Amor Perfeito XIII escrita por Lola


Capítulo 15
Única certeza


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— Pelo mesmo motivo que não a trouxe a sua festa. Gosto da minha liberdade.

— Murilo gosta da liberdade, você não. Até onde eu sei só fica com ela, então porque não a levar a sério?

— Você ainda está com raiva porque não deixei convida-la? – ele perguntou a olhando.

— Sim. Você é meu meio irmão, sabe que eu gosto dela, queria ela aqui em meu aniversário.

— Ele nunca a leva nos lugares que estamos. Será por quê? – Kevin voltou a provoca-lo.

— Alexandre pergunta para Giovanna. – Otávia passou por cima da fala de Kevin. Gi pediu desafio.

— Beijar de língua Kevin. – todos começaram a rir. – Só cuidado para não morder a língua dele e morrer envenenada. – ela ignorou e foi até o garoto que aceitou o beijo um pouco contrariado.

— Larissa pergunta para Arthur.

— Você tem três primas aqui, incluindo eu, beije uma. – ele parecia não ter gostado. – Sou boazinha, aumentei sua escolha.

— Alice eu nunca beijaria, Sofia sabemos bem onde a boca dela esteve... – eles riram. – Vai ser você Larissa. – ele se direcionou a ela, pegou em sua mão a levantando e a beijou rapidamente.

— Giovanna pergunta para Alice. – Otávia avisou.

— Desafio. – mantive meu olhar em Giovanna, mas percebi o silêncio ao redor.

— Sou lerda, mas nem tanto... Não consigo te dar um desafio bobo. – ela fez uma pausa. – Beije o cara mais bonito da roda.

— Giovanna, ela não tem apreciação estética. – meu irmão avisou fazendo a garota ficar vermelha.

— Desculpa. Sou mesmo lerda né? – ela fez alguns rirem. – Escolha alguém para dar um beijo de língua.

— Kevin. – falei e me levantei.

— QUE? – meu irmão gritou. – TÁ LOUCA?

— O garoto te chama de doente problemática toda vez que tem a oportunidade... Qual é o sentido?

— Não tenho muito contato com ele, para mim isso torna as coisas mais fáceis.

— Alice é estranha. – Sofia comentou enquanto eu e o garoto nos posicionávamos.

— Não podemos nos afastar um pouco? – ele perguntou para todos.

— Não. – Arthur respondeu rapidamente de forma grosseira.

— Rei Arthur. – ele encarou meu primo e riu. – Quem diria não é mesmo?

— Beija logo filhote do demônio. – Lari mandou olhando feio para ele. Kevin então chegou mais perto de mim, colocou uma mecha do meu cabelo para traz e começou a fazer carinho em meu rosto.

— Que carinhoso! Não foi assim comigo. – Gi falou alto.

— É o primeiro beijo dela, queria que fosse especial.

— É com você. Não tem como. – meu irmão retrucou. Ele ignorou e chegou mais perto ainda, quando vi nossas bocas já estavam juntas. As meninas sempre falavam que o primeiro beijo era horrível, que ficavam babadas ou com a boca doendo... Comigo não foi assim. Era até... Agradável.

— Chega. – Arthur puxou o garoto nos separando. – A brincadeira acabou e seu pai mandou te levar pra casa quando acabasse.

— Ah qual é Arthur, deixa de ser chato só para variar um pouquinho. - Otávia tentou fazê-lo mudar de ideia.

— Anda Alice. – ele estava muito nervoso. Fiquei calada e o segui. Entrei em seu carro e vi que ele não falaria nada. Minha casa era longe do centro da cidade, então demoraria um pouco. Na metade do caminho ele me olhou.

— Kevin Alice? Sério? – ele ficou me olhando sabendo que eu não diria nada.

— Você está dirigindo, olhe para frente.

— Por que ele?

— Já expliquei. Se fosse você ou o Yuri, por exemplo, acho que as coisas ficariam... Estranhas... Não quis arriscar.

— E O Ryan? E o Alexandre?

— Eles são cheios de piadinhas, descartei de primeira.

— Você sabe que o Kevin é um inimigo né? Não deixe ele se aproximar de novo.

— Não conta para o meu pai. Ele iria ficar furioso.

— E com razão. – havíamos chegado. – Alice... – antes de eu sair do carro ele me chamou. Olhei para ele. – Você sentiu alguma coisa com esse beijo?

— Não. Pelo que as meninas me contam, eu estava preparada para ser algo ruim. Mas não foi. O que não quer dizer que foi bom. Ah Arthur, você me conhece... É difícil explicar.

— Quer beija-lo de novo?

— Não.

— Está respondendo o que quero ouvir?

— Estou sendo sincera.

— Por que não quer?

— Porque é o Kevin. Ele não é uma pessoa legal e eu sei disso.

— Você não pode ouvir as meninas, principalmente Sofia. Sabe disso né?

— Sim. A minha mãe já me falou a mesma coisa inúmeras vezes.

— Desculpa ser chato, mas... Mesmo se você sentisse tudo, a gente seria assim. É como se eu tivesse uma irmã.

— Eu sei disso Arthur. E agradeço por se preocupar.

— Vamos, vou te levar pra dentro.

Acordei em um horário incomum, afinal havia dormido bem tarde. Quando desci meu irmão estava terminando o almoço.

— Que cheiro gostoso. – me coloquei ao seu lado. – Você tem quinze anos e cozinha mais que a mamãe. Isso é incrível.

— Fala baixo. – ele me olhou e riu. – Ela não gosta que digam que cozinho melhor que ela.

— Oi meus amores. – minha mãe chegou parecendo animada. – Luna e Ravi já estão vindo com os meninos. E Gu com Tamy com as meninas. Vá se trocar minha filha. – ela beijou meu rosto e então fui tomar banho. Era costume da maioria dos finais de semana todos os três irmãos almoçarem juntos com os seus filhos. Geralmente era na casa da tia Luna, já que ela morava com os nossos avós.

O meu aniversário chegou. Quinze anos. A idade de todas as minhas amigas. Eu era uns bons meses mais nova... Mas isso não fazia diferença. Mesmo que a minha vó insistisse que eu devia fazer uma festa, eu não quis. Comemorei só entre minha família e amigos.

— Oi. – Kevin chegou ao meu lado, eu estava me servindo com mais bolo. – É impressão minha ou você ficou estranha depois que nos beijamos?

— Eu sou estranha. Aliás, eu sou doente problemática, como você cansa de dizer. – o ignorei e continuei me servindo.

— Você sente mágoa. Acho que posso fazer você gostar de mim. Eu ainda vou te conquistar garota. – ele pegou em meu cabelo e enrolou uma mecha em seu dedo.

— Tira a mão agora. – ouvi Arthur dizer ao chegar.

— Estou doido para ver você indo embora. – ele fez sinal de algo voando com a mão. Depois piscou para o meu primo e saiu.

— Enquanto eu estiver fora promete que vai ficar distante desse ser?

— Já expliquei que o escolhi para beijar justamente por não ser próxima a ele. E vai continuar assim.

— Tudo bem. – ele respirou fundo. – Obedeça ao seu irmão Alice, qualquer coisa pode me ligar a qualquer hora se quiser conversar. – era uma despedida. Eu não o veria mais, no outro dia ele foi para onde iria estudar. Sabia que mesmo que eu fosse incapaz de ter sentimentos profundos, a falta de Arthur iria me machucar. Essa era a minha única certeza.


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