about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 8
Tiro minhas mãos dos seus olhos cedo demais


Notas iniciais do capítulo

Oi gente

Voltei com o capítulo novo. Quero lembrar que a história já foi postada anteriormente e, apesar de ter acontecido algumas mudanças no enredo, não mudei os grandes acontecimentos então, mantenham isso em mente, mas não me odeiem ainda hahaha (vão entender melhor quando lerem o capítulo)

Apesar disso, espero que gostem!



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Capítulo 08 – Tiro minhas mãos dos seus olhos cedo demais

|BELLA|

O mês começou a correr depois que ganhei Emmett de volta e um novo Edward para dividir as coisas.

Alice e eu começamos a trabalhar por meio período na loja dos Newton com o incentivo de nossas mães. Emmett começou a trabalhar como garçom em um restaurante de Port Angeles antes de voltar a fazer as coisas que queria, Rose estava focada nos estudos e Edward continuava a procurar sem pressa, mas isso começou a incomodá-lo duas semanas depois de eu começar, quando recebi meu primeiro cheque.

—Está sendo machista – falei irritada tentando pegar a conta do café na mão.

—Não estou, só gostaria de poder comprar coisas para você – ele disse chateado tirando-a de perto de mim.

—Se eu não tivesse emprego e você sim, você deixaria de me levar aos lugares? – perguntei irritada com a situação.

Ele bufou rendido. Entregou-me a conta e eu paguei de bom grado.

Todos começamos a trabalhar para juntar dinheiro para a faculdade. Já tínhamos poupanças de trabalhos de verão, mas com a aproximação, resolvemos juntar mais porque o plano ainda era morarmos juntos.

Pouco tempo depois do dia da cafeteria, Edward começou a trabalhar no hospital como administrativo e estava gostando bastante, tio Carlisle brincava sobre ele pegar gosto para a coisa e decidir por medicina. Isso aconteceu bem a tempo do meu aniversário, que foi três dias depois do primeiro dia de trabalho de Edward.

Era uma quinta-feira, eu fui acordada ao sentir um peso sobre mim, então o peso foi aumentando.

—Cuidado – ouvi perto de meu ouvido. Edward?

—O que? Vocês... – comecei grogue.

—PARABÉNS BELLA – gritaram juntos.

Ficaram em cima de mim cantando “parabéns para você” enquanto eu reclamava do peso. Finalmente, quando se deram por satisfeitos com todos os gritos, pulos e macacadas que quiseram fazer, se levantaram de cima de mim e eu pude respirar novamente.

Emmett veio para o meu lado instantaneamente.

—Feliz aniversário, maninha – falou dando-me um de seus famosos abraços de urso, perguntei-me qual era o prazer que ele sentia em me deixar sem ar – Que você seja sempre muito feliz, que todos os seus sonhos se realizem e que você tenha muita saúde para aproveitar tudo. Você sabe que sempre estarei aqui por você, seja para te levantar ou para filmar seus tombos e depois colocá-los no YouTube— riu debochado e eu revirei os olhos.

Belisquei a costela dele que começou a reclamar, mas por fim abracei-o mais forte e beijei sua bochecha. Ele não esteve aqui nos meus últimos aniversários.

—Muito obrigada, irmão – sorri docemente quando nos separamos.

Ele ficou acariciando onde eu tinha beliscado e eu virei para os outros quatro que olhavam-me em expectativa. Sorri amarelo, incomodada.

—Antes de terminarem, se importam se eu for escovar os dentes?

Eles riram de mim.

—Nos faça esse favor – Jazz disse e eu ri.

Entrei no banheiro, fiz toda a minha higiene matinal e esvaziei minha bexiga. Ajeitei meu cabelo e saí do banheiro bem mais apresentável. Eles vieram de um em um desejarem as coisas boas. Rosalie jurou amizade eterna, Alice desejou mais senso de moda, Jasper prometeu estar sempre lá para segurar Emmett enquanto eu batia nele.

—Larga de ser ridículo – Emmett reclamou.

Eu gargalhei dos dois e então olhei para a pessoa que faltava, que por acaso era a mais linda dos cinquenta estados do nosso país. Sorri para ele que, em resposta, me presenteou com seu sorriso torto.

—Feliz aniversário, meu amor – sussurrou em meu ouvido quando nos abraçamos – Quero que saiba que estarei por perto sempre, tentando fazer de você a pessoa mais feliz do mundo inteiro. Espero que todos os seus objetivos se cumpram e que você seja sempre a pessoa mais feliz do planeta— falou tudo quietamente, só para mim.

—Obrigada, lindo – sorri.

Ele beijou minha boca com o cuidado e carinho habitual. Por um momento esqueci que não estávamos sozinhos no quarto, mas Emmett fez questão de lembrar.

—Ok, está bom. Chega de pegação aqui – mandou se enfiando no meio de nós dois.

—Eu vou concordar com o quadrúpede, vergonhoso isso – Jazz disse rindo.

Emmett lhe mandou um dedo do meio e Edward começou a reclamar que Jasper sempre fazia isso com ele quando começava a beijar Alice.

Lice veio para o meu lado me puxando para o meu closet com Rose logo atrás de nós.

—Você tem que se arrumar para irmos para a escola – ela lembrou e eu assenti.

Meu sonho era tratar todos os meus aniversários como algo completamente sem importância. Apenas mais um dia no mundo. Mas é claro que não era assim que acontecia nessa família.

Fui para o andar de baixo e Edward soltou minha mão instantaneamente, ainda não tínhamos conversado com nossos pais sobre nossa condição, então escondíamos como podíamos.

Sorri quando encontrei meus tios de consideração e pais na sala de jantar com sorrisos grandes no rosto, uma faixa atrás deles – claramente feita em casa – escrita: Feliz aniversário, Bella. Sorri para eles tentando conter minha timidez.

Quando apareci meus pais vieram para o meu lado para me abraçarem em conjunto, desejaram coisas semelhantes as que o pessoal tinha me desejado em meu quarto. Minha mãe chorou, como sempre fazia em todos os aniversários meus e de Emm. Depois cumprimentei meus tios e pudemos sentar para tomar café da manhã.

Edward se sujou com geleia e, quando fui avisar, ele começou a limpar os lábios, sensualmente, enquanto me encarava. Eu comecei a rir e engasguei com meu suco. Jazz bateu nas minhas costas, passando a atenção de Edward para mim com o olhar malicioso e debochado, qualquer que fosse esse olhar.

—Filha, tudo bem? – mamãe perguntou preocupada.

Sorri assentindo.

—Jasper fica fazendo piadas idiotas para mim – murmurei tomando mais do suco que tinha acabado de cuspir.

Todos encararam Jazz, que sorriu forçado, batendo com mais força que a necessária em minhas costas. Era meu aniversário, era o dever dele salvar a mim e Edward das desconfianças.

—É piada contextualizada, só ela entenderia – ele disse se livrando de ter que inventar uma piada.

—Bom, estava tudo uma delícia, mas tenho que ir, Bebella – tio Carl avisou se levantando e foi o que bastou para todos se levantarem.

Fomos nos despedindo, combinando a festa – que eu não queria – para o sábado e, finalmente, seguimos para a escola e os adultos para seus respectivos trabalhos.

Não fazia nem um ano que Alice tinha pegado a carta de motorista, então não gostava muito de dirigir, mas hoje quis e por isso deixamos, porque era um momento raro. Eu também não tinha completado um ano de carteira ainda, mas gostava bastante de dirigir sozinha.

Gostava mesmo, no passado, porque a primeira maldade que Emmett fez ao chegar da Itália foi tomar a picape de volta alegando que eu tinha o volvo do meu namorado.

—Finalmente – Edward disse quando Alice dirigiu para fora da nossa rua.

Ele pegou meu rosto com carinho e beijou minha boca com vontade, contra todas as reclamações de Rosalie que estava sentada conosco no banco de trás do volvo dos Cullen. Empurrei Edward, ficando sem graça.

—Que inferno de vida que me força ser essa vela – ouvi Rose reclamando

—Inferno é vocês que não nos deixam beijar em paz – Edward reclamou nos separando.

—Eu gostava mais de vocês quando ficavam só flertando sem perceber – Rose murmurou.

Eu ri dela e revirei os olhos.

—Não flertava com ele – defendi-me e os gêmeos começaram a rir.

Alice apenas bufou com vontade, ainda concentrada no caminho.

—Imagina se o fizesse né, Bella – ela disse rindo.

Fiquei pensativa. Eu não percebia que o fazia. Depois de alguns minutos, Alice entrou na escola e estacionou numa vaga que era quase nossa porque na maioria dos dias ela ficava ali nos esperando. Era bem perto da entrada da escola e era isso que eu mais amava.

Saímos do carro seguindo para a aula de inglês, enquanto ainda ríamos de Rosalie.

Eles respeitaram-me esse ano e não fizeram escândalo sobre o dia de hoje. Não sei se me desesperava ou se agradecia. Poderia me desesperar ao pensar no motivo de Alice estar quieta, só poderia significar que a energia dela estava aplicada em outra coisa condizente ao meu aniversário.

Chegamos em casa por volta das três da tarde, Alice e Jasper foram para seus respectivos empregos, mas hoje eu tinha pego folga para aproveitar o dia com Edward que disse que tinha uma surpresa.

Proibi-o de me presentear com coisas caras porque sabia que ele ainda não tinha recebido e eu não queria abusar de tia Esme e tio Carlisle. Ele jurou que não era algo material e, então, saímos de casa com roupas confortáveis e fomos para o carro dele.

Ele começou a dirigir para o local misterioso enquanto ouvíamos música conversando sobre assuntos diversos, até que ele parou no acostamento de uma via pouco movimentada.

—Que lindo, amor, vai vender meus órgãos para comprar algo para mim em meu aniversário? – perguntei debochada.

—Você é muito idiota, nem sei por que ainda tento ser romântico – ele disse rindo.

Tirou a mochila do banco de trás e beijou minha cabeça. Segurou minha mão e entrou na mata me puxando.

Comecei a me preocupar quando percebi como era íngreme o caminho que ele fazia. Não era uma trilha e aquilo me preocupou ainda mais.

—Edward, sabe onde está indo? – perguntei séria.

—Sei, boba. Venho aqui desde que comecei a dirigir, sabe que eu gosto de entrar em florestas – falou simplesmente.

Era verdade. Como um nascido em Forks, Edward adorava florestas e amava desbravá-las. Inclusive havia sido ele a descobrir o caminho que nos levava do parquinho para as nossas casas por entre a mata.

Segui meu namorado sem mais dúvidas quanto aos dons dele. Caminhamos por cerca de vinte ou quarenta minutos – eu era muito sem noção com proporções.

—Queria saber o que o sargento Swan pensaria de você puxando a filhinha dele para dentro da mata – murmurei debochada e ele gargalhou alto, a risada ecoou pela floresta vazia e eu amei o som que fez.

—Nossa, como você é tonta – ele riu puxando-me, roubou um beijou e continuou a me guiar por entre galhos e raízes expostas.

Finalmente, chegamos a uma clareira que fez tudo valer a pena. Ela era linda. Tinham flores bonitas e a grama bem verde. Fiquei olhando aquilo, encantada.

Bem no centro da clareira tinha um colchão inflável com um cobertor que parecia quente. Sorri para Edward que me olhava amedrontado.

—Amor, é lindo – falei contente indo abraça-lo.

—Desde que a encontrei pensei em trazer você, mas queria fazer isso em um dia especial, e hoje é – falou e eu sorri o olhando.

Ele colocou a mochila que carregava em cima do colchão e segurou minhas duas mãos nas suas. Ficamos nos encarando por um tempo e ele soltou uma risadinha, acariciando meu rosto com calma.

—Estou muito feliz que esse seja seu primeiro aniversário que passamos realmente juntos. Sinto-me muito privilegiado por você ter aceitado passa-lo comigo... Eu te amo, Isabella, muito – ele murmurou perto de mais do meu rosto.

Sorri antes de sentir seus lábios nos meus. Era a primeira vez que ele me dizia aquilo. Senti meu coração se aquecer, abracei seu pescoço não querendo parar de senti-lo tão perto, tão meu. Mas eu tinha que deixa-lo saber também.

—Eu amo você, Edw- comecei, mas ele não me deixou continuar.

Puxou-me para mais perto, com mais vontade. Sorri no beijo e abracei-o com a mesma gana. Querendo transformar nós dois em um só.

—Melhor pararmos – ele murmurou.

Abracei-o mais forte não querendo aquilo, daí senti algo contra mim, e minha mente trabalhou para explicar o que era. Afastei-me dele, corando.

—Desculpa – falei debilmente.

Ele ficou muito sem graça, começou a tentar ajeitar a calça jeans e negou com a cabeça.

—Desculpa eu, é...

Fiquei olhando o rosto corado dele e achei graça, primeiro porque ele quase nunca corava e segundo porque não tinha o porquê eu pedir desculpas e nem ele. Era uma reação do nosso corpo um ao outro. Eu podia sentir a minha própria animação.

Soltei um risinho e ele me olhou rindo sem vergonha.

—A culpa é meio sua – ele acusou ainda rindo.

Sentei no colchão e ele sentou perto de mim. Puxou a mochila para o seu colo e começou a tirar de dentro uns petiscos para nós. As porcarias que eu mais gostava de comer estavam dentro daquela mochila e eu sorri para ele, gostando de saber que ele sabia aquilo.

—Tentei pegar os seus favoritos – falou quando terminou de tirar todas as coisas que queria de dentro da bolsa – Só não achei os Skittles azedos, mas prometo que quando achar eu te dou.

—Não tem problema – sorri ainda contente.

Deitamos e ele não tirou a mochila do colo em momento nenhum.

Ficamos conversando sobre amenidades e rindo um com o outro, da maneira que sempre era tão simples para nós dois. Ele cantou o refrão da música que ele cantou no baile de boas-vindas e eu sorri dando um beijo nele.

Apesar de ter correspondido, percebi que ele estava me mantendo afastada e a mochila não saia de seu colo, comecei a me sentir inquieta. Ele voltou a tagarelar sobre alguma coisa nada importante, e eu tirei a mochila dele, curiosa.

O volume ainda estava lá e ele suspirou.

—É difícil controlar, às vezes – murmurou sem graça.

Sorri de canto. Num ímpeto de coragem, subi em seu colo e comecei a beijá-lo com vontade, sem dizer nada. Ele deu um gemido contido e segurou minha cintura, devolvendo o beijo com a mesma intensidade.

Ficamos nos movimentando juntos por um tempo, ele se colocou por cima de mim. Amassamos uns doces sem nos importarmos e eu agradeci ele ter sido esperto ao trazer o colchão para a clareira.

—Até onde você quer ir? – ele perguntou quando paramos para respirar.

—Não tenho certeza – falei insegura.

Ele assentiu e saiu de cima de mim beijando meus lábios com cuidados extremo, então se separou sorrindo.

—Foi o que eu pensei – ele disse e entrelaçou os dedos nos meus.

—Não é que eu não quero...

—Eu sei, amor, vamos fazer quando estivermos prontos e você, mais do que eu, tem que estar confortável com isso porque vai doer um pouco – ele falou carinhoso.

Eu o amava. Como amava. Sorri acariciando o rosto dele com calma, ele beijou minha mão e colocou as mãos atrás da cabeça fechando os olhos. Provavelmente se concentrava para voltar ao normal e controlar os hormônios.

Acariciei seu pescoço com calma e depositei um beijo ali. Minha mão, com vida própria, começou a descer do pescoço ao peito, do peito para a barriga e percebi-o abrindo os olhos, mas não o encarei com medo de perder a coragem – mantive os olhos em seu pescoço.

—Queria te ajudar a cuidar disso – falei posicionando a mão em cima de sua calça.

Edward ficou quieto por tanto tempo que me obriguei a olhar para ele. Ele encarava minha mão onde estava e eu sorri dando uma leve apertada. Senti meu rosto corar quando ele me olhou surpreso.

—Qual a sua experiência nisso? – ele perguntou curioso.

—Um filme pornô que Rose, Lice e eu assistimos há um tempo atrás – murmurei sem graça.

Alice tinha pedido para assistir antes de perder a virgindade com Jasper e, naquele dia, ficamos juntas pesquisando bastante coisas sobre o assunto para que Alice soubesse o que esperar.

Ele riu um pouco e assentiu.

—Sou mais experiente então – ele murmurou e eu franzi o cenho – Já assisti muitos filmes disso – ele disse fazendo uma careta de culpado e eu ri alto.

—Algo a me ensinar? – perguntei mordiscando meu lábio.

Ele sorriu negando com a cabeça como que para parar de pensar em algo, então voltou a me beijar. Sua mão da minha cintura foi para o meu bumbum. Tínhamos experiência nisso, ele gostava de ficar com a mão ali, mas mudou quando começou a subir por dentro da blusa e, quando chegou à costela, ele parou de me beijar e olhou para mim.

—Posso? – perguntou sério.

Assenti corada e senti a mão dele se fechar no meu peito por cima do sutiã. Para mim não foi nada de mais e eu sabia que tinha a ver com sutiã, mas Edward soltou um gemido. Sorri para ele e levantei desabotoando e tirando o sutiã.

—Se você terá prazer, eu também quero sentir – expliquei quando ele ficou me encarando confuso.

Ele sorriu assentindo.

—Então... – perguntou inseguro colocando a mão na barra da minha blusa.

Sorri de canto assentindo para que ele fosse em frente e ele tirou minha blusa. O frio me tomou, mas sentia-me quente de vergonha e vontade. Ele sorriu e colocou o cobertor nas minhas costas.

—Não te queremos doente em seu aniversário – murmurou e eu assenti.

Ele ainda olhava meu peito e eu fiquei corada porque eles não eram nada de mais, mas Edward levantou as mãos e me olhou. Assenti e ele sorriu tocando-os.

—Encaixe perfeito – ele sussurrou e voltou a me beijar.

Ficamos naquela por um tempo. Ele também tirou a camiseta e começamos a friccionar nossos quadris com as calças impedindo de fazer o que queríamos. Perto do pôr do sol nos demos satisfeitos por essa primeira e nova fase do nosso relacionamento e nos vestimos depois da segunda vez que eu espirrei.

—Tem que me levar para um lugar com aquecimento se quer fazer isso saudável – brinquei deitando em seu peito.

Ele estava com a mão em meu peito por cima da blusa e riu de mim.

—Prometo fazer isso certo – ele murmurou beijando meu cabelo.

Não demorou muito para levantarmos saindo de lá. Ele tirou o cobertor e o colchão já murcho de lá porque sabíamos que não podíamos confiar em Forks com suas chuvas. Ele deixou no porta-malas do carro e, assim, voltamos para nossa casa no começo da noite.

—Por que está tudo apagado? – perguntei com medo quando chegamos à casa dele.

—Puta que pariu que gente, BURRA – Edward reclamou revirando os olhos.

—Que casa? – perguntei derrotada.

Eles adoravam fazer festa surpresa e eu odiava festa de aniversário, juntando um no outro, eu era a maior receptora de festas surpresas da junção de nossas famílias.

Só fiquei feliz porque assim sabia que no sábado não teria festa nenhuma como Alice estava tentando me convencer.

—Na sua – ele riu.

Fomos lado a lado para lá. Eu sempre fingia surpresa, mas esse ano eu estava sem dotes de interpretação, então entrei na minha casa rindo.

—Sério que apagar todas as luzes foi o jeito? – perguntei ainda na porta.

Cheguei na sala e eles estava lá com chapéu de aniversário, bolo, e tudo o que eu tinha direito.

Meu pai veio com o bolo para perto de mim enquanto eles cantavam a música para mim. Eu ri e apaguei as velas desejando que sempre estivéssemos juntos. Porque eu poderia sempre fazer a difícil em relação a tudo isso, mas o fato era que eu gostava muito dessas reuniões.

Comemos bolo juntos e depois Edward e eu fomos jantar.

Éramos muito amigos, desde sempre. Meus pais não acharam estranho que tínhamos ficado o dia todo fora. Inventamos que estávamos em Port Angeles e ninguém pareceu desconfiar.

—Está preparada para a última surpresa do dia? – perguntou Emmett, estranhamente, animado.

—Acho que sim... – falei desconfiada.

Edward fez careta tentando negar com a cabeça, mas Jasper o empurrou para fora de casa junto com Alice e Rosalie. Emmett veio cantarolando para o meu lado, nossos pais riam.

—Surpresa...? – perguntei curiosa.

Emmett sorriu de canto e me jogou em seu ombro.

—Uma tradição, na verdade.

MAS QUE PORCARIA DE MENTE DISTRAÍDA.

—Emm, não... – reclamei, mas fui ignorada.

Chegamos do lado de fora e as meninas já seguravam duas caixas de ovos, Jasper com a farinha e Edward me encarando como quem pede desculpa. A velha tradição que minha avó nos ensinou em um aniversário de Edward há tantos anos atrás.

—Corre – Edward falou sem som e eu comecei a rir.

Corri quando Emmett me colocou no chão, mas de nada adiantou. O primeiro ovo acertou em cheio minhas costas e eu já não me aguentava em gargalhadas. Os ovos vinham com uma precisão incrível. Um ovo bateu em mim, mas caiu na grama sem quebrar. Sorri contente e o peguei, virando e atacando na primeira pessoa que, obviamente, era Emmett completamente enorme da forma que era.

—Você não fez isso – ele murmurou encarando o peito com ovo.

—Ops – coloquei a mão na boca rindo.

Às vezes eu agradecia as coisas como aconteciam. Era uma bênção que foi Emm que eu acertei, era ele mesmo quem eu queria acertar, porque ele ficava completamente sem noção e, como o esperado, começou a errar um monte de ovos enquanto gargalhava da minha “falta de vergonha na cara” como ele mesmo dizia.

Peguei outro ovo que ele errou e joguei de novo, dessa vez certeiro na cabeça de Rosalie que tinha se abaixado para pegar outro ovo na caixa.

—AGORA É CADA UM POR SI – Alice gritou quando reparou a cara de psicopata de Rose.

Começamos a correr e Rosalie rosnou para mim, Edward veio me salvar e atacou um ovo em Jasper para distrair, a guerra começou de vez. Fiz ele tropeçar, sem querer, e foi quando perdi meu escudo que Rosalie jogou o saco de farinha na minha cara, que mantive minha boca aberta com o choque e engasguei.

—Lice – tossi desgraçadamente e ela gargalhou.

—Mantenha-me fora dessa, Bellinha, hoje é o seu aniversário e eu estou limpa nem tent-

Era tarde de mais, Emmett a acertou com um ovo assim que ela se vangloriou por estar limpa e foi como fizemos os últimos dez ovos acabarem.

Nossas mães apareceram com as câmeras e posamos de bom grado. Eu, obviamente, era a mais suja, mas gostei de ver todos eles um pouco sujos também, sentia-me ligeiramente vingada.

—Por Cristo, crianças, vão tomar banho, o cheiro está horrível – papai disse rindo.

—Papai, os prenda por desacato a autoridade, olha o que fizeram com a filha do sargento - reclamei.

Ele riu ainda mais e prometeu que soltaria uns mandatos de prisão.

—Chega de envenenar minha filha, Charlie – mamãe disse brincalhona.

Despedimo-nos em nosso jardim conjugado e cada família foi para sua casa. Tia Esme gargalhava ajudando Alice a tirar as cascas de ovos de seu cabelo. Lice tinha um cabelo grosso, deveria ser uma merda tirar as cascas de lá e eu ri sabendo que Emmett fez tudo de caso pensado.

Fui tomar banho depois que minha mãe me ajudou com o meu cabelo. Se o de Alice estava ruim, não queria nem falar como o meu estava. Desistimos depois de uns minutos e entrei embaixo do chuveiro torcendo para a água fazer o bastante.

.

|ALICE|

—JASPER, VAMOS AMOR? – chamei entrando nos Hale.

Era quinta-feira e estávamos planejando de sair à noite. Nós seis, juntos.

Todos nós sabíamos que algo sério tinha acontecido com Rosalie e Emmett. O mês passado tinha feito bem para os dois, mas fiquei muito surpresa ao encontra-los juntos na sala da casa do meu namorado.

—O que vocês estão fazendo? – perguntei curiosa.

—Estudando para os testes de vestibular – Rose falou distraída.

—E Rosalie está tentando aprender matemática – Emm disse debochado enquanto esperava ela fazer algo na calculadora.

—Eu não entendi como você chegou nesse resultado – Rose disse mordendo a ponta da caneta.

Emmett tinha decidido aplicar para começar a faculdade junto com todos nós, eu estava feliz com a aproximação do grupo e ainda mais feliz que Rosalie tinha aceitado ajudar ele nos estudos.

Tia Anne apareceu da cozinha me cumprimentando.

—Querida, já comeu? – ela perguntou, carinhosamente.

—Bom dia, tia – sorri beijando o rosto dela – Já sim, Bella fez café da manhã para nós.

Ela assentiu e foi para o escritório que tinha ali no primeiro andar da casa deles. Jasper apareceu no topo da escada sorrindo. Por que esse menino é tão lindo?

—Bom dia, lindeza – ele sorriu me dando um selinho.

—Bom dia, príncipe. Vamos? – falei e ele assentiu.

—Nos vemos mais tarde – falei para os dois na sala.

Eles acenaram e Emmett estava rindo de Rosalie que se mantinha com o cenho franzido negando com a cabeça.

—Quando isso começou? – perguntei saindo da casa de Jazz com ele.

—Faz uns dias – falou pensativo.

Edward buzinou de dentro do volvo e seguimos os quatro para nossos respectivos empregos.

Eu gostava de trabalhar com Bella, me sentia mais próxima dela.

Estava ajudando-a a colocar as coisas do estoque no lugar. Fui pegar outro carrinho do lado de fora e ouvi um barulho alto quando voltei ao galpão.

Corri encontrando uma Bella estatelada no chão. Mike apareceu de algum lugar e pareceu preocupado.

—O que você fez, chita? – perguntei chocada.

Bella estava com a mão no tornozelo.

—Resolvi sentar aqui para descansar – falou irônica.

Suspirei forte e fui para o lado da estúpida.

—Deveria pisar no seu pé para aprender a ser mais educada – falei séria e ela riu.

Ajudei-a a levantar, mas ela não conseguia colocar o pé no chão.

—Vou te levar ao hospital – falei rapidamente tirando o avental que usava.

—Eu vou com vocês, vou só avisar minha mãe – Mike disse correndo para dentro.

—É necessário? – Bella perguntou tentando colocar o pé no chão.

—Muito – falei séria sabendo que ela tentaria fugir disso o quanto fosse possível. Olhei no relógio e ri dela – Você é tão certa que escolhe até o melhor horário para se machucar – eu constatei.

Faltavam quinze minutos para a loja fechar.

Mike logo voltou e pegou Bella no colo colocando-a em seu carro já que viemos de carona com Edward. Liguei avisando a Jasper o que tinha acontecido e ele disse que tentaria pegar carona com alguém da delegacia e nos encontraria no hospital.

Chegamos ao hospital e eu fui direto no meu pai avisando sobre Bella. Voltei para a sala de espera quando Edward apareceu em nossa linha de visão, Mike colocava Bella sentada na cadeira de rodas.

—EI, IDIOTA – Edward gritou chegando perto.

Eu suspirei sabendo como ele era idiotamente possessivo com Bella, parecia um retardado mental.

—Edward, baixa a bola – falei séria me colocando na frente dos dois.

—O que esse imbecil fez com a minha namorada? – ele perguntou bravo encarando Mike.

—Mike, muito obrigada pela carona, de verdade. A gente se vê na segunda-feira – Bella disse ignorando Edward e eu amava quando ela o fazia.

—Sem problemas, Bella. Melhore – ele disse, também ignorando Edward, mas ele eu sabia que era por medo – Tchau, Allie – sorriu acenando e saindo de perto de nós.

—O que aconteceu? – Edward perguntou ainda bravo.

—Eu falo com você depois – ela disse entredentes.

Fui com Bella quando meu pai apareceu, ela não queria Edward por perto e papai o mandou ir comer algo na cafeteria. Eles tiraram chapa do pé de Bella, meu pai disse que era apenas uma luxação e colocou uma tala no pé dela, nos dispensando não muito tempo depois.

—Um mês com o pé assim – Bella reclamou sentada na cadeira que eu empurrava.

—Você poderia ter caído de cabeça, acho que não foi tão ruim isso – falei sincera e ela bufou.

Jasper e Edward nos esperavam na sala de espera do hospital, logo fomos para o estacionamento com Edward levando Bella, ainda irritada.

—Eu não estou nem surpreso, você pode acreditar nisso? Nem surpresa mais seus tombos e quedas me causam, Bebella – Jasper disse rindo dela antes de dar partida.

Edward estava tão preocupado que deixou Jasper dirigir de volta pra casa. Jazz segurou minha mão e eu sorri para meu namorado.

—Vai te catar, acha que faço propositalmente? – ela perguntou bufando e nós rimos.

—Por que o Newton que trouxe vocês? – Edward perguntou.

Eu virei o encarando como o idiota que era e Bella tirou o pé de cima dele.

—Não sei qual é o seu problema, mas vou explicar como o faria para um garoto mimado de cinco anos: Eu trabalho com ele, me acidentei, ele foi gentil e me levou ao hospital com Allie, ela foi falar com seu pai e ele ficou comigo, quando achamos uma cadeira de rodas você achou a gente. Qual. É. O. Seu. Problema? – ela perguntou e Jasper fez careta para mim.

Virei para frente.

—Só não gostei de ver ele te carregando daquela forma – ele disse percebendo que estava sendo incoerente.

—Como? Com cuidado? Eu falei para ele ir me chutando da loja até o hospital, mas ele estava com dor no pé – Bella disse sarcástica.

Jazz e eu não aguentamos e trocamos um olhar antes de explodir em gargalhadas. Ouvi Bella suspirar no banco de trás. Fomos o resto do caminho com Edward pedindo desculpas e Bella pedindo para ele confiar nela.

—Amém – Jasper disse ao entrar na rua.

Abri o portão com o controle e Jasper estacionou na garagem.

—Amor me leva pra casa? Tenho certeza que tem muletas em algum lugar da garagem de casa – Bella pediu já menos brava.

Edward a pegou e eu os segui quando Bella disse que precisaria ajuda no banho. Jazz e eu nos despedimos com um selinho, Edward foi para a garagem depois de deixar Bella na varanda.

—Eu acho que minha mãe não está, mas se estiver ela me ajuda – Bella disse entrando.

—Ah, para...

Fui interrompida por um armário batendo forte. Bella me encarou e eu fiquei quieta imediatamente.

EU. NÃO. VOU— escutamos Emm gritar em algum lugar dentro da casa.

Eu estou te pedindo apoio, Emmett, o que te custa? O que te prende?— tia Renée dizia alterada, sem realmente gritar.

Perdemos algo que Emmett falou, mas pulamos com o grito de tia Renée.

VOCÊ AINDA MORA NA MINHA CASA.

—Se esse é o problema – escutamos vendo Emmett aparecer – Eu me mudo amanhã mesmo – ele disse subindo a escada.

Ficamos nos olhando. Ouvimos tia Renée chorando e fui com Bella para a cozinha, tentar entender o que estava acontecendo.

—O que aconteceu? – Bella perguntou preocupada.

—Me-meu pai – tia Renée chorava – Está doente. Nós vamos nos mudar para a Itália.

Escutei o barulho de algo caindo no chão e virei a tempo de ver o rosto de Edward contorcido em desespero. E o par de muletas de Bella no chão.


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Notas finais do capítulo

Então... A porção de drama começa hahaha

Não me odeiem, vai dar tudo certo.

O que acham que vai acontecer com nosso casal se a Itália acontecer? E Rose e Emm? Deixem suas opiniões nos comentários. Voltarei logo.

Um beijão!



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