about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 32
É sempre melhor quando estamos juntos


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, gente

O capítulo de hoje é de reencontro, então acho que deixará vocês felizes.

Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777810/chapter/32

Capítulo 32 – É sempre melhor quando estamos juntos

|JASPER|

Acordamos cedinho e fomos para Port Angeles com o carro de papai, sairíamos do aeroporto de lá para a Califórnia. Como sempre, os Cullen foram de carro.

Tia Esme e tio Carlisle adoravam fazer viagens de carro com os filhos, eles passaram na casa dos pais de tia Esme então saíram de Forks na semana passada. A previsão era que chegariam hoje na Califórnia na hora do almoço, por isso estávamos indo agora para lá.

Meus avós moravam em São Francisco, mas meus pais tinham casa em Los Angeles e era lá que passávamos nossas férias de verão todos os anos.

—Estou muito animada – Rose disse sorrindo.

—Vamos ficar menos tempo dessa vez, para vocês terem tempo de arrumar as coisas para irem para New York— papai avisou e concordamos.

—Será que é certo isso, de termos deixado o tio Charlie sozinho em casa? – perguntei preocupado, ainda estava desconfortável com aquilo.

—Filho, ele mesmo disse que usaria essa semana para arrumar umas coisas na casa e você sabe que ele adora pescar, Billy e Harry, com certeza, serão boas companhias para ele – mamãe disse distraída com uma revista.

Faltava uma hora ainda para nosso voo pousar, coloquei os fones e assisti um filme qualquer, impaciente para ver Alice logo.

Quando o táxi parou lá na frente de casa, estranhei as janelas abertas, ainda mais ao perceber que tio Carlisle estacionou atrás de nós quando ainda saíamos do carro. Por que meus pais e tios estavam tão animados?

—Olá – tia Esme disse pulando.

Abraçou mamãe que riu com ela de algo que não escutamos, cumprimentei Edward e tio Carlisle, então fui beijar minha namorada que sorria amplamente.

—O que deu nelas? – perguntei sentindo a animação me tomando.

—É uma surpresa boa – Alice disse o que sabia e eu ri.

Fiquei pensativo, mas, antes que eu pudesse criar teorias, um barulho ensurdecedor de panelas começou a soar ao nosso redor e nossos pais começaram a rir. A porta da frente abriu e Emmett saiu de lá com uma bermuda verde e sujo de barro, na barriga estava escrito “à venda” e ele estava mastigando uma folha de trigo e nós começamos a rir, instantaneamente.

Edward ia desmaiar a qualquer momento e, tive certeza disso quando Bella apareceu atrás de Emm, de shorts e regata.

—O PRIMEIRO LANCE É DE DUZENTOS DÓLARES – ela gritou alto.

Não sei nem como aconteceu, mas eu comecei a rir muito alto e, a próxima coisa que vi, foi Bella sendo levantada do chão por Edward que amassou a boca dela de forma ensandecida

—Eu acho que sou de graça – Emm avisou e fomos abraça-lo.

Tamanha era a saudade contida nas pessoas que estavam ali. Tia Renée saiu abraçada com tio Charlie e eu entendi. Ele não tinha ido a La Push hoje cedo – ou ontem a noite – veio para cá, encontrar a família dele.

—Você é doente – falei abraçando meu amigo.

—E você está sujo de terra – ele brincou.

—O que aconteceu com você? – perguntei sobre a terra.

—Foi o jeito que pensei de chamar a atenção de vocês – murmurou dando de ombros.

—Sim, única forma, caso contrário teríamos passado batidos por vocês – eu falei rindo.

Ele passou abraçando todos, quando minha mãe reclamou da sujeira dele, ele se esfregou em Rosalie até ficar limpo.

—Agora sim? – ele perguntou e minha mãe riu abraçando ele.

Rosalie nem ligou, foi abraçar a tia Renée.

Finalmente, Edward soltou Bella, mas antes que eu pudesse ter chance de abraça-la, minha namorada pulou nela o que levou as duas ao chão.

—Acho que fraturei meu cóccix – Bella falou embaixo de Alice que nem se importou.

Depois das boas-vindas calorosa que recebemos, fomos almoçar uma comida preparada por Emmett que queria provar seus novos dotes culinários e, devo dizer, o garoto estava mandando muito bem.

—Gostaram mesmo? – perguntou inseguro.

—Está uma delícia, ursão – Rose disse com a boca cheia, mamãe a repreendeu, mas ela nem ligou.

Fiquei pensativo sobre o que eles ali significava. Se era uma volta definitiva ou uma visita bem-vinda, mas resolvi deixar esse tipo de assunto para mais tarde.

A nossa casa de praia tinha, originalmente, quatro quartos – o dos meus pais, um para mim, um para Rose, um de hóspedes -, todos suítes e mais um banheiro no corredor, mas tudo o que nossos pais faziam era para a junção Swan-Cullen-Hale num todo, então, agora tinha o quarto dos meus pais, o de tia Renée e tio Charlie, dos meus sogros e o nosso que era grande e tinham duas triliches.

Subimos as malas e vestimos nossas roupas de banho sem perder tempo. Mais uma coisa boa era que a porta de trás dava para a praia, então tínhamos que apenas atravessar o deck para chegar lá. Nossas mães gostavam de levar cadeira de praia e guarda-sol, mas deixamos para nossos pais se resolverem com elas, era bom de mais estarmos juntos de novo.

Então sem chinelos, celulares e nem nada mais que nossas roupas de banho, nós seis atravessamos o deck juntos.

—É UMA CORRIDA – Edward anunciou correndo para o mar.

Comecei a rir, feliz com a mudança de humor significativa no meu amigo que estava tão para baixo ultimamente.

—AMOR – Bella reclamou quando tropeçou e eu apertei o passo.

Edward era mesmo o mais rápido, mas Bella o distraía. Ela pulou nas costas dele quando ele abaixou na frente dela, mas logo voltou a correr para nos alcançar.

—Vou entrar depois – Rose falou alto, idiotamente, porque se tivesse ficado quieta ninguém teria nem reparado.

Agora, com o anúncio, Emmett a jogou no ombro dele, como se ela pesasse dois quilos.

Alice corria quase tanto quanto Edward, deu uma estrelinha e voltou a correr e eu ri para a minha pequena malabarista.

Chegamos, praticamente ao mesmo tempo e começamos a fazer guerra de água. Era infantil, mas eu não me importava e tenho certeza que eles também não. Passamos o resto do dia todo na praia.

A noite, depois de devidamente banhados, fomos ver o que faríamos para comer já que nossos pais tinham saído em grupo, talvez para nos dar liberdade, talvez porque eles sentiam tanto a falta de tia Renée como nós sentíamos de Emm e Bella.

—Hambúrguer, com certeza – Rose disse.

—Então hambúrguer.

—Mas o seu, artesanal ou sei lá como chama – Alice disse e ele concordou.

Checamos para ver se tinha tudo em casa e, como faltava algumas coisas, foram Edward e Alice comprar no mercado, já que eram os piores na cozinha.

—A maionese verde também né? – Bella perguntou.

—É a única coisa que você mais gosta do lanche – Emm bufou.

Começamos a fazer as coisas, Rose temperou a carne e Bella refogou a nossa soja. Estávamos fritando os hambúrgueres quando os irmãos Cullen voltaram. Edward lavou as saladas enquanto Alice colocava a mesa.

A janta não demorou a ficar pronta, Emmett fritou quase um quilo de batatas para comermos como acompanhamento.

—Como pode ser possível você não sentir vontade de comer essa coisa deliciosamente suculenta? – perguntou Edward para Bella, mostrando o hambúrguer.

—Não vejo vocês pegando no pé de Jazz sobre isso – ela disse com bico e eles riram.

—É que o bizarro nunca nem provou carne, então não sabe o que está perdendo – Rose explicou e todos concordaram.

—Nunca mais senti vontade de comer, de verdade – ela deu de ombros.

Depois de Ali e Ed lavarem a louça e tirarem a mesa, fomos para a sala e decidimos assistir a um suspense com Bella, porque ela quem tinha escolhido o filme e estava falando sobre ele a um bom tempo.

—Eu fico muito tensa – ela riu quando Edward se sentou do lado dela depois de colocar o filme.

—Estou aqui – ele falou baixo, mas eu estava próximo o bastante.

Alice sentou entre as minhas pernas com a cabeça em meu peito. Beijei seu cabelo e o filme começou, deixando nós seis vidrados.

.

No dia seguinte, acordamos bem cedo para ir a praia – coisa das nossas mães e o conceito de “aproveitar o dia”.

Originalmente, as primeiras vezes que viemos para essa casa e meus pais mudaram as disposições dos quartos, dividíamos as triliches entre “meninos x meninas” então Emmett sempre dormia na cama mais alta, Edward na intermediária e eu no chão. Na das meninas era Rose em cima, Alice na intermediária e Bella no chão. Com o passar dos anos, Edward trocou com Bella e depois eu troquei com Edward porque, de chão a chão, eu preferia dormir do lado da minha namorada.

Nada mudou, a não ser que, quando acordamos, Edward estava na cama de solteiro com Bella e eu achei graça.

—Sorte sua que foi sua mãe e não meu pai que veio nos acordar, bocó – Emm reclamou ao ver os dois embolados, deu um tapa no pé do Edward e foi para o banheiro do corredor já que Alice já tinha entrado no da nossa suíte.

Depois de todos vestidos, descemos e cumprimentamos nossos pais. Nossas mães tinham feito um piquenique, então fomos comer na praia, aproveitando a companhia uns dos outros.

—Seu bigode cresce muito rápido, tio, eu sinto inveja – falei passando a mão na minha barba rala.

—Ainda bem, porque senão sua tia Renée não falava comigo se chegasse aqui e eu estivesse sem bigode – ele disse e ela riu.

—Tirou seu bigode recentemente? – tia Renée perguntou curiosa.

—Assim que cheguei, peguei o pente errado na máquina de aparar – ele contou – Foi estranho, há anos eu não tirava – ele comentou pensativo.

Tio Carlisle começou a rir de algo e roubou a atenção.

—Se lembra a última vez que tirou o bigode? Como Emmett ficou? – ele perguntou ainda rindo.

Emm revirou os olhos e aquilo apenas atiçou minha curiosidade.

—Tio, ninguém ia ressuscitar essa história – Emmett murmurou contrariado.

—Que história? – perguntamos Alice e eu simultaneamente, igualmente curiosos.

—Eu tinha ido buscar vocês na elementary school e Charlie foi buscar Emmett na middle school— tio Carlisle começou, mas começou a rir de novo.

—Bom, quando eu cheguei para buscar Emmett, meu filho. Meu próprio filho de... Ele tinha o que? Onze anos? – pareceu pensativo – Isso. Emmett viu meu carro, começou a correr, mas quando saí para recepciona-lo ele começou a gritar e voltou para a escola, Carlisle teve que passar lá porque Emmett não estava confiando em ninguém.

—Você não reconheceu o papai? – Bella perguntou debochada.

—Eu nasci daquele bigode! – Emmett se defendeu e todos rimos – Humilhem mesmo, eu era apenas uma criança.

—Você já tinha onze anos – Edward acusou rindo.

Emmett levantou e foi para o mar, a gente não ligou. Ficamos rindo por um tempão enquanto continuávamos a comer. As vezes ele dava showzinho para fingir que estava magoado, mas era muito difícil Emmett se magoar com algo.

—Vamos caminhar? – mamãe sugeriu se levantando.

—Vou cuidar dessa linda cesta de vime – avisei abraçando a cesta.

Alice, Bella e Edward também ficaram. Rosalie foi para a beira do mar limpar as mãos, quando voltou estava rindo muito alto e pegou a canga em que estava deitada, voltando para a beira do mar.

Emmett gritava e ela gritava de volta. Eu não tinha entendido nada, até ver Emmett saindo do mar com uma mão tapando a frente e outra atrás. Olhei ao redor agradecendo que a praia não estivesse tão cheia. Ser preso por atentado ao pudor não era algo que eu queria muito.

—A PRIMEIRA FOTO DO SCRAPBOOK DE FÉRIAS – Alice gritou alcançando o celular e tirando uma foto de Rose e Emm.

Rose abraçou a cintura dele que já estava coberta com a canga.

—Emmett, por que você é assim? – Bella disse ainda rindo.

—DNA, querida, você também é assim – ele disse.

Todos negamos em uníssono e ele se fez de ofendido de novo.

—Eu vou voltar para colocar uma sunga já que apoio nenhum eu recebo nessa praia. Nem os pelados vocês respeitam mais – falou chocado indo para casa.

—EU PEGUEI A CANGA PARA VOCÊ, INGRATO – Rosalie gritou.

Emm se virou sorrindo e fez um coração com as mãos, ficou fazendo como se o coração dele fosse dela e ela só mandou um dedo do meio.

Naquela hora, todo mundo percebeu que a história deles, agora, era apenas aquilo: uma história. Passado.

—O que podemos fazer hoje? – Bella perguntou.

—A pergunta, amor da minha vida, é o que não podemos. Porque sinto que o céu é o limite para nós – Alice disse rindo.

—Amor da sua vida, uma bodega – Edward falou ciumento, puxando Bella para si próprio.

Emmett não demorou a voltar e fomos para uma quadra de vôlei que tinha na praia. Estava vazia, então alugamos uma bola e ficamos jogando em duplas. Cada “casal” na sua e Rose e Emm foram os primeiros juízes, um de cada lado.

Bella era descoordenada, mas competitiva. Sacava bem e com Edward recepcionando as bolas com uma precisão incrível, nosso placar ficou bem igual.

—Vai lá, amor – Edward gritou de costas para ela que ia sacar.

Bella respirou fundo, mas na hora que bateu na bola ela, literalmente, tropeçou no vento e a bola foi certeira na cabeça de Edward que caiu com o susto e impacto.

—AI MEU DEUS – Bella correu para o lado dele, preocupada.

Eu deitei na areia para rir da cena hilária que tinha acabado de acontecer na minha frente, quase em câmera lenta, de tão bem cronometrada que ela pareceu.

Depois do acidente. Edward e Bella ficaram de juízes por umas boas rodadas. Rose e Alice jogaram juntas contra Emm e eu, depois Rose e eu contra Alice e Emmett e nós detonamos como um time.

—Tem a conexão de gêmeos. Nem sei se vale! – Emmett reclamou.

Ficamos comemorando porque, melhor do que ganhar, só ganhar de Emmett. Alice também não era a melhor das perdedoras, então ela foi dando estrelinhas até chegar no mar. Fui atrás dela e a levantei pela cintura quando cheguei.

—Príncipe – ela reclamou.

—Não pode ficar brava por perder – falei e ela bufou.

—Não fiquei, fiquei brava porque perdi com você e depois com Emm, não conte, mas acho que o verdadeiro talento é de Rosalie – ela sussurrou abraçando meu pescoço.

Segurei sua cintura quase como reflexo e fiquei rindo dela.

—Não conto, mas vai ter que me dar uma recompensa.

—O que o jovem Hale tem em mente? – ela perguntou mordendo os lábios e eu gemi, beijando-a com vontade.

Eu ainda era um adolescente, para todos os efeitos, e Alice era quente como o inferno, e desde que ela foi para a casa dos avós que a gente não ficava sozinho então, aceitei que eu estivesse animado com um simples morder de lábios.

Foi naquela noite que a gente não conseguiu segurar a curiosidade, Rose foi tomar banho no quarto de nossos pais, Emm no corredor e Edward tomava banho em nosso banheiro, então, sozinhos com Bella, Alice perguntou a ela o que eu também queria saber: o significado daquela viagem deles.

—Que estamos de férias de verão? – ela riu, confusa com a pergunta.

—Tudo bem, isso nós sabemos. Mas e ai? Estão indo para New York ou... – deixei a frase morrer.

Bella abriu a boca surpresa, depois fez uma careta. Edward saiu do banheiro nesse momento.

—Quem é o próximo? – ele indagou, ainda muito feliz.

—Allie, eu vim passar as férias de verão e é isso. Eu moro na Itália agora, pelo menos, até o fim do tratamento do meu avô – Bella disse sem perceber a pergunta de Edward – Vocês sabem disso, não? Essa é uma visita, assim como Edward fez comigo...

—Mas... – Edward parecia tão confuso quanto nós – Deixa, eu imaginei. Vai tomar banho? Assim podemos descer e fazer algo – ele disse e ela assentiu.

Deu um selinho nele e entrou no banheiro.

—Fui idiota de achar que era para ficar? – Alice perguntou e eu neguei rapidamente, dando a certeza de que eu tinha pensado o mesmo.

—Você sabia, Ed? – perguntei e ele pareceu acordar de um transe.

Nos olhou completamente sem emoção:

—Eu não fazia ideia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A tensão começou, como falei na segunda-feira, temos mais uns doze capítulos, então acho que ainda cabe alguns problemas para se resolverem e deixarem a história mais legal...

O próximo vem por Bella e, bom, só digo que teremos um jogo da verdade.

Espero os reviews, obrigada por lerem.

Nos vemos na sexta ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "about love and stuff." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.