about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 41
As piores coisas da vida vêm de graça para nós


Notas iniciais do capítulo

Estão preparadas para o que vem a seguir? Eu acho que não, eu não estaria hahaha

Entretanto, mesmo assim, espero que gostem!



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Capítulo 41 – As piores coisas da vida vêm de graça para nós

|NARRADOR|ROSALIE|

A noite havia começado animada para Rosalie.

Estava bem vestida e já tinha encarnado Nicole. Era a primeira vez de Nicole naquela cidade, então passou os olhos pelo bar esperando encontrar um rosto que a agradasse, desesperada para sentir atração por alguém mais do que Emmett. Não aconteceu.

Ela seguiu para o bar, irritada com sua falha, pediu uma bebida forte e virou para encontrar os amigos.

—Já começou? – perguntou Edward sorrindo de mais.

—Você ainda não? – Rose ridicularizou.

—Daqui a pouco eu bebo algo – ele disse e olhou para Bella que sorriu, negando a pergunta se ela ia beber.

—Onde estão Alice e Jasper? – Rosalie perguntou sem querer atrapalhar os dois, mas também sem querer estar com Emmett.

—Foram para aquele lado – Edward contou meio distraído.

Traidor, Nikki pensou com certa raiva vendo que tinha perdido Ned, mas Rosalie só sentia amor por aquela felicidade conjugada tão presente entre Isabella e Edward.

Ela sabia que Jasper iria embora no dia seguinte, queria ficar um tempo mais com o irmão e esperava, ansiosamente, o momento em que o gêmeo conseguisse fazer o que vinha ensaiando desde o começo das férias.

Encontrou Jasper perto do banheiro, bebendo um líquido devagar.

—Alice está no banheiro? – perguntou a nova loira.

—Sim – ele suspirou – Acha que faço isso hoje? – perguntou ansioso.

—Claro que sim, se você não fizer isso logo eu vou acabar fazendo, prometo – ela disse debochada.

Emmett passou por perto com uma dose de whisky, foi para perto dela e ela, tentando evitar olhar para ele, roubou seu copo virou o resto do líquido que desceu como brasa por sua garganta.

—Nicole sedenta? – Emm perguntou divertido.

Foi quando Nicole levantou o olhar para ele que sentiu as consequências a esmagarem.

Ela achava que a ideia de “apenas uma noite” tinha sido genial, mas ao mesmo tempo extremamente burra e mal pensada. Não deveria pensar apenas com o prazer da mente. Sim, a noite tinha sido maravilhosa, mas não era melhor do que se lembrar apenas da inexperiência da primeira vez com que eles haviam feito aquilo há tantos anos atrás.

—Ela sempre está – Rosalie disse séria.

—O que está bebendo?

—Eu pedi algo com champanhe...

—As bebidas são menos elaboradas que em Nova Iorque – ele sorriu e ela assentiu concordando.

Era diferente estar com ele naquela cidade e em Nova Iorque. Parecia algo mais pesado ali.

Eles ficaram juntos o resto da noite, fazendo piadas e dançando. Nunca próximos demais, Nicole e Rosalie concordavam que mais uma noite seria demais para elas, elas não iriam aguentar ele indo embora pela manhã novamente.

—Está tudo bem? – perguntou Emmett, preocupado.

—Muito bem sim, não se preocupe – ela sorriu.

Bella chegou pulando, animada por já não se sentir tão cansada, mesmo que ainda estivesse gripada. Emmett a tinha dado pinga com mel e ela se sentia melhor, o irmão achava graça de seu comportamento serelepe que foi amplificado quando Alice chegou dançando no meio deles.

Edward estava exuberante com Isabella ali, Rosalie percebeu isso e sorriu chegando perto do amigo.

—Não está bêbado ainda? Já são onze da noite, acabaram com a Heineken dessa espelunca, por um acaso? – ela perguntou chocada.

Edward riu sabendo que Rosalie estava certa. Não se lembrava da última vez que tinha ficado por tanto tempo sóbrio dentro de um bar.

—Sabe o que é? Minha namorada está achando que a mistura de Emmett de mel e bebidas alcoólicas vai salvar ela dessa doença de alguma maneira, mas nós dois sabemos que isso não é verdade, certo? – perguntou e a loira assentiu – Pois bem, precisarei sentar-me pelo resto da noite ao lado de uma privada, prefiro fazer isso sóbrio – ele brincou.

—É uma escolha muito inteligente, irmão – ela riu – Parabéns.

A festa continuou animada. Jasper bebia cada vez mais, tentando criar coragem para fazer o que tinha ido fazer ali, Rose percebia seu nervosismo, mas estava já cansada de encorajá-lo, não haviam possibilidades de Alice falar não, ela não entendia porque essa frescura toda do irmão.

As músicas começaram a se misturar com o álcool no cérebro de todos. Alice, Rosalie e Emmett começaram a fazer coreografias aprendidas há muitos anos para os mais diversos tipos de pop agitados.

O nervosismo de Rosalie já esquecido, Emmett conseguia reparar ela mais relaxada e livre para o lado dele, mas não tomaria vantagem daquilo. Ele não queria que a decisão tomada fosse pela bebida, não de novo.

A meia-noite soou junto com o alto coro de “feliz ano novo” por todo o bar. Rosalie abraçou os amigos e, até mesmo Mike Newton que apareceu por perto. Sorriu animada com a nova perspectiva do ano que aparecia ali. Ela era uma nova-iorquina agora, não tinha mais medo do futuro, pelo contrário, estava animada para ele.

Depois da rodada de champanhe pelo bar, Isabella começou a perder o pudor e Edward a levou para o canto, a sentou em um banco alto que tinha em frente ao balcão do bar e deu uma garrafa de água com gás para ela, mesmo sob protestos.

Rose ainda dançava animada, mas estava super consciente e achava adorável a forma carinhosa e cuidadosa com que Edward tratava a amiga.

Ela não poderia imaginar, mas na parte mais escura do bar, numa área mais VIP, um homem mais velho a encarava com um desejo quase enlouquecedor. Ele se perguntava se conseguiria e como faria para afastá-la dos amigos e daquele homem musculoso que parecia tão consciente dela. Quem era o desgraçado? Era o que se perguntava.

Royce bateu o comprimido de speed com o cartão platino em nome de seu pai. Bateu com rapidez e força para o pó ficar bem homogêneo e, quando aconteceu, enrolou uma nota de vinte dólares, usando-a para cheirar todo o pó da mesa em que estava sentado.

Virou o whisky e continuou a encarar Rosalie. Brincando com o saquinho transparente oculto no seu bolso de seu casaco.

Rosalie, ainda completamente ignorante ao fato de estar sendo observada, continuava a brincar e dançar com os amigos. Jasper bebeu outro copo.

—Para de beber e faz logo o que quer fazer, garoto – Rosalie riu perto dele.

Ele fez careta para ela falar mais baixo.

Rosalie se sentiu mal com o olhar que recebeu do irmão. Saiu de perto deles indo até Bella e Edward.

—Como está? – perguntou para Bella.

—Tudo bem, Edward que acha que eu estou bêbada – a amiga disse com cara de tédio, fazendo Rosalie rir alto.

—Ele é conhecido por ser super protetor – a loira brincou.

—Viu só, até Rose concorda comigo, chato – ela disse para o namorado que nem se abalou.

Rosalie riu dos dois, pegou uma água com gás para ela mesma, sabia seu limite. Depois foi ao banheiro, prometendo voltar logo.

Foi quando Royce achou a oportunidade perfeita.

A esperou sair do banheiro e fingiu trombar nela.

—Querida – ele sorriu.

Rosalie segurou a careta que se formou internamente. Não tinha sentimento nenhum de querer o antigo professor, que azar cósmico era aquele que o levou àquele bar.

—Royce, como vai? – perguntou educada.

—Ó, muito bem, mas senti a falta de seu lindo rosto pela cidade – ele falou simpático.

Beleza? De novo? Ela era mais que aquilo.

—Ah, tenho certeza que têm muitos rostos bonitos por aqui – ela disse sem paciência.

—Ó não, benzinho, não como o teu – ele prometeu com a boca se aproximando de Rosalie.

Os olhos penetrantes como ele fazia desde criança, conquistando tudo. Todas.

—Sr. King, estou com alguns amigos, tenho que ir... – Rosalie disse inabalada, se afastando dele com certo asco.

Royce sentiu o ódio crescer de forma irracional. A possibilidade de perdê-la de novo soou alto em todos os cantos da mente dele, o fazendo segurar o braço dela com mais força.

—Acho que eles estão bem sozinhos – o professor sentenciou com o timbre de voz diferente.

Rosalie franziu o cenho o encarando, não lembrava de ver Royce daquela forma. O tom era rude como nunca tinha sido antes, mas antes dela poder pensar em se defender, sentiu algo picar seu braço esquerdo.

Para Royce, a droga foi vendida sob o nome de Ketalar, induziria e manteria Rosalie anestesiada por um tempo bom o bastante.

—O que é isso, idiota? – ela perguntou rude tentando se soltar do ex-professor que parecia muito mais ameaçador agora.

Começou a passar os olhos pelo ambiente abarrotado de gente, onde estavam seus amigos e irmão?

—Benzinho, não seja rude comigo. Sabe que não gosto quando é rude – ele disse de forma lenta.

Beijou o rosto dela com cuidado e sorriu quando se separou. O aperto no pulso de Rosalie começou a deixar marcar e foi quando ela começou a ficar assustada, a mente dele começou a vacilar entre a imagem de Rosalie e Vera. Sua Vera.

—Royce, me solta. Está me machucando – ela falou alto, o mais alto que conseguiu, mas a música abafava e não chamou atenção na parte mais escondida do pub.

—Vamos para fora, benzinho, preciso conversar com você – ele disse a empurrando sem dó.

Abriu a porta dos fundo sob protestos de um garçom, mas saiu de lá rápido o bastante para o rapaz não reparar que a menina estava sendo arrastada.

Um minuto.

Era o que a droga precisava para entrar no sistema da pessoa quando era injetada.

Rosalie começou a se sentir mole e, sem o casaco grosso que ela vestia antes, o frio de Forks a tomou.

—Royce... – ela disse tentando não demonstrar vulnerabilidade.

—Fique calada, Vera... Por que se foi? Eu a tratava bem, não quis te machucar, meu amor, eu não quis – ele dizia estranhamente.

Rosalie estava confusa. Não sabia quem era Vera e já nem se importava. Num último ímpeto ela arranhou os braços de Royce com o máximo de força que conseguiu e ele, numa resposta imediata, bateu com força no rosto de Rosalie a levando ao chão.

—EU FALEI PARA NÃO SER RUDE, BENZINHO.

Rosalie começou a chorar, com ódio de sua apatia. Ela sabia lutar, poderia derrubar Royce se quisesse, por que não conseguia?

Ele correu para o lado dela a levantando quando algumas pessoas passaram na rua perto do bar. Beijou os lábios de Rosalie sabendo que ela não poderia gritar, não podia. Ele não a deixaria ir embora. Ela era dele.

—Linda, você é linda – murmurou ainda com os lábios colados aos dela – Desculpa, sim? É que te esperei por tanto tempo. Por que é que demorou? Eu estava te esperando.

—Do que está falando? – ela perguntou, fraca.

—Desde que foi embora, tem me feito esperar. Sabe que eu queria você e você estava dando para outro? – ele perguntou bravo, se lembrando de mais cedo – Quem é o musculoso?

A mente de Rosalie pertencia menos a ela a cada maldito segundo que passava. Ela não respondeu, então Royce apertou o braço dela com ainda mais força, demandando uma resposta.

—É meu amigo – ela sussurrou.

—Não pode ter amigos, eles te desejam intimamente, todos. De homens à mulheres, de crianças à idosos, e ninguém deve o fazer, pois é minha. Sim? Lembra? Minha— ele dizia sem parar.

Royce a puxou até o carro dele, previamente estacionado numa parte mais escura. Começou a procurar, mas não conseguia achar a chave nos bolsos, então resolveu ficar ali mesmo, naquela parte escura do estacionamento, estava bom ali.

—Vamos ficar juntos, meu amor, porque você me ama – ele disse para a garota já quase desmaiada.

—Royce, não – ela disse e ele rosnou, o ódio inflando o peito.

—Vai ser minha, Rosalie – ele prometeu,

Rasgou com facilidade a camisa de tecido fino dela e Rosalie começou a chorar. Ele apertou as bochechas dela com força e beijou seus lábios com firmeza, arrancando um filete de sangue quando ela tentou se afastar e ele os mordeu.

As lágrimas dela, o pavor, eram como ele estava gostando de fazer aquilo. Era tão melhor a forma ridícula e vulnerável que ela se portava, se comparada a mulher cheia de confiança que ele conheceu. Vera ou Rosalie. A vulnerabilidade ali era o que alimentava o psicopata.

Começou a massagear os seios de Rosalie que sentia a náusea crescendo. Não queria ser tocada por ele. Tentou o empurrar, mas ele a prensou mais contra o carro.

—Não seja difícil, também quer isso – falou com raiva.

—Eu não quero, Royce, por favor – ela disse com a garganta seca.

O que ele tinha aplicado nela?

Rosalie voltou a se concentrar em se manter de pé, em tentar criar força para correr para longe, já sem se importar de estar quase que apenas de sutiã, tinha que tentar algo, mas sua concentração foi roubada quando sentiu a mão dele invadindo sua calça.

Retraiu-se ao sentir os dedos dele a invadirem sem se preocupar com a falta de lubrificação em sua intimidade.

—Vamos, vamos, querida. Sei que gosta. Gema o meu nome – ele pedia doentiamente.

Ela forçou a garganta. Ela não seria estuprada. Não seria mais humilhada.

—ME SOLTA, ROYCE – ela gritou com toda a sua força.

Usou tanta força apenas para gritar que suas pernas falharam e a mão dele saiu de sua calcinha encontrando o rosto da garota, já não se importando se ela estivesse consciente ou não para o ato que ocorreria.

Rosalie caiu ao lado do carro dele, bateu a cabeça forte contra o asfalto coberto de neve e sentiu a escuridão a tomando por completo.

Que seja rápido, foi tudo o que ela pensou ao sentir os botões de sua calça serem abertos.


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Notas finais do capítulo

Eu gosto de puxar a história para perto das histórias original, mesmo com muitas modificações, mesmo assim, Royce é uma grande parte da história de Rosalie.

O que acham que vai acontecer?

Não sei se volto só na segunda-feira ou venho no fim de semana para vocês não morrerem de curiosidade hahahaha

Bom, aguardo o review de vocês e as apostas, de quem deve ser o próximo ponto de vista?

Ah, eu viajei. Tenho mais quatro capítulos depois desse e o epílogo (acho que é isso), então... Se quiserem, começo a segunda temporada.

Enfim, chega de falar, me falem vocês agora!

Um beijão.