Amor Perfeito XIII escrita por Lola


Capítulo 47
Um convite?


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a todas as visualizações e pedir que comentem! Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777828/chapter/47

Alice Narrando

Passei a tarde de domingo com as meninas, enquanto elas faziam coisas como unha, sobrancelha e tal, eu conversava com Fabiana sobre ela parar de correr atrás de Murilo.

— Posso entrar na conversa? – Alícia perguntou me deixando insatisfeita, mas não fui contra. Fabi contou o assunto e a amiga dela opinou que era a mesma opinião que a minha.

— Tá bom gente, eu vou segurar a onda. – ouvi um suspiro após sua afirmação. – É que... O sexo era o de menos. Tínhamos uma conexão.

— De amizade. E você exalta demais o sexo entre vocês, isso não deve ser legal para ele. Várias garotas já fazem isso.

— Chega desse assunto. – ela olhou a amiga enquanto eu permanecia em silêncio.

— Desde que cheguei você não falou nada, não gosta mesmo de mim né?

— Você faz por onde. É venenosa demais Alícia, não gosto de gente assim.

— Posso te dar um conselho? Se não puder dou assim mesmo. Seja assim em suas relações amorosas. Você é muito... Coitadinha. Você me enfrenta e diz pra mim que sou venenosa, mas não enfrenta o Arthur e diz o que ele tem que fazer para vocês ficarem juntos. Não dá.

— Não vem me dizer que você quer que a gente fique junto.

— Eu desisti. Não significa que eu nunca mais vá ficar com ele... – ela deu de ombros. – Mas não é a intenção.

— O que te levou a tomar essa decisão?

— Sabemos que Arthur nunca vai me olhar como ele olha pra você. E também... Acabei descobrindo que eu e ele somos mais amigos que tudo.

— Como se fosse simples assim. – Fabi resmungou.

— Esquece o Murilo amiga! – a sacudi em uma tentativa frustrada.

— Estou falando dela. Ela ama o Arthur.

— Você me conhece menos que pensa Fabiana... Fingi não amar quem realmente amo por ele ser um completo idiota, mas não quero ser vista como... Você está sendo. Para de correr atrás do Murilo, por favor. – ela pegou na mão dela e olhou em seus olhos. – Nunca te pedi nada com tanto propósito. Eu te amo Fa, quando todo mundo me julgou era você que estava lá ao meu lado. Por favor, me escuta. – meus olhos se encheram de água ao ver as duas daquele jeito.

— Meu irmão gosta de alguém. Você não tem chance com ele Fabiana. – falei por impulso para tentar fazer com que a dor e a realidade a fizesse mudar de postura. - Jamais mentiria sobre algo desse tipo Fabi.

— Sei que não é mentira. E sei quem é. – ela suspirou, a olhei sem entender. - Já percebi e daqui a pouco todos vão perceber... Eles não estão disfarçando muito bem.

— Quem é ela? – Alícia perguntou curiosa.

— Não importa. – Fabiana cortou o assunto. – Chega disso! – ficamos conversando mais algum tempo e assim que ficamos sozinhas ela me olhou séria. – Sei que é o Kevin.

— Como você percebeu?

— Fácil. Olhares, necessidade que os dois tem de contato físico, todas as reações do seu irmão quando ele chega ou quando não está... Murilo está louco por ele. E desculpa Alice, mas não acho que aquele garoto o corresponda da mesma forma e mais... Ele vai brincar muito ainda com a cara dele.

— Agora é seu ciúme falando. Acompanho de perto Fabiana... Ele é correspondido na mesma intensidade e o Kevin tem boas intenções.

— Você é inocente demais! – ela estava indignada.

— Que seja! Deixa que ele quebre a cara.

— Não quero que ele se prejudique. Não quero que sofra como estou sofrendo.

— Você não quer que eles fiquem juntos. Sei como é isso.

— Os seus pais sabem disso?

— O sofrimento não te faz maléfica né? Você não contaria apenas para se vingar ou algo do tipo.

— Claro que não Alice! Deixa de ser idiota. Acabei de falar que não quero que ele sofra.

— Vamos ir tomar banho vai. – me levantei e ela veio junto.

Murilo Narrando

Acordei e vi que Kevin me olhava, dei um sorriso e fechei os olhos novamente. Ele espirrou e eu o olhei preocupado.

— Acho que peguei sua gripe.

— Os anti-inflamatórios que você está tomando são muito fortes, ajudaram a baixar sua imunidade. Como está o seu braço?

— Melhorando.

— E você não vai me contar o que realmente aconteceu? Sei que não se machucou.

— É verdade. Foi com as caixas.

— Se for algo com o seu pai você não vai dizer por que sabe que vou preferir me afastar de você a vê-lo te machucar. – suspirei. – E não vem dizer que não consegue mentir pra mim, você mente melhor que ninguém.

— Ótima forma de começar a segunda feira. – ele se levantou de forma rápida. – Bom dia Murilo. – não acredito que ele me deixou falando sozinho. E sem respostas.

— O que foi? – Alice perguntou enquanto tomávamos café.

— Esse negócio consome a gente né? – a olhei. Minha voz saiu baixa e inconformada.

— Que negócio? Gostar de alguém? – concordei gestualmente.

— Pior que sim. É devastador. Pra você talvez seja parecido como foi pra mim, porque você nunca sentiu nada por ninguém.

— Quando sair da aula passa lá na sala do meu pai fazendo favor. – Arthur falou ao se debruçar em cima de mim.

— Você é lindo e está cheiroso, mas precisa? – o empurrei.

— Tá com medo de se apaixonar por mim também? – ele segurou a risada.

— Se você fez até minha irmã que não podia sentir nada se apaixonar... – eles ficaram sem graça.

— Cadê seu namorado? – o olhei sério. Ele sabia que aquilo não era um namoro.

— Sei menos coisas dele que você.

— Ei, o que tá pegando? – ele franziu a testa.

— Temos que ir. – me levantei. Olhei para Alice que parecia enfeitiçada presa com o olhar em Arthur. Estalei os dedos em frente ao seu rosto e ela “acordou”, me acompanhando.

Alice Narrando

Achava engraçado aquela tentativa de aula do pessoal da cúpula, mas até que eu tinha que admitir que alguns dias rendia alguma coisa, hoje eu estava concentradíssima em lições de matemática. Eles dividiam os dias por matéria e como eu já disse, juntaram todos independente do ano, então Kevin e Yuri estavam com a gente apesar de serem mais velhos. Agora nos juntamos para fazer uma atividade bem difícil de química e eu sabia que todos juntos não sairia nada.

— Posso me juntar a vocês? – a garota que estava dando em cima do meu irmão perguntou e as meninas a olharam. Concordamos e ela se sentou.

— Vamos logo com isso aí que eu tô com fome e quero almoçar. – Ryan exigiu.

— Olha que bonitão! O que mais você quer? Uma massagem?

— Se vier com sexo. – o olhamos assustadas.

— RESPEITA A SOPHIA! – Yuri gritou e as meninas bateram nele.

— Estamos na sala!

— Amiga, você tem certeza que quer fazer o trabalho com a gente? – Lari perguntou olhando a Daniela. – Eles nunca fazem nada, sempre sobra pra gente. Além disso eles não calam a boca.

— Estou quase acabando. – Kevin falou e todos o olharam assustados.

— Ele nem deve saber o que está fazendo. – Alê comentou rindo.

— Ele é o melhor da turma. – Yuri contou nos surpreendendo. – E em tudo.

— Não sei qual a surpresa de vocês, ele é irmão do Arthur. – Soph concluiu.

— Eu sou irmã do Arthur e não sou tão inteligente. – Otávia discordou.

— Muito menos o Yuri. – Alê zoou e riu baixo.

— Murilo dá pra tirar esse fone? E parar de jogar no seu celular? – Lari começou a implicar com meu irmão.

— Não. – ele respondeu simplesmente a fazendo bufar.

— A única coisa que você vai conseguir dele é que transe com alguma amiga sua.

— Quando ele pegar alguma doença ele para.

— Vou ter que mostrar minhas camisinhas de novo? – ele perguntou sem nem olhar para eles.

— Hum... Qual você usa? – a garota o olhou com de má intenção. Murilo parou de jogar e ficou olhando para ela. Por tempo demais. Estranhei aquilo. Olhei para Kevin e vi que ele havia parado de fazer a atividade e estava reparando a cena.

— Você teria que estar comigo pra saber. – ele respondeu e voltou a jogar.

— Isso foi um convite?

— Não. Foi um fora mesmo. – a menina ficou sem graça e nós mais ainda.

— Desculpa, delicadeza não é o forte dele. – Soph pediu e deu um sorriso.

— Vai demorar muito isso ai? – Murilo perguntou olhando Kevin.

— Vai dar uma de Ryan? – perguntei o encarando. – O garoto está fazendo o trabalho sozinho, cala a boca e espera.

— Irmãzinha você é adorável. – falou ironicamente enquanto guardava seu celular.

— Por que tá com pressa? – ele olhou para Rafael que chegou ali de intruso e eu nem sabia o motivo. – Quer ir comer alguma coisa antes de irmos beber?

— Não. Quero só ir beber mesmo.

— Meio dia Murilo? – olhei para ele indignada.

— Duas coisas que não tem hora: bebida e sexo.

— Duas coisas que não tem salvação: garotos idiotas e... Garotos idiotas.

— Por que trouxeram bebidas alcoólicas para o abrigo?  Qual é o sentido? Eu nunca entendi!

— Porque as pessoas precisam ficar bêbadas para enfrentar essa porra. Tem todo sentido do mundo.

— Trouxeram tudo que existe lá fora, por que não iriam trazer essa merda?

— Na verdade não trouxeram. É que ficamos mais tempo que eles esperavam daí pediram no carregamento. – Kevin falou e nos olhou. – Pronto. – ele entregou a folha. – Se quiserem podem revisar. – ele saiu andando. Olhei para Murilo. Ele ignorou meu olhar e saiu da sala com Rafael. Os meninos foram saindo um por um. Entreguei o trabalho e voltei para a mesa.

— Vamos fazer um transa, casa ou mata rapidinho? – Soph sugeriu e riu. Vai ser legal porque tem uma menina nova entre a gente.

— Já sabemos bem com quem ela iria dizer que transaria.

— Faltam vinte minutos para o almoço ficar pronto e eu não tenho ideia melhor para passar o tempo. – Gi concordou. – Arthur. – a olhei com tédio.

— Transo. Precisa justificar? Porque se precisar é por ele ser gostoso demais. – Lari falou e deu uma risadinha.

— Faço das palavras da minha irmã as minhas.

— Caso. – a Dani disse me surpreendendo. – Ele é sério, parece que seria fiel.

— Mato. – Gio falou de uma forma intrigante. – É impossível existir alguém tão lindo, ele faz com que os outros caras pareçam banais demais. Ele lembra muito aqueles atores perfeitinhos de Hollywood, quando isso é normal?

— Se eu fosse um cara ele iria foder com a minha autoestima.

— Gente para, vocês estão loucas. Ele não é tão perfeito assim. Esses caras aí, são bizarros. Legal é ter algo diferente. E o Arthur é branquinho demais, prefiro um moreno! – Soph falou assanhada.

— Mas transaria com ele! – Otávia falou e revirou os olhos. – Estou isenta por ele ser meu irmão. Alice. – elas me olharam.

— Mato. – não disse mais nada e elas continuaram me olhando. – Não preciso justificar. Vai, próximo. Yuri.

— Meu irmão também. – Otávia levantou as mãos. – Mas eu mato por ele ser o pentelho que é. – elas riram.

— Mato. – Soph falou sem mais palavras. Acho que eu criei uma nova regra.

— Caso. Ele é fofo e parece que seria um bom marido. – Lari disse fazendo a irmã ficar incomodada.

— Você quer tudo pra você né? O safado, o fofo, o lindo. – elas iriam brigar. Olhei pra Gi pedindo socorro.

— Transo. Nova experiência. – ela respondeu e riu.

— Transo. – a garota respondeu parecendo tímida.

— Caso. Porque ele é meu amigo. Não mataria e nem transaria. – expliquei.

— Mas se casar vai ter que transar.

— Nem sempre, conheço casais que não transam há anos.

— Como sabe? Você dorme com eles?

— Murilo. – Gi disse e bateu palminhas. – Transo. Transo demais. De todos ele é o que mais dá vontade de transar.

— Então por que nunca transou com ele?

— Sempre gostei do Alexandre.

— Aposta nele agora. – Soph incentivou. Gi pareceu considerar.

— Não! Não. Não. E não. – falei séria a olhando.

— Transo, nem precisava responder. – a garota respondeu.

— Mato porque ele já fez muita garota sofrer. – Otávia respondeu séria.

— A gente transa juntas porque Larissa não deixaria eu transar sozinha com ele. – olhei Sofia com uma eterna preguiça. – Alexandre. – ela encarou a irmã. – Mato, ele é chato.

— Mato. – Giovana falou antes de todo mundo.

— Mato, ele faz piada com meu olho. – respondi e ri.

— Transo. – a menina falou e a olhamos. – Ah gente, ele é bonitinho.

— Que gosto hein amiga? – Otávia perguntou a olhando. – Mato, Deus me livre. – olhamos para Larissa que era a única que faltava.

— Mato. – ela falou não sendo sincera. Mas entendemos ela não querer machucar mais ainda Giovana ou ficar espezinhando em um assunto já resolvido.

— Ryan. – falei antes que Soph começasse a implicar com a resposta da irmã. – Mato. Quem sabe na próxima vida ele teria um humor melhor?

— Transo. Olha aquela cara dele de que faz gostoso. – Soph falou nos surpreendendo. Otávia ficou nervosa, mas ninguém ali percebeu, só eu que sabia que ela gostava dele.

— Não sei... – Lari respondeu pensativa. – Acho que transo e mato em seguida. – todas riram. 

— Transo. O jeito dele ignorante mal humorado é tudo na cama. – olhei surpresa para Giovana.

— Transo. – a garota respondeu e só faltava Otávia.

— Transo também, não quero ser a diferentona.

— Admite que tem uma queda por ele. – Larissa a provocou.

— O último e muito menos importante... – Gi falou e riu. – O demônio Kevin.

— Demônio que acabou de salvar nosso trabalho.

— Vamos simplificar? Todo mundo mata e pronto.

— Deu horário do almoço. – ouvimos o aviso sonoro e saímos rápido. Tentei encontrar meu irmão depois de comer para saber o que estava acontecendo entre ele e Kevin, mas não encontrei, então acabei indo trocar de roupa e cuidar das minhas plantinhas lindas que eu estava com saudades, já que no domingo era o dia que eu não cuidava delas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIII" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.