Mãe De Aluguél escrita por Chrys Monroe


Capítulo 1
Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! 

Estou de volta com mais um especial de dia mães e espero muito que vocês gostem dessa fofura aqui ♡

Era pra ser uma one, mas resolvi dividi-la em três partes, já que ela ainda está em desenvolvimento. 

Boa leitura a todos ♡

 



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Mãe De Aluguél - Parte I

 

 

 

"Querido diário... Queria tanto ter uma mamãe que me desse muito carinho, que lêsse lindos contos de fadas para mim todas as noites antes de dormir. Brincasse de boneca comigo, de casinha... Por quê não tenho uma mamãe como todos os meus amiguinhos da escola? É tâo triste não ter mãe, ainda mais tão perto do dia das mães, quando todas as mamães vão para escola ser homenageada pelos filhos. Dá tanta vontade de chorar..." 

 

Foi o que Edward leu no diário da filha logo depois de leva-la à escola. 

O ruivo de olhos verdes ficou com lágrimas nos olhos depois de ler o desabafo da filha única de seis anos. 

Edward Cullen sempre teve uma vida um tanto quanto complicada. 

Se assumiu gay para toda a família quando tinha dezesseis anos causando conflitos com seu pai, Carlisle, médico renomado,  mas como sempre recebendo o importante apoio de sua mãe, Esme, enfermeira-chefe de um dos maiores hospitais de Miami. 

Foi embora de casa aos dezoito anos e depois de fazer um curso, tornou-se corretor de imóveis. Teve alguns relacionamentos não muito duradouros e aos vinte e cinco anos decidiu que queria ser pai. Estabilizado na carreira, optou pela inseminação artificial e dois anos depois se tornou pai do maior amor de sua vida, Renesmee Cullen. 

Pai solteiro, teve que se virar para trabalhar e cuidar de uma bebê ao mesmo tempo.  Teve a sorte de contar com a ajuda de Esme e de sua irmã caçula, Rosalie, que sempre lhe apoiou em todas as suas decisões, até mesmo as mais difíceis.  

— Sabe como me sinto, Rosalie? Culpado! - Edward desabafou durante uma visita da irmã a sua casa que ficava em um bairro nobre da cidade - Queria muito que Renesmee tivesse uma mãe, mas o que posso fazer se nunca senti atração por meninas a ponto de casar e ter filhos? Pior é que minha filha ainda é muito jovem para conversar esse tipo de assunto com ela, é muito difícil explicar de uma forma que ela realmente entenda. - Falou fustrado, enquanto arrumava os brinquedos espalhados na casa pela criança, que era muito bagunçeira. 

— Não há solução para isso, Ed. - A loira de olhos claros deu de ombros - A não ser que você... - Calou-se mordendo os lábios, enquanto se ajeitava no sofá da sala de estar da casa do irmão. 

— A não ser o quê? 

— Tive uma ideia super maluca, mas deixa pra lá. 

— Ah não, agora que começou termine. - Edward insistiu sentando-se ao lado da irmã - Sabe o quanto sou curioso. 

— E se você arrumasse alguém pra fingir ser mãe da Renesmee por um tempinho? - Sugeriu ainda insegura. 

— Tipo uma atriz? - O corretor franziu a testa. 

— Isso mesmo, uma atriz. Assim a Nessie não passaria mais um dia das mães sozinha e ficaria muito feliz por ter uma mãe, mesmo que por pouco tempo. 

— Okay... Mas e depois? Eu contrato uma atriz pra fingir ser mãe da minha filha por um tempo e quando a atriz tiver que ir embora faço o quê? Invento que a mãe foi viajar pra terra do nunca? Sua ideia é extremamente maluca, Rose! - O Cullen riu da cara dela - E para piorar não tem chance alguma de dar certo! 

— Tem sim. Você poderia dizer que a mãe de mentirinha viajou para bem longe, que vai demorar a voltar. Depois, com o passar dos anos, quando Renesmee estivesse maiorzinha você explicava que ela é fruto de inseminação artificial e que você só inventou a mentira da atriz para deixa-la feliz.  

— Não posso mentir pra minha filha, Rose. 

— Então diga que a mãe dela está morta de uma vez. - Fez outra sugestão.  

— Estaria mentindo da mesma maneira porque não sei se a mãe da Ness está viva ou morta. Você sabe que tenho pouca informação sobre a dona da barriga de aluguél que gerou minha filha. E outra, nenhuma atriz com um pingo de dignidade aceitaria participar de uma farsa maluca dessas. - Suspirou - Só não queria ver minha filha sofrendo por tudo isso, entende? Quando decidi ser pai, não imaginei que essa parte seria tão difícil. 

— Já que não aceita nenhuma ideia minha, o jeito vai ser se conformar com isso mesmo, maninho. - Rose falou jogando uma almofada nele que mostrou a língua para ela e jogou de volta. 

[...]

Depois de terminar de arrumar a casa, Edward se arrumou para trabalhar. 

Trancou a porta e a caminho do carro, acendeu um cigarro. O corretor estava tentando parar de fumar há alguns anos a pedido da filha, mas em situações de estresse sempre acabava retornando ao antigo vício. 

O ruivo ligou o carro e passou a dirigir pelas ruas da cidade em direção a uma mansão que apresentaria a empresários locais. Mas para seu azar, o trânsito daquela ensolarada quinta-feira estava intenso e por isso, seu carro ficou no meio do congestionamento de uma das avenidas mais conturbadas de Miami. 

— Droga... - Edward resmungou olhando para fora do vidro do carro quando do outro lado da rua percebeu uma aglomeração de pessoas, ficando assim curioso - O que é aquilo? - Indagou com as sobrancelhas arqueadas. 

Sabendo que o trânsito não iria adiante por mais um tempo, o rapaz já na casa dos trinta anos estacionou e saiu do carro para ver o que estava acontecendo ali perto. 

Acabou dando risada ao perceber que a pequena aglomeração tinha sido causada por uma garota que estava se apresentando no local disfarçada de palhaça. 

Baixinha, magra e com um sorriso aberto e contagiante, fazia marabalismos com algumas bolinhas e tentava fazer mágicas que quase nunca davam certo, levando a pequena platéia a altas risadas. Ao seu lado, no chão, havia um pote onde as pessoas depositavam moedas ao fim da apresentação. Depois das palmas, todos começaram a depositar algumas moedas e sem graça, Edward levou a mão ao bolso do terno para pegar sua carteira e também depositar as suas. 

— Obrigada. - A morena de olhos escuros agradeceu sorrindo para o Cullen. 

— De nada, moça. - Edward disse saindo, mas segundos depois deu meia-volta - Quantos anos você tem garota? 

— Vinte e quatro. Por quê? 

— Já se alimentou hoje? - Perguntou notando que conforme tirava a maquiagem com algodão, a jovem demonstrava estar bastante pálida. 

— Ainda não moço, mas vou contar as moedinhas pra pagar o aluguél da pensão onde moro, senão a dona Kika vai me despejar! E o que sobrar... Quer dizer, se sobrar irei a lanchonete aqui perto comer alguma coisa. 

— Quer que eu pague um lanche pra você? 

— Quê? - O rosto da garota mudou de expressão rapidamente após ouvir a pergunta - Não sou mendiga não, moço! Não preciso que pague nada pra mim, tudo o que compro pra comer é com o suor do meu trabalho! 

— Desculpa, não quis te ofender. - Edward ergueu as mãos para o alto, em sinal de rendição - Só tentei ser legal contigo. 

— E por quê está querendo ser legal comigo? - Colocou as mãos na cintura, ainda encarando o rapaz. 

— Porque pensei em te fazer uma proposta.

— Proposta? - A jovem deu um tapa na cara dele que tomou um grande susto com o ato dela - Não sou garota de programa, me respeita cara!! - Bateu o pé. 

— Que garota maluca! - Edward exclamou levando as mãos a bochecha avermelhada pelo tapa - Não ia fazer esse tipo de proposta não, eu sou gay, okay?! - Ela arregalou com os olhos com a informação - Mas quer saber? Vá para o inferno garota! - Xingou dando as costas para ela e saindo a passos largos. 

— Ei, espera! - A menina correu para alcança-lo - Me desculpa, é sério. - Pediu sem graça. 

— Hum... - Edward olhou para os lados - Quer ou não quer o lanche? 

— Quero sim. - A jovem confirmou sorrindo. 

[...]

— Você estava com muita fome mesmo, hein? - Edward notou após ver a garota comer mais de dois sanduíches na lanchonete. 

— Estava mesmo. - Respondeu de boca cheia - Mas fala aí, qual a sua proposta? 

— Então garota...

— Isabella. 

— Isabella.. - O ruivo sorriu - Meu nome é Edward Cullen, prazer. - Estendeu a mão. 

— Se minha mão não estivesse tão suja, juro que apertaria a sua. - Bella deu um sorriso amarelo, acenando em troca de apertar a mão dele. 

— Tudo bem. Continuando... Você é aspirante a atriz? 

— Isso mesmo! Um dia vou ser uma atriz de muito sucesso na Broadway, mas enquanto não consigo trabalho nas ruas como palhaça, essas coisas. - Respondeu mordendo mais um pedaço de seu terceiro sanduíche. 

— Você acha que é boa em mentir?

— O público nos paga para mentirmos e para isso, temos que ser muito boa mesmo em mentir, então acredito que sim. - Deu de ombros - Por quê tantas perguntas? 

— Porque preciso dos seus serviços como atriz. 

— Pra quê? 

— Como te disse lá na rua, sou homossexual. 

— Um desperdício, álias. - Bella comentou baixinho.

— Quê?

— É que você é bonitão e tals. - Falou deixando o rapaz corado. 

— Er... Tenho uma filha pequena. 

— Ué mas você não acabou de dizer que é gay? 

— E daí? Uma coisa não impede a outra. - Bella coçou a cabeça confusa - Minha filha é fruto de inseminação artificial. - Explicou tirando do paletó uma foto da garotinha e mostrando para Isabella. 

— Nossa! Sua menina é tão linda... Parece até uma boneca! 

— É linda mesmo. - Edward sorriu torto, guardando a foto novamente - E quero que você seja a mãe dela por um tempo. - Sem entender absolutamente nada, Bella acabou engasgando com o sanduíche. 

— QUÊ? - Gritou mas diminuiu o tom ao ver que todas as pessoas presentes na lanchonete olharam pra sua cara - Está maluco? - Perguntou entre os dentes - Como quer que eu seja a mãe da sua filha?

— Você não se diz atriz? Quero que finja que é a mãe da Renesmee por uns tempos, entendeu?  

— Acha que ela vai acreditar mesmo que sou a mãe dela?

— Renesmee só tem seis anos, acredita até em duentes, quanto mais nesta história de ter uma mãe que é algo que ela sempre quis muito. - O ruivo analisou - Seria só por uns dias, para que ela não passe outro dia das mães sozinha. Minha filha é muito carente e seu maior sonho é ter uma mãe como os coleguinhas da escola e queria muito poder proporcionar isso a ela, mesmo que por tempo limitado.  

— E quando eu tiver que ir embora? O que vai ser da criança? - Indagou preocupada, tomando um gole de refrigerante.  

— Inventarei que você viajou para o outro lado do oceano, sei lá! Depois que ela estiver maiorzinha contarei a verdade e tenho certeza que Renesmee vai me entender.

— Não sei não... O que ganho com isso? 

— Uma boa quantia em dinheiro que com certeza vai te tirar das ruas e te dar uma vida melhor. 

— Você é rico? Pra ter tanto dinheiro assim pra me bancar. - Deduziu. 

— Não, mas tenho minhas economias e prometo que se aceitar minha proposta,  será muito bem recompensada. - Bella mordeu os lábios, ansiosa com a proposta - E aí? Topa? 

— Hum... Quer saber? Topo sim! 

 


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Notas finais do capítulo

E aí? 

No que acham que essa mentirada toda vai dar?

Querem que haja continuação? Se sim, não deixem de comentar e favoritar que posto o próximo rapidinho♡



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