Resgate escrita por Tulipa


Capítulo 9
Nove


Notas iniciais do capítulo

Quando eu tô escrevendo as falas da Morgan eu me pergunto "Uma criança de 04 anos faria esse tipo de pergunta?" daí eu passo o final d semana com a minha sobrinha e percebo que sim.

Espero que gostem do capítulo



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⎊ Pepper Potts ⎊



Ontem à noite Tony decidiu que era hora de ir a Nova Iorque, então tentei fazê-lo mudar de ideia, mesmo sabendo que não teria sucesso. Hoje, quando a Morgan começou a chorar porque ele iria sair eu, sinceramente, torci pra que ele ficasse, mas meu marido dificilmente muda um plano, ele sempre o adapta, e a adaptação foi levar a nossa filha com ele. E eu disse que estava tudo bem, mesmo que não estivesse. 

 

Ao me ver sozinha, uma onda de ansiedade me atravessou novamente,  e foi tão louco que eu busquei a única referência dele que me veio à mente, e não havia nada sobre a lareira. Eu tive que ligar, e ouvi-los me acalmou. Durante toda a tarde procurei me manter ocupada, manter minha mente ocupada pra afastar todos os sinais das crises que tentavam se aproximar, por isso me dediquei ao meu jardim. Acho que preciso de ajuda. Acho que todas as pessoas que estiveram aqui ou não nos últimos 5 anos estão precisando de terapia nesse momento, mas, no meu caso, será estranho chegar pra um terapeuta e dizer "Meu marido morreu, então viajei no tempo e o trouxe de volta. Desde então tenho medo que ele morra. Tenho medo que a minha filha morra.  As minhas crises de ansiedade são desencadeadas por medo de perder quem eu amo". 

 

Passei a tarde cuidando do jardim, e ao anoitecer me dei conta de que até preparar o jantar foi gatilho pra uma crise, afinal, sempre tive uma ajudante nas incursões na cozinha, porém mesmo sozinha consegui terminar. Me servi de uma taça de vinho e subi pra esperá-los, alguns minutos mais tarde, quando eu estava no banho, eles chegaram. Ela fez questão de entrar na banheira comigo e tudo voltou a fazer sentido.

 

—Agora eu já voltei pra você.— a minha filhotinha me disse depois que declarei a minha saudade.  Tony sabia que aquele era um momento nosso e então nos deixou.

 

—E então, como foi viajar com o papai?

 

—A gente ouviu as suas músicas no carro, porque gosto mais delas.— ela me disse e eu senti muito orgulho dela ter absorvido o meu gosto musical —A gente andou muito no carro, porque era longe. 

 

—É, Nova Iorque é um pouco longe daqui mesmo.—  concordei.  

 

—O Peter mora com a tia dele, ela fez biscoitos,  mas gosto mais quando você faz, mamãe.— não sei se ela está dizendo isso pra me agradar, porque todas as minhas tentativas de cookies foram horríveis, e se os da May são piores eles devem, realmente, ser muito ruins.  

 

—E o que mais você achou da May? 

 

—Ela conhece o meu Dindon, sabia? 

 

—Não, a mamãe não sabia.— respondi. Agora tudo faz sentido, por isso Happy tem tantas informações do Peter, mas seja lá o que ele tenha com a May é recente,  ou eu teria percebido a tristeza dele por ter ficado longe dela nos últimos anos, afinal, ela também havia virado pó. De uma maneira bem egoísta, foi um alívio não ter nenhum parente do Peter pra culpar o Tony pela "morte" dele, a culpa que ele mesmo colocava sobre seus ombros era suficiente —E o Peter, ele foi legal com você? 

 

—Ele também ficou triste quando o papai viajou sozinho, ele chorou, mas agora a gente tá feliz.— ela me disse —Ela vai me ensinar muitas coisas, porque é isso que irmãos fazem. Peter é meu irmão, sabia?— inocentemente ela indagou.  

 

—Não,  ele não é!— raivosa e infantilmente respondi. 

 

—É sim.— ela insistiu. 

 

—Não é,  Morgan!— rebati. 

 

—Eu deixei ele ser.— Morgan comentou chorosa —O papai deixou. 

 

—Minha princesa, irmão é uma pessoa que é filho do mesmo papai e da mesma mamãe que você, o Peter não é nosso filho, só você.— tentei explicar. 

 

—Ele é filho só do papai, eu acho.

 

—Não,  ele não é.— eu disse —Seu pai apenas gosta muito dele, por isso o Peter é especial.  

 

—Você não gosta muito dele, né, mamãe?

 

—A mamãe gosta dele, mas…

 

—Então vou deixar ele ser meu irmão.— ela decidiu —Porque ele é grande e vai me ensinar a ser irmã, tudo bem? 

 

—Tudo.— concordei,  não adiantaria confrontar, era claro que Peter Parker estava mesmo de volta na nossa vida. 

 

Saímos do banho, eu me vesti primeiro e depois fomos ao quarto dela, eu estava preocupada em secar os cabelos da Morgan quando ela me perguntou —Posso morar junto com ele?

 

—Com quem?— desliguei o secador. 

 

—Com meu irmão, né?— ela replica como se fosse óbvio. 

 

—Claro que não, o Peter mora com a May,  e você…

 

—Mas o papai me levou na casa deles um pouco, eu gostei. 

 

—Eu sei, mas a sua casa é aqui, você tem que morar comigo e seu pai, o Peter não pode morar aqui porque ele não nasceu da mamãe, mas ele pode te visitar.— respondi. 

 

—Então me dá um irmão filho seu e do papai? 

 

—Filha, não é tão simples assim.— eu respondi.  

 

Não posso dizer  que nunca pensei em ter outro filho. Afinal, sempre odiei ser filha única e minha idealização  quando fosse mãe era ter mais de um filho, com idades próximas, pra que eles crescessem juntos, só que eu não fazia ideia do homem que estava reservado pra mim. 

 

Quando me apaixonei por Anthony Stark ele não parecia o tipo paternal,  na verdade, ele era apenas irresponsável, e a sua responsabilidade veio à tona com o Homem de Ferro. E na minha cabeça um filho não cabia na equação alguém sempre querendo matá-lo, eu quase morrendo sempre e muita explosão. Com certeza foi o Peter quem aflorou nele o instinto paternal, e quando conversamos sobre a possibilidade eu estava irredutível, mas pra ele tudo era adaptável. Eu evitei uma gravidez o quanto pude,  até que a Morgan veio sem pedir licença e mudou tudo. 

 

A minha Morgan Hope, nasceu num mundo onde quase não se tinham notícias de nascimento de crianças, numa época sem esperança, afinal pessoas tinham sumido, e se quase não nascia ninguém a civilização estava fadada a desaparecer. Jamais havia pensado em dar um irmão ou irmã pra ela, nós já tínhamos sorte demais em tê-la. Tínhamos sorte em sobrevivermos os três. 

 

—Não quero atrapalhar a conversa.— Tony disse ao surgir na porta entreaberta —Mas estou com fome. 

 

—Mamãe, eu tô com sono.— ela disse ao mover-se entre as minhas pernas. 

 

—Vamos jantar com a mamãe antes de dormir?— perguntei, ela assentiu. 

 

Durante o jantar, devido ao sono, ela não voltou a tocar no assunto, Tony parecia apreensivo e a minha cabeça estava um caos. Depois que coloquei a Morgan pra dormir ele me esperava no nosso quarto. 

 

—Baby, a gente precisa falar sobre hoje.— Tony me disse sentado na beira da nossa cama. 

 

—Que história é essa de irmão?— perguntei, ele arregalou os olhos, meio aterrorizado, sem saber o que me responder —Tony…? 

 

—Você sabe o quanto aquele garoto é importante pra mim, não sabe?— aquiesci, ele mostrou-se reticente —Eu não soube como apresentá-lo pra ela, então, o Peter simplesmente encontrou a palavra. E a Morgan prontamente o adotou, porque ela é incrível.

 

Ela realmente é incrível. Como ele. Ela é exatamente como ele quando se apega a alguém, e mesmo que eu quisesse nos afastar de tudo sei que não conseguiria, ainda que meu marido não tivesse apresentado a nossa filha pro seu filho postiço. 

 

—E em breve ela vai adotar todos os outros, talvez nem do Banner em sua versão verde ela tenha medo.— previ —Eu só queria que a gente ficasse longe deles, sem a iminência de ter que vestir uma armadura e não saber se volta pra casa. E agora até a minha filha vai conviver com Os Vingadores, isso nunca vai acabar.— me sentei ao lado dele.

 

—Baby...— ele se virou pra mim, e ao ver a lágrima que escorria pelo rosto Tony a aparou —Eu não vou usar uma armadura novamente, a não ser que a sua vida ou da Morgan esteja em perigo. Acabou. Foi isso que eu fui dizer ao Peter, que eu preciso que ele se cuide, porque eu não vou mais estar lá. 

 

—E se eles vierem te procurar?— a minha voz embargou. 

 

—Então vou ajudá-los…

 

—Tony?— eu chorei ainda mais —Você nunca vai conseguir parar.

 

—Eu vou ajudá-los sim, vou desenvolver o que eles precisarem, trajes, máquinas, o que quer que seja, mas não vou mais lutar ao lado deles, isso posso te prometer. 

 

—Promete mesmo?— passei as mãos pelo rosto.

 

—Prometo.— ele garantiu. 

 

—Não quero te prender a mim,  mas também não quero te perder.— eu disse. 

 

—A nossa relação não é uma prisão, é a melhor coisa que me aconteceu,  você me deu a família que eu nunca tive.— ele me disse —Se eu morro quem perde sou eu,  porque não haverá uma nova chance pra mim. 

 

—Enquanto eu estiver aqui dou um jeito de te resgatar.— afirmei —Mas eu prefiro não precisar, quero ficar bem velhinha junto de você, depois de ter visto a minha bebê virar uma mulher espetacular. 

 

—Maravilhosa como a mãe dela.— ele me beijou. 

 

—Ela pediu pra morar com o Peter.— informei.  

 

—Porque ele é irmão dela?— ele riu, aquiesci —O que você respondeu? 

 

—Que não, óbvio,  e tentei explicar que a gente gosta muito do Peter, mas ele não nasceu de mim, da gente…

 

—E…?

 

—E ela perguntou "Me dá um irmão filho seu e do papai?".

 

—Gosto da ideia de sermos quatro.— ele disse animado. 

 

—Gosto da ideia de você se comprometer a não morrer.— rebati. 

 

 —Ok. Com mais um filho ou não,  a minha terceira chance vai ser a melhor parte das nossas vidas, te garanto. 

 

(...)



Eu acreditei na promessa, ainda que o Tony continuasse passando tempo demais em sua garagem/oficina/laboratório. Pelo menos até agora ninguém surgiu de um portal o chamando pra salvar o mundo.   A semana continuou sem qualquer sinal de crise de ansiedade. E hoje, manhã de sábado, Happy chegou trazendo a visita que a Morgan esperou nos últimos dias. 

 

—Meu irmão!— ela correu da varanda para o quintal  e meu coração gelou com medo dos degraus e do solo irregular,  mas logo ela estava no colo dele —Que saudade.  

 

—Também senti saudade.— ele disse —A May te mandou biscoitos.— ele informou, então ela sussurrou algo no ouvido do Peter o fazendo gargalhar. 

 

—Ela também não gostou dos  biscoitos, não foi?— Happy questionou. 

 

—Não conta pro Dindon.— Morgan pediu. 

 

—Não vou contar, é o nosso segredo.— ele disse à ela, antes de colocá-la no chão.  

 

Eu queria ter algo pra registrar o sorriso o meu marido, acho que ele esperou por esse momento todo esse tempo, não há mais nenhum sinal de dor, arrependimento ou culpa no rosto dele. É reconfortante vê-lo assim.  

 

—Bom dia, Sra Stark.— Peter me cumprimentou. 

 

—Bom dia, garoto, seja bem-vindo.— respondi e Peter me surpreendeu com um abraço tão apertado e sincero que me fez sentir culpada por tentar mantê-lo longe. 

 

Na verdade o meu problema nunca foi o garoto, mas o que ele representava, culpa, sacrifício, Vingadores. Porém se a relação do Tony com os outros heróis for apenas como ele me prometeu tudo vai ficar bem. A minha pequena mal deixou o garoto conversar com os adultos, o pegou pela mão pra mostrar a casa, o quintal e a casinha dela. 

 

—Ela nem falou comigo.— Hogan observou, Tony deu de ombros —Estranho é que não é a primeira vez que o Peter está aqui, será que ela não se lembra daquele dia?

 

—Que dia?— Tony quis saber. 

 

—Do funeral, todos eles estavam aqui.— Hogan respondeu. 

 

—Estavam?— Tony perguntou. 

 

—Estavam.— respondi —Ela nunca tocou nesse assunto, talvez a lembrança tenha sido bloqueada,  já que você está aqui.

 

—Todos vieram, mesmo?

 

—Até os mais esquisitos.— Happy afirmou.

 

—Não sei porque você faz tanta questão de saber.

 

—Sei lá, me fez sentir importante.

 

—Tão importante que eles sabiam como te trazer de volta e não fizeram.— eu disse irritada, e os deixei na varanda. 



 (...)

 

No meio da tarde  eu estava sentada nos degraus da varanda tomando uma xícara de café. Tony estava com Happy na garagem, como sempre,  e as crianças estavam na beira do lago. Peter Parker tem uma diferença de idade considerável, ele é cerca de 12 anos mais velho que a Morgan, mas não a desapontou em nenhum momento, brincou na cabana, tomou chá com ela e as bonecas, e agora eles "pescavam".

 

—Ficou incrível...— a minha atenção se voltou pra voz do Hogan ao longe. 

 

—E você nem vai precisar guardar por muitos anos.— Tony comentou.

 

—Se ela não aceitar eu aceito.— ouvi Happy dizer, sua voz estava bem mais perto agora. 

 

—Seu sonho,  né? Contente-se com a tia gata do garoto.— o barulho dos cascalhos denunciava que eles caminhavam pra onde eu estou e ao me ver Tony arregalou os olhos com quem é pego em flagrante.

 

—Do que vocês estão falando?— eu quis saber. 

 

—De um projeto que estou desenvolvendo.— ele sentou no degrau ao meu lado.

 

—Que projeto? 

 

—Você logo vai saber.— ele piscou pro Happy, tomou a caneca de café das minhas mãos e deu um gole.  

 

—Preciso voltar pra civilização.— o nosso amigo anunciou —Peter vai mesmo dormir aqui?

 

—Vai, Happy,  aproveita a noite sozinho com a May. Vai  namorar.— Tony respondeu.  

 

—Até porque você vai ser o único a namorar essa noite.— comentei indiretamente. 

 

—Eita.— ele olhou pro Tony e fez uma cara de quem diz "Você está com problemas" —Diz pro Peter que amanhã à tarde venho buscá-lo.— Happy se despediu de nós e dirigiu-se para o seu carro. 

 

—O que a Tia gata do garoto tem a ver com o seu projeto?— perguntei.

 

—Você fica tão linda quando está com ciúme.— ele me provocou ignorando a minha pergunta —Mas não gosto quando você fica brava comigo. 

 

—Não estou brava. 

 

—Não?— ele perguntou, eu neguei com a cabeça —E se eu te pedisse em casamento agora?

 

—Eu responderia que não costumo cometer o mesmo erro duas vezes.— eu ri. 

 

—É um erro?— ele arqueou uma sobrancelha.  

 

—O meu melhor erro.— respondi —Quer dizer, o segundo melhor, o primeiro está vindo ali. 

 

—Mamãe, tô com fome.— ela estava imunda,  com as mãos, os joelhos e o bumbum sujos de barro. 

 

—Meu Deus, olha a sua cor, ninguém vai comer enquanto estiver encardida assim.— comentei.  

 

—Então me dá banho, por favor?— ela pediu. Nós havíamos à ensinado a usar o "Por favor" sempre que fosse pedir algo. 

 

—Essa é uma missão pro papai.

 

—Pra mim?

 

—Por favorzinho,  papai?— ela pediu. Por favorzinho era o golpe mais baixo do mundo. Se ela me pedisse um irmão com essa cara, com certeza euu cederia. 

 

—Ela está com fome e está imunda, eu sou uma só…

 

—Eu posso ajudar.— Peter prontamente se ofereceu, recusei a ajuda, até porque ele também precisava de um banho, embora estivesse muito mais limpo. 

 

—Então, Sr Stark, é banheiro ou cozinha, o que você prefere? 

 

—Dou banho e você cozinha.— Tony fingiu resolver o que eu já havia decidido —Está vendo como a vida de pai de família é cheia de emoções, Peter?— ele ironizou. 

 

—É só usar preservativo,  Peter.— eu rebati. 

 

—Papai, o que é preservativo?— a Morgan perguntou.  

 

—É o mal humor da mamãe.— ele comentou ao me olhar sobre o ombro. 

 

(...)

 

Meu corpo desperta e a casa ainda parece em profundo silêncio,  dormimos tarde na noite passada. Peter sugeriu que brincássemos de mímica,  e claro que a Morgan ganhou o jogo, já que eles roubaram pra ela. Quando abri meu olhos, encontrei os dele.  Vê-lo me olhando dormir me faz lembrar de uma época em que ele não dormia, por causa dos seus traumas, atualmente somos dois seres cheios de traumas. 

 

—Olá, estranho.— digo sonolenta. 

 

—Estava prestes a te beliscar,  você dorme demais, mas é tão linda dormindo. Que inferno.

 

—E você me queria acordada, porquê?— Tony não responde, apenas se move e pega minha mão esquerda. 

 

—Eu te amo.— ele diz e então percebo que há um anel no meu dedo anular, junto da minha aliança, da nossa aliança, olho pra linda joia no meu dedo, que provavelmente é feita em ouro branco,  uma pedra central redonda e outras menores dispostas ao redor da maior. O tom azulado das pedras e a maneira como estão dispostas me lembra o seu primeiro reator arc. Começo a tremer, pois me lembro da pergunta que Tony me fez ontem à tarde —Casar com você foi a coisa mais certa que eu fiz na vida, deixar você foi o pior erro que já cometi,  mas se eu tiver mil vidas, mil chances, quero todas elas ao seu lado. Casa comigo?— ele me surpreende —De novo? 

 

 


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Notas finais do capítulo

Será que ela vai dizer sim?



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