Amor Perfeito XIII escrita por Lola
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura ♥
— Estou louca com o primeiro dia de aula! – Sofia comentou animada enquanto íamos para a escola.
— Você sossega, porque eu sendo sua irmã, o que você faz também suja o meu nome. – Lari implicou com ela.
— Só vou me exceder se tiver um professor novo muito gostoso!
— Ah pronto. A outra já está mirando no professor. Você tem quinze anos criança, desce um pouco. – meu irmão disse e deu um tapa nela.
— Menos, bem menos Sofia. – Alê demonstrou apoio a Murilo.
— É tão estranho ver Alice sorrindo assim. – Yuri comentou me olhando. – Ela melhorou muito!
— Essa melhora trouxe poder de ter emoções boas e ruins... Ela chorou por um bom tempo por Arthur não estar mais aqui. – Murilo disse e ficou sério.
— Minha metade de irmão vai fazer falta. – Otávia disse de um jeito cômico.
— Quem vai proteger a gente de tudo e de todos? – Gio perguntou fazendo beicinho.
— Pela idade eu e Yuri. – Kevin se manifestou pela primeira vez aquela manhã.
— Mas pela desenvoltura, sagacidade, experiência, esperteza, capacidade, habilidade... É o Murilo meu amor. Sinto muito. Não vai ser dessa vez que o vilão vai virar mocinho. Tenta de novo na próxima oportunidade.
— E tudo que a Otávia fala vira lei né? – ele perguntou parecendo discordar.
— Sim. – ela deu de ombros. – O que vai fazer se um de nós der PT?
— Rir. – ele respondeu certamente sendo sincero.
— Tá vendo? O Murilo já tem tanta experiência em PT que ele pode te deixar morrer e te voltar a vida.
— E se forem assaltados? O Murilo vai matar o ladrão?
— Nisso você tá certo... O assassino entre a gente é e sempre vai ser você. – ele olhou Larissa por cima e nós entramos na escola. Como era o primeiro dia, não ficamos conversando e sim procurando nossas salas. No intervalo já estávamos juntos novamente.
— Acho que estou apaixonado! – meu irmão comentou antes que alguém falasse qualquer coisa.
— Ah para Murilo, não começa. Você pega e desempolga. – Yuri o cortou.
— É verdade. – ri da expressão dos dois.
— Saímos todos na mesma sala, menos o Kevin e o Yuri que são um ano mais velho que a gente... Será que isso é sorte?
— Azar. Já vejo vocês todos os dias, toda hora.
— Pensando por esse lado...
— Meu pai vai me deixar dirigir o carro dele a partir desse ano. – meu irmão comentou sorrindo. – Começa hoje. Ele foi trabalhar no carro da mamãe – ele me falou me olhando. – Tudo isso porque vou ser seu motorista. Poderia me passar como vai ser sua rotina?
— Nossa Muh, que chato... Não queria te dar trabalho.
— Que fofa. – Lari comentou me apertando.
— Relaxa. – meu irmão disse e piscou. – Entre sua aula de idioma ou de pintura dá para eu dar uma aprontada... Vamos ir à academia no mesmo horário, para facilitar. – concordei com ele e o barulho do sinal nos obrigou a voltar para a sala. Na hora de ir embora nosso pai nos buscou e almoçamos contando como havia sido o primeiro dia de aula. Descansei um pouco, tomei banho e Murilo me levou para o curso. Duas horas depois eu estava no outro curso, de pintura. Assim seria três vezes na semana. Quando acabei, ele já me esperava lá fora e então voltamos para a casa, lanchamos, nos trocamos e no fim da tarde fomos para a academia juntos. Murilo fazia muito sucesso com as meninas, igual a Arthur, eu acho que isso era de família. Yuri também chamava a atenção, mas os dois primeiros... Chegava a ser chato.
— Você está sentindo falta de Arthur? – ele perguntou quando estávamos voltando da academia.
— Lógico. Tenho costume de estar com ele. Será quando que ele vem pra cá?
— Nem tão cedo. – ele me olhou de relance.
— Que pena. – resmunguei baixo. Estava ruim. Eu queria falar com ele, conversar, tê-lo comigo. Mas era o futuro dele. Tinha que entender e torcer para que as coisas dessem certo.
A semana acabou, era sexta feira, quando cheguei da academia pensei em tentar falar com Arthur, mas ele devia estar estudando, então deixei para o outro dia.
— Vamos ir para o clube hoje, todo mundo. Isso inclui o ridículo do Kevin. – meu irmão avisou quando desci de manhã para tomar café.
— Almoçaremos lá? – perguntei e ele concordou. Assim que me arrumei ele já estava me esperando impaciente.
— Alguém chamou o Kevin? – Lari perguntou assim que chegamos.
— Sou sócio do clube como vocês. Fica na sua mini estrábica.
— Falou o garoto que tem um olho maior que o outro.
— Vocês sabiam que é infantil implicar com defeitos físicos? – Gio perguntou olhando para eles.
— Volta para o circo elefante. – olhei para Kevin. – É só brincadeira. Vocês não tem humor?
— Seu humor é ofensivo. – opinei.
— Posso ser diferente, é só você me ajudar.
— Engraçadão. – Ryan disse e deu uma risada.
— Vamos nos trocar. – Sofia saiu puxando eu e as meninas. Quando voltamos os meninos estavam olhando para alguma garota e fazendo comentários obscenos.
— Podem parar, chegamos. – Lari ordenou e se deitou em uma das espreguiçadeiras.
— Ontem a noite começou o Festival de Torres, hoje nós vamos né? – Soph perguntou e olhou para todo mundo. A maioria disse que sim. Esperava que eu também fosse, mas a realidade não era bem essa.
— Por que eu não posso ir pai? – perguntei pela segunda vez. Já havíamos chegado do clube e eu iria me preparar para sair à noite com os meus amigos, mas o meu pai simplesmente disse que eu não iria.
— O Arthur não está mais aqui. Sabemos que Murilo é irresponsável o bastante para cuidar de você. Sem chance Alice. Não adianta ficar insistindo.
—Filha... É para o seu bem. Se acontecer algo, você estará desprotegida.
— Eu já consigo prever algum perigo mãe. Meu cérebro agora me avisa, você viu o dia que desviei do... – ela não me deixou continuar.
— Alice não há possibilidade de você ir. Chega. – subi nervosa. Odiava essa forma de me tratarem como inválida e agora sem o meu primo aqui seria mil vezes pior. Estava cansada disso. De ser obediente, boazinha, certinha... Eu já tinha quinze anos. Não era uma criancinha indefesa.
— Alô. – Kevin atendeu no quarto toque.
— Quero uma carona para ir para o festival. – falei rapidamente.
— O seu irmão não vai te levar?
— Na verdade os meus pais não me deixaram ir e sei que Murilo não sairá daqui comigo. Você não é nada moralista, vai me buscar não vai?
— Claro. As oito eu estarei aí, fica pronta. – nos despedimos e desligamos. Não iria ficar em casa vendo todo mundo se divertir. Não dessa vez.
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