The adoption escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 2




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Capítulo 2

Logo que Esme e Carlisle chegam na casa-abrigo às 15:00 procuram a diretora da instituição no escritório.

— Boa tarde – ela cumprimenta os recém-chegados. Certamente não sabe quem são nem porque estão ali. Não é a mesma que telefonou, pois se fosse, já saberia.

— Eu sou a Sra. Cullen – se apresenta Esme empolgada.

— E eu sou o Dr. Cullen – emenda Carlisle. – Viemos ver a garota que nos chamaram para buscar.

— Ah, sim – diz a mulher percebendo a euforia de Esme. – Pobrezinha! Tão nova e já teve que passar por isso.

— O que aconteceu com ela? – pergunta Carlisle, mas Esme também fica curiosa.

— O pai dela matou a esposa. É muito triste! Ela não tem parentes perto que pudessem ficar com ela nem parentes de longe que viessem buscar. Ela realmente tem muita sorte em ter vocês que queriam uma criança como ela. Lamentamos que não seja 100% como pediram ou totalmente saudável.

— Não tem problema, quero conhecê-la.

— Ele tentou fugir, mas a polícia conseguiu capturá-lo e ele foi preso. E o pior foi que a perícia constatou que a mulher estava grávida. Ela talvez ainda não soubesse disso.

— Oh! - o casal exclama em sintonia.

— Só peço que cuidem bem dela.

— Nós prometemos – dizem ao mesmo tempo.

— Tenho certeza disso, os senhores parecem um ótimo casal.

É exatamente devido a aparência humana que eles podem viver como pessoas normais em meio aos seres humanos – apesar da cor dos olhos que varia do preto intenso ao dourado brilhante.

— Obrigado/a – agradecem o elogio.

— Querem conhecer sua filha?

— Sim, por favor – pede Carlisle.

— O quanto antes – Esme parece que vai voar.

— Me acompanhem – diz a diretora se levantando da cadeira atrás de sua escrivaninha.

A mulher os conduz até o parquinho onde uma dúzia de crianças estão brincando:

— Corine – ela chama.

Uma menina que estava sozinha em um balanço se aproxima. Ela tem os olhos escuros e o cabelo de um amarelo escuro. Esme rapidamente se encanta por ela.

— Chamou tia? – a criança pede com uma voz maravilhosa e tão gostosa de ouvir em toda sua infantil inocência.

— Sim, você tem visitas.

Ela então olha para os dois desconhecidos e imediatamente sente simpatia pelo casal de estranhos:

— São eles aqueles que a senhora me disse antes que vinham me ver?

— Sim.

 Esme e Carlisle sorriem.

— Eles serão seus pais se tudo der certo.

— Eu vou me comportar. Eu quero, mas... – ela sente no coração mesmo jovem que não depende apenas de sua vontade.

Esme não resiste e afaga ternamente o rostinho da pequena.

Corine sente o toque gelado e dá um passo atrás, mas sem dizer nada.

— Desculpem ela ainda está traumatizada com o que houve – diz a mulher interpretando errado a atitude. – Nossa psicóloga vem trabalhando com ela.

— Eu também sou psicólogo – revela Esme.

— Ah que bom, ela vai mesmo precisar de muito carinho e atenção.

 

 Flashback on

Na semana anterior quando a menina voltou para casa depois da aula encontrou a casa toda bagunçada e ao entrar na cozinha se deparou com o corpo da mãe mutilado:

— Mamãe! Mamãe! – grita e chora em desespero sem saber o que fazer.

Uma vizinha ouviu os lamentos de Corine e vem acudir. Iria perguntar, mas vê o que aconteceu.  Pega a menina e tira dali depois liga para o socorro, mas os bombeiros já não podem fazer mais nada e apenas constatam a morte da mulher.

Ninguém ouviu nada como assim? Nenhuma briga, nenhuma discussão?

>>>Flashback off

 

— Já posso ir com eles pergunta a garota.

— Pode? – questiona a diretora aos candidatos a adoção.

— Sim – consente Carlisle.

Esme abraça Corine e pega a menina no colo. Carlisle alerta a esposa com o olhar. A mulher fica surpresa ao ver o que a senhora Cullen faz:

— A senhora é bem forte!

— Ah – diz colocando a menina no chão. – Eu fiz ginástica na escola.

— Bem, ela não é tão grande assim e além do mais a senhora parece jovem.

— Sim, eu tenho 26 anos.

— Precisa mesmo adotar? Ainda pode ter seus filhos.

— Eu não posso ser mãe – Esme informa. - Meu marido que é medico me examinou.

— Infelizmente eu também sou estéril – complementa Carlisle. – Não podemos ter filhos.

— Oh! – a mulher fica admirada, isso é mesmo uma lástima os dois serem incapazes. É uma coincidência muito infeliz.

(Ela acha que é acaso, mas não é. Os dois são vampiros e não podem ter filhos, digamos, pelo método tradicional.)

— Tenho certeza que os senhores irão cuidar muito bem dela.

— É o que mais desejamos agora, ter uma criança para amar e cuidar – diz Esme pelos dois.

— Ela vai precisar de muito amor para superar o trauma.

Os três vão ao escritório para arrumar alguns documentos e deixam Corine ainda no pátio esperando mais alguns minutos.

— Fique aqui querida, nós já voltamos para buscar você – diz Esme para a menina.

— Promete? – ela tem medo de que seja abandonada ali para sempre.

— Eu prometo – assegura a vampira.

...

Lá chegando a diretora da instituição explica como se dará o processo:

— Primeiro vamos deixar a menina com você por algum tempo, chamado período de teste e adaptação. Depois disso uma assistente social irá visitar vocês e verificar qual é a situação, se está tudo bem. Se estiver tudo certo os senhores poderão ficar com a guarda definitiva.

— Tenho certeza de que ela vai se adaptar muito bem! – exclama Esme.

— Mais uma recomendação: ao que tudo indica o pai dela também batia nela. Viram como ela é retraída?

— Sim, percebemos – Carlisle fala pelos dois.

— Por isso eu peço especialmente ao senhor doutor, não seja muito severo com ela.

— Eu prometo que jamais vou agredi-la – assegura Carlisle.

Não é o estilo dele nem poderia fazê-lo, pois como vampiro poderia feri-la mortalmente.

— Eu sei que os pais precisam ser firmes para educar, não estou dizendo que não possam, mas não seja rude.

— Nosso método de educar é o diálogo e a conversa, mais pelo exemplo e não pela intimidação. Respeito se conquista através das atitudes, não é algo que se imponha por medo. Isso é terrorismo psicológico! Jamais utilizarei autoritarismo e violência. Meu pai foi assim comigo e não quero repetir o mesmo com meus filhos. Eu sei o que provoca. Mais danos do que correção. Pode corrigir na hora, mas no futuro o impacto será indelével.

— Muito bem Dr. Cullen – aprova a mulher.

— Agora eu estou me lembrando, eu mesmo fui quem ajudou a mãe a ter a filha. Eu mesmo fiz o parto de Corine.

Esme e Carlisles se entreolham e sorriem. Ele não fez com a intenção de pegar a menina para ele. Carlisle já fez milhares de partos em toda a sua vida e nunca antes ficou com uma criança. Ela veio como um presente por acaso ou destino.

— Que coincidência! Ela é quase como se fosse sua filha – olha para a Sra. Cullen. – Me desculpe.

— Tudo bem – responde Esme para tranquilizar a diretora do orfanato.

Carlisle lamenta profundamente o que houve com a mãe de Corine e se lembra da atitude do pai dela quando a filha nasceu. Ele era um homem atarracado de aparência carrancuda. Parece que ficou decepcionado que a filha tenha sobrevivido após mais de um mês na incubadora. Provavelmente ele queria, preferia, que o primeiro filho fosse um menino e não uma menina.

...

Pouco tempo depois, chamam novamente Corine, dessa vez para ir para casa com os pais adotivos. Já estava na hora do crepúsculo, pois era inverno e os dias são mais curtos, anoitecendo mais cedo.

...XXX...


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