Retornos & Reencontros escrita por Auto Proclamada Rainha do Sul


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hoje vai ser o último capitulo da semana, pois viajo amanhã bem cedo para uma casa onde não tem internet e só volto domingo a tarde (chego 20 ou 21 horas, ou seja, em cima da hora para assistir GoT e dormir), por isso só volto a postar segunda.
Mas vou continuar escrevendo nesses dias!

1 - Esse capitulo vai ser mais voltado para Sansa, mas no próximo já voltamos para Ponta Tempestade

2 - O próximo capitulo ta com putaria pesada, to tentando diminuir para +16, mas ta dificil



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Era uma manhã bonita de sol. Uma das poucas após a morte recente da rainha. Jon ainda parecia estar se recuperando da perda de Dany e isso já fazia quase 3 mesês e o rei ainda não se aproximara de Rhealla.

Ela estava com a princesa no jardim, aproveitando o sol da manhã. Sansa sempre gostara dos jardins de Porto Real, mesmo quando sua vida estava caindo aos pedaços na mão de Cersei e Jeoffrey. A maior alegria de sua vida foi o momento em que vira o corpo da rainha sendo retirado da sala do trono.

Sansa não estava esperando o que aconteceria naquele dia. Pela primeira vez desde sempre uma criada entrava correndo no jardim a procura da mão do rei.

— A Lady Sansa, que bom que lhe encontramos. — ela falou, um tanto quanto afobada. Era uma mulher muito acima do peso e subir e descer escadas, além de correr pelos intermináveis corredores da fortaleza — O rei Jon quer a menina.

Sansa apenas arregalou os olhos e segurou Rhaella mais perto.

— Bem, então eu vou levar ela até ele, onde está? — Sansa perguntou, encaixando a menina em seu quadril.

Rhealla ria em seu colo e segurava um de seus longos dedos com força. Os cabelos prateados já cobriam toda a cabeça com cachinhos cobrindo a cabeça e os olhos azuis que brilhavam iluminando o rostinho pequeno. Sansa balançou a pequena mãozinha, fazendo uma gostosa gargalhada sair da criança.

— Não se preocupe — disse a empregada, arrumando a roupinha do bebê — Ele virá até aqui para encontrar com vocês, essa criança precisa de sol.

Rhealla sorriu e um pequena bolha de baba se formando na boquinha. Sansa assentiu e então se sentou em um banco, brincando com a menina. Rhealla ainda era muito pequena para que as brincadeiras fossem muito mais do que algumas caretas para fazer a pequena rir e então ergue-la bem alto para depois soprar em seu peitinho, isso fazia a princesa rir de forma escandalosa, apoiando as mãozinhas no rosto da ruiva.

Jon chegou naquele momento. As duas meninas riam e os olhos azuis de Rhaella estavam voltados para ele, em quanto Sansa só olhava para o alto, sorrindo com os longos cabelos ruivas escorrendo pelas costas. Fazia anos que não via a irmã de criaçao sorrir daquela forma tão luminosa e feliz, como se não tivesse mais nada com o que se preocupar e se dependesse de Jon, ela não precisaria mesmo.

Queria que os outros irmãos também pudessem estar ali, com ele. Sentia falta de Bran que decidira ficar em Winterfell com Thromund, que agora era o mais novo castelão, mas principalmente de sua querida Arya, que não passava em Porto Real há muitos meses. Nunca quisera ser rei, mas agora que estava ali, não tinha escolha.

— O que foi, Rhealla? — perguntou a mulher, tentando chamar a atenção da bebê para seu belo rosto, mas então ela virou o rosto para a mesma direção que a menina olhava e finalmente vira seu rei.

Ela abaixou a criança, aninhando-a ao seu peito, antes de se curvar — Vossa alteza — os olhos focados no chão.

— Não precisa disso, Sansa — ele falou se aproximando da garota que ergueu o corpo e mordeu os lábios, antes de se sentar ao lado do irmão de criação.

Jon segurou os dedos da filha e então os balançou levemente, enquanto a menina ria para ele — Ela está enorme já.

— Sim, ela cresceu muito nos últimos dias — respondeu Sansa — Logo vai ser uma mocinha.

Ela não queria pensar no acordo. Não podia negar que já havia se apegado à menininha risinho e queria muito falar com Jon sobre seguir para o norte com a pequena quando ela chegasse na idade adequada.

— Você quer segura-la? — perguntou a mais nova, erguendo o corpo pequeninho e molengo para Jon que pareceu sentir medo enquanto segurava a bebê sob os bracinhos.

O rei tentou deixar a filha deitada, mas Rhaelha era geniosa e começou a reclamar, encarando Sansa com os olhos cheios de lágrimas. A nortista se aproximou do rei que havia levandado e apoiou a menina sobre seus ombros, guiando as mãos dele para a melhor posição de apoio pra criança.

— Não é nada pessoal, papai — ela disse, ao lado de Jon, limpando as lágrimas da princesinha, estavam muito perto e o rei não podia ignorar a forma como ela sorria mesmo com os menores gestos da criança. — Rhealla só gosta de ficar em pé. — ela sorriu, os dentes aparecendo sob os lábios carnudos e rosados.

Um pensamento pertubador passou pela mente do rei, mas ele voltou a atenção para a filhinha que estava em seus braços. Sansa incentivou que ele balançasse o braço para cima e para baixo bem de leve e isso fez a menina rir e agarrar o tecido de suas roupas.

Jon tambem sorriu. Ele mesmo não sorria desde a morte de Deanerys e não esperava que isso fosse acontecer tão cedo, mas estava ali com a filha e Sansa, aquela era sua família, uma parte pequena dela, mas era.

Foi quando Rhealla resolveu que era um bom momento para gorfar sobre o pai que nunca a via. Por sorte, Sansa já estava preparada para aquilo desde que a Ama largara a pequena com ela.

— Pronto — ela ria, mesmo limpando vomito e acariciando os cachos prateados — Essas coisas acontecem. Não quer me devolver ela?

— Você adoraria isso, não é? — o homem disse, virando o corpo para afastar a menina dos braços de Sansa com um sorriso, mas ela apenas o encarou com os olhos semi-cerrados e então Jon devolveu Rhealla para os braços de Sansa.

— Papai é um bobo — ela falou para a menina.

Dessa vez fora Jon quem se aproximara dela, quase abraçando a irmã de criação para acariciar a filha. Ela ficara encarando enquanto o rei brincava sua filha, aquilo era tudo que Sansa queria. Quanto mais Jon se aproximasse da menina, mais fácil seria convence-lo de mante-la por perto. Sansa nem percebeu que sorria, exceto quando Jon olhou diretamente em seus olhos e sorriu para ela.

— O que houve? — ele perguntou

— Vossa excelencia! My lady! — falou um rapaz entrando no jardim, com algumas correspondencias, muitas delas para Jon, mas uma delas — Essa é de Ponta Tempestade, My lady.

— Uma proposta de casamento? — Jon perguntara, esse era o único motivo pelo qual chegavam cartas para Sansa, mas de ponta tempestade?

Ela sabia bem o conteudo daquela carta, sem que precisasse abrir. Por isso se virou para Jon, sem realmente olhar para o rei.

— Não — ela procurou pelas criadas que sempre ficavam por perto — Eu preciso ler… sozinha — ela falou, ainda procurando alguém que pudesse segurar Rhealla e foi quando Jon se adiantou para segurar a princesa.

— É algum problema? — ele perguntou. Embalando a menina como Sansa havia lhe ensinado.

— Não! — ela respondeu — Mas depois falamos sobre isso.

Sansa não falou mais nada enquanto saia do jardim, sem olhar para trás. Logo as criadas entraram correndo. Esse era o bom de viver em Porto Real, onde sempre havia alguém para ajudar.


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