The adoption escrita por Angel Carol Platt Cullen
Epílogo
Janeiro de 2007
Um dia Esme e Carlisle estão no quarto observando a filha que ainda está em coma:
— Nenhuma mudança? – pede Esme para o marido. Ela sabe qual será a resposta, mas mesmo assim pergunta.
— Não. Acho que ela não vai mais acordar querida, a não ser com um estímulo. Eu lamento – Carlisle abaixa a cabeça com pesar.
Ele queria poder como médico salvar todas as pessoas com seus conhecimentos, mas nem sempre é possível e já deveria estar acostumado. Porém a morte não é algo com que possa se habitual como se fosse normal. Sim para os humanos deveria ser fácil se acostumar porque faz parte da condição humana a mortalidade, mas ele é imortal, virtualmente, e para ele é difícil aceitar. Ainda mais que não é qualquer pessoa, é sua filha que está quase morta e ao que parece não vai mais despertar do coma.
— Eu sei que você fez tudo o que podia querido – ela afaga o ombro do marido. – E ainda mais do que qualquer médico faria, eles já teriam feito uma eutanásia. Você fez tudo o que podia desde o princípio. Se há algum culpado sou eu. Eu é que não percebi o que estava acontecendo antes que você chegasse, que ela estava sangrando mais do que o normal.
— Não Esme, você não tem culpa de nada. Foi uma hemorragia interna, você não poderia notar.
— Eu deveria ter sentido a mudança no corpo de nossa filha. Achei que era normal devido à menstruação.
— Você é jovem querida, ainda não tem muita experiência. Não é culpa sua amor, não é culpa de ninguém. Ela sempre foi precoce. Me lembro do dia em que Corine nasceu. Queria poder compartilhar essa memória com você.
— Você me disse.
— Eu queria que você pudesse ver.
— Ainda acho que foi mesmo muita coincidência você ter adotado uma criança que ajudou a nascer.
— Foi o destino. Eu não induzi nada. Corine não foi a primeira nem a última criança que eu assisti ao parto.
— Sim eu sei, foi mesmo maravilhoso. É como se ela fosse predestinada a nós.
— Predestinada para quê? Fizemos tudo o que podíamos.
— Ainda não.
— Você quer dizer que...?
— Sim, eu autorizo, daqui a alguns dias. Não vamos desligar os aparelhos ainda, vamos esperar mais alguns dias.
— Está bem querida. Você não perde a esperança. Admiro muito isso.
— Eu quero muito ver nossa filha correndo por aí. O tempo me ensinou a ter mais fé.
Carlisle percebe que isso tem relação com seu reencontro em 1911. Ele é parcialmente responsável pela esperança da esposa. Ele também não esperava encontrá-la depois de tantos anos e em outra cidade, mas o destino os reuniu. Ou Deus é o destino?
...XXX...
25 de janeiro de 2007
Não aconteceu nenhum imprevisto e Corine ainda estava em coma como nos dias anteriores desde novembro de 2002.
— Não há mais o que fazer a não ser recorrer à transformação – diz Carlisle para Esme.
— Eu autorizo querido, faça o que for preciso para trazer nossa filha de volta.
— Meu amor eu não sei se vai dar certo, nunca antes foi feito isso para chamar uma pessoa de volta da inconsciência. O veneno pode deixá-la assim para sempre.
— Precisamos tentar, é nossa única chance.
— Você está mesmo disposta, querida?
— Sim, é nossa única possibilidade de ter novamente Corine viva. Eu quero isso e tenho um bompressentimento que vai dar certo. Você disse que ela precisava de um estímulo não pode haver estímulo mais forte do que de nosso veneno.
— Sim, mas tem certeza que é isso mesmo que você quer para nossa filha? Você sabe, Elizabeth, a mãe de Edward, não sabia o que pediu.
— Faça o que tem que ser feito, querido. Eu não suportaria viver a eternidade toda sem nossa filha. Uma vez que a tivemos não posso mais voltar atrás e viver sem ela.
Carlisle prepara uma seringa com seu veneno e injeta no soro que está ligado ao corpo da filha. Assim que o líquido penetra na corrente sanguinea da menina ela tem um espasmo e levanta, o primeiro movimento depois de vários anos imóvel.
...XXX...
28 de janeiro de 2007
Era madrugada quando a transformação de Corine se completou. Esme estava do seu lado enquanto Carlisle estava no hospital fazendo seu plantão. Todos pressentiram que era chegado o momento do despertar da mais nova integrante da família e se entreolharam em expectativa.
— Eu já vi esse dia há muito tempo, eu sabia que isso iria acontecer – comenta Alice.
— Corine filha acorde meu amor!
Quando a menina efetivamente abre os olhos, vira a cabeça na direção em que ouviu a voz e percebe a mãe do seu lado:
— Mamãe! – a garota se levanta da cama e corre na direção da mulher para abraçá-la.
— Filha! – Esme acolhe a jovem em seus braços.
Nesse momento Carlisle aparece, pois entrou na casa correndo assim que percebeu que a filha tinha despertado. Sua cronometragem estava certa e realmente ela acordou no momento em que previu.
Corine fica assustada com a chegada do pai. Não por causa dele, mas porque agora é uma vampira recém criada e se assusta com algo inesperado.
— Papai!? – a menina pede exclama abaixada em guarda como se tivesse algum perigo.
— Sim querida, sou eu.
— Por que eu fiz isso? – ela percebe sua reação e volta para perto dele.
— Agora você é uma vampira – Carlisle informa abraçando a filha.
— Eu não me lembro de nada. Não senti dor. Vocês me disseram que era muito doloroso. Na verdade parece que eu dormi ontem.
— Curioso parece que seu corpo já estava anestesiado devido ao coma.
— Que dia é hoje?
— Estamos em 2007 sweetie – responde Esme.
— Eu fiquei 5 anos desacordada?!
— Um pouco menos; estamos em janeiro e você entrou em coma em novembro – explica Carlisle.
— Então agora eu sou imortal? Que legal, era meu sonho!
— Sim, temos que ir caçar agora. Você lembra do que falamos para você sobre nossa dieta?
— Não exatamente – afaga o pescoço – minha garganta está ardendo.
— Você está com sede querida – diz Esme. – Vamos cuidar disso, não quero que fique sofrendo.
Corine pega a mão que a mãe estende e os três vão até a floresta perto da casa.
— muitas coisas aconteceram enquanto eu estive dormindo?
— Sim querida, estamos nos EUA.
— Uau!
— Como eu vim parar aqui?
— Trouxemos você com nosso avião particular – responde Carlisle.
— Oh! – a menina fica tensa ao sentir o cheiro de um rebanho de cervos que pastava ali perto.
— Sentiu, querida?
— Sim mãe. O que eu faço agora?
— Faça o que você tem vontade. Não precisa se refrear agora.
A jovem ataca o maior macho que era provavelmente o chefe do grupo.
Ela percebe que o dia está começando a clarear e o céu está passando do azul escuro para um tom róseo.
— O sol! – a menina grita alarmada.
— Não se preocupe querida – assegura Esme.
— A luz não nos machuca, criança – diz Carlisle.
— Lembra do que eu disse filha?
— Não mãe!
— Agora você vai ver o que acontece conosco quando a luz do sol nos ilumina e vai entender porque temos que morar em lugares nublados.
A pele de Esme e Carlisle começam a faiscar como se eles tivesses cristais de vidro incrustados no corpo:
— Oh! – ela fica estupefata.
— Você também está cintilando sweetie.
— Isso é deslumbrante.
— Por isso que temos que nos esconder nos dias ensolarados, se os humanos vissem ficariam espantados e perceberiam que não somos pessoas como eles – explica Carlisle.
...XXX...
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