Wolfstar family escrita por Padfootly


Capítulo 3
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oie, A tia Pads trouxe mais um chapie dessa fic que eu amei muito escrever.



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Eles aparataram até o Largo grimmald nº12 juntos, ainda abraçados, e Remus sentou-se no seu sofá confortável enquanto Sírius foi até a cozinha fazer chocolate quente e pegar alguns biscoitos. Era a rotina mais gostosa que eles tinham. Quando o mais velho voltou com os chocolates quentes e os biscoitos em mãos, sorriu para a cena que achou de Rems enroscado num cobertor no sofá.  

                - Você lembra como nós éramos péssimos como pais no começo? -Remus riu. - Acho que pensei em te matar algumas vezes.

Padfoot se aninhou no seu marido e o beijou nos cabelos. O sentimento de nostalgia era tão grande que ele não conteve a pergunta.

                -Qual foi o momento mais critico que você realmente achou que eu nunca iria levar jeito para cuidar do Harry? – perguntou e Remus riu...

                -Eu realmente não se se foi quando....

Flashback

Harry havia começado a chorar no meio da noite, e Sirius logo acordou, assim como Remus. Eles haviam decidido colocar o berço do mais novo no quarto em que dormiam, por ser mais fácil de cuidar do garoto. Moony se dirigiu a cozinha para fazer o mingau, enquanto Pads se sentou, ainda meio adormecido.

                -Harry, colega. Por favor, cale a boca. – Ele resmungou, a voz ainda sonolenta.

O garoto continuou a chorar ainda mais alto. Sirius levantou da cama e o pegou no colo, balançando-o levemente.

                - Por favor, colega. – Pediu mais uma vez, ainda balançando ele, mas o choro continuava tão estridente quanto antes.

                -Okay, Okay. Por favor não me odeie por isso. – Murmurou apontado sua varinha para o garoto e falando. – Silencio.

Foi instantâneo. Assim que o feitiço foi lançando não havia mais o som do choro de Harry no quarto. O mais novo pausou de forma confusa, e Sirius o olho de forma esperançosa. O garoto então começou a gritar e espernear desesperado de forma silenciosa, e Remus entrou no quarto novamente com a mamadeira na mão.

                -Ele já parou de chorar? Perguntou confuso. Isso foi rá... – Foi então que, com uma olhada na cena, Moony entendeu o que estava acontecendo. Seu rosto foi dando lugar a uma máscara de fúria e ele falou, com seu tom um oitavo mais alto que o normal.

                -VOCÊ ACABOU DE...? EU NÃO ACREDITO.

                -NÃO ESTÁ MACHUCANDO ELE, MOONY. PARA DE ME CHUTAR. – Gritou o Black enquanto tinha o mais novo removido de seus braços e levava socos e chutes do seu noivo.

Flashback off.

— Ou se foi quando...

Flashback on    

Sirius estava com Harry na sala de jogos. O garoto tinha seus dois anos e eles estavam sentado no chão brincando com alguns bloquinhos quando Remus entrou no quarto.

                -Sirius... – O lobo pareceu que iria falar alguma coisa, mas logo mudou o rumo da frase ao se dar conta de algo. – O que é isso na testa do Harry?

                -O que? A cicatriz dele? – Sirius perguntou, e logo diminuiu o tom de voz. – Não fale sobre a cicatriz dele, Rems. Ele fica muito constrangido.

                -Não. Não a cicatriz, seu idiota. O que você colocou na cabeça do bebe? – Perguntou, já começando a ficar bravo.

                -Primeiro de tudo. – Ele começou entrando na defensiva. – Eu estou me sentindo insultado por você insinuar que eu faria alguma coisa com esse bebe maravilhoso.

Remus caminhou até o garoto e puxou seus cabelos do rosto deixando sua testa a mostra.

                -Em segundo lugar... – Sirius tentou continuar, mas foi interrompido.

                -VOCÊ TRANSFORMOU A CICATRIZ DELE NO LOGO DO AC/DC? – Gritou o lobo, agora extremamente irritado, e Sirius continuou.

                -Eles são uma banda incrível.

Flashback off.

Os dois riram, ainda se aconchegando juntos, Sirius lançou um olhar amoroso ao marido antes de falar.

— Eu realmente amava quando convencíamos o garoto a nos ajudar nas pegadinhas um contra o outro. – Lupin riu. -  Lembra quando você o convenceu a desenhar no meu rosto usando marcador permanente? – Os dois gargalharam juntos.

—Ou quando você fez o garoto cobrir todo o sabonete com esmalte transparente e, quando tentei usar, eu fiquei frustrado por não entender o motivo daquilo não fazer espuma. – Falou Remus fazendo com que os dois gargalhassem.

—Ok, eu preciso confessar algo. – Sirius falou. – Que acho que você nem desconfia. – Remus riu, mas fez sinal para que o outro continuasse.

—Eu fiquei realmente muito chateado pela primeira palavra do Harry ter sido “Moony” e não “Pads”. Eu sei que você nem imaginava, mas é isso.

Lupin gargalhou antes de responder.

—Como não imaginava, Six? Você ficou uma semana sem falar comigo depois disso e gravou num toca fitas você repetindo “Paddy” e colocou para tocar enquanto o Harry dormia até ele finalmente falar seu nome.

Sirius fez uma cara de indignado, mas logo caiu na risada.

—Você lembra quando decidimos mandar o Harry para uma escola trouxa primaria? – Remus perguntou com uma risada contida. E Sirius gargalhou. – Queríamos que ele tivesse contato com outras crianças. Mas ele era simplesmente muito respondão. Acho que a mistura dos genes de James e sua criação não ajudaram muito.

Flashback

Sirius e Remus haviam sido chamados na escolinha de Harry após a primeira semana de aula. Eles estavam sentados na sala da diretora, enquanto esperavam a professora do garoto chegar. Estavam preocupados achando que algo de muito grave havia acontecido.

A professora entrou na sala e sentou-se de fronte aos dois.

—Bom dia. – Começou formal.

—Bom dia. – Os dois responderam em uníssono.

—Aconteceu algo com o Harry? – Remus perguntou preocupado, no que a mulher lhe dirigiu um sorriso e logo começou a falar.

—Veja bem, senhor...?

—Lupin. – Ele respondeu. E a mulher acenou e continuou.

— É que Harry está tendo dificuldade com algumas palavras. -A mulher começou. – E não aceita quando tentamos corrigi-lo.

Diante do olhar questionador dos dois rapazes ela continuou a explicação.

                -Estávamos tendo momento de pintura em sala. Harry estava pintando um desenho, quando me aproximei e falei “Harry, é um desenho lindo, para quem você está colorindo-o?” o garotinho respondeu “Estou colorindo para meu Moony e Paddy”. Tentei explicar que as palavras certas seriam “Mommy e Daddy” mas ele simplesmente não quis ouvir. Começou a espernear e chorar, gritando “Moony e Paddy”. Ele não tem modo algum, é como se ele tivesse sido criado por lobos. – A mulher soltou de forma frustrada sem conseguir se conter.

Sirius e Remus tentaram manter a cara séria. Eles realmente tentaram, mas ao ouvir a última frase falada por ela, explodiram em gargalhadas antes de ver o olhar da professora e tentarem se explicar.

                -Eu sou Moony e esse é o Paddy – Remus disse, ainda com ar de riso. São apelidos que recebemos na escola e usamos até hoje. Nós somos os guardiões legais do Harry.

O rosto da mulher ficou avermelhado em compreensão, fazendo com que os dois rissem ainda mais e ela se retirasse da sala sem mais comentário algum.

Flashback off.

Os dois riram juntos, o garoto era realmente difícil de lidar quando era mais novo.

— Eu ainda não consigo não rir da sua cara quando lembro do dia que você tentou ensinar matemática ao Harry.

Flashback on.

—Ok, Harry. – Sirius começou de forma lenta. Os cadernos do garotinho de 5 anos estavam espalhados pela mesa. – Se você tem 10 biscoitos e o Paddy pede 5 biscoitos a você, com quantos biscoitos você ficaria?

—Zero. – Harry respondeu de forma rápida.

Sirius respirou fundo antes de falar:

                -Vamos lá, Harry. É matemática básica...

                -Porque eu daria todos eles para o Paddy. – Ele continuou de forma simples batendo palminhas. E o mais velho se lançou para ele o abraçando de forma sufocada, tentando manter as lágrimas nos seus olhos.

Flashback off.

Sirius riu.

                -Ele realmente é um menino doce. – O outro concordou com um aceno.

                -Você também é, Pads. Mesmo se esforçando para não mostrar isso.

Eles se olharam nos olhos e Sirius sabia que Remus estava lembrando de todas as vezes que eles saíram para ir ao parque juntos como família, de todas as vezes que Sirius leu “Goodnight, Moon” para Harry dormir e sempre dizia “Goodnight, Moony” no lugar de moon, fazendo com que Harry risse e Remus se apaixonasse ainda mais por ele. Das vezes em que Sirius trouxe Harry para dormir entre eles na cama após o mais novo ter um pesadelo, de todas as vezes que Sirius levou Harry para andar escondido na sua moto, e da expressão no rosto do mais velho quando Harry o chamou de pai pela primeira vez. De como ele chorou a noite com medo de James achar que ele estava tentando tomar o seu lugar, e do próprio Remus fazendo-o entender que também ser pai do Harry não faria James e Lily menos pais dele, ou faria com que ele os esquecesse. Ele sabia que Remus pensava nas vezes que Sirius havia se transformado em cachorro para que Harry dormisse abraçado nele, e nas vezes que Pads tinha cuidado de Remus após cada lua cheia e ensinado Harry a fazer o mesmo. E naquela troca de olhares eles sabiam que o amor que sentiam um pelo outro, que o amor que sentiam por aquela família, era simplesmente grande demais. Riram juntos e se beijaram.

                -Você é o mais doce de todos, Lupin. – Sirius falou, levando suas mãos já livres da caneca de chocolate ao cabelo do marido e as embrenhando lá num cafuné gostoso. – Obrigada por cuidar da gente.

*

Naquela mesma noite receberam uma carta de Harry lhes contando que, assim como Ron, ele havia ido para a Gryffindor e os dois mais velho comemoraram juntos com uma nostalgia da escola gostosa no peito, misturada com a saudade do filho. Demorou apenas um mês para receberem a primeira carta de Minerva informando sobre a detenção que Harry havia tomado por insultar o professor Snape. Coisa que fez Sirius ir ao beco diagonal comprar uma nova vassoura de presente para o garoto de tão orgulhoso que ele havia ficado, sendo repreendido por Lupin logo em seguida. Cada dia que passava eles se sentiam mais orgulhosos pela criança que haviam criado, e sabiam que tudo ficaria bem de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

Gente, sério. Eu amei escrever essa fic e tô bem desestimulada de postar. O contador mostra umas 18 pessoas acompanhando, uma que favotirou, mais de 60 acessos e não tem nenhumzinho comentário. Poxa vida :/
Isso me deixa muito sad.
Enfim.
Beijos



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