about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 20
Até a dor se vai, quando o olhar é natural


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Capítulo de hoje pelo ponto de vista do Ed, vamos ver o que vai acontecer com os dois juntos de novo.

Espero que gostem!



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Capítulo 20 – Até a dor se vai, quando o olhar é natural

PDV EDWARD

As pequenas ruas de Pizzighettone me encantaram ainda mais quando a mão de Isabella se entrelaçou na minha. Sorri para ela e beijei sua cabeça enquanto eu deixava ela me guiar pelo caminho em que nós, e toda sua família, seguimos por um tempinho - seguindo a velocidade do avô dela.

Toda a família Giolo foi muito gentil e receptiva comigo e eu me senti bem ali naquele meio.

A casa da avó dela era tudo o que eu esperava depois de ver a arquitetura daquela pequena e adorável cidade. Escutei Emmett falando sobre como eu era romântico e essas coisa e fiquei rindo do meu cunhado.

As tias de Bella se lembraram de mim, os primos foram receptivos, mas não me lembrei de nenhum deles, entretanto não foi difícil juntar os nomes com rostos, e fiquei satisfeito ao perceber aquilo.

Quando chegamos à casa da avó dela, Bella ficou super consciente.

—Amor! – ela disse de repente – Viajou por quanto tempo? – ela perguntou preocupada.

—Treze horas, mas estou descansado. Cheguei em Milão ontem às... – olhei para Demetri e ele fez uma cara pensativa.

—Foi pouco depois das onze, certo? – ele perguntou a Heidi e ela assentiu.

—Não acredito nisso – ela estava meio brava, mas sorriu.

—Deve estar querendo um banho né, querido? – tia Renée perguntou.

Dei de ombros, eu tomaria um banho agora.

—Meu check-in na pousada é às duas da tarde, eu tomo banho lá – falei sem muita emoção.

Bella parou no meio da sala e dona Claire olhou-me como se eu tivesse xingado a mãe dela.

—Pousada? – dona Claire perguntou.

—Sim, é bem pert-

—Fique quieto antes que eu defira uma palmada em sua perna – ela disse brava e eu me calei instantaneamente, não sei até onde aquilo era uma piada – Tenho três quartos aqui, Bella está ocupando um, mas você pode ocupar qualquer outro.

—Não quero atrapalhar em nada...

—Menino, você veio dos Estados Unidos para não atrapalhar? Para com isso – Emmett zoou e o olhei com os olhos em fenda.

—Traidor – falei sem som e ele riu de mim.

—Não atrapalhará em nada, você fica – dona Claire disse.

Agradeci pela hospitalidade e fui com Demetri buscar minha mala no carro.

—Obrigado por tudo, mesmo – falei novamente e ele bufou.

—Já te disse que não foi trabalho algum e que eu te capo se machucar Isabella – ele falou como se não fosse nada de mais e entrou me abraçando pelo ombro.

Bella foi comigo para o andar de cima e ninguém nos seguiu, provavelmente nos dando um pouco de privacidade. Coloquei minha mala no quarto de solteira da tia Renée e ri vendo como tudo ali representava exatamente a essência que eu conhecia da minha tia.

—Eu sabia que ela tinha sido hippie— falei brincalhão.

Bella não riu, então olhei para ela que estava sentada na cama, abraçada aos joelhos. Sentei ao seu lado e peguei sua mão.

—Que foi, amor? Não gostou da surpresa? – perguntei amedrontado.

Comecei a me preocupar, perguntando-me se eu tinha forçado algo. Poderia ser, ela estava ali com a família dela e eu simplesmente cheguei antes de anunciar algo.

—Não seja bobo, estou mais do que apenas “feliz” por você estar aqui, só que ainda parece um sonho e eu acordaria muito chateada ao perceber que não é real – murmurou e eu ri.

Segurei seu rosto e puxei, levemente o cabelo da nuca dela, colando seus lábios nos meus da forma que eu queria assim que a vi socando espaço entre a pequena multidão da praça. Ela correspondeu o beijo numa velocidade impressionante e, antes que eu tomasse consciência de qualquer coisa ela estava sentada em meu colo. Nossas intimidades numa fricção alucinante. Arranquei o boné da cabeça dela e o taquei longe.

Não se esqueçam que tem gente na casa— escutei atrás da porta fechada e ri me separando dela.

—Vai caçar o que fazer, Jane – Bella ralhou e eu ri ainda mais.

Tirei-a do meu colo antes que eu realmente esquecesse onde estávamos.

—Gostou da música?

—É claro que amei, como sempre – ela sorriu e beijou meu maxilar – Como chegou aqui? Quando decidiu? – ela estava borbulhando de curiosidade.

Deitamos lado a lado na cama de solteiro e contei a ela sobre tudo.

A ideia tinha surgido antes de tio Charlie vir e comecei a pesquisar as passagens e tudo e tinha conseguido essa e paguei com meu próprio dinheiro para que meus pais não tivessem o que dizer. Fiz o CD para ela como forma de despistá-la e pedi para tio Charlie entregar antes, propositalmente.

—Tadinho do sargento, eu tinha certeza que ele só tinha se confundido – ela riu.

—Não, eu pedi. Foi quando contei para a minha mãe e ela não gostou nada sobre eu passar o natal longe, ainda mais quando Alice disse que também queria vir. Mas mamãe conseguiu convencê-la a ficar, meu pai me apoiou, como sempre faz... Alice e minha mãe demoraram em me perdoar, mas aceitaram depois – ele riu – Alice era pura inveja, claro, mas ela te mandou um presente de natal – contei.

Bella até tentou que eu entregasse o presente de Alice antes, mas neguei. Contei sobre o desvio que eles fizeram da viagem deles para me levar em Seattle, então Alice nervosa por eu atrasar em uma hora o caminho dela para uma viagem em que eu a abandonei, ainda mais vindo ver Bella.

Eu fiz uma conexão rápida em Paris e cheguei em Milão esperando Emmett, mas ele tinha conversado com o primo que achou melhor deixarmos para ir para Pizzighettone depois de descansar porque ele tinha trabalhado o dia inteiro e eu estava cansado da viagem. Pela manhã, Heidi chegou no apartamento e viemos. A parte da ideia de tocar na rua eu já tinha tido.

—Comecei a compor a música quando seu pai comprou a passagem para vir, e seria minha surpresa de natal para você, mas achei que eu também merecia um presente – sorri beijando a boca dela aberta com um pensamento a ser formado.

—Gostei disso porque ganhei duas surpresas – ela riu me abraçando.

Tínhamos passado tempo de mais separados. Isso não era bom. Senti minha animação crescer nela de novo e suspirei me separando.

—Enfim, cheguei na praça hoje e peguei o violão. Comecei a dedilhar e sua mãe chegou pedindo uma música, eu estava tocando para ela para aquecer a voz e começou a criar uma turma por lá, contei sobre nós e a minha ideia para todo mundo e fiquei só tocando sem cantar para não correr o risco de você perceber antes da música correta – expliquei e beijei o nariz dela me levantando da cama.

—Volta já aqui! – ela ordenou e eu ri.

—Tenho que tomar um banho – falei apontando para o jeans apertado.

Ela corou e sorriu de lado. Assentiu, controlando a respiração, e peguei uma troca de roupa. Ela levou-me até o banheiro, entregou-me uma toalha limpa e avisou que estaria no quarto dela me esperando para descermos juntos. Depois de banhado e trocado, guardei todas as roupas sujas na mala e segui mais para frente no corredor no quarto em que ela estava.

Escutei uma voz masculina e risadas, bati na porta que estava entreaberta e entrei encontrando Isabella com um menino loiro. Era o tal Robert e meu lado mais possessivo gritou dentro de mim. O meu bom humor e face leve sumiram no momento seguinte.

—Encontro você lá embaixo – avisei virando para sair.

—Ei – o garoto disse pulando e tampou minha passagem – Lembra de mim? Sou Robert.

—Eu lembro. Olá – sorri amarelo.

O garoto ficou meio sem graça, mas estendeu a mão. Suspirei e aceitei o cumprimento. Saí do quarto logo em seguida, desci as escadas encontrando a casa cheia. Foi mais fácil ser simpático lá embaixo. Não demorou para Bella aparecer com o amigo. Ela me lançou um olhar assassino e seguiu para a sala.

—Come isso – Emmett ordenou e eu experimentei o bolinho frito que ele ofereceu.

—Caralho – falei aprovando.

—Eu sei, a receita é minha. Acho que vamos vender no pub – ele contou.

—E como vai essa história? – perguntei, genuinamente, interessado.

Ele contou sobre a inauguração no ano novo e eu fiquei feliz sobre a perspectiva de estar aqui para aquele momento de felicidade para Emm. Ficamos conversando um tempo, o ajudei a picar uns temperos e logo a avó dele veio “ajeitar o almoço”, como ela disse. Benjamin e Jane foram ajuda-la e ela enxotou Emmett e eu da cozinha.

—Nem meus bolinhos eu posso levar? – Emmett perguntou chocado.

—Ah, é possível que eu deixe você encher a barriga de todos logo antes do almoço – ela disse com a voz carregada em ironia – nem comece com essas ideias, Emmett, vá distrair o seu avô – ela ordenou.

Eu ri da careta que Emmett lançou para mim, mas segui com ele para a sala. Sentei perto de Caius e comecei a conversar com ele. Ele era irmão de Demetri e eu poderia dizer, mais do que a aparência, mas a forma de conversar era bem parecida e gostei dos dois igualmente.

Bella estava rindo com Bobby e Alec de alguma história que eu não escutava, mas realmente queria.

Não pude deixar de reparar como parecia que o tal Robert se encaixava ali no meio daquilo tudo. Como se dava bem com a família dela como se já fosse um deles, como se dava bem com ela arrancando risadas e caretas a todo o momento.

—Você deveria estar lá – Caius disse.

—Não – falei rapidamente com medo de ser rude – Estou escutando o que você diz – falei sincero.

Ele estava falando sobre futebol americano, eu não gostava tanto assim, mas torcia. Era NY Giants desde criança por completa influência de Emmett já que meu pai e tio Charlie torciam, desde que eu me lembro, para o Florida Gators, Estado onde os dois, coincidentemente, nasceram.

—Sei que está – ele riu -, mas não foi para falar comigo que veio. Não consigo nem imaginar o que é ficar separado de alguém que gostamos. Metade porque não gosto de ninguém, a outra porque parece que vocês se dão muito bem – ele falou e dei de ombros.

—Conheço ela desde antes de lembrar de conhecer a mim mesmo – falei e ele riu.

—Então, vai logo lá – ele disse me empurrando e virou para falar com o avô dele que estava entediado olhando para tio Charlie e Eleazar conversando.

Pensei em ir um pouco no banheiro, eu queria que Bella me chamasse para me juntar a ela. Antes que eu fugisse, Emmett  colou na minha me levando para o outro lado da sala com o braço em meus ombros.

—Para apoio, maninho – ele disse e eu ri.

—... Teu cu – o tal Robert disse para Bella que começou a rir instantaneamente.

—É verdade, idiota – ela disse.

Parou de rir quando me viu perto.

—Quais as chances? – Alec disse sério – Edward, seja sincero – ele pediu me olhando e, algum lugar primitivo de mim, gostou de saber que eu era o assunto na roda de conversa deles – Você não compôs aquela música para Isabella – falou ridicularizando.

—Eu compus – falei sério.

Robert e Alec ficaram me encarando. Emmett começou a encher minha bola, disse que eu era um ótimo compositor e tal, até que Robert pediu uma prova e eu mostrei o bloco de notas do meu celular.

—Não é o bastante – ele disse ridicularizando.

—É onde eu escrevi – falei dando de ombros.

Ele bufou, mas antes de continuar falando o celular tocou e Bella fez careta para o nome na tela. Ele atendeu e eu percebi que se tratava da namorada dele.

Por que Isabella fez careta para a namorada dele?

—Eu volto mais tarde – Bobby disse e apertou a cintura de Bella, socou Alec e acenou para mim e para Emmett.

Tudo foi meio instantâneo, mas eu quase o empurrei para longe dela quando vi a mão na cintura da minha namorada.

—Ele é demente – Emmett disse e os outros dois riram.

Bella fez careta para mim e eu revirei os olhos para a falta de empatia que ela demonstrava por mim toda vez que eu sentia ciúme.

—Posso falar com você? – pedi irritado.

Emmett fez uma careta e Bella bufou. Alec saiu no melhor modo discreto, dizendo que checaria se precisavam de ajuda na cozinha.

—Isabella e Edward, venham aqui – tia Renée chamou no sofá.

—Um segundo – pedi sorrindo, ou tentando.

Ela pareceu perceber a tensão no canto da sala e não respondeu nada. Bella estava com o maxilar travado. Apertou minha mão na dela e nos levou para o lado de fora da casa.

Por um segundo esqueci que estava bravo, quando me deparei com o lindo jardim da avó dela, mas ao me virar para ela, seu rosto impaciente fez com que a minha mágoa voltasse. Porra, eu tinha viajado só para vê-la e ela já estava irritada.

—Qual é o seu problema? – ela perguntou.

—Qual é o seu? – devolvi no mesmo tom.

—Eu sabia, tinha certeza que o show começaria. Você não confia em mim – acusou – Poxa, não faz nem três horas que está aqui e já estamos brigando por essa imbecilidade.

—Não seja injusta – falei sério – Eu acabei de chegar, estava com saudades e...

—Nada. “E...” nada, Edward – ela cortou – Bobby é meu amigo, você foi super hostil com ele e por quê? Por ciúme, de novo, parece que estamos brigando sobre a mesma coisa de novo e de novo, sem parar.

—Tenta me entender?

—Não vou, não tem o que entender. Você tem que conf-

—Não é questão de confiança, Isabella. É insegurança. Você não entende, não é? – falei possesso porque não podia acreditar que estava brigando com ela – Ele se encaixa, ele está aqui, pode ficar perto de você e interagir com a sua família, se encaixa na sala da casa da sua avó como se já fosse da família – expliquei – Ele ganha por poder vê-la todos os dias, te fazer rir, beijar sua testa, apertar sua cintura que seja. E quanto a mim? Eu estou preso em um país longe demais, eu fico com o braço doendo de segurar o celular, eu bato uma para as fotos que você me manda – confessei irritado de mais para sentir vergonha.

Sua expressão era tão impassível que dei um leve pulo quando ela começou a rir muito alto.

—É verdade que tem me homenageado? – perguntou meio cheia de si se aproximando de mim.

Revirei os olhos.

—De tudo o que eu dis-

Ela calou-me com um beijo e eu sorri em seu lábio. Acariciei seu rosto e puxei seu pescoço – agora liberto de cabelo em razão do coque frouxo que ela tinha feito – para mais perto.

—O que isso significa? – perguntei quando nos separamos.

Ela queria que eu calasse a boca? Estava brava? Tinha entendido?

—Bobby é meu amigo e não passa disso. É você que eu amo e sinto a sua falta todos os dias. Gosto de estar por perto dele porque, de alguma forma, ele faz a saudade ficar mais escondida e, quando não consegue, ele simplesmente senta e escuta sobre minha saudade, sobre minhas memórias... Ele ama escutar histórias e deve estar cansado de escutar sobre você. Por que acha que ele pulou ao seu redor e tentou te abraçar assim que te viu? – eu não tinha percebido que ele o tinha feito – Ele já se sente seu amigo e, é tão gente boa que não tenho dúvidas que vocês dariam um bom par – ela sorriu brincalhona.

—E por que você não gosta da namorada dele? – perguntei, ainda inseguro.

—Ela é o maior pé no saco – ela contou bufando – É uma patricinha, chata sem fim que não o deixa em paz. Ela nem gosta dele, se quer saber. Não sei por que eles namoram – Bella disse desgostosa e eu ri.

—Eu amo você – falei e ela sorriu.

—Vamos levantar uma bandeira branca e prometer não brigar mais? – pediu abraçando meu pescoço e eu concordei prontamente.

Selamos o acordo com um beijo rápido, porque antes que pudéssemos aprofundar, tio Charlie apareceu pigarreando.

—Eba. Reencontraram-se, agora chega. Vamos almoçar – ele disse da porta de vidro e eu gargalhei.

Bella revirou os olhos e depositou um beijo casto em meu lábio antes de entrelaçar nossas mãos e nos levar para dentro da casa.

.

A véspera e o natal foram muito bons e passaram rápido de mais para mim, que estava contando cada pequeno segundo dos meus dias na Itália. Eles tinham tirado amigo secreto e meu cunhado, gente boa como era, tinha me dado seu papel e tinha comprado um presente para mim para que eu participasse, assim, saí com ele no começo da segunda-feira para comprar uma calça jeans para Isabella porque, sim, ele tinha tirado ela.

No dia vinte e seis de manhã, convidei Bella para passearmos e ela topou. Andamos abraçados pela cidade enquanto ela mostrava todos os lugares que mais gostava. Tomamos chocolate quente em um café bem bonito e aconchegante e então pedi para ela me levar em uma rua em específico.

—O que quer nessa rua? – indagou reparando que não tinha nada de mais ali.

A puxei até a pousada que eu tinha alugado um quarto. Claro, cancelei minha reserva quando dona Claire fez questão de me abrigar na casa dela, mas pensei que Bella e eu poderíamos usar um tempinho só para nós dois.

—Edward Cullen – falei para a moça da recepção quando ela pediu o nome da reserva.

Bella ficou estranhamente quieta. A moça nos levou até o quarto para, um minuto mais tarde, nos deixar sozinhos.

Não precisávamos falar. Eu não precisei explicar a reserva, mas quis ter certeza que ela tinha gostado que eu o tivesse feito.

—Não sei nem se mereço esse tanto de surpresa que você tem me feito nos últimos dias, sinceramente – ela riu.

Aproveitamos a tarde que foi só nossa e conseguimos matar um pouco mais da saudade acumulada. Já no começo da noite, Emmett nos ligou mandando que o encontrássemos no “Tommy’s House” que era o pub de Tom.

—Creio que, agora, você conhecerá todo mundo – ela avisou animada.

Tomamos um banho rápido, ou tão rápido quanto um banho conjugado poderia ser, e seguimos para o pub, já muito bem agasalhados. A porta do fundo estava aberta, como Emmett tinha dito que estaria e entrei lá dando de cara com um monte de gente desconhecida, Emm e Bobby.

Robert tinha virado Bobby, como o amigo que Bella previu que seríamos. Ele vivia na casa de dona Claire então não foi difícil para que eu pedisse desculpas e foi ainda menos difícil ele aceitar. Ele era mesmo muito gente boa e engraçado de mais.

—Chegaram – Bobby comemorou e tirou a mão de Bella da minha, entrelaçando meu braço no dele.

Bella bufou rindo e foi para o meu outro lado segurando minha mão. Bobby fez careta, mas não falou nada para ela.

—ATENÇÃO BANDO DE INÚTIL – Bobby gritou e eu comecei a rir.

—Eu te capo, garoto – uma menina falou em italiano.

Eu entendia o idioma, mas falava tão bem quanto uma criança de três anos de idade.

—Inglês, Tina, por gentileza – Bobby disse forçando um sotaque inglês – Esse é o sir. Edward Swan – ele disse alto – não me lembro do seu sobrenome – sussurrou só para mim e eu disse que estava tudo bem – É o cavalheiro da Bella, então o tratem bem – falou e o pessoal sorriu para mim.

—Olá, todo mundo – falei acenando.

—Okay, pensa rápido – ele avisou.

Tom. Tato. Marco. Tina. Camila. Matteo. Lucca. Emmett. Lisa. Foram os nomes que eu computei, não tinha certeza se sabia todos corretamente.

—Não vou lembrar-me de todos dentro de alguns minutos, mas prometo que irei fazer o meu melhor, mesmo assim, é um prazer conhecer a todos – falei sinceramente.

Eles se levantaram e começaram a me cumprimentar e a Bella, voltando a se apresentarem. Jane e Alec chegaram pouco tempo depois.

—Quais são as novas? – Alec perguntou.

Jane deu um selinho no Tom. O nome dele eu decorei porque era o amigo de Emmett, dono do pub.

—Ensaio da Italian Pack— o loiro abraçado à ruiva disse.

Os dois começavam com a mesma letra... Espera.

Italian Pack? – falei achando graça.

—Emmett – Bella disse e eu estreitei os olhos.

—Sabia que você e Jazz seriam muito covardes para levar meu legado, então passei a tocha para pessoas que realmente o querem – Emm disse dramaticamente e eu ri.

—Foi o covarde do Jasper – contei mesmo, que se dane.

—Eu sabia – Emm murmurou – Falta ódio naquele corpo magrelo – ele disse e eu gargalhei.

—De qualquer jeito – outro disse cortando meu assunto com Emm – Alguém deixou escapar que temos um compositor entre nós – qual era o nome dele?

Matteo.

—Ele é bom, Tetteo, eu estou falando – uma garota disse... Lisa. Um nome fácil.

Ah, a ruiva era Tina.

—E aí, americano? Quer mostrar outra composição? – Bobby perguntou e dei de ombros.

Timidez de palco nunca foi um problema para mim. Por favor, sou irmão de Alice, tínhamos que dividir algo além do sorriso parecido.

—Só entregar-me um violão – falei rindo.

Bobby correu para dentro, quando voltou entregou para mim. Arrumei para o tom que eu, normalmente compunha e parei olhando para Bella.

—Tem algum pedido? – perguntei e ela sorriu abraçando meu braço por trás do violão.

—Uma animada – a garota Tina falou e eu assenti.

Comecei a tocar Me apaixonando para eles. Bella cantou baixinho comigo e, mesmo eu pedindo para ela cantar mais alto, ela se manteve tímida, então cantei a parte dela também para todos escutarem.

—VOCÊ NÃO COMPÔS ISSO – Bobby brigou e eu comecei a rir.

—Não sozinho – confessei – Jasper fez umas partes da melodia comigo.

—Qual é a sua inspiração? – Lisa perguntou e eu sorri olhando para Bella que corou.

—Você era o que nos faltava – o outro amigo disse... Lucca.

.

Depois de poucos dias Bella e eu dividíamos nossos dias entre: ela e eu, nós e a família dela, nós e os amigos. Eu já sabia o nome de todo mundo.

Eles me mostraram umas letras de música que tinham, todas as originais. Eles começariam tocando apenas covers, mas logo queriam começar a cantar as deles.

Todas as músicas que me mostraram eram muito boas. Normalmente Tato que compunha com ajuda de Matteo e eu fiquei vidrado com eles. Tinha umas em italiano, mas a maioria era em inglês.

Dei três letras minhas para eles e os ajudei a fazer alguns arranjos, que eles melhoraram cem por cento. Era muito divertido e, por mais que as coisas estivessem correndo bem e de forma divertida, antes de eu poder parar, estávamos na véspera do ano novo.

Bati na porta do quarto de Bella, só faltava ela para irmos para o pub.

Entra — pediu e eu passei na porta.

Ela usava uma calça jeans apertada e uma blusa bonita. Vestia o casaco quando eu entrei e eu suspirei pesado.

—Está tão linda – falei e ela sorriu.

—O que foi?

—Não quero ir embora – falei sério e ela abaixou a cabeça.

—Não vamos pensar nisso agora, meu amor, por favor – pediu depois de um tempo e eu abracei sua cintura.

—Desculpa – sussurrei.

—Está tudo bem, mas vamos sofrer a saudade quando estivermos sentindo. Por enquanto eu estou aqui – falou acariciando meus braços ao redor de sua cintura – Nos seus braços e é o que basta. Você ainda tem uma semana inteira – ela disse feliz e eu assenti.

—Você tem razão, como o usual – brinquei e ela beijou meu rosto.

—Amo você – sussurramos juntos.

 


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Notas finais do capítulo

Um capítulo bem bonitinho para quem sentiu saudades dos dois juntos.

Edward ciumentinho de mais, mas gosto dessa perspectiva de como eles conversam sobre tudo porque, antes de tudo, são melhores amigos.

Volto na quarta com um capítulo novo.



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