, Owen acelerou a moto e foi atrás delas. Ele associou e Blue olhou para ele. Owen tomou a frente delas e elas o seguiram para dentro da floresta.

Owen andou alguns metros antes de parar e fazer com que as meninas parassem com ele. Ele desceu da sua moto e tirou sua faca da cintura.

— Ok, garotas, eu preciso tirar o rastreador. – Ele falou e se aproximou delas. – Ei, prestem atenção.

Owen usou a faca para fazer um corte em seu braço e mostrou para as meninas. Depois se aproximou de Blue. Ele deixou o beta cheira a faca e depois foi até ela é arrancou o transmissor. Ele jogou o aparelho no chão e foi para o próximo.

Delta rosnou e tentou morde-lo, mas Blue entrou na frente e mordeu a irmã. Owen empurrou Blue para fora do caminho e ficou firme com Delta. Ele conseguiu tirar o rastreador de todos. Quando tinha tirado de todas, ele pegou a sua bolsa e tirou os novos e colocou nas meninas. Owen podia ser doido, mas ele não ia deixar as meninas sem qualquer modo de ser rastreadas.

Owen jogou os rastreadores no chão e foi com as meninas para um lado da ilha. Ele tinha que fazer uma trilha falsa. Quando se deu por satisfeito, ele usou um dos caminhos do parque antigo que ninguém mais se lembrava e seguiu para o oeste da ilha.

Aquela parte era abandonada, ninguém ia para lá. Ele poderia ficar ali até pensar no que fazer. Ele sabia que assim que descobrirem o que ele fez, ele seria procurado por todo o parque. Felizmente para ele, Owen sempre gostou de explorar a ilha, ninguém conhecia esse lugar tão bem quanto ele. Owen tinha deixado tudo o que ele ia precisar em uma caverna com ligação com o vulcão. Assim que ele entrou, ele parou a moto e desceu. As meninas entraram logo depois e começaram a cheirar tudo.  Ele sabia que não podia ficar ali por muito tempo, mas por enquanto, seria a casa deles.

— Vamos preparar um ninho. Nada definitivo, apenas por alguns dias. – ele disse para as meninas que olharam para ele. – Eu sei que tem alguns animais soltos desse lado da ilha. Alguns porcos para manterem vocês felizes por uma semana ou duas, depois, vamos ver o que fazermos.

Owen saiu com Blue e eles pegaram algumas folhas e foram fazer o ninho. Owen tinha visto elas construírem vários ninhos e sabia como elas gostavam. Suas garotas gostavam de ninhos fofos. Apesar de usarem geralmente a terra para fazer o ninho, elas gostavam de ter alguma coisa macia como folhas ou as roupas velhas de Owen.

Eles escolherem o local de um antigo ninho. Segundo as pesquisas que eles tinham feito, alguns raptores não tinham morrido, de algum modo, eles escaparam do cercado sem ninguém ver e acabaram acasalando. Quando eles voltaram para a ilha, encontrado uma família de raptores, ali. Eles tinham sido eliminados, já que estavam doentes.

Quando se deu por satisfeito, Owen deixou as meninas testarem o ninho antes de ir para os suprimentos que ele tinha deixado na noite anterior. Owen tinha levado duas bolsas grandes com roupas, comida, água, kit de primeiros socorros, um telefone para emergência, do tipo, as meninas ficaram loucas e vão matar todo mundo no parque, caderno e caneta para escrever caso fique entediado e um livro.

Blue se aproximou dele e começou a ver o que ele tinha levado com ele. Ele empurrou ela delicadamente para o lado e pegou seu computador. Owen tinha roubado um dos relógios que a unidade de contenção tinha para rastrear os dinossauros. Ele sabia como usar isso ao seu favor. Ele colocou o relógio no braço e usando o USB, ele conectou no computador. Ele passou os dados dos novos rastreadores e assim sempre saberia aonde as garotas estavam. Depois disso, ele viu se algum alarme tinha sido acionado, até agora nada. Owen se encostou na parede e fechou os olhos.

Ele abriu quando sentiu algo em sua perna e sorriu antes de passar a mão na cabeça de Blue. O raptor fechou os olhos e Owen seguiu seu exemplo.

...

Barry Dun Marco bocejou enquanto fechada a porta de seu carro com uma mão enquanto segurava seu café com a outra. Ele tomou um gole de seu café, apenas para se engasga quando viu os portões do padoque abertos. Ele jogou seu café no chão e correu para lá. Ele pensou em gritar, mas estava com medo de dá de cara com um dos raptores, por isso, ele subiu as escadas correndo. Ele encontrou um dos guardas noturno na plataforma.

O francês pensou que o homem estava morto até notar que ele ainda respirava. Com cuidado, sem saber aonde o homem estava ferido, ele sacudiu o ombro do homem.

— O que... – o guarda resmungou antes de se virar e abraçar sua arma de choque. – Mais cinco minutos.

— O que? Não temos mais cinco minutos. Acorde, homem, o que aconteceu? – Barry perguntou sacudindo o homem com mais força.

— O que diabos, Barry? – ele perguntou olhando para o francês com raiva. – Meu turno acabou, não posso nem dormir depois de ficar a noite toda olhando seus animais?  Por que demônios está me sacudindo?

— Porque você está dormindo em cima da plataforma e eu pensei que estivesse morto. O que aconteceu aqui? Cadê os raptores? Por que você está dormindo em seu horário de trabalho? Como ainda está vivo?

— Quem? Do que você está falando?

O homem finalmente olhou em volta e notou que tinha dormido durante o trabalho. Ele se sentou e depois se levantou. Desesperado, ele olhou para todos os lados tentando ver os animais que ele tinha que guarda. Ele pegou seu relógio e colocou o código dos raptores e sentiu seu sangue gela quando viu aonde estavam os rastreadores.

— Eles estão fora da contenção. – o homem murmurou. – Estão parados há alguns metros do parque.

Barry arregalou os olhos e desceu as escadas correndo para aperta o botão de pânico. Os outros guardas que estavam dormindo, acordaram assustados quando o alarme alto tocou.


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