about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 42
Se você prometer permanecer consciente eu vou tentar fazer o mesmo


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Bem entre os dias do fim de semana para ficar na metade hahahahahaha

Esse capítulo é, bom...

Espero que gostem.



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Capítulo 42 - Se você prometer permanecer consciente eu vou tentar fazer o mesmo

|EMMETT|

Estava achando muita graça de Isabella enfezada. Ela estava discutindo com Edward, que continuava a tentar convencê-la a terminar de beber a primeira garrafa de água com gás que ele havia lhe dado.

—É horrível – ela disse com um bico engraçado.

—Amor, é só essa. Para passar sua tontura – ele disse docemente.

—Já não me sinto tonta – ela disse mordendo os lábios, claramente mentindo.

Edward riu e eu bufei alto, peguei o meu drink com o garçom.

—Você mente muito mal para ser a minha irmã – brinquei virando para eles.

—Emmett, não me irrita você também se não vai ser você o meu alvo para o vômito – ela disse e eu ri.

—Está com náuseas? – Edward perguntou preocupado.

Eu comecei a rir e Bella deitou a cabeça no balcão se fazendo de exausta.

—Não quero ser chato, amor, desculpa – Edward falou sem graça.

Ele sabia que, às vezes, poderia ficar insuportável com a super proteção dele. Alice o mandava pastar com facilidade, mas Bella reclamava apenas para fazer charme, eu sabia que - no fundo - ela gostava daquilo.

—Ei, onde está a Rose? – Alice perguntou quando chegou perto de nós com Jasper ao lado.

—Foi ao banheiro – falei ainda rindo de Bella.

—Ela não está no banheiro – Alice falou séria.

Parei de rir na mesma hora.

Não saberia dizer se foi a forma com que Alice disse aquilo, ou porque eu mesmo já tinha começado a estranhar a demora dela, mas algo não parecia certo.

—Como não? Ela não veio para cá – falei sério, assumindo a mesma postura de Alice.

—Ei, se acalmem, ela pode ter conhecido alguém... – Jazz disse ainda tenso com algo.

—Ela não sai sem avisar – falei sério.

Não precisava ter passado muito tempo com “Nicole”, eu conhecia a essência de Rosalie. Ela não sairia sem avisar.

—Vai para aquele lado, eu vou para esse – Alice disse apontando – Jasper, vai para lá e Edward para lá – ela mandou séria.

Por que Alice estava séria?

—E eu? – Bella perguntou parecendo preocupada.

—Fica sentada aqui, se ela passar você fica com ela, amor. Você será o nosso ponto de encontro – Edward disse e Bella concordou, tomando mais da água com gás.

Saímos procurando Rosalie. Comecei a respirar profundamente, tentando não pensar em nada ruim, eram as primeiras horas do ano, nada de ruim podia ter acontecido.

Entrei no banheiro dos homens e por todos os lados, com atenção extrema para qualquer coisa diferente. Foi quando olhei para uma porta que dava para os fundos do bar e fui me encaminhar para lá.

—Ei, grandão, apenas para garçons – um homem disse sério, parando em minha frente.

—Você viu alguém passando por aqui? Uma mulher loira? Era a mais bonita do bar – falei debilmente.

—Um casal passou rápido aqui, mas sério, é só para garçons e...

Deixei ele para trás. Poderia não ser ela, mas e se fosse?

Empurrei a porta com força e ouvi ela sendo trancada quando cheguei no estacionamento lateral do bar. Lembrei que Bella tinha entrado por aquela porta.

Vi o carro dos Hale ali e cheguei perto tentando ver, através dos vidros escuros, se ela estava lá dentro, não tinha ninguém ali. Comecei a me encaminhar para o outro lado do bar antes de escutar a voz alta.

ME SOLTA, ROYCE.

Não foi o nome que me fez correr para aquele lado, apenas o fato de que parecia que alguém precisava de ajuda. Ao ouvir um som de tapa, corri o mais rápido que pude. Passei por uns nove carros antes de perceber a movimentação entre o último carro do estacionamento e o muro de trás do bar.

Meu coração batia acelerado, a bebida já não era problema, tinha evaporado do meu sangue. Ainda mais ao reconhecer o sapato da pessoa embaixo do cara alto.

O tirei de cima dela, com as duas mãos nas costas o puxei e o joguei para longe.

Percebi Rosalie desacordada, com a camisa rasgada e a calça aberta, mas ainda vestida. Olhei para o cara com a calça também aberta. Tinha sido por pouco. Comecei a me sentir tonto, pensando no que poderia ter acontecido.

—O que fez com ela? – perguntei para o cara que olhava-me com ódio.

Ele sorriu de forma doentia e eu fui para cima dele, comecei a bater em seu rosto. Ele empurrou-me e eu bati contra o capô do carro. Ele chutou minha perna, dei um soco em seu rosto o afastando de mim e olhei para Rosalie, percebendo que ela estava muito branca.

Fiquei tonto por um tempo, agachei-me ao seu lado e a segurei perto de mim querendo ouvir sua respiração, tentando ignorar sua pele gelada de mais provinda do frio invernal de Forks.

—Rose, fala comigo, meu amor, fala comigo – pedi desesperado.

Royce ainda resmungava, eu vesti minha jaqueta em Rosalie e, apesar do frio óbvio de Forks, meu corpo parecia em chamas de ódio. Virei para olhar o cara que já não estava no chão e fiquei super alerta ao escutar um barulho de vidro sendo quebrado e o alarme do carro disparar alto.

Peguei Rosalie no colo, querendo tirá-la de lá o mais rápido possível.

—Ela é minha, é minha – escutei-o dizer com raiva, mas já não me importava, eu apenas precisava tirá-la de lá.

Levantei sem dificuldades. Minha mente ainda girava um pouco. Comecei a andar para o meio do estacionamento, mas escutei um barulho alto de tiro e senti a queimação em meu ombro esquerdo. Joguei-me ao chão com Rosalie quando o segundo tiro pegou na parede do bar.

Olhei assustado para cima.

O cabelo dele estava bagunçado, os olhos negros acusando as pupilas bem dilatadas e o rosto contorcido em algo semelhante a um completo maluco.

—OU É MINHA, OU NÃO É DE NINGUÉM.

—EMMETT – escutei Jasper gritar ao longe.

Bem no começo do estacionamento, vi Jasper parado - assustado - e mais algumas pessoas chegando perto, provavelmente o tiro tendo chamado a atenção ou talvez aquele barulho irritante do alarme do carro.

O tal Royce tampou as orelhas quando a comoção começou a aumentar. Eu sentia a queimação no ombro, mas queria tirar Rosalie de lá, só não poderia deixar mais ninguém na mira daquele homem claramente descontrolado.

—NÃO SE APROXIMA DAQUI, FICA AÍ. LIGA PARA O MEU PAI – instruí a Jazz que ainda parecia em choque completo encarando sua irmã no chão e o sangue em meu ombro.

Bella, Edward e Alice apareceram. Todos preocupados. O pessoal começou a se movimentar cuidadosamente, alguns começaram a voltar para o bar, outros, mesmo com medo, ficaram olhando de Royce para Rosalie e eu, mas ninguém se atreveu a chegar mais perto de nós.

—PAREM DE FALAR. PAREM DE FALAR – Royce repetia sem parar.

A arma na mão dele, ambas as mãos tampando seus ouvidos como se ele tentasse, desesperadamente, abafar os inúmeros barulhos que tinham naquele estacionamento.

Eu respirava devagar. Cheguei ainda mais perto de Rosalie caída ao chão. Tirei seu cabelo do rosto, sem conseguir pegá-la em meu colo de novo, coloquei sua cabeça em meu colo.

—Acorda, minha vida, acorda, amor. Acorda – pedia baixinho no ouvido de Rosalie.

Royce estava doido. Começou a socar seu carro e tudo ao redor.

—VERA É MINHA, MINHA ESPOSA. NINGUÉM A TIRARÁ DAQUI. É MINHA. SOLTA A MINHA ESPOSA. SOLTE-A – ele gritava chutando o ar.

Apontou a arma para mim novamente, mas menos confiante. Sua mão tremia e aquilo me assustava mais do que se ele estivesse apontando confiante para mim. Eu respirei devagar. Comecei a colocar Rosalie no chão com calma, eu não poderia sequer suportar a ideia dele acertá-la.

—Royce, está tudo bem – falei alto para ele escutar – Sou o irmão dela. Essa é a Rosalie, não Vera, e Rose precisa ir para o hospital é só isso. Sou o irmão dela – eu repetia querendo que alguém fizesse algo logo.

Coloquei a cabeça de Rosalie em cima dos meus sapatos. Senti meus pés afundarem um pouco na camada fina de neve que cobria o chão, mostrei as mãos para ele, querendo demonstrar a ele que eu não era perigo. Preocupado com Rosalie no chão, mas com a consciência mais tranquila sabendo que o alvo fácil era eu.

—ELA NÃO TEM IRMÃO – ele gritou doido.

—Tem, sou eu. Sou Jasper Hale.

—NÃO. NÃO.

Escutei um tiro e fechei os olhos esperando a dor, mas, quando não senti nada, abri os olhos vendo a arma de Royce disparar contra o muro do bar e ele caído no chão, sua perna esquerda sangrando.

Um garoto próximo a minha idade correu para Royce, chutando a arma para longe. Reparei seu uniforme de policial, então vi a viatura.

Comecei a respirar ensandecido.

Minha mente, ao mesmo tempo que lenta, estava rápida e, no momento seguinte, eu tentava pegar Rosalie, ainda desacordada, no meu colo contra toda a dor que eu sentia em meu ombro.

Alice, Bella, Edward e Jasper já estavam mais perto de mim.

—Emmett, seu braço – Bella disse preocupada.

O rosto de Rosalie estava sereno e extremamente pálido, mas mostrava o olho roxo, a boca cortada arroxeada e marcas vermelhas ao lado direito do rosto dela.

—ELA É A MINHA ESPOSA. É MINHA – Royce ainda gritava.

Jasper abaixou pegando a irmã no colo, parecendo ainda meio em choque, e eu fiquei mais tranquilo quando a vi já fora do chão.

Escutei um tecido sendo rasgado. Olhei para Bella rasgando a bainha da camiseta de Edward. Ela tinha feito curso de primeiros socorros em seu curso, lembro o quanto ela falava daquilo, então assisti minhas irmã tapar com força o buraco em meu ombro pela minha axila, depois colocar um pouco de neve por cima do pedaço da blusa de Edward que estava em meu ombro.

—Deve ser o bastante para segurar até a emergência – ela disse séria. 

Alice estava no carro segurando a porta aberta para Jasper.

Escutei sirenes, mas corri para o carro com Bella e Edward.

Ela e Alice entraram no banco de trás com Rosalie e Edward foi dirigir o carro já que era o único cem por cento sóbrio.

—Vou ficar, esperar tio Charlie aqui – Jasper avisou, ligeiramente débil, antes de fechar a porta do carro.

Edward acelerou o carro para longe, sem se importar com a polícia que chegava nem com a grande quantidade de pessoas que estavam ali paradas, vendo todo o desenrolar daquela loucura que estava acontecendo.

Já mais tranquilo, agora que sabia que Rosalie estava segura, meu ombro era tudo o que eu sentia, a dor alucinante e a queimação no ferimento.

—Sim, há uns vinte minutos daí – Alice falava com alguém ao telefone – O que ele fez, Emmett? Por que Rosalie está assim? – ela perguntou com o telefone ainda na orelha.

Edward apertava o volante com uma força desnecessária, como percebi pelos nós de seus dedos que já começavam a ficar esbranquiçados.

Eu estava doido. Minha mente não parava de bombear. Bella chorava no banco atrás do meu com o rosto de Rosalie em seu colo, como percebi ao olhar para Alice vendo-a segurar as pernas de Rose com cuidado.

—Quem é? – indaguei, um segundo depois da indagação de Alice.

—Meu pai – ela disse me oferecendo o telefone.

—Carlisle, não acho que o estupro tenha de fato acontecido. Ela está com a camisa bem rasgada e a calça foi aberta, mas ele ainda estava de cueca quando o tirei de cima dela.

E o seu braço? Eu preciso que estanque o sangue e..

—Bella prendeu um pedaço de pan-

JOHN, PRECISAMOS CHEGAR VIVOS LÁ TAMBÉM— Carlisle gritou – Desculpa, Emm. É ótimo, que bom que Bella o fez. Tenta não mexer tanto o braço, a bala ainda está alocada aí — ele suspirou – Por que Rosalie está desmaiada?

—Eu não sei o que ele fez, não sei – falei desesperado.

Estamos chegando no hospital. Vou desligar para preparar uma equipe para você e uma para ela — ele disse – Estacionem na emergência, como se fossem uma ambulância, não tem problema. Estarei lá.

Ele falou com pressa antes de desligar o telefone.

—Entrada de emergência – falei a Edward devolvendo o telefone para Alice que a esse ponto, também chorava.

Edward não fez nada que me fizesse crer que ele escutava algo. Continuou dirigindo e fiquei nervoso ao ver que ele estava a mais de 140 km/h, mas ao mesmo tempo, estava contente que chegaríamos mais rápido ao hospital, então decidi não reclamar, ele parecia ter controle sobre o carro.

Voamos pelas ruas de Forks, mas parecia que estávamos há anos dentro daquele carro. Por que demorava tanto?

Edward jogou o carro no estacionamento e quase bateu na porta de vidro antes de frear com força. Saiu do carro já desligado e abriu a porta de Alice pegando Rosalie.

—Vai para dentro, Emmett – tio Carlisle mandou enquanto eu encarava a equipe médica de Rose, aflito.

Edward a colocou em cima da maca destinada a ela, com cuidado. Carlisle e mais uma pequena equipe a empurraram para dentro. Vi tio John desesperado na porta da emergência.

—Rosalie, filha! – ele chorava copiosamente.

Tio Carlisle o empurrou, puxando a maca com Rosalie para dentro. O doutor Gerard foi me buscar e levou-me para seu consultório. Verificou meu ombro, tiramos chapa, tive que esperar o resultado dos exames, deitado em uma sala vazia.

Somente depois de certo tempo que o doutor avisou que precisaria fazer uma cirurgia para retirar a bala que estava alojada num lugar complexo do meu ombro e que, depois daquilo, eu teria algumas sessões de fisioterapia, mas deveria ficar tudo bem.

—E Rosalie? Onde ela está? – perguntei a ele.

—Ainda está internada na UTI – ele disse olhando algo em meu prontuário – Ela ainda não acordou – contou distraído.

Respirei fundo e o doutor me olhou preocupado, pensando que minha dor era física, quando era apenas loucura emocional. Eu ia entrar em parafuso.

—Não posso ser anestesiado antes de vê-la acordada, doutor, por favor.

—Emmett, - o doutor suspirou fechando a pasta - Carlisle encontrou uma boa quantidade de droga no organismo dela... Eles estavam fazendo a desintoxicação... Pode demorar horas até que ela recobre a consciência, preciso retirar essa bala daí o quanto antes – ele disse e eu suspirei.

Assenti entendendo.

O doutor foi falar com meus familiares na sala de espera, disse que mandaria as enfermeiras para me levarem até o pré-operatório, mas eu não estava no meu melhor estado, a adrenalina ainda corria em minhas veias.

Comecei a caminhar pelo hospital, tentando achar a UTI, mas ao invés disso, encontrei tio Carlisle perto da porta do laboratório.

—Não deveria estar andando por aqui – ele disse sério.

—Como ela está? – perguntei preocupado.

—Ela vai ficar bem, Emm. Não houve penetração, mas ela está bem machucada. Fiz uns exames e terei uma ideia melhor do que posso fazer, considerando tudo – ele disse suspirando.

—Considerando tudo o que? – perguntei confuso.

—Vá para o seu pré-operatório – ele mandou.

Tentei o compelir a falar comigo, mas ele não disse nada mais, logo o doutor Gerard passou e me deu uma bronca.

Fui com ele para a sala onde tirei a roupa e coloquei a roupa própria de hospital. Assinei uma papelada para a cirurgia e, finalmente, uma anestesista aplicou algo na minha veia e eu caí na inconsciência pensando na mulher da minha vida, deitada desacordada em algum lugar daquele hospital.

Que ela fique bem.

Era só o que eu precisava para acordar.


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Notas finais do capítulo

Deu tudo bem, nosso ursão salvou Rose como vocês todas torceram para que ele o fizesse hahahaha

Olha, não quero dar spoilers não, o único é que: volto na segunda feira hahahaha

Aguardo os comentários e apostas nos reviews, o que mais pode dar tão certo, ou tão errado na fic?

A segunda temporada vem, minha gente! Já comecei a escrevê-la e tudo.

Nos vemos na segunda-feira ♥