about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 28
Festival de Ilusão


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo transitório

A história vai começar a tomar forma para chegar no final, espero que vocês gostem!



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Capítulo 28 – Festival de Ilusão

|NARRADOR|

Isabella não teve muito tempo para se recuperar de seu acidente antes de levar mais um golpe, dessa vez emocional.

Charlie e Renée, sem tempo a perder, contaram a filha que o sargento tinha que voltar para seu trabalho e, com pesar, Isabella assumiu a si mesma, pela primeira vez, que era aquilo. Ela não iria se formar com os melhores amigos como tinha sonhado desde sempre.

Por outro lado, chegar na casa da avó e ver ela e seu avô contentes por terem Bella e, agora, Emm e Renée de volta, era algo que Isabella não poderia ignorar também. Eles ali precisavam de Bella antes de qualquer coisa.

Numa ligação geral no Skype de Alice, que já sentia que algo não ia dar certo naquele dia, Emmett e Isabella contaram para os quatro amigos sobre a volta do chefe e Bella acabou com a possibilidade de se formar com os amigos, triste, mas tentando ser sincera e não deixar eles ficarem animados com algo que já não tinha chances.

Alice esperava aquilo, mas não deixou de reclamar e ficar chateada com a amiga, como se, de alguma maneira, a culpa fosse dela. Jasper foi compreensível, como sempre o era, disse que Bella estava fazendo o correto e que ele estaria lá para ela, independente de qualquer coisa, tentou a animar dizendo que, mesmo assim, não demorariam para se ver.

Rosalie ficou quieta por um tempo, tentando entender o que sentia, mas sem entender o que era, resolveu seguir o irmão e falar o mesmo. Prometeu estar sempre lá pelos dois e reforçar que também acreditava que eles se veriam logo, mesmo que não fosse para se formarem juntos.

Edward ficou quieto. Não amou a ideia, mas também não conseguiu odiar. Ele não soube o que sentia, então permaneceu quieto enquanto Emmett, Alice, Rosalie e Jasper falavam sem parar. Percebeu o olhar de Bella perdido na tela e se perguntou se, assim como ele, ela também o encarava sem parar. Decidiu acreditar que sim.

Naquela noite, ele achou que uma mensagem seria boba, então enviou um e-mail para Isabella.

Uma coisa foi imaginar que você poderia, talvez, ficar. Outra completamente diferente foi ter a certeza. Parece que eu estava correndo para uma coisa a qual eu queria muito e, como em um desenho sem graça, eu escorreguei numa casca de banana que não quis acreditar que poderia me derrubar, mas a queda inesperada foi dolorosa de mais para eu crer que teria forma de eu ter me preparado para ela.

Ainda que eu esteja confuso e sem saber o que vou fazer agora que o meu futuro tem que continuar a ser planejado sem você, preciso que você fique bem e confiante. Quero que se inscreva no curso que a faculdade de Caius oferece e você se interessou e comece sua carreira, como é seu sonho.

Às vezes temos que nos acomodar a situações desagradáveis e, mesmo que o significado de tudo seja que estarei sem você por mais algum tempo, está tudo bem. Prometo que ficará comigo assim como com você também e, convenhamos, alguns meses não são nada se comparados com o resto das nossas vidas, não acha?

Eu te amo muito para ficar longe, mas te amo ainda mais para não te deixar perto.

Sinto sua falta. Todo. Maldito. Dia.

                                                  -E. Cullen.

Isabella leu o e-mail assim que acordou, e chorou sozinha abraçada no travesseiro. Chorou pela saudade e o amor que sentia. Doía estar separada dele, mas o apoio era tudo o que ela esperava e ele não a decepcionou.

Ela não tinha tanto jeito com as palavras, então a mensagem fez o bastante por ela.

Bella: recebi seu e-mail. Estou com vontade de dar um chute em você por tanto amor que eu sinto no momento. Obrigada por ser compreensivo. Conversarei com Caius e vou te contando sobre as novidades.

Bella: O que está fazendo?

Era incrível como os dois se davam bem, se entendiam e como, ao contrário do que todos pensaram, porque Edward era muito ciumento e Bella muito teimosa, o relacionamento sobrevivera por bastante tempo.

Emmett estava no andar de baixo pesquisando inúmeras receitas sem origem animal, sabendo que o avô queria pudim, mas Bella o proibiria se não fosse daquele jeito. Emmett achou uma receita que pareceu boa e, junto com a avó, foi para a vendinha próxima a casa dela que vendia os produtos naturais que Bella aprovava.

Bella desceu encontrando o bilhete. O avô descansava no sofá, tentando achar forças para fazer mais uma sessão de quimioterapia intravenosa na terça-feira.

—Bom dia, vovô – ela sorriu.

—Bom dia, querida, estava se sentindo indisposta? – perguntou e Bella riu.

—Preguiçosa seria uma palavra melhor empregada aí, vovô – ela sorriu sentando-se perto dele.

Ele tinha perdido muitos quilos desde que Bella havia chegado e, os cabelos brilhantes em tons arruivados que Renée também tinha, já não estavam mais na cabeça daquele homem que Bella amava tanto.

Mas a doença não tirou o brilho nos olhos dele, muito menos o sorriso gentil.

—Estou cansado também – ele falou se recostando melhor no sofá.

—Pense que estamos perto do fim desse tratamento chato – Isabella tentou ser positiva, e o avô sorriu, compadecido com a tentativa da neta que vinha fazendo tanto por ele.

—Espero que sim, querida – ele sorriu – Acha que seremos capazes de marcar a cirurgia?

—Ah, mas é claro que sim. Estou te falando que o veganismo vai salvar a sua vida, Lorenzo Giolo – ela disse brincalhona.

Se o avô a contasse, talvez ela reviraria os olhos e ficaria lisonjeada, mas não acreditaria. Entretanto, a verdade era óbvia. Bella tinha uma personalidade que iluminava os lugares que ela entrava, ela era positiva ao extremo e aquilo o fazia lembrar de Renée.

—Eu acredito em você, querida, o pior é que eu acredito mesmo em você.

—E por que seria pior? – a menina se fez de ofendida – Eu estou sempre certa, pode perguntar por aí – contou como um segredo e Lorenzo gargalhou, foi como Emmett e Claire encontraram os dois naquela manhã.

Renée ajudava Charlie a empacotar suas coisas para ir embora e, nem Emmett e muito menos Bella quis fazer parte daquilo.

Emmett e Claire fizeram o almoço e a sobremesa surpresa para Lorenzo enquanto Bella passou a manhã toda conversando com o avô num clima brincalhão. Apesar de amar a todos os netos, Lorenzo não brincava quando a chamava de “favorita” e Bella, não contando nem sobre tortura, também estava com sua pessoa favorita do mundo todo ali.

Naquele sábado, em outro continente, Rosalie acordou sentindo-se estranhamente animada ao se lembrar do encontro que teria mais tarde com Royce King II, o professor de literatura que a conquistou aos poucos.

Depois da caminhada semanal que ela fazia com Edward e Jasper, ela almoçou com os pais em sua casa. Jasper estava com os Cullen, sem perceber que o favoritismo no qual ela cresceu não se estendia ao seu irmão e, por muitas vezes, Anne e John – interessados demais na filha – negligenciavam Jasper que, talvez também não reparasse, mas estar nos Cullen era mais agradável que em sua própria casa e o garoto não se importava em demonstrar isso.

Mais tarde, por volta das três da tarde, Rosalie vestiu um vestido bonito e soltinho, deixou os cabelos soltos em seu encaracolado natural, colocou as lentes de contato e uma botinha baixa, com o casaco grosso, ficou brava ao perceber que Jasper tinha saído com o carro deles.

—Que maldito – ela murmurou brava.

Ligou para Jasper que nem se importou em atender, então ela resolveu ligar para seu outro irmão.

O que você quer de mim?— Edward atendeu sonolento.

—Credo, que mal humor, quero seu carro emprestado. Posso? – perguntou, inconscientemente, fazendo o olhar de cachorro abandonado que faria seu pai matar uma pessoa se ela pedisse.

Sim! A chave tá na roda— ele falou soltando um bocejo.

—É sério? Por quê? – perguntou curiosa se encaminhando para a garagem dos Cullen.

E eu tenho que ter motivos para agir estranho?— ele riu – Não gosto que seu irmão dirija o volvo, ele é doido, não sei se já reparou— brincou.

Mas era verdade, Edward não gostava que Jasper dirigisse o volvo e, não sabia bem o porque, alguns psicólogos poderiam dizer que era ciúme reprimido por Jasper ter Alice, e conquistar Esme facilmente, Edward não queria que o carro se acostumasse com o amigo também.

—Não fala do meu irmão – a amiga brincou batendo na porta dos Cullen.

—Eu amo Jazz mais do que amo você então posso falar o que quiser dele – Edward disse abrindo a porta e Rose gargalhou.

Não era verdade que ele amava Jasper mais do que amava Rosalie, mas amava no mesmo tanto então, sim, Edward poderia falar o que quisesse de Jasper, porque o defenderia sem pensar duas vezes se outra pessoa o fizesse.

—E onde a bonita vai tão linda? – perguntou Edward curioso, seguindo-a para a garagem.

Rosalie não tinha contado a ninguém sobre o encontro porque Jasper ficaria incomodado e Alice, claramente, não gostava do professor, mesmo tentando o seu melhor para disfarçar. Rose se viu dividida entre contar ou não sobre o encontro, mas Edward era um excelente amigo e, alguém precisava saber para onde ela ia, além do mais, ele a tinha encorajado a se abrir para novas coisas, com isso em mente ela não teve dúvidas que era para ele que ela tinha que contar.

—Sair com Royce? – disse tão insegura que tonalizou a frase como uma pergunta.

Edward achou graça da insegurança da amiga.

—Eu que não sei, por isso te perguntei – ele riu – É isso que fará? – perguntou.

—Sim, estou ansiosa – ela confessou.

—Não fique, você é uma das pessoas mais interessantes que conheço. E, qualquer coisa, me liga que eu apareço onde quer que seja e quebro a cara do tal professor – falou o garoto, o tom era brincadeira, mas ambos sabiam da verdade contida ali.

—Só se for para pedir reforços. Não fiz dois anos de defesa pessoal, obrigada, para não usar quando necessário – ela riu.

Alice tinha feito aquilo com Rosalie e Bella depois que Charlie começou a ficar doido com essa coisa toda de segurança. Ele sabia que era difícil uma das meninas estarem sozinhas mas, quando Emmett foi para a Itália, Charlie ficou estranhamente obsessivo com ensinar defesa pessoal para a filha e, claro, levava Rosalie e Alice em todas as aulas que faziam na base da polícia, perto de Port Angeles.

Rosalie culpava Alice porque a baixinha que tinha dado a ideia de Charlie as ensinar e, consequentemente, foi o início de toda a obsessão de Charlie.

—Eu queria tanto fazer parte daquelas aulas – Edward gargalhou.

—Vocês que não quiseram ir – ela bufou.

Outra verdade, Charlie, inicialmente, queria os cinco lá com ele, mas Jasper e Edward conseguiram escapar, Alice não deixou Rosalie nem tentar fazer o mesmo.

—Enfim, bom encontro. Se cuida – mandou sério – E te espero para me contar todos os detalhes – ele disse afinando a voz em uma tentativa falha de imitar Alice.

Rosalie entrou no carro, gargalhando do amigo. Acelerou para Port Angeles, para o café que tinha combinado de se encontrar com Royce.

A tarde passou divertida. Alice e Jasper estavam em um encontro duplo em Forks com Tanya e Alistair, enquanto Rosalie saiu do café e foi ao cinema com Royce. O olhar misterioso do professor guardavam histórias que só futuramente fariam Rosalie se interessar, no momento, ele era apenas um cavalheiro que estava gostando de andar com Rosalie nas ruas.

Mesmo sem perceber, a jovem atraia muitos olhares. Antes, uma necessidade para ela, depois de Emmett se tornou completamente inútil e ela preferia os ignorar.

Quando a noite começou a cair, Rosalie voltou para casa, e Royce roubou-lhe um beijo quando foi a deixar no carro.

Edward ficou conversando com Bella por quase o tempo todo que Rosalie se ausentou. Mas ela tinha ido dormir e ele decidiu assistir a um filme, pouco depois do fim, ele escutou a garagem abrir e correu para lá vendo Rosalie chegar com um sorriso amplo no rosto.

Contando sobre o encontro, Edward ficou fixado na ideia de que Rosalie só falava sobre como Royce a achava bonita e de coisas superficiais e fúteis. Ele resolveu ignorar seu lado ciumento de irmão mais velho e convidou Rose para jantar com ele, já que Esme e Anne estavam em Seattle e os pais tinham ido junto para saírem ou algo assim.

—Alice e Jasper ainda não voltaram? – ela perguntou confusa.

—Ah, nem me fala disso – ele riu.

—E Bella? – perguntou interessada.

—Dormindo, amanhã ela vai se apresentar com os meninos em Milão, na escola de Matteo e Tato – ele disse animado pela namorada.

Começaram a falar sobre a banda de Bella e as músicas que Edward escrevia, ele contou que amanhã eles cantariam uma letra que ele escreveu para uma melodia de Tato e Matteo. Rosalie, curiosa, pediu para Edward a mostrar. Foi na sala de música que Alice e Jasper encontraram os irmão e entregaram-lhes os chocolates que tinham comprado.

Alice reparou a roupa arrumada de mais de Rosalie, ainda mais se comparada aos pijamas que Edward usara o dia todo, mas escolheu não comentar aquilo no momento. Passaram o resto da noite juntos entre música, risadas e histórias.

Para Bella, o dia seguinte começou cedo de mais. Enquanto os amigos se preparavam para dormir no continente americano, ela acordava com a ligação de Matteo.

—Fala – murmurou.

Ainda está dormindo? Bell, que horas vocês pretendem vir? Ai meu Deus,— murmurou sozinho enquanto Bella abria um olho para ver as horas - TATO, ELES AINDA NÃO SAÍRAM DE LÁ— falou mais distante do celular.

Aquela voz italiana alta confundiu Bella doze vezes, antes dela conseguir entender do que ele falava.

—Ah, por tudo, Matteo. Está muito cedo para italiano... Ainda são oito e meia da manhã, me deixa – a morena pediu chateada.

Bella, vocês têm que vir para cá. Tina vai cozinhar para nós o almoço...

Tua bunda que eu vou— Tina gritou distante e Bella riu.

Ela vai— sussurrou Matteo – Enfim, meu ponto é: precisamos ensaiar...

—Matteo, tudo vai sair bem, não se preocupe com isso. Fazemos isso todo o fim de semana, se você não lembra – Bella tentou ganhar tempo, Matteo não comprou.

Matteo era uma espécie de Edward italiano, ou assim Bella achava. Era ansioso igualzinho, ficavam se batendo antes das coisas darem errado e, quando davam certo, eles se arrependiam de quase terem perdido a cabeça.

Eu sei que sim, mas a música é nova e...

—“Nova” para nossos amigos e fãs – Bella brincou – Para mim essa música já está passada de tantas vezes que cantamos.

Era verdade, todo o intervalo coletivo que os membros da banda tinham, eles treinavam a música.

Bella— Matteo reclamou fingindo um choro.

Ele estava mesmo muito nervoso, estaria melhor quando Lucca, Bella e Bobby chegassem e sabia que, se convencesse a mandante, ela traria os outros dois sem nenhum problema.

—Escuta. Eu vou tomar banho, me arrumar, falar com Bobby e Lucca e nós vamos.

Boa, Bella! Sabia. Você é minha atual melhor amiga— falou provocando Tina que lhe enviou um dedo do meio.

—Pena que não posso dizer o mesmo, não consigo querer a amizade de gente que me acorda cedo – Bella brincou – Tchau, Tetteo, eu aviso quando estivermos saindo.

EU AMO VOCÊ— Matteo gritou antes de Bella desligar a ligação.

Antes de começar a se arrumar, Bella ligou para Lucca e depois para Bobby, os dois acordavam ridiculamente animados e os três combinaram de se encontrar na casa de Bobby às dez da manhã.

Já pronta e adiantada, Bella tomou um café reforçado e, quando já estava saindo, trombou com Emmett que descia as escadas da casa dos avós.

—Já está indo? – perguntou o grandão, também feliz de mais para a opinião de Bella.

—Infelizmente sim, achei que tinha me livrado da personalidade ansiosa do meu namorado, mas meu parceiro de banda é igual – ela reclamou e Emmett riu sabendo como a ansiedade de Edward era irritante.

—Vou com você para o Bobby, prometi a Bia que íamos ao parque.

Bianca era a irmã mais nova de Bobby. Ela tinha feito cinco anos, pertinho do aniversário de Emmett, e era uma criança adorável. Os olhos castanhos esverdeados e o sorriso com covinhas fracas o faziam lembrar da amiga deixada nos Estados Unidos e, sempre que possível, Emm cancelava uns compromissos para ir brincar com Bia, que adorava o amigo grandão que, muitas vezes, parecia ter a mesma idade que ela.

No Bobby, a mãe dele obrigou Emmett tomar café-da-manhã antes de ir. Lucca chegou pouco tempo depois, buzinando, e Bella e Bobby seguiram com ele para Milão.

Emmett ficou a manhã toda com Bianca no parque. Eles brincaram de pega-pega, fizeram castelo de areia, esconde-esconde, tomaram sorvete e tudo o que gostavam de fazer juntos. Quando o relógio marcou onze e meia da manhã, Emmett tirou uma selfie com a menina e mandou para a mulher em que ele pensava.

Emm: não sei se já te contei, mas encontrei sua Doppelgänger perdida pela Itália.

Isabella, Bobby e Lucca tinham acabado de chegar no apartamento de Tato e Tina. Quando entraram, Matteo quase cantou aleluia de tão feliz que ficou.

—Por Cristo, cadê a namorada desse menino? – pediu Tina já irritada com o amigo que ficou a manhã toda deixando o clima do apartamento tenso.

—Tina, você é muito estressada – Bobby disse deitando no sofá.

A ruiva lançou um olhar que fez o menino se encolher com medo.

—Ele está aqui desde às oito da manhã – ela disse com os dentes travados – Acho que estou sendo até que muito legal e calma.

Parecia que Tina ia assassinar qualquer pessoa que abrisse a boca então, por um tempo, todos ficaram quietos assistindo a televisão.

Lucca e Bella se ofereceram para ajudarem Tina no almoço, a ruiva parecia mais calma e, juntos, eles cozinharam para todos que estavam ali. Depois do almoço, correram animados para a faculdade onde puderam ensaiar algumas vezes antes do horário da apresentação.

Tina estava na audiência já, esperando a Italian Pack ser chamada enquanto mandava mensagens e mensagens para Camila. A loira chegou esbaforida, reclamando do professor de modelagem, Tina começou a ficar irritada por Camila, porque a amiga era muito boa e Tina queria que ela se impusesse mais, mas elas pararam de falar quase que instantaneamente quando a mulher que anunciava os alunos voltou ao palco.

—Otavio Marini e Matteo Bianco com a banda Italian Pack. Composição de Otavio Marini, Matteo Bianco e Edward Cullen. All This Love— ela anunciou e saiu do palco.

Bella sentiu seu coração aquecer com o nome de Edward ali no meio, Matteo, Lucca, Bobby e Tato suavam frio, mas subiram ao palco com ar de confiança.

Pensa que está no pub, é só o pub, Bella repetia para si mesma, morta de medo de estragar tudo.

Tato, Matteo e Bella estavam com guitarras, Lucca com o baixo e Bobby na bateria. Sorriram um para o outro antes de começarem. Bella cantou da melhor forma que pôde enquanto sentia seu coração batendo devagar ao pensamento que seu namorado escreveu aquilo, era como se Edward tivesse colocado em palavras tudo o que ela sentia.

Você encontra um caminho até lá e eu nunca irei perguntar. Eu irei te seguir, eu irei te seguir. Você será o céu noturno e eu serei as estrelas. Eu te seguirei, eu te seguirei.

No refrão, Tato fazia o backvocal de Bella, e ela sorriu para o amigo reparando como as vozes pareciam se completar. Tato cantava muito bem. Mais do que a letra, o arranjo musical num todo era bom e surpreendeu muitas pessoas ali. Era uma música leve e facilmente decorada.

Há todo esse amor, se você precisar dele— eles repetiram algumas vezes pelo refrão.

Bella soltava umas palmas de acordo com o refrão e, com o apoio de Tina e Camila, logo o auditório começou a acompanhar ela.

Você pega a estrada e eu irei junto. Eu te seguirei, eu te seguirei. Traga-me o oceano e eu lhe trarei uma canção. Eu te seguirei, eu te seguirei. Há todo esse amor, se você precisar dele— repetiram mais algumas vezes antes da canção atingir o pico e Tato cantou com Bella, mesmo não tendo treinado antes – Tudo de mim é tudo para você. Você é tudo o que eu vejo. Tudo de mim, é tudo para você. Você é tudo o que eu preciso— Tato e Bella sorriram um para o outro antes de voltarem a cantar, animadamente, o refrão.

Camila e Tina se levantaram, com os celulares gravando a apresentação desde o começo, e dançaram animadas de forma que não comprometessem seus vídeos. Ao fim da apresentação, assoviaram alto em meio às palmas do auditório.

Naquela tarde, Tato e Matteo conseguiram, mais que um apadrinhamento dos professores, mas alguns fãs nos alunos que assistiam às apresentações.

Futuramente, muitos diriam que aquele sim foi o começo da Italian Pack.


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Notas finais do capítulo

Apesar da animação do final do capítulo, em contraposição a aflição que deixei no anterior, esse capítulo guarda muitos segredos e entrelinhas.

Espero que tenham gostado, volto na segunda com mais um capítulo para vocês, dessa vez pela perspectiva de Rosalie...

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