about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 6
Nessa noite, sob essa luz


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente
Estou muito feliz com o número de acessos por capítulo, espero que estejam gostando da história.

Capítulo de hoje começa a dar mais emoção para a história, espero que gostem!



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Capítulo 06 – Nessa noite, sob essa luz

—Alice, isso tudo é necessário? – perguntei entediada.

—Completamente – ela disse bufando – Não é só porque Edward conseguiu que vocês tocassem por uma hora que significa que vocês não terão tempo para curtir o baile – falou séria.

—E eu? Por que é que eu estou com cachos no cabelo? – Rose perguntou desgostosa.

Juro por tudo que se Rosalie quisesse desistir de tudo para virar uma modelo, ela poderia. A beleza dela era natural. Limpei a borrada que dei em meu olho direto e ajeitei a maquiagem.

—Porque você não é um robô e precisamos aproveitar o nosso último ano de colégio. Dentro de alguns anos vocês irão me agradecer por ter obrigado vocês a irem... As memórias são importantes – Alice falou sabiamente.

—Lice, você me ajuda aqui? – pedi, já cansada de argumentar contra ela.

Ela terminou de passar seu batom e veio para o meu lado salvar o meu delineador. Rose bufou e foi colocar o vestido que Alice tinha separado para ela.

Por se tratar apenas do baile de boas-vindas, era uma coisa mais informal, então Alice concordou em não exagerarmos na roupa, mesmo assim, ela tinha escolhido lindas roupas para todas nós.

Rose vestiu o vestido marrom de veludo com um maxi colar com umas pedras coloridas que deu um brilho bonito na subloira carrancuda.

—Põe um sorriso no rosto. Que isso? Vamos em amigos – Alice disse indo pegar o vestido dela depois de acertar meu delineador sem dificuldade alguma.

Olhei para o espelho, jogando o cabelo para o lado. Num geral, a maquiagem tinha ficado simples e bonita em mim. Peguei o vestido simples que Alice tinha falado para eu usar e depois coloquei o blazer que ficou com as mangas grandes em mim.

—Isso é do Edward? – perguntei e ela riu vindo para o meu lado, dobrou as mangas de um jeito que ficou muito bonito.

—Ficou linda— Rose disse e eu ri.

—Você, né... Precisamos dizer algo? – brinquei e ela sorriu revirando os olhos.

—Exagerada – murmurou pegando o casaco marrom porque queríamos estar bonitas, mas ainda morávamos em Forks.

Coloquei as botas vinho que Alice tinha deixado eu usar depois de eu argumentar que com salto eu me mataria em tombos antes mesmo de chegar ao palco.

—Pronto, podemos ir – Alice avisou saindo de seu closet já de salto.

Seu vestido era muito diferente e tinha caído como uma luva para ela, como todas as roupas que Alice escolhia para si mesma. Imaginei quando ela pensou que seria uma boa ideia compra-lo, ele era muito diferente das coisas que eu costumava ver nas lojas. Depois de checarmos se estava tudo certo com nossa aparência, descemos as escadas, animadas para a noite.

—Finalmente – Edward disse ranzinza.

—Ai, menino, cala a boca – falei brava por ele ser tão chato.

Ele sorriu torto para mim. Desci as escadas dando pequenos saltos. Nossas mães vieram correndo da cozinha, falaram todas ao mesmo tempo e eu fiquei meio burra escutando tantas vozes assim.

—Vamos, se juntem para batermos uma foto – tia Anne pediu.

Eu ri, mas logo abracei Edward de um lado e Rose de outro, Jazz estava ao lado dela e Alice ao lado de Jazz. Deveria ter ficado uma bela foto, mas estaria faltando uma parte do nosso grupo enquanto Emmett estivesse fora.

Suspirei mandando o pensamento para longe. Despedimo-nos de nossas mães e saímos encontrando nossos pais do lado de fora, trocando uma lâmpada. Carlisle estava no topo da escada, papai segurava a escada e tio John estava segurando umas ferramentas.

—Devem ter colado essa porcaria aqui - tio Carlisle murmurou irritado.

—Estamos indo – Jazz avisou.

Eles mandaram a gente ter juízo e todas as instruções que costumavam nos dar antes de sairmos sem eles, então seguimos para a escola no jipe do meu pai, porque era maior e levaríamos os instrumentos.

Chegando lá, Edward, Jazz e eu ajeitamos tudo no palco e fomos encontrar as meninas que dançavam animadas ao som do DJ. Peguei o ponche que Edward fez inspeção e avisou para aproveitar porque, ainda, não estava batizado.

Tomei rápido, tentando esquecer o nervosismo que eu estava sentindo.

—Sempre nos apresentamos, não sei por que ainda fica tímida – ele falou do meu lado.

Alice, Jazz e Rose estavam coreografando danças perto da gente e eu ria deles.

—Não sei, tenho medo de pagar mico – falei dando de ombros.

—Eu protejo você – ele sorriu.

Sorri para meu melhor amigo e o puxei para perto de todo mundo. Ficamos dançando até Jessica vir nos avisar que logo teríamos que subir ao palco. As meninas ficaram perto de nós e foram para a ponta do palco.

Edward nos apresentou e começamos a tocar a sequência de covers dançantes que tínhamos escolhido para o baile, todas eram músicas conhecidas e atuais porque resolvemos deixar os clichês de baile para o DJ tocar.

—Agora, para os casais apaixonados – avisei sorrindo.

Jazz correu descendo do palco porque fazíamos esse só violão e voz, eu e Edward. Tocamos Linger do The Cranberries. Eu adorava aquela música. Rosalie nos lançou um olhar fulminante e eu fiz sinal com a cabeça para que ela se juntasse a nós no palco. Ela ficou no canto, perto da escada.

Depois de umas só voz e violão, Jessica avisou, por sinais, que tínhamos tempo para mais uma só. Ela era bem doida, provavelmente tinha feito o horário cronometrado para nada dar errado, mas eu a admirava, deveria dar um trabalho danado planejar uma festa assim.

Jazz subiu no palco quando acabamos a música que tocávamos e Edward foi para o microfone de novo.

—Essa última é uma música autoral nossa, sejam sinceros, mas bonzinhos – ele brincou.

Jasper fez a contagem e comecei a dedilhar a música que treinamos a semana inteira. Reparei a curiosidade presente na pista de dança.

Pelo canto do meu olho, eu te vi iluminando a sala, como uma vela no escuro, procurando por uma fagulha, apenas para falar com você — Edward cantou na sua afinação perfeita.

E todos estão no meu caminho, e os espíritos em meu sangue, me têm dançando como um tolo. E eu não sei o que fazer, eu não sou bom o bastante — Edward e eu cantamos essa parte só voz e violão ainda, mas no final, Jasper começou a tocar a bateria e o pessoal na pista foi se animando, principalmente por Ali e Rose que já dançavam cantando com a gente – (para você) Eu apenas preciso de uma chance (por você) para lhe dar tudo o que tenho (por você) por favor, apenas entenda. Me apaixonando mesmo, oh, estou me apaixonando, apaixonando mesmo (por você)— cantamos juntos, eu e ele na voz principal e Jazz ainda no backvocal.

Sim, eu estava meio acostumada com toda a situação, mas tocar músicas autorais sempre seria assustador, mesmo que eu nada tivesse a ver com a composição. Edward piscou para mim antes da minha vez e eu fiquei mais corajosa com aquilo.

Estou aqui dançando sozinha. Você ainda está esperando por um sinal? Eu posso continuar com isso? Eu poderia significar alguma coisa para você? Eu sou boa o bastante?— cantei sorrindo e então voltamos para o refrão.

Era um pouco repetitivo, mas a melodia era muito boa e dançante e todos gostaram, a julgar pela animação em que se encontravam.

Pelo canto do meu olho, eu vi você iluminando a sala — Edward finalizou a música.

Fomos muito aplaudidos e o DJ logo voltou com as músicas. Começamos a guardar as coisas para ficar mais fácil quando fôssemos embora. Rose e Lice nos ajudaram e acabamos logo. Descemos e continuamos a dançar e rir juntos, eu amava como as coisas eram sempre simples.

Rosalie saiu para falar com alguém e Edward e eu sentamos no canto mais escondido do ginásio, tentando respirar um pouco já que não podíamos mais tomar o ponche depois de ver Mike e Tyler o batizando.

—O que achou da canção? – perguntou de repente.

Olha, uma coisa que às vezes até eu fico impressionada é com o quão lerda eu sou. Sempre relevei porque se eu era lerda, não havia nem palavra para descrever Emm, então sempre concordamos que era algo com o DNA. Por isso, quando Edward perguntou da música, eu franzi o cenho pensando que era uma música conhecida a que tocava.

—Eu gosto. É antiga, mas é um clássico, tem que tocar nas danças – comentei sobre Time After Time cantada por Cindy Lauper.

—Não – ele riu – A música que escrevi para você – ele falou.

Franzi o cenho, mais confusa ainda.

—O que?

—A última música que tocamos. Eu fiz para você – ele falou de uma vez e eu levantei assustada.

—Edward – falei confusa.

Ele abriu a boca e Rose voltou para o nosso lado.

—É chato irmos embora e deixar Alice e Jasper sozinhos à própria sorte? – Rose perguntou parecendo chateada com algo.

—Podemos carregar os instrumentos para o carro. Já estamos aqui faz tempo – falei e ela assentiu.

Fomos os três descer as coisas do palco, logo Jazz apareceu.

—Ei, já querem ir embora? – perguntou meio decepcionado.

—Estamos apenas carregando o carro, podemos ficar mais um tempo – Edward falou.

Rosalie e eu compartilhamos um suspiro pesado e logo colocamos todas as coisas da banda no carro. Voltamos para o ginásio e eu fiquei perto de Rosalie como se estivéssemos conectadas pelo cordão umbilical. Eu estava pensando na música, tentando lembrar-me dela por completo. Não sabia o que dizer a Edward, nunca mais me permiti pensar nele dessa forma, desde que eu o tinha “superado” quando éramos mais jovens.

Alice e Rosalie começaram a dançar Pussy Cat Dolls e eu fiquei rindo tentando acompanhar, mas do mesmo jeito que Alice não cozinhava, eu não dançava. Ao menos não bem. Todo meu gingado ficou com Emmett.

Um bom tempo depois, enquanto dançávamos os cinco juntos, Lauren veio pedir para Edward ir dançar com ela. Ele ficou encarando meu rosto antes de aceitar e sair com a mão nas costas de Lauren.

Que idiota.

—Amiga, vamos esperar todo mundo no carro? Eu estou cansada – falei para Rosalie.

Ela sorriu para mim de forma que parecia que eu tinha lhe dado o brinquedo favorito dela. Avisamos Alice que prometeu não demorar muito e saímos do ginásio juntas. Sentamos no banco de trás do jipe num silêncio estranho que nunca se instalava quando eu estava com uma das meninas, mas eu tinha tanto o que pensar.

—Por que parece que alguém te deu um soco e você não pôde revidar? – Rosalie perguntou curiosa.

Eu ri da metáfora dela. Tinha sido quase isso mesmo.

—Você sabe aquela última música que tocamos? A autoral da banda? – perguntei precisando desabafar.

—Mas é claro que sim, ficou perfeita. Tem algum problema? Você achou uma bosta? Porque você sabe que a sua cobrança consigo mesma é muito alta, né? A música ficou ótima, amiga. Todos gostaram – ela falava sem parar.

—Edward que a escreveu – murmurei.

Ela ficou encarando o meu rosto esperando a continuação da história, mas não precisei falar muito porque o rosto dela todo se iluminou e ela riu.

—Ele fez para você? – perguntou e eu tampei meu rosto, envergonhada.

—Ele disse isso – falei simplesmente.

—Eu não disse? – ela disse rindo alto e batendo palma – Eu falei, eu previ esse movimento. Falei para você, Bellinha. Eu te disse que Edward vinha te olhando diferente nos últimos dezesseis anos – ela riu da própria piada.

—Rose, o que eu faço? – perguntei abrindo os dedos que tampavam meus olhos para ver a expressão completamente iluminada de minha amiga.

—Bell, isso é ótimo. É o Ed, caramba. De uma forma ou outra eu sempre soube que vocês iam acabar juntos – ela falou ainda muito animada.

—Sim, é ótimo ter uma declaração dessas e depois de duas horas ele aceitar dançar com Lauren – falei desgostosa.

Rose fechou o rosto.

—Não tinha lembrado disso. Que idiota – ela falou cruzando os braços no peito.

—EXATAMENTE, ícone da minha vida, obrigada por concordar que ele é um sem noção. Ele cospe isso na minha cara, não tenho nem tempo para pensar no que responder e ele já sai ciscando por aí – falei irritada.

—Macho de orgulho fraco – Rose bufou – Acontece, Bell, mas aí você tem que decidir como é que vai lidar com isso. Você pode reclamar dessa atitude para ele, mas pensar no que ele te disse, através da música, de forma separada. Ou juntar tudo e continuar assexuada – ela riu – Eu voto em assexuada porque, olha, eu não indico se envolver com pessoas não – ela brincou, mas tinha um fundo de verdade.

Entendi o que ela disse e percebi que tinha razão, mas eu entender e concordar com ela não me ajudou em nada, emocionalmente dizendo. Então resolvi mudar de assunto.

—Por que você não queria vir hoje? – perguntei sabendo que ela adorava festa tanto quanto Alice.

Ela me olhou por um minuto completo antes de suspirar.

—Não tenho boas lembranças sobre bailes nessa escola – ela se limitou a dizer.

Fiquei quieta depois disso. Era o assunto proibido e eu sabia muito bem disso. Ficamos conversando besteiras depois, fofocando sobre as mais diversas coisas que tínhamos visto no baile e Rose me contou que viu Ben e Ângela se beijando num canto do ginásio, achei maravilhoso.

—E você, hein? Vi você dançando com Eric – falei balançando as sobrancelhas.

—Ai Bella, não. Eric é legal, mas ao mesmo tempo é insuportável, a gente tem que concordar nessa. Lembro quando ele gostou de você – ela disse e eu arrepiei só de lembrar.

Ele não me deixou em paz durante os quatro meses que teve uma paixão platônica por mim, mesmo depois de eu dizer, educadamente, que não gostava dele.

—Tempos sombrios – falei rindo e Rose e eu dividimos uma gargalhada no momento que a porta abriu e Edward sentou do lado de Rose.

Ele ficou nos olhando e controlamos a risada.

—Meu ponto é: estou bem sozinha e não pretendo mudar isso tão cedo. A carreira solo me faz bem – Rose disse dando de ombros.

Edward perguntou do que estávamos falando e ela contou de Eric. Edward ficou rindo conosco lembrando as doideiras de Eric para o meu lado. Contou mais algumas fofocas que não tínhamos visto e foi como Alice e Jasper nos encontraram, trinta minutos depois.

—Foi legal né – Alice comentou quando Jazz deu partida no carro.

—Sempre é, mas é porque a gente comanda a festa – Jazz disse prestando atenção na estrada.

Começamos a comentar sobre tudo. Alice estava falando sobre a decoração, como Jessica e o pessoal do grêmio estudantil mandaram bem. Disse sobre os pares da noite e nós ficamos rindo.

—E Lauren, Edward? – perguntou Jazz inocente.

Estranhei a risada de Alice. Edward revirou os olhos.

—Ela me usou para chegar em Tyler. Você sabe muito bem disso porque riu que nem um idiota quando ela me deixou sozinho no meio da pista de dança para brigar com ele dançando com outra – Edward falou encarando a janela.

Gostei de saber daquilo. Algum canto do meu coração se aqueceu com a informação. Rosalie deu uma cutucada discreta em meu braço segurando o próprio riso.

—Já eu, acho que Edward não ligou porque loira nunca fez o tipo dele – Alice murmurou.

Rosalie riu descarada e eu fiquei encarando a janela. Recebendo todas as indiretas das duas.

—Que gostoso, gente, que bom que estão gostando de humilhar o Edward – Edward falou desgostoso.

Chegamos em casa com os três ainda rindo dele e eu tentando arrumar as coisas dentro da minha cabeça. Tentando organizar as caixas todas que Edward bagunçou quando falou que a música era sobre mim.

Que diabo também que conseguia, tão simplesmente, colocar em palavras o que sentia.

Jasper estacionou na minha garagem, eles disseram que pegariam os instrumentos amanhã e eu concordei. Saímos nos despedindo, Rose seguiu para a casa dela enquanto Alice e Jazz foram de mãos balançando para os Cullen.

—Ele vai dormir lá? – perguntei para Edward que estava me ajudando a fechar manualmente a garagem para fazer menos barulho.

—Vira essa boca pra lá – ele riu – Ele só gosta de deixar Alice na porta de casa quando saem e daí eles ficam de namorico um tempo.

—Entendi... – murmurei.

Edward pegou minha mão e eu soltei indo para a varanda.

—Não posso mais segurar a sua mão? – perguntou parecendo chateado.

—Não é isso.

Ele me olhou inquisidor e eu suspirei, sentei nas escadas em frente a minha casa.

—Você não tem o direito de vir vomitando coisas em mim, não dar-me chance para réplicas e depois sair de orgulho ferido dançando com a primeira menina que aparece. Não é justo e é bem imaturo – falei séria.

Ele ficou surpreso. Sentou-se ao meu lado passando as mãos no cabelo deixando-o ainda mais bagunçado, se possível. Ele virou para mim e pegou minhas duas mãos nas suas, o calor era bem-vindo e as borboletas na barriga conhecidas, mesmo depois de todos esses anos.

—Isso o que nós temos eu não compartilho com ninguém. Nenhuma outra pessoa, nenhum outro ser humano que não você e eu acho que se tentarmos, podemos fazer isso dar certo entre nós. Comecei a pensar que nós dois juntos poderia ser uma boa ideia, se você também estiver disposta a arriscar – falou.

Senti suas mãos suando frias nas minhas. Suspirei. Eu gostava de Edward, já fui apaixonada por ele, mas eu tinha medo disso dar errado. Eu sabia que ele não estava pedindo minha mão em casamento, era algo mais simples. E parecia tão certo quando eu pensava com calma em tudo.

Escondi meu rosto em seu ombro, tentando ter coragem para fazer algo. Senti meu coração acelerando e minha mente começou a bombardear ideias e sentimentos e pensamento, fiquei inquieta. Então soltei minha mão das dele e, quando me levantei para tentar respirar, eu consegui: pisar no pé dele, ele tirou o pé, eu quase caí, ele levantou me segurando e eu bati minha cabeça no maxilar dele.

—Ouch – ele disse quando firmei meu pé no chão.

—Edward, me perdoa – falei aflita.

Ele se declarava para mim e eu dava nocaute nele.

—Não – ele riu – Não se preocupa, está tudo bem. Só gostaria que você dissesse o que está pensando logo porque eu sinto uma humilhação próxima e eu queria fazer tudo doer de uma vez só – ele disse com humor, mas poderia escutar o medo na voz dele.

Suspirei.

—Você não está me zoando? – perguntei séria.

—Não, tonta – ele riu chegando um pouco mais perto de mim – Vamos ir com calma, se te fizer sentir mais segura. Gostaria de ir a um encontro romântico comigo, senhorita Swan?

Olhei para aqueles olhos que estavam bem azuis e enxerguei as pintinhas verdes tão dele. Unicamente dele. Eu gostava tanto de Edward, a gente poderia mesmo fazer isso dar certo, eu gostaria muito disso. Sorri para ele.

—Seria legal – murmurei sorridente.

Ele ficou meio parado por algum tempo, então um sorriso começou a iluminar seu rosto. Eu ri dele, ele abraçou minha cintura.

—Podemos selar o acordo? – perguntou.

—O que tem em mente? – rebati brincalhona.

Ele beijou meus lábios com ternura. Não foi estranho como poderia ter sido. Era como se eu tivesse voltado ao closet da casa dos Cullen, eu estava nos meus “sete minutos no paraíso” e eu aproveitaria de forma que não fiz da primeira vez. Entrelacei minhas mãos nos cabelos da nuca dele, ele apertou minha cintura em resposta e eu sorri nos lábios dele.

Ouvimos um pigarro pouco tempo antes de nos separarmos. Estávamos meio ofegantes, Edward ficou salpicando selinhos na minha boca, até que o pigarro foi mais rude e escutamos os passos na grama. Olhamos para o som e Jasper parecia perplexo.

—Jaz-

Edward foi interrompido por Jasper apontando para a porta. Olhamos para o lado que ele apontou e a surpresa e felicidade tomaram conta do meu ser. Edward soltou-me quase que instantaneamente.

—Emmett – falei extasiada.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente, não tenho imaginação o bastante para escrever uma música, mas essa do Tom Speight é bem o que penso sobre o sentimento de Edward em relação à Bella.

Beward se ajeitaram, Emmett de volta. O que isso significa para Rosalie? O próximo capítulo vem com um ponto de vista diferente. Os primeiros foram no da Bella, mas vamos ter a história por todos os pontos de vista, dependendo dos acontecimentos.

Espero que vocês tenham gostado, não esqueçam de deixar seus comentários.

Até logo.



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