Resgate escrita por Tulipa


Capítulo 2
Dois


Notas iniciais do capítulo

Olá, que feliz que vês curtiram a história.

Voltei mto rápidom viram?



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Quando Bruce, finalmente, ligou eu disse que não poderia estar lá, e que ele tinha aval pra fazer o que achasse melhor. Há dois dias, desde o episódio na cabaninha, Morgan passou a ter febre sem nenhuma explicação, a pediatra  descartou qualquer infecção, e eu tenho certeza que é emocional. A pessoa por quem ela chama é a mesma com quem eu sonho todas as noites.

 

Eu precisava ficar com a minha pequena, mas algo me dizia que eu também precisava estar em outro lugar.  Era um pressentimento estranho como o que senti quando decidi fazer parte daquela batalha ao lado de Tony  e d'Os Vingadores. Então contrariando o que havia dito pro Dr. Banner, decidi ir até Nova York. Moramos em New Heaven, Connecticut,  são cerca de 2h até lá. Eu liguei pro Happy, pra pedir que ele cuidasse da Morgan, como daquela vez, e o olhar esperançoso que ela me lançou quando eu disse que voltaria logo foi de partir o coração. Eu  tinha que dizer pra ela mais uma vez que seu pai não voltaria, mas não consegui.

 

Quando cheguei ao Complexo dos Vingadores, ou o que sobrou dele, dezenas de máquinas trabalhavam no local, nos fundos do terreno havia um contêiner que era o laboratório improvisado do Dr. Banner,  o que eu achava ser a estrutura da máquina do tempo ainda estava lá. Desci do carro e vi o Hulk, era literalmente o monstro verde naquele momento, esbravejando com um senhor. O idoso apenas movia a cabeça como se aceitasse tudo, como se soubesse que, seja lá o que tenha feito, era realmente errado. Me aproximava sorrateiramente quando ouvi a seguinte frase dita por ele.  

 

—Nós sacrificamos muita coisa por causa dessas jóias, você não tinha o direito.— foi então que eu decidi me manter escondida e ver do que se tratava aquela discussão.

 

—Quando estivemos em 1970 pra  buscar o tesseract, Tony conseguiu falar com Howard,  eu apenas a vi de longe, mas quando fui devolver a joia e a vi de novo eu não pude voltar. Eu tinha que viver isso,  Bruce. Nós tínhamos. Então só voltei depois que ela faleceu. Foi inconsequente, eu sei...

 

—Inconsequente?!— o Hulk urrou —Você sabe o que o seu passeio pelo passado pode ter causado? Quantas brechas você abriu pra viver o seu até que a morte os separe, Steve?— Steve? Aquele senhor era Steve Rogers? —Se a Peggy já havia morrido em 2016, sem nunca ter casado com você, voltar para os anos 70 e casar com ela, com certeza criou uma realidade paralela.  

 

—Eu poderia ter roubado mais partículas do laboratório do Dr. Pym e ter trazido ela pro meu presente, mas esse nunca foi o nosso tempo.

 

—Você abriria um precedente catastrófico se fizesse isso.— o Dr. Banner contrapôs.

 

—Não exagera, Banner.

 

—Meu Deus, você parece o Tony falando, não,  quer dizer, você parece um velho gagá, Steve. Você está senil,  e eu não vou mais discutir com você. Só vou destruir esse túnel do tempo antes que alguém tenha outra ideia brilhante.— ele disse ao abandonar Steve sentado no banco e caminhava em direção à máquina quando sai de trás do caminhão e me coloquei diante dele.

 

—Não vou deixar você destruir a única coisa que pode trazer o meu marido de volta.— eu o confrontei, mesmo sem armadura. Não sabendo se era o certo a fazer, afinal ele era grande e verde,  porém agora numa versão autocontrolada.

 

—Você não disse que não vinha?— ele me perguntou surpreso.  

 

—Algo me disse pra eu vim, ainda bem.— eu falei  —Você ia mesmo destruir a máquina do tempo sabendo que dá pra trazer o Tony e até mesmo a Natasha de volta?  

 

—Pepper, Tony e Nat sabiam das consequências, antes de sairmos para aquela missão nós fizemos um pacto "Custe o que custar", é por isso que eles não estão mais aqui.  

 

—É fácil pra você dizer isso, afinal,  você ainda está aqui, o que você perdeu?  O que te custou?

 

—Não sei se você sabe, mas eu quase morri usando aquela manopla pra trazer todos de volta…

 

—Quase...— eu o interrompi antes que ele desse qualquer outra justificativa  —Ele morreu. O meu marido. Meu amor. O pai da minha filha. Ele morreu. E você pode trazê-lo de volta.  

 

—Trazer alguém que morreu no passado pra viver no presente, seria uma…

 

—Seria exatamente como Thanos fez, não esqueça que nós tínhamos matado aquele filho da mãe...—Steve entrou na conversa  —E ainda assim ele estava aqui dias atrás.

 

—E não foi uma catástrofe?— Banner tentou justificar.

 

—Sabe o que é uma catástrofe, Dr. Banner?— pergunto —Tentar explicar pra uma garotinha que o pai dela não vai mais voltar,  e isso desencadear uma febre que não vai cessar até que ela aceite isso.

 

—Pepper,  todo mundo já sabe que o Tony morreu,  tem imagens do Homem de Ferro pintadas em 80% dos muros de Manhattan.

 

—Você vai mesmo tentar me convencer que não pode trazê-lo de volta porque a morte dele foi noticiada?— indaguei.

 

—Talvez porque ele tenha sido cremado,  inclusive houve um funeral. Há uma semana você estava encarando a urna com as cinzas dele que está sobre a sua lareira, lembra?— Bruce apontou as evidências de maneira dura e cruel, eu diria.  

 

—Sério?— contraponho ironicamente —Estamos num mundo onde pessoas viraram pó,  sumiram por cinco anos, e voltaram. E eu não posso trazer o meu marido de volta?— eu argumentei.

 

—Ela tem razão,  Bruce.— Steve me ajudou.

 

—Vão erguer uma estátua do Homem de Ferro em bronze no centro da cidade. O Tony iria adorar isso.— Banner comentou.  

 

—Dane-se a estátua de bronze!— eu esbravejei —O pai da minha filha, o homem com quem eu casei não era uma porra de uma fantasia, não era esse cara narcisista que você acha que se contentaria com essa droga.

 

—Tony era único de nós que tinha uma identidade, era o único de nós que todo mundo sabia que estava debaixo do traje. Se o trouxermos de volta como você acha que vai ser? Que vocês vão continuar nas montanhas brincando de casinha e ninguém nunca vai incomodar vocês?

 

—Eles estavam bem até que nós fomos lá, Bruce,  o Tony não queria mais, ele realmente não queria.— Steve advogou em minha causa  novamente, e eu não esperava que ele fizesse diferente, afinal ele pôde viver a sua vida com Peggy —Acho que devemos isso a eles.  

 

—Por favor, Bruce, eu vou buscá-lo, apenas me diga o que devo fazer.— supliquei  —Pela minha filha? Você precisava ver a maneira como ela me olhou há algumas horas, parecia que ela sabia que isso seria possível. E agora que eu sei que é possível não vou conseguir encará-la se eu não fizer.  

 

Bruce rugiu contrariado. Talvez eu o tenha tirado do sério, ou o tenha convencido. Mas algo que ele disse me fez pensar. Tony sempre seria homem de ferro, todos sabiam que era ele,  e a gente pode nunca ter paz, talvez ele sempre se sinta na obrigação de salvar o mundo. Mas se não soubessem que ele era ele, outra pessoa poderia assumir o traje. Tony se aposentaria e o Homem de Ferro continuaria na ativa. Ou poderíamos simplesmente manter o personagem morto.  

 

—Você vai, buscar o Tony,  depois disso buscaremos a Nat e essa máquina será destruída pra sempre.— ele decretou e eu concordei —Mas você sabe que uma vez que o homem de ferro esteja de volta...

 

—Sei o que devo fazer, mas primeiro preciso saber como essa viagem funciona.— foi então que Steve me explicou —Então eu preciso de 4 viagens.— eu falei.

 

—Vai fazer turismo?— ele caçoou. Rolei os olhos.  

 

—Não.— eu franzi o cenho e tentei explicar —Preciso de uma viagem pra impedir que ele faça algo no começo de tudo. Outra pra buscá-lo num ponto onde ele saiba da existência da Morgan,  porque seria complicado explicar pro primeiro Tony que eu vou encontrar que nós temos uma filha, por mais inteligente que ele seja, e então nessa segunda parada eu o trago de volta.

 

—Tony disse que mudar o passado não altera o presente então talvez ir até aquele primeiro momento não seja necessário.— Bruce argumentou.  

 

—Eu amo meu marido, ele é a pessoa mais inteligente que conheço,  mas acredito em De volta pro futuro sim.— eu repliquei. Steve riu —Então… devo vestir o meu traje ou…?

 

—Você tá com o seu traje aí?— Bruce questionou após me analisar dos pés à  cabeça, eu vestia sapatilhas e um vestido preto.

 

—Aqui.— disse ao tocar no colar que estou usando. É um colar duplo, no mais curto tem o nome da Morgan e o pingente do mais comprido é um conglomerado do nanopartículas semelhante ao dispositivo que Tony tinha em seu peito.  

 

—Tony Stark era genial.— Steve disse.

 

—Ele é genial.—  concordei, no presente.  Porque iria trazê-lo de volta.  

 

Vesti o tal traje quântico. Bruce me entregou os dispositivos com as partículas Pym,  coloquei um em cada pulso, e subi na máquina do tempo. Recebi as coordenadas e instruções.  

 

—Pepper, não faça nada estúpido.— o Sr. Steve Rogers brincou.  

 

—Como você fez?— rebati —É claro que não, nós temos uma pessoinha aqui.

 

—Certo, Pepper, prepare-se...— Bruce me avisou  —...Você vai voltar pra 2010 em 3, 2, 1...

 

 


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Notas finais do capítulo

As datas da linha temporal do MCU me confundem, sinceramente.

Me digam o que estão achando. Volto o mais rápido que conseguir.

Starkisses,

Tulipa.



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