The Bulletproof escrita por Amelie Oswald


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho para vocês, espero que apreciem. Por favor não me deixem de seguir no twitter @mendigadosmares para saber sobre minhas fanfics e @hvlksmxsh para memes e afins. Boa leitura a todos ♥



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Os olhos esverdeados da agente Jude Phoenix estavam fixos sobre um ponto qualquer da parede de metal do avião. Ela batucava o portifólio que segurava contra a mão livre no ritmo de Don’t Worry Be Happy do Bobby McFerrin que ressoava nos seus fones de ouvido. Estava levemente ansiosa com a ideia de se reencontrar com o Steve Rogers, precisaria ser convincente para convence-lo a fazer parte da iniciativa Vingadores e ajuda-los a recuperar Clint, além do Tesseract. Porém conversar com o Capitão América era a última coisa que ansiava fazer. 

Há muitos anos atrás, antes de cair com o avião de caça e ficar congelado, Steve Rogers chegou a encontrar em algumas ocasiões a versão obscura da atual agente Phoenix. Naquela época Jude era conhecida por ser uma arma de destruição em massa, a melhor soldado da HYDRA, poucas pessoas que cruzaram seu caminho no passado permaneceram vivas para contar a história. Aqueles que sobreviveram, seguiram suas vidas carregando sequelas severas. 

Nada que Jude pudesse passar no futuro seria tão horrendo quanto o inferno que foi viver como soldado da HYDRA. Eles a controlavam e a torturavam de maneiras desumanas, tornando-a escrava de seus próprios poderes, utilizando dos seus medos mais profundos para ter domínio sobre ela. Assim como as pessoas que sobreviveram aos seus ataques no passado, Jude também saiu da antiga vida carregando sequelas e o medo irracional de voltar a ser quem era antes. Prometeu para si mesma que deixaria aquele passado para trás, principalmente depois que ingressou na SHIELD, que o esqueceria por completo como se tivesse sido um terrível sonho coletivo. Entretanto os eventos presentes estavam fazendo com que recordasse com frequência das coisas que insistia em esquecer. 

― Jude... ―A voz do agente Coulson, um dos seus melhores amigos, a trouxe de volta para realidade. Não sabia dizer precisamente quantas vezes foi chamada, mas por suas expressões fora mais do que três ― Você está bem? 

― Estou, desculpa. ― Ela piscou os olhos algumas vezes e forçou um sorriso enquanto retirava os fones de ouvido ― Estava refletindo sobre a vida.  

― Hey, como é mesmo aquela música? ―Perguntou Coulson apoiando a mão sobre o ombro da agente ― Lembrei. In every life we have some trouble but when you worryyou make it doubleDon't worrybe happy. 

― Eu fiz de novo, não fiz? ―Ela entortou o lábio e riu fraco em seguida. 

― Fez ― Assentiu Coulson compreendendo a pergunta. 

― Juro, estou bem ― Insistiu a morena desligando a playlist do celular. 

― Nós vamos recuperar o Clint, prometo ― Disse Phil acomodando na cadeira vazia ao lado da agente e a abraçando pelos ombros, tentando passar o máximo de conforto possível. 

― Se vocês não recuperarem, eu recupero. E do meu jeito não vai ter Loki que sobreviva ― Disse Jude cheia de fúria no tom de voz. 

― Agente Phoenix! Agente Coulson! Pousaremos em cinco minutos. ― Disse o piloto da aeronave atraindo a atenção dos presentes. 

― Obrigada, Firenze ― Agradeceu Jude prendendo o cinto de segurança ao redor do corpo ― E lá vamos nós. Sabe, Phil... Você gosta bastante do Capicolé... 

― Não vou trocar com você, ordens diretas do Fury ―Coulson a interrompeu antes que ela pudesse terminar a fase para convence-lo, ele sorriu divertido e prendeu o cinto de segurança ― Por mais que soe tentador. 

― Merda! ― Resmungou a agente entre os dentes, fazendo o amigo rir divertido. 

Quando o avião pousou no aeroporto, dois carros pretos e blindados estava aguardando os agentes para prosseguirem com suas respectivas missões. A morena despediu-se do agente Coulson com pesar, preferia tentar convencer seu velho e verdadeiro amigo Tony Stark do que explicar toda a situação para Steve Rogers. Por mais que tivesse alguns anos sem entrar em contato com o herdeiro das indústrias Stark e atual Homem de Ferro, ele a conhecia tempo suficiente para saber que não era uma ameaça e compreenderia o motivo do sumiço repentino da sua vida. Muito diferente do que, provavelmente, aconteceria em seu encontro com Steve Rogers. 

O breve encontro entre eles após o despertar do coma provou que era quase impossível uma conversa racional e serena, pois o Capitão América não havia permitido nenhum tipo de explicação vinda de Jude, socando a mulher durante alguns minutos no meio da Times Square. Até hoje ela evita passar por aquela parte da cidade, temendo que alguém olhe para sua cara e recorde a surra. Chegou a se colocar no lugar do Steve, também reagiria daquela forma caso encontrasse uma velha inimiga do passado, mas ainda assim não estava segura sobre conseguir convence-lo e conviver com sua presença acordado por mais tempo que cinco minutos. 

― Creio que não seja necessário falar o local ― Disse Jude cruzando os braços sobre o peito após ingressar no carro da empresa ― Fury deve ter dado ordens expecificas. 

― Sede principal de Nova Iorque, sem mudanças na rota ― Respondeu o motorista sorrindo para Jude no banco traseiro pelo retrovisor do carro. 

― Sabia ― Ela moveu as sobrancelhas e entortou o lábio. 

A rota foi silenciosa, em nenhum momento do trajeto Jude abriu a boca para conversar com o motorista. Estava focada nos prontuários que segurava, relendo cada informação e escolhendo as mais importantes para atualizar Steve sobre o problema. Ela fez uma careta quando parou sobre sua ficha, ela era um pouco maior que a dos outros membros da iniciativa Vingadores. O diretor Fury detalhou toda sua vida, desde quando foi torturada pela HYDRA até o momento que ingressou na SHIELD, tudo o que era necessário para provar que Jude não era mais uma pessoa má. Um suspiro escapou dos seus lábios ao ler o relatório, sentia-se exposta e ao mesmo tempo arrependida com seu passado cruel. 

― Chegamos, agente Phoenix! ― Avisou o motorista parando o carro na frente do enorme prédio, um local muito conhecido por ela. 

― Obrigada, Calebe ― Agradeceu a agente descendo do automóvel e ingressando no recinto com a cara fechada. 

Ela ficou parada alguns segundos na porta de entrada, tempo suficiente para checar as horas no smartwatch em seu pulso. No visor do aparelho brilhava vinte e três horas, nenhum minuto a mais ou a menos. Suspirando, ajeitou as vestes amarrotadas devido a longa viagem de avião, colocou o portifólio embaixo do braço e seguiu caminho pelos corredores. 

Enquanto caminhava torcia para que Steve estivesse dormindo, assim arranjaria tempo para encontrar outro agente que topasse fazer seu trabalho. Pois dessa maneira, as chances de se tornar um saco de pancadas do capitão américa pela segunda vez seriam baixas, quase nulas. Caso ele insistisse em ataca-la, não hesitaria em usar a arma de choque com alta voltagem que estava preparada e escondida no bolso interno da jaqueta. 

― Agente Phoenix, em que posso ajudar? ― Perguntou uma das agentes de plantão ao cruzar o caminho da morena, dando um breve sorriso. 

― Procuro o Steve Rogers ― Avisou Jude aproximando da agente com as mãos no bolso. 

― Está na academia a algumas horas ― Respondeu a agente apontando o caminho. 

― Escuta, você... 

― Não posso, desculpa. ― Disse a agente antes que Jude terminasse a frase ― Ordens diretas do Fury. 

― Puta que pariu, viu ― Urrou Jude gesticulando frustrada. ― Obrigada mesmo assim. 

Em meio a resmungos irritados, ela seguiu caminho e ingressou no primeiro elevador vago. Apertou com raiva os botões do painel, descendo irritada até o andar inferior do prédio que ficava localizado a academia. Assim que as portas de metal do pequeno cubículo foram abertas, os barulhos dos socos proferidos contra o saco de areia ecoaram por todo o saguão. 

― Pelo menos não sou eu dessa vez ― Murmurou a agente para si mesma e deu com os ombros. 

Antes de tentar uma aproximação, resolveu checar os pensamentos que incomodavam Steve naquele instante. Deveria ser o máximo profissional possível e cuidadosa, Fury não a perdoaria caso Steve se recusasse a ingressar no clubinho que a tanto tenho vinha programando. 

Os pensamentos do capitão não eram belos e, muito menos, agradável. As imagens eram compostas por momentos da guerra, de um passado tão terrível quanto o seu. Ficou levemente surpresa quando viu a sua imagem do passado refletida na mente dele, a imagem da velha Jude, uma assassina cruel coberta de sangue que atirava sem hesitar contra um pobre coitado no trem, fazendo o mesmo cair em desgraça para a morte. A imagem foi rapidamente mudada para a Jude atual, sem o antigo uniforme de guerra e com um corte de cabelo melhor, porém levando socos na cara. 

No instante que o último soco foi proferido contra sua face no pensamento de Steve, o saco de areia estourou quando foi atingido com força. Ela foi capaz de sentir a raiva que ele estava dela, sentia que aquele homem morto significava algo valioso em sua vida e foi retirado por ela. Com certeza Jude comportaria da mesma maneira caso acontecesse com um dos seus amigos, na verdade, era por causa disso que estava ali. 

Antes de aproximar de Steve, ela esperou o homem trocar o saco de areia. Tinha ordens a seguir e quanto mais rápido terminasse, mais rápido recuperariam Clint e o Tesseract. Tomando coragem, ela suspirou e abriu um sorriso falso, mas autêntico. Qualquer coisa atiraria nele no instante que corresse em sua direção para ataca-la. 

― Pelo visto alguém perdeu sono ―Zombou Jude aproximando do rapaz. Ele parou de bater no saco de pancadas por alguns segundos e a encarou desconfiado. Antes de qualquer coisa, ergueu os braços em rendição e fez a saudação vulcaniana com a mão direita. ― Eu vim em paz! 

― Dormi por setenta anos, acho que preenchi minha cota ― Ironizou o Capitão América voltando a descer porrada no saco de areia. 

― Queria eu poder dormir pelo menos oito horas ― Ela comentou risonha, mas o outro manteve sério ― Com toda essa animação deveria tirar o atraso, sabe? Nova Iorque tem ótimos locais para aproveitar a vida noturna, cinemas, museus, Broadway. Sabia que fizeram um musical sobre você? É meio bosta e a atriz que escolheram para me representar era muito ruim, mas acontece.  Acho que mereci de qualquer jeito. 

Steve permaneceu a ignorando, estando concentrado em seus exercícios. A agente revirou os olhos, aquilo estava sendo mais difícil do que poderia ter imaginado. 

― Quando eu me livrei da HYDRA resolvi tirar todo o atraso perdido, meu amigo me ajudou. Eu celebrei ― Ela ergueu as mãos outra vez, como se comemorasse. Ofegante, ele olhou desconfiado para Jude ― Pelo amor de qualquer coisa. Fale comigo, caralho! 

― Quando fui dormir o mundo estava em guerra ― Steve parou de socar o saco de areia e começou a retirar as faixas das mãos ― Acordei e me disseram que ganhamos, mas não disseram que perdemos. 

― Todos cometemos erros. Sei que sou a última pessoa do mundo que deveria dizer isso... 

― Sei quem você é, Judith ― Steve guardou as faixas na bolsa e olhou com fúria para ela. ― Pode enganar os outros, mas não a mim. 

― Judith. Caralho, só minha mãe me chamava de Judith. ― Jude repetiu o nome fazendo careta, odiava quando a chamavam assim ― Você vai começar a me socar agora ou vai me deixar falar? ― Steve estava prestes a abrir a boca para dar uma resposta, mas ela o interrompeu ― Ótimo, vai me deixar falar. Escuta, não sou mais aquela Jude, não sou a assassina mais terrível desse mundo. Sou uma das mocinhas. 

― Você matou o meu melhor amigo... 

― Eu matei muita gente, Steve ― Ela frisou a palavra muita e ergueu o tom de voz ― Sei quem eu era, sei o que fiz e sei quem sou. Você não imagina o quanto tenho medo de voltar a ser aquela Jude, não sabe o inferno que foi a minha vida e como foi difícil me reintegrar na sociedade. Não sabe como é um inferno viver com todo mundo temendo você. Então não venha falando que sabe quem eu sou, pois você não sabe.  

― O que você quer? ― Ele perguntou parecendo menos enfurecido e sentando no banco. Seus olhos continuavam fixos sobre Jude, desconfiando de suas palavras. 

― Estou em missão. Infelizmente fui designada a você, imagine a minha felicidade ― Ironizou a mulher ainda irritada com o Capitão América e dando com os ombros ― Sabe como é, temos a mesma idade, viemos da mesma época... 

― Veio me levar para o mundo ― Ele arqueou uma das sobrancelhas. 

― Melhor, vim pedir para salva-lo ― Jude deu um breve sorriso e estendeu o portifólio para que lesse, abrindo exatamente na página sobre o Tesseract ―Lembra do nosso velho amigo? O Tesseract? 

― A arma secreta da HYDRA ― Assentiu Steve pegando as fichas. 

― Querido, eu era a arma secreta da HYDRA. Esse era o complemento ― Jude fez beicinho fingindo estar magoada. Steve olhou sério por cima do portifólio sem achar a menor graça no comentário ― Okay, foi muito cedo. Enfim, Howard Stark, aquele imbecil, encontrou isso no mar quando estavam procurando por você. Ele achou o mesmo que o Caveira Vermelha, que o Teseract é a chave para energia ilimitada. O que, com certeza, é algo que o mundo precisa. Energia limpa para variar. 

― Quem foi que roubou? ― Perguntou Steve com o semblante sério, assim como Jude, ele conhecia os riscos caso o objeto caísse em mãos erradas. Ele estendeu as fichas para que ela pegasse de volta, mas Jude deu um passo para trás, recusando o papel. 

― Isso é seu ― Ela apontou com o dedo indicador da pasta para a testa do Capitão América ― Agora, respondendo a sua pergunta, foi um deus nórdico filho da uma puta chamado Loki. Esse cretino é de Isengard, não, Asengard. Isso. Já assistiu ao filme do Máscara? 

― Não ― Respondeu Steve rispidamente ― Devo assistir? 

― Esquece, era para entender a referência. ― Ela moveu os ombros com desdém e entorto o lábio ― Ai, Rogers! Se não tivesse me socado, talvez eu lhe mostrasse alguns prazeres do mundo moderno. Ele não é mais o mesmo de quando você foi dormir. As coisas estão muito diferentes, você se surpreenderia. 

― Do jeito que as coisas estão ocorrendo, duvido que algo me surpreenda ― Falou Steve ficando em pé e mantendo o portfólio em mãos. 

― Aposto vinte pratas que está errado ― Jude acompanhou os movimentos do homem com o olhar. Ele guardou o portfólio dentro da bolsa de treino e caminhou com ela até os sacos de areia, jogando um deles sobre a costa sem a menor dificuldade ― Sei que me odeia e tem todo o direito de me odiar, matei seu melhor amigo e, possivelmente, mais pessoas com a qual se importava. Mas verá que mudei, leia sobre mim. Na verdade, leia a porra do portifólio todo. Isso é maior que nossa rivalidade. 

Voltando a ignora-la, Steve caminhou com passos apressados e pesados até a saída da academia. Era visível a irritação em sua forma de agir e em seus pensamentos. 

“STEVE! Da pra me ouvir por cinco minutos?” Pediu a agente por telepatia, fazendo sua voz ecoar dentro do cérebro dele. Surpreso com o incidente, Steve virou para trás com um misto de fúria e surpresa estampado na face. 

― Não faça mais isso, é invasão de privacidade ― Repreendeu o homem franzindo o cenho. 

― Foda-se! Você não me deu escolha. Além de que não confio o suficiente em você para não fazer isso. Agora escuta aqui, cretino! O filho da puta que roubou o Tesseract também levou o meu melhor amigo. Então se você quer se vingar essa é sua chance, não me ajude a recuperar meu melhor amigo e será tão bosta quanto eu no passado ― Crispou Jude entre os dentes e caminhando irritada em direção ao soldado duas vezes maior que ela ― Leia a PORRA da ficha, reflita sobre a oferta. Isso é maior que o seu umbigo, isso é maior que nossa desavença do passado. Aquela Judith se foi, supera e foca no presente. E o presente tem a ver com recuperar o meu amigo e o Tesseract, além de salvar o mundo de uma ameaça maior. Não sei quem esse cara de Asengard pensa que é, mas vou matar ele. E depois venho matar você, pois se ele vencer, querido... A velha Jude volta, pode ter certeza disso. 

― Judith, tenho duas coisas para te falar. ― Steve emplumou o peito e engrossou o tom de voz, no mesmo instante Jude ficou na ponta dos pés. ― A primeira é, controle seu linguajar, não é bonito para uma dama feito você falar tantos palavrões. 

― Foda-se ―Jude sorriu sarcástica e moveu os ombros com desdém. 

― A segunda coisa é, deviam ter deixado o Tesseract no mar. 

― Acha que não falei isso para eles? Minha vida estava quase perfeita antes daquela merda ser encontrada. Nesse caso falo de você ― Urrou Jude. 

Revirando os olhos, Steve deu as costas e voltou a caminhar em direção a saída. Antes dele alcançar a porta do elevador, Jude voltou a entrar em seu cérebro com os poderes telepatas. “Estarei te esperando no aeroporto mais próximo, se não ajudar por bem, volto aqui e puxo você a força pelos pentelhos loiros que chama de cabelo. Sairemos as oito horas da manhã, não se atrase” Ele virou para ela, deparado com um enorme sorrio sarcástico na face. 

―Terceiro, pare de entrar no meu cérebro ―Ordenou irritado. 

“Não confio em você, Rogers” Ela manteve o sorriso e acenou um adeus com a mão quando a porta do elevador fechava. Ao ter certeza que Steve estaria longe o suficiente, ela sentou no banco de madeira e coçou a nuca enquanto soltava um palavrão. 

―Porra! 

― Judith! ― A voz do diretor Nick Fury ecoou do seu Smartwatch, provando que o diretor da SHIELD bisbilhotava sua conversa. 

― É, Jude. Já falei isso quinhentas vezes, Blade caolho ― Retrucou a agente ligando o holograma, fazendo um pequeno diretor Fury aparecer sobre o pulso ― Bisbilhotar conversas alheias é crime, invasão de privacidade o nome. 

― Pelo visto deu tudo certo. ― Disse Fury ignorando a ofensa e o comentário. 

― Segui as suas ordens, o Steve vai nos ajudar. ― Ela admirou o holograma azul e soltou um riso fraco. ― Até pequeno você assusta, odeio a sua onipresença. 

― No fundo sei que me ama, Judith. ― Nick sorriu sem mostrar os dentes. ― Vocês ainda serão melhores amigos. 

― Duvido. ― Jude revirou os olhos.  

― Lembre-se que eu disse a mesma coisa sobre a Natasha ― Disse Fury colocando as mãos para trás. 

― Falando na minha Soulmate, como foi a reunião com o Shrek? 

― O Dr. Banner concordou em unir-se conosco... 

― Por livre e espontânea pressão, suponho. ― Ela riu fraco arqueando uma das sobrancelhas ao interromper o diretor. ― Ai aí! Tantas recordações de quando fui convocada para a SHIELD. E o Stark? Estou em Nova Iorque, ainda posso me encontrar com o Tony. 

― Creio que na hora certa ele se juntara aos outros. ― Fury deu com os ombros. ― Fez um ótimo trabalho, Judith. Fique de olho no Capitão América e não o deixe mudar de ideia. 

― O que você não me pede sorrindo que eu não faça chorando. ― Jude ficou em pé e caminhou para a saída. 

― A frase não é essa. ― Disse Nick franzindo o cenho. 

― Foda-se! ― Ela desligou o holograma e retirou o aparelho do pulso, guardando o mesmo dentro do bolso. Com certeza aquela seria uma longa noite. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem, em breve postarei um novo capítulo. Mil beijos, com todo o amor do mundo, Amelie Oswald ♥



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