about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 5
Uma noite para ser confundido


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
Estou trazendo mais um capítulo hoje, espero que vocês gostem

Não se esqueçam de deixar as opiniões nos reviews.



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Capítulo 05 – Uma noite para ser confundido

Fiquei pouco tempo com Ben, uma vez que já estava escuro e eu voltaria pela trilha sozinha. Ele fez piada quando apareci do meio da floresta, acho que nenhum de nossos colegas tinham ido a nossas casas, sempre tivemos um ao outro, então não é como se fôssemos muito sociáveis quando crianças e parece que tinha piorado depois da puberdade.

Entreguei o livro a Ben, avisei para ele cuidar como se fosse sua própria vida e então nos despedimos. Voltei pela trilha, apressada. Não gostava de voltar sozinha para casa e, quase nunca, era obrigada a fazê-lo.

Chegando perto das casas reparei que a minha continuava apagada, saí perto dos Cullen e tio John descia a varanda.

—Como vai, querida? – perguntou simpático.

—Tudo bem, tio – sorri de volta. Ele beijou minha cabeça – Aconteceu alguma coisa? – não que fosse estranho ele estar lá porque nossos pais eram tão amigos quanto nós, mas nunca se sabe.

—Falei hoje a tarde com seu pai sobre um caso em que estamos trabalhando, ele tinha acabado de receber um homicídio na delegacia, querida. Não sei se volta hoje e Carl está com ele – falou sério e eu suspirei.

Tio John ficou mais famoso em sua área com o decorrer dos anos. Agora tinha dois escritórios: um em Olympia e um em Seattle. Volta e meia ele trabalhava em casos que meu pai resolvia, por isso sempre estavam em contato e isso fortalecia os laços de amizade. Para adicionar, tinha tio Carl que havia sido promovido a médico-chefe do hospital de Forks e, volta e meia, fazia trabalhos de legista nos casos deles. Os três eram, o que eles autodenominavam, os três mosqueteiros, um completava o trabalho do outro e se davam muito bem.

Saí de meus devaneios voltando a encarar a minha casa escura pensando no que eu teria que passar essa noite. Esses eram os momentos em que eu mais sentia a falta de Emmett.

—Se quiser ir dormir em casa, sabe que sempre é bem-vinda – falou sabendo que eu ficaria sozinha.

—Eu vou ver e qualquer coisa eu vou sim, tio – sorri contente – Obrigada.

Fomos andando lado a lado, conversando, tio John se despediu de mim ao chegarmos em frente a minha casa, reforçando o convite para dormir na casa dele e eu o agradeci, mas já estava distraída quando reparei, na minha entrada de carros, Edward lavando a minha picape.

Revirei os olhos para o tipo de chantagem barata que ele fazia.

—Por que está com o meu carro? – perguntei ainda chateada por mais cedo.

Tio John foi para a casa dele, depois de cumprimentar Edward, sem falar nada sobre a minha hostilidade

—Você deixou a garagem aberta – ele murmurou de volta.

ELE ESTAVA CHATEADO COMIGO? Esse menino é doido. Só pode. Peguei meu celular e liguei para o meu pai saindo de perto de Edward.

Bells.

—Pai, o tio John disse que o senhor...

É filha, estou preso com um caso aqui. Vou dormir aqui por Olympia hoje. Acha que ficará bem sozinha?— perguntou soando preocupado.

—Sim, pai, não se preocupe. Tio John disse que eu poderia dormir na casa dele se eu quisesse – contei entrando em casa.

Subi as escadas ainda falando com o meu pai que me incentivou a procurar abrigo nos Cullen ou nos Hale. Falou-me que tio Carlisle também não tinha horário para sair de lá, concordei agradecendo as informações e prometendo que eu ficaria bem e me cuidaria.

Tomei um banho relaxante e vesti moletons. Deitei na cama checando meu celular com quatro chamadas perdidas de Edward e duas mensagens de Alice.

De: Fada do bosque, Para: Bella Adormecida: Bell, espero que não tenha dormido. Nossos pais estão fora então queremos fazer festa do pijama em casa. Vamos?

Fada do bosque: Você faz a janta.

Comecei a rir da falta de vergonha na cara daquela menina. Que tipo de convite era aquele?

De: Isabella, Para: Parasita: Pior convite que já recebi. Mas aceitarei por falta de opções. São quase oito da noite, você acha que eu dormiria? Seu irmão me deserda. Estou indo praí jajá.

Apesar de tudo, eu tinha combinado em ensaiar com Jasper e Edward e não os deixaria na mão.

Joguei o celular na cama e fui secar meu cabelo porque eu tinha uma imunidade ridícula de baixa. Gripava com tudo e, como piada dos meus pais, morava numa cidade constantemente fria.

Quando terminei. Vi a mensagem de Alice.

De: Magoada, Para: Magoadora: Não sou parasita, apenas estou juntando o útil ao agradável. Rose e Jazz também vêm e Edward estava no quarto dele tocando violão então pensei que tinham brigado. Okay, meu anjo, estou te esperando.

Eu ri do “meu anjo” porque imaginei o tanto de ironia que ela carregou naquilo. Peguei uma jaqueta grossa com touca e fui para a casa dos Cullen após trancar minha casa. Cheguei lá e a porta foi aberta por uma das minhas melhores amigas.

—OI, MEU AMOR – Alice gritou e eu comecei a morrer de rir percebendo que ela pensava que era Jasper.

Ela fez careta e foi quando Rosalie e Jasper chegaram à varanda da casa dela. Eu chorava de rir e Alice estava sem graça mandando-me ficar quieta. Contei o ocorrido e os gêmeos riam comigo enquanto Alice ficou emburrada. Jazz logo tirou o beicinho de tristeza dela do lugar e Rose e eu decidimos que era melhor entrar.

—Às vezes penso na dádiva que é ser assexuada – eu brinquei.

Após duas ou três decepções amorosas, fiquei meio cética referente a relacionamentos e, desde o meu último, não tinha nutrido mais amores platônicos.

Tivemos Edward Cullen dos meus dez aos doze anos – razão pela qual Alice empurrou-nos para o closet quando brincamos de “sete minutos no paraíso”. Nada mudou para ele, enquanto eu fiquei doida nele até ele dizer para mantermos segredo. Então dei um beijo em Embry Call quando eu tinha uns treze anos, um garoto de La Push, filho de um amigo do meu pai. Fiquei também meio obcecada com ele, mas não passamos de dois ou três beijos. Então houve o mais recente: James. Eu tinha catorze anos. Ele morou em Forks por um pouco menos que um ano, filho de um diplomata. Tivemos um namoro, ele até conheceu meus pais, era amigo de Emmett, mas foi embora e nem tentamos manter o que tínhamos.

Desde então, assinei o meu atestado de assexuada e fazia quase dois anos que eu não beijava ninguém, nem sentia vontade de fazê-lo. Quer dizer...

—Você é muito boba, Bella – Rosalie disse rindo.

Jogou-se no sofá e eu deitei na poltrona reclinável. Eu amava a sala dos Cullen, achava-a tão confortável que eu queria morar aqui. Na sala deles.

—Serei julgada por ser sincera? – perguntei.

—Vai chegar um momento que você vai pagar sua língua e eu estarei aguardando no camarote sua queda – ela brincou e eu fingi-me de ofendida.

—Nossa, Rose, que tipo de amiga és tu? – falei me fazendo de ofendida.

Jasper e Alice apareceram abraçados.

—Ué, cadê o aflito? – perguntou Jazz.

Zoávamos muito Edward porque ele era muito imediatista em tudo o que fazia.

—Também estou achando estranho – comentei virando para ver o relógio.

Já eram quase oito e dez da noite e nós combinamos às oito.

ALICE? ELES CHEGARAM?

—Ah bom! – Jasper zoou.

Deu um beijinho em Alice e subiu correndo. Levantei do sofá.

—Acho que vocês terão que se virar – falei sobre a janta.

—Vamos assistir o ensaio de vocês, depois a gente faz janta. Eu gosto de cantar com vocês as músicas nos shows – Alice comentou e eu ri.

Subimos as três. Edward e Jasper já estavam lá. Jasper sentado na bateria e Edward arrumando o som do baixo. Peguei a guitarra rosa choque que Emmett deixou para trás – a guitarra foi uma piada de Jasper contra Emm, tinha umas escritas nela e, a mais destacada era uma assinatura de Rosalie.

—Vamos tentar tocar “Me apaixonando” – Edward avisou sem olhar para mim.

Que garoto demoníaco de doido.

—Quer tocar sábado? – Jazz perguntou escolhendo as baquetas.

—O que acham? – Edward perguntou e assentimos.

Eu assenti de graça porque ele não me olhou. Nessa música, nós todos cantávamos. Começava com Edward, então nós cantávamos juntos, aí eu cantava sozinha, ele vinha depois e Jasper mantinha um backvocal para nós dois.

Jasper e Edward sempre escreviam músicas para a banda. Jasper era mais de escrever letras, Edward tinha uma facilidade ridícula de fazer os dois. Letra e melodia, e essa música era um exemplo. Ele tinha composto no verão.

Depois de algumas falhas nas tentativas, conseguimos tocar sem erro – Lice e Rose já cantavam o refrão conosco. Elas aplaudiram animadas quando não erramos e eu ri. Treinamos todos os covers que tocaríamos e criamos a setlist para o baile, por volta das dez, decidimos que estava de bom tamanho. Alice e Rose cantavam todas conosco.

—Eu não vou cozinhar para ninguém – eu falei descendo as escadas.

—Bella, você prometeu. É a única razão pela qual foi convidada – Alice falou batendo o pé.

Virei chocada e ela começou a rir e abraçou-me forte. Fingi mágoa.

—Nossa, eu vou embora agora! Não acredito nisso. Os Cullen hoje estão me destratando sem folga – falei fazendo drama.

—Como assim “os Cullen”? – perguntou Rose curiosa.

—Edward hoje me chamou de cachorra – falei simplesmente indo para a cozinha.

Eles ficaram para trás. Comecei a revirar os armários e achei macarrão. Ia fazer um macarrão com queijo porque era bom, todos gostavam, era fácil, e eu e Jazz somos vegetarianos então, apenas vitórias.

—Eu sou um babaca, mas disso você já sabia – Edward falou entrando na cozinha.

—Jazz, pode ralar o queijo para mim? – pedi e ele lavou as mãos na pia da cozinha.

A casa era de Alice e eu poderia ter pedido a ela, mas Alice era a maior negação na cozinha que eu já tinha conhecido em toda a minha, não tão longa, vida. Então nunca pedíamos para ela ajudar e ela sabia e carregava o troféu de fracasso culinário nas costas.

—Posso ajudar em algo? – Rose perguntou prestativa.

Edward ainda olhava para mim com angústia. Eu continuava a ignorá-lo como ele fazia comigo.

—Amiga, vou só cozinhar o macarrão e jogar o queijo, não precisa não.

—Mesmo? – ela confirmou e assenti – Sendo assim, eu vou para a sala fazer minha dissertação – avisou animada.

—Como é possível que já tenha lição, Rose? – Alice perguntou surpresa.

Estávamos meio preocupados com essa obsessão de Rosalie em sair de Forks para uma faculdade da Ivy League. Não porque achávamos que ela não conseguiria, mas porque ela só pensava e respirava isso.

—Meu professor de literatura concordou em ajudar-me a fazer dissertações.

—Boa sorte – Lice murmurou e eu ri.

Alice era ótima com desenhos e era bem inteligente, mas fale em “estudar” que a menina fica em choque. Rosalie foi para a sala e ficamos os quatro na cozinha. Jasper me ajudou e Edward sentou perto de Alice enquanto conversávamos amenidades. Terminei o jantar e Jazz e Alice levaram as coisas para a sala de jantar.

Edward pegou uma coca gelada e eu peguei os copos. Estava concentrada em segurar cinco copos quando Edward riu negando com a cabeça.

—Não sejamos doidos. Eu levo os copos e você a coca – ele disse.

Não poderia julgar ele por não confiar em minha coordenação. Dei de ombros e coloquei os copos em cima da pia. Ele suspirou.

—Não me dá gelo.

—Não estou – falei simplesmente.

Virei para pegar a coca, mas ele a colocou na bancada e se colocou na frente.

—Eu não quis te chamar de cachorro, quis dizer que o idiota estava te tratando como um. Os garotos que querem sair com você deveriam fazer por onde – ele disse simplesmente e eu suspirei.

Não estava mais brava com ele e, agora, achei uma boa resposta a dele para o porquê dele ter agido daquela forma. Pensei numa boa vingança, eu me sentiria mais plena depois de fazê-lo pensar duas vezes antes de me ofender novamente.

Virei de costas e segurei a torneira que Esme usava para lavar pratos, era tipo de restaurante com aqueles chuveirinhos ao lado.

—Não entendi porque foi rude comigo sendo que eu não fiz nada de mais contra você – falei fazendo a coitada.

Ele suspirou. Virei o vendo de olhos fechados, era como se ele quisesse que eu o zoasse.

—Bella, é que...

Aproveitei o momento. Ele abriu a boca e quando abriu os olhos mandei um jato forte de água em seu rosto e tronco. Ele ficou encharcado, mais do que eu planejei, mas não consegui sentir-me culpada, a única coisa que fiz foi explodir em gargalhadas altas e sonoras.

—Agora sim, eu nos considero quites – falei com um sorriso doce nos lábios.

Rosalie, Alice e Jasper apareceram na cozinha graças as minhas risadas e entenderam tudo ao ver Edward pingando.

—Isabella Marie Swan – ele começou com os dentes trincados. Ele fechou os olhos, seu rosto estava vermelho, o maxilar travado.

Comecei a sair de perto dele, fugindo de sua fúria sem fazer barulhos. Alice, Rosalie e Jasper ainda riam da nossa infantilidade. Edward abriu os olhos quando eu já estava na porta da cozinha.

—Eu acho bom você correr paRA O MÉXICO – ameaçou.

—Do jeito que você é frouxo, eu não preciso nem correr – provoquei.

—Corre – Jasper sussurrou e eu comecei a gargalhar saindo da casa dos Cullen, correndo da ira de Edward.

De nós seis, Edward sempre foi o mais rápido e eu a mais desastrada. Mesmo assim eu sempre fui a que mais irritava ele, mais facilmente. E só piorava quando eu machucava-me fugindo dele, ele perdia a linha.

Cheguei ao nosso imenso gramado conjugado e desviei da rota do riacho. Fugi contra o lado da floresta porque aí sim que um acidente aconteceria. Olhei para trás só para ter certeza que Edward estava quase me alcançando.

—VOCÊ VAI PAGAR, ISABELLA. OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE – falou irado.

Eu não conseguia para de rir, por isso que não foi difícil Edward agarrar minha cintura me tirando do chão com uma facilidade ridícula.

—Ed. Não! – falei quando ele começou a ir para o rio – Temos apresentação sábado, eu vou ficar sem voz se ficar doente – falei tentando sair do aperto dele.

Ele ficou encarando meu rosto com os olhos em fenda. Percebi que ele estava bem-humorado, mesmo com a situação toda. Ele se abaixou um pouco e jogou-me no ombro.

—EDWARD, ME SOLTA, VOCÊ ESTÁ MOLHADO – falei séria.

—AH, E POR QUE É QUE EU ESTOU MOLHADO? – perguntou sarcástico.

Jasper, Alice e Rosalie estavam rindo de nós dois.

—Não sei, ficou excitado com algo? – perguntei e escutei-o bufando.

Jasper explodiu em uma gargalhada alta.

—Abram alas – Edward pediu e eles saíram de perto de nós.

—Ah, eu não tenho tempo para as macaquices desses dois. Estou cagada de fome – Rose avisou indo para a cozinha.

—Edward, vamos jantar, vai, chega. Eu te desculpei agora me desculpe você – pedi já ficando entediada.

—Falta só uma coisa para ficarmos bem quites – ele disse e se encaminhou para a escada.

—JAZZ, ME AJUDA – implorei e ele riu negando com a cabeça.

—É contra todas as minhas crenças Bebella, você sabe – Jazz falou com as mãos para cima tirando o seu da reta.

Contanto que não fosse com Alice, agora que eles namoram, Jasper era da paz e acreditava na equivalência do universo. Ou seja, não se metia nas brigas que aconteciam em nosso grupo.

Revirei os olhos. Edward já estava no meio da escada.

 -LICEEEE – chamei desesperada.

—Você dois... – ela ficou nos encarando e riu negando com a cabeça também – Estamos esperando vocês na sala de jantar – ela avisou e saiu puxando Jazz.

—TRAIDORES – amaldiçoei-os.

Chegamos ao topo da escada e voltei a bater nas costas de Edward.

—Está piorando a pena – ele avisou.

—Edward. Chega – tentei parecer brava.

Ele ignorou e entrou em seu quarto seguindo ao banheiro.

—O que-

—Ué, você não pode ficar doente. Nada como um banho quente – ele falou e entrou no Box.

—Edward! Não – falei séria – Acabei de tomar banho e sec-

Ele abriu o chuveiro e senti a água morna molhar meu moletom. Comecei a xingar os ancestrais dele, todinhos.

—Também tomei banho já, é mais para esquentar – ele falou me deixando de pé em baixo da água quente – Se quiser tirar a roupa para agilizar o processo, prometo que tiro a minha também.

Devo ter ficado mais corada que não sei o que. Edward gargalhou da minha possível cara de idiota. Tirei-o da minha frente e bufei ao ver minha cara de gato molhado refletida no espelho do banheiro dele. Peguei a única toalha que tinha no banheiro e saí de lá secando o cabelo com ela.

Entrei no closet dele, peguei uma calça de pijama, a amarrei bem amarrada, coloquei uma meia por sobre a barra para eu não tropeçar e vesti uma camiseta de mangas compridas dele. Voltei ao banheiro jogando a toalha ali dentro e escutei ele rir.

—ESTAMOS QUITES – ele avisou.

Resolvi que estávamos mesmo.

Depois de deixar minhas roupas molhadas na lavanderia dos Cullen, porque Edward ia lidar com elas depois, fui para a sala de jantar e o pessoal já terminava de comer. Servi meu prato com o macarrão já quase frio e comi com pouco humor, enquanto os outros três palhaços da mesa ficavam fazendo graça comigo.

Edward apareceu pouco tempo depois com a coca que estava na cozinha e colocou meu celular ao meu lado.

—Estava tocando – avisou bem-humorado.

O encarei como se o pudesse matar através de um olhar e eu queria mesmo ser capaz disso.

—Maldito – murmurei enfiando mais uma garfada de comida na boca.

Peguei meu celular e vi umas mensagens dos meus pais. Avisei que estava nos Cullen e dormiria ali hoje e então vi quem tinha me ligado. Fiquei chateada de não ter atendido, mas logo o celular tocou de novo.

—AMOR DA MINHA VIDA TODINHA – comemorei.

Todos me olharam curiosos.

Amor da minha! Como você está? — a voz rouca e grossa perguntou, carinhoso como sempre.

—Morta de saudades.

Eu o mesmo. Por que não me atendeu antes?

—Estou nos Cullen.

E quem está aí?— Emm perguntou curioso, mas eu sabia o por que.

—De importante estamos Lice, Jazz, Rose e eu. De dispensável, só o Edward mesmo – falei e Edward  me mandou o dedo médio.

Emmett riu.

Queria estar aí também.

—Então vem! – falei animada.

Antes do que você imagina— falou misteriosamente, mas ele fazia isso todas as vezes que me ligava e, se nesses dois anos tinha vindo três vezes, era muito.

Suspirei, mas não queria ter essa conversa com ele agora, ainda mais sob o olhar estudioso de Rose em mim. Provavelmente querendo escutar as respostas dele, já sabendo muito bem com quem eu conversava.

—Emm, tem que se apressar. Edward me obrigou a tomar banho com ele hoje – falei conspiratória.

Edward ficou encarando-me, perplexo, e foi minha vez de dar a risadinha sarcástica.

ELE O QUE?

—Só um minuto – falei – Se explica – falei entregando o celular para Edward.

—Descompensada – murmurou antes de pegar o celular e eu ri.

Edward começou a falar com Emmett, explicando o que tinha acontecido.

—Então vocês tomaram banho juntos? – Alice disse maliciosa.

—Primeiro: pervertida. Segundo: estávamos de roupa – falei terminando de comer.

Edward saiu da sala de jantar ainda conversando com Emmett. Voltou pouco tempo depois com o computador na mão.

—Cadê meu irmão, idiota? – perguntei brava quando ele entregou o celular para mim.

—Vamos falar com ele pelo Skype, esquentadinha – falou simplesmente indo para a sala.

Seguimo-lo, animados. Jasper o menos, Rose a mais – mesmo que disfarçasse bem. Ela saiu da sala e fiquei surpresa com a atitude, pensando que ela não falaria com ele, mas ela logo voltou de cabelo solto e já sem os óculos que usava para ler.

Edward conectou o computador na televisão e logo recebemos a chamada, Alice atendeu saltitante.

—EMM – ela comemorou.

Salve salve, nação Swan-Cullen-Hale— ele cumprimentou.

Emmett estava lindo. A barba mais cheia, os cabelos claros provindo de nossa mãe estavam bem cortados. Suas covinhas habituais faziam seus olhos brilharem ainda mais.

Rose sentou-se no sofá. Ficou quieta. Começamos todos a conversar com ele, até mesmo Jasper que era o mais reticente em fazê-lo. Eles tiveram uma briga feia depois de Emmett ir para a Itália. Edward veio jantar na sala e ficamos conversando com Emm por um bom tempo, esquecendo por completo que amanhã teríamos aula.

Emm?— uma voz suave chamou.

Arregalei os olhos, não podia ser.

Oi Tina— ele cumprimentou olhando para depois do computador.

Temos que ir, já estamos atrasados — a voz disse sonolenta, meio longe do computador.

Desço já.

Fiquei quieta. Olhei Rosalie que parecia congelada em sua pose abraçada na almofada. Por um momento o silêncio foi geral. Ninguém se mexeu nem falou nada. Emmett olhou para nós, pareceu perceber. Ele pigarreou e mudou o assunto.

Rosalie saiu de fininho e eu suspirei.

—Está tarde aqui, também já vamos – Jazz disse já menos amoroso.

Claro— Emm concordou – Ahm, deveríamos fazer isso mais vezes.

Concordamos, ele se despediu, pediu para que mandássemos um beijão para todos – eu entendi que ele queria dizer Rose – e então desligamos. Alice e eu subimos apressadas atrás de Rose e a encontramos lendo algo no quarto de Alice.

—Rose... – comecei e ela negou de pronto.

—Eu amo vocês, confio em ambas sobre tudo, mas esse é o assunto proibido. Não tem nada, está tudo bem. Eu já esperava que ele estivesse com alguém – ela falou séria.

Suspirei pesadamente. Ela voltou a ler o livro parecendo realmente indiferente e eu perguntei-me, novamente, o que havia acontecido entre esses dois. Arrumamo-nos para dormir e caí na inconsciência sem muita dificuldade.


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