about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 45
Não, não vou, jamais, fazer você chorar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente

O último capítulo chegou, a primeira vez que todos vêem Rose depois do quase estupro, mas ele vem um pouco mais leve porque é como tem que acontecer.

Espero que vocês gostem!



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Capítulo 45 - Não, não vou, jamais, fazer você chorar

|JASPER|

Quando minha irmã entrou no quarto, senti todo o peso das últimas vinte e quatro horas pesarem em meus ombros. Tudo o que poderia ter acontecido com ela invadiu minha mente e eu não consegui segurar o choro.

—Ei, qual o problema? – ela perguntou docemente, acariciando minha cabeça quando a abracei, ainda na cadeira de rodas – Jazz, eu estou bem, não chore – pediu.

—Eu deveria estar com você, não era para ele tocá-la, me desculpa – falava sem parar.

—Shiu, está tudo bem, Jazz. Eu estou bem – prometeu.

Demorou um tempo, mas ninguém se intrometeu na minha interação com a minha irmã. Emmett foi deitar a mando de meu sogro e, finalmente, ele pediu para eu deixar Rose deitar também. Ajudei-a a subir na cama e deixei a enfermeira ajeitá-la antes de deitar ao lado dela.

—Posso me acostumar com esse excesso de zelo – ela brincou rindo.

Alice, Bella e Edward vieram para o lado dela, começaram a conversar e tivemos a certeza de que ela estava mesmo bem. Meu pai foi para a delegacia de Port Angeles e tio Carlisle voltou a trabalhar, então ficamos só nós seis no quarto.

Depois de um tempo, percebi que tudo o que tinha acontecido com Royce parecia uma banalidade para Rose, e eu não entendia a minha irmã.

—Bella, você é a minha irmã, poderia me dar uma atenção né, ao menos fingir que eu sou importante – Emmett disse com bico e nós rimos.

Sentamos mais espalhados pelo o quarto. Alice sentou aos pés de Emmett e Bella puxou a poltrona para o meio das duas camas, sentou-se ali com Edward.

Ficamos conversando depois daquilo, mas nada sobre o que quase aconteceu na noite passada, ninguém queria ficar remoendo aquilo e eu fiquei contente.

—A mamãe vai matar o sargento no momento em que pisar nesse país e saber o que aconteceu, sabe disso, né? – Bella disse a Emmett que riu.

—Ela chega no dia três ou quatro? – perguntou meu amigo, curioso.

—Quatro – falou com certeza.

Ele bufou e Rosalie soltou uma risadinha.

Tínhamos ficado curiosos para saber o que ela queria conversar com Emmett antes dela vir para o quarto, mas a curiosidade foi escondida pelo alívio de vê-la melhor do que achávamos ser possível.

O olho escuro e escoriações nos rostos ainda deixavam-me aflito, mas eu pensei que ela preferiria que eu os ignorasse e assim o fiz.

—O lado bom foi que meu namorado ganhou mais alguns dias – Alice disse sorridente.

Rosalie fez careta ao me olhar.

—Namorado? – sussurrou e eu sorri para a minha namorada para disfarçar a irritação de Rose.

—Só até o dia cinco, princesa – murmurei chateado em pensar ter que deixa-los, agora mais seriamente.

Desde o começo, eu sabia que estava num treinamento de seis meses e que, após aquilo, existia a oportunidade de crescer. Eu queria ir para as forças aéreas e, junto com Alice, apliquei para a base da Inglaterra para os próximos seis meses.

Ela foi a melhor em todo o processo, me incentivando e prometendo estar comigo, independente da resposta que eu recebesse, e foi por aquilo que tinha tomado a decisão e contado para Rosalie, pedindo ajuda para escolher o anel perfeito.

Eu planejava tê-la pelo resto da minha vida e, para o inferno, todas as pessoas que pensavam que seria cedo de mais.

Minha mãe inclusa.

Eu precisava ter Alice de forma permanente, mesmo que não fosse no momento que eu queria, ainda parecia certo deixa-la com a certeza de que ainda era o único futuro do qual eu tinha certeza.

Rosalie pediu o celular dela que tínhamos trazido e vi ela digitar uma mensagem com pressa.

Meu celular vibrou no bolso.

Rose: ainda não pediu?

Mordi o lábio inferior, os outros quatro estavam presos em uma história mirabolante da minha namorada, então aproveitei.

Jazz: planejei tudo perfeito para essa noite, pensei em tudo ontem, mas com tudo o que aconteceu... Acho que em Nova Iorque será melhor.

Rosalie leu a mensagem e fez cara de entediada.

Rose: NADA aconteceu, esse é o ponto. Faça o que planejou. HOJE. E quando mamãe voltar nós contamos tudo.

Minha mãe.

Ela ia odiar a ideia, eu tinha plena consciência disso. Sempre nos disse como achava horrível casar antes de ter um diploma, que jovens não sabiam o que queriam e forçavam amores, por isso o mundo estava cheio de divórcios, mas ela não sabia.

Não tinha como saber, o que eu sentia por Alice. Depois de pouco tempo eu já imaginava minha vida com ela e como seria bom acordar e ir dormir sempre juntos.

Sim, considerando todos os defeitos dela e amando cada um deles. Amando todas as qualidades daquela linda mulher. Eu precisava dela.

Jazz: okay.

Respondi singelamente e Rosalie ficou muito animada.

Comecei a trocar mensagens com Embry, ao lado de Rosalie que lia tudo e ia se animando. Apenas confirmei uma pequena parte que ele tinha concordado em me ajudar e, quando percebeu que estava tudo certo, Rosalie se espreguiçou.

—Gente, estou cansada. Desculpa – ela disse chamando a atenção de todos – Dormi mal na cama da UTI, tudo bem se voltarem amanhã? Preciso mesmo descansar – ela disse bocejando.

Como a bela atriz que era.

Eu segurei a risada e levantei beijando o rosto dela e sussurrando um obrigada em seu ouvido.

—Mesmo, vai ficar bem? – perguntei preocupado.

—Sim, vão. E não voltem até amanhã – ela disse séria.

Emmett a olhava, confuso, mas ela não olhou para ele. Alice e Bella ficaram reclamando. Edward disse que Emmett estava lá e o problema era ele, que ele não deixaria Rose dormir, mas ela foi firme, pediu de novo usando seu rosto de mimada, o que fazia nossos pais lamberem o chão.

Então nós saímos do quarto trinta minutos depois, quando nos despedimos dos dois e ouvimos todas as reclamações dos três que queriam ficar mais.

—Que rude, nunca fui enxotada de um quarto de hospital – Alice disse chocada e eu comecei a rir.

—Entenda, amor, ela deve estar com muitos medicamentos na veia – falei e ela bufou.

—O que pretendem fazer hoje? – Bella perguntou curiosa.

—Alice e eu vamos adiantar a comemoração de aniversário de namoro – falei rapidamente, antes dela marcar algo – Vamos jantar em La Push – contei.

—Vamos? – Alice disse surpresa e eu assenti – Então isso, o que tinha em mente?

—Brigadeiro e pipoca, filme – Bella disse dando de ombros – O plano do Jazz parece mais legal – ela riu.

—O plano do Jazz torna o seu mais legal também – Edward disse sorrindo de canto e Bella o empurrou para longe.

—Pervertido – Alice murmurou entrando no banco de trás do volvo.

Fomos para casa.

Tomei um banho quente, e perfumei-me. Coloquei uma roupa quente e bonita, do jeito que Alice gostava. Ajeitei o pouco cabelo que tinha em minha cabeça e, por mais tentando que eu tenha ficado com colocar uma touca, resolvi deixar daquela forma e fui para a casa dos Cullen.

—Ah, finalmente – Edward disse quando entrei – ALICE, LIBERA MINHA NAMORADA, SEU NAMORADO ESTÁ AQUI – ele gritou no pé da escada.

—Bella está a ajudando a se arrumar? – perguntei e ele revirou os olhos assentindo.

—Alice se veste sozinha todo o santo dia, no dia que tio Charlie sai para fazer plantão no distrito ela precisa de ajuda? Acha que isso é justo de alguma forma? – perguntou irritado e eu ri.

—Deixa a sua irmã, ela é perfeita – falei sério e ele bufou.

—Ah, esqueci que você é você – ele bufou subindo a escada.

Sentei na sala esperando Alice. Chequei meu celular.

Rose: tive que contar para Emm e a gente está muito ansioso, conta para a gente quando tudo der certo.

Eu ri dela. Ela estava mais ansiosa que eu até.

Jazz: fofoqueira.

Ouvi Edward falando alto na porta do quarto de Alice e Bella brigando com ele. Fiquei rindo deles um tempão. Rose me enviou um dedo do meio e eu ri, finalmente, Edward desceu as escadas.

—Dez minutos, príncipe— ele zoou – Onde vai levar minha fadinha? – perguntou sério.

—Jantar, depois... Eu acho que você não vai querer saber – eu zoei.

—Jogar xadrez, claro. Alice adora isso – ele falou sério e eu comecei a rir.

Ficamos um tempo lá embaixo falando sobre nada. Ele contou que meu pai e tio Charlie trabalhariam hoje quase a noite toda e ele dormiria na casa de Bella.

—Por que está me enchendo o saco então? Prefere que eu e Alice fiquemos com vocês em casa? – perguntei e ele fingiu ter calafrios.

—Eu quero que vocês saiam de casa o quanto antes. Meu pai deve estar chegando, e provavelmente está exausto – ele contou e eu assenti.

Tio Carlisle foi o único que não saiu do hospital desde que Rosalie e Emmett chegaram.

Como se fosse combinado, escutamos a garagem dos Cullen abrir.

—O timing dessa família... – Edward brincou.

Tio Carlisle entrou, parecia mesmo esgotado. Contou que Rose e Emm estavam bem, depois encarou meu traje com atenção.

—Vai levar Alice para jantar? – perguntou sério e eu assenti.

É claro, que ele era a terceira pessoa que sabia do meu plano.

A primeira foi Rosalie, então tia Esme, depois tio Carlisle e Embry sabia um pedaço só. Tia Esme e tio Carlisle prometeram que, se Alice dissesse “sim”, a bênção era minha também.

Foi por isso que o vi suspirar alto, tomando minha atenção novamente.

—Cuida dela, Jazz – ele disse amplamente e eu assenti, em uma promessa singela e eterna de que o faria.

Ele sorriu se despedindo e subiu as escadas devagar.

Depois de uns quinze minutos, finalmente escutei o salto alto nas escadas.

Bella apareceu saltitando, mas tudo o que enxerguei foi Alice em toda sua glória. O sorriso simples, as roupas estilosas como sempre, o cabelo bonito. Minha futura esposa, se assim ela quisesse.

—Vamos? – chamei na ponta da escada quando ela encaixou a mão na minha.

Ela assentiu de pronto.

Nos despedimos de Bella e Edward e fomos para La Push. Ela ria contando amenidades e perguntando coisas minhas. Nunca ficávamos quietos quando estávamos juntos. Ela era falante e eu não ficava muito atrás.

Chegamos ao restaurante bonito na beira de uma praia. Comemos com o bom humor e a paz pairando no ambiente. Não falamos nada sobre o acontecido de ontem, eu preferi manter o assunto longe dos holofotes, só por aquela noite, eu precisava ter todo o amor e carinho no ar, pelo menos naquela noite.

Depois do prato principal, dividimos a sobremesa e então seguimos caminho. Ela estava esperta, reparou que não estávamos indo para casa.

—Onde vamos? – perguntou e eu sorri de canto.

—É uma surpresa que eu tinha planejado a muito tempo – falei e ela sorriu.

Ela escolheu uma playlist para tocar, justo daquela banda. O sexto sentido dela que fazia parecer que eu nunca conseguiria a surpreender cem por cento.

Kings of Leon? – perguntei e ela sorriu.

—Adoro eles – disse simplesmente.

Chegamos no chalé que meu pai, tio Charlie e tio Carlisle tinham perto da praia de pesca. Era a mãe de Embry que cuidava de lá, às vezes, por isso pedi que ele pegasse a chave dela e fizesse a surpresa.

Abri a porta com calma e ascendi as luzes antes de deixar Alice entrar.

Ela pareceu maravilhada com o caminho de pétalas e o seguiu com calma, peguei o violão que estava ao lado da porta e comecei a dedilhar.

Alice olhou para mim, surpresa, e eu sorri amplamente antes de começar a tocar a música já decorada.

Ela parou – distraída – no ponto exato que eu queria. Seria perfeito.

Mary, se você quiser, eu irei renunciar minha carona. Estarei na esquina apenas passando tempo. Não, eu nunca irei, nem uma vez, fazê-la chorar. Apenas um beijo, oh, eu irei sentir falta de seu adeus. Nós iremos para a boate, seremos uma visão. Oh e dançaremos como se fôssemos namorados em pura alegria. Oh, eu nunca irei, nem uma vez, fazê-la chorar. Apenas um beijo, irei sentir falta de seu adeus...

—Sabe que adoro essa música – ela disse emocionada e eu sorri.

Ela segurava um bom repúdio contra o seu primeiro nome porque dizia que era muito comum, mas desde antes de namorar eu ficava cantando essa música para ela. Antes como forma de pentelhá-la, depois virou uma boa forma de contar indiretamente a ela como eu me sentia. Por isso ela soou perfeita em minha ideia.

—E você sabe que eu amo você – falei simplesmente, deixando o violão de lado.

A caixinha no bolso da minha jaqueta parecia pesar.

—Eu te amo tanto – ela sussurrou acariciando meu rosto.

Respirei fundo e segurei suas mãos com delicadeza nas minhas.

—Allie, eu já fui seu conhecido, amigo, depois melhor amigo e confidente, tenho fé que, em algum ponto, até inimigos devemos ter sido – brinquei e ela riu -, mas minha maior certeza é a de que nada se comparou com ser o seu namorado. Porque foi a junção de todas as coisas boas que dividimos enquanto nosso sentimento foi crescendo conosco. Como na puberdade nossos corpos mudaram, em época semelhante meus sentimentos se modificaram e eu não acho que alguém pode amar tanto outra pessoa como eu amo você, todo dia um pouco mais – falei lentamente, pensei em mil coisas para falar, mas nada me preparou para o brilho no olhar dela e, aquele brilho, foi a inspiração para todo o discurso que marcaria nossas vidas – Quando voltarmos para Nova Iorque, pode ser que eu tenha que mudar de país e afastar-me um pouco, mas gostaria de pedir-lhe que me espere. Senão de nada valerá qualquer coisa que eu tiver na minha vida.

As lágrimas escaparam de meus dutos lacrimais sem aviso prévio, Alice já limpava suas lágrimas e eu sorri. Era aquele momento. Ela estava parada exatamente no meio do coração de pétalas e eu entrei nele com cuidado antes de olhar para ela.

—Antes de te pedir paciência, eu gostaria de dar-te uma certeza – falei e abaixei ficando em um joelho só.

Alice ficou surpresa, parecia que só agora havia reparado no coração de pétalas e eu sorri para seu rosto espantado, ela tapou a boca com as mãos.

Alcancei a caixinha verde oliva no bolso da minha jaqueta e abri a caixa com o anel que Rosalie e eu encontramos numa casa de antiguidades em Nova Iorque. Era lindo, a pedra do meio era a cor certa do olhos dela e ao redor tinham mais muitos brilhantes, que parecia correto para como meus olhos brilhavam sempre que eu a via. O anel era de ouro e todo cravejado e acabou com as minhas economias todas, mas nada importava. Nada além do sorriso brilhante que eu recebi.

—Mary Alice Cullen, amor da minha vida. Princesa de tudo. Esperançosamente, futura mãe de meus filhos. Você me daria a extraordinária honra de casar-se comigo? – perguntei ansioso e escutei um soluço.

Ela tirou a mão da boca e sorriu encantada para mim. Levantou a mão acariciando meus cabelos curtos e pareceu acordar de um sonho, percebendo que tudo era mesmo verdade.

Accetto, j’accepte, eu aceito! – ela sorriu.

Soltei o ar que, sem perceber, eu prendia e então deslizei o anel no dedo anelar de sua mão direita. Serviu perfeitamente e o anel parecia pertencer ali. Joguei a caixinha para trás de mim, abraçando a cintura da minha... Noiva. Antes de girá-la com a animação.

—Resolvi usar todas as línguas que conheço para que não se perdesse na tradução – ela brincou e eu ri tomando seus lábios como meus.

Tentando passar para a minha mulher o quanto eu a amava e como tudo daria certo para nós dois, como tinha que ser.


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Notas finais do capítulo

Tchan-nan.

Sei que com toda a história de Rose, foi difícil focar na pequena parte que foi os gêmeos falando sobre esse pedido, mas não tinha como acabar essa temporada sem noivar nosso casalzinho.


Vou postar o epílogo no domingo (ou segunda), é bem simples, mas é mais para fechar a história.

Tem mais coisas, mas deixarei para contar domingo, é sobre a segunda temporada hahaha.

Bom, espero que tenham gostado, não se esqueçam de me presentear com os seus reviews ♥

Nos vemos logo!



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