Jon estava andando para cima e para baixo no quarto que lhe havia sido designado. Ele já tinha chorado todas as lágrimas de seu corpo. Simplesmente não podia acreditar que Arya havia morrido.

Ele nem quisera ver o bebê depois daquilo. Apenas saiu da sala sem olhar para trás e foi para o seu quarto sozinho. Não estava esperando nada quando sentou na cama e chorou, mas depois de tanto tempo ele a tristeza passou para uma inquietude.

Um toque na porta de madeira chamou a atenção dele, mas antes que ele pudesse se erguer para abrir a porta a pessoa já havia entrado com seus longos cabelos ruivos e o vestido escuro esvoaçando a suas costas. Jon já estava de pé e sentiu o impacto do corpo magro contra o seu quando ela o abraçou de forma repentina.

— Ela está viva! — a voz falou contra o peito dele, mas Jon não entendia ao certo o que ela queria dizer com aquilo — Arya acordou!

Quando a noticia finalmente o atingiu ele não pode conter a felicidade. Apertando Sansa com mais firmeza em seus braços, ele a ergueu no ar, rodando-a e sentindo os dedos apertarem seus ombros com delicadeza.

Quando a ruiva sentiu os pés no chão, a primeira coisa que ela fez foi unir os lábios dela aos do rei que, mesmo sem esperar retribuiu o carinho, sentindo o arrepio familiar quando a prima lhe tocou o pescoço exposto.

A porta ainda estava aberta e quando Sansa se soltou dos braços do homem e a fechou com delicadeza trancando-a, antes de se voltar para novamente para o rei Jon, que apenas a encarava um pouco surpreso.

Ela novamente abraçou o homem e tocou-lhe os lábios de novo, mas dessa vez era diferente. Havia algo mais forte e incisivo dessa vez e um calor na forma como os corpos se enroscavam e se apertavam até que Jon perdesse o equilíbrio e derrubasse Sansa sobre a cama, cuidando para que não a esmagasse quando caiu sobre ela, os joelhos posicionados de cada lado do corpo.

Ele sabia bem para onde estavam indo, podia sentir ela tentando ajeitar o corpo sob o dele, levando o tronco para voltar a alcança-lo.

— Você tem certeza sobre isso? — perguntou o homem, encarando os olhos verdes de cima.

— Eu pensei sobre isso — ela respondeu, se sentando de frente para ele — Não existe ninguém nesse mundo que eu confie mais do que em você e eu não quero mais perder tempo.

Jon a encarou, acariciando a pele delicada e pálida da senhora do Norte, os lábios avermelhados e inchados pelo desejo.

— Você vai me pedir para parar se eu te machucar.

Aquela não era uma pergunta, mesmo assim a ruiva assentiu de leve, enquanto o homem se aproxima para mais um beijo, as mãos descendo pela base da coluna até encontrar os laços que prendiam o corpete do vestido, expondo a parte superior do corpo e a deixando nua.

Lágrimas vertiam de seus olhos enquanto e Jon reparou nisso antes de continuar. Ele beijou-lhe cada uma das lágrimas com carinho e delicadeza, tentando fazer ela se sentir amada acima de tudo.

— Você está bem? — foi a pergunta que ele lhe fez, se deitando ao seu lado e a trazendo para perto com carinho.

— Eu amo você — ela respondeu baixinho, como se isso fosse uma resposta, mas ela parecia incompleta, deixada no ar.

— Mas não precisa se machucar por isso — ele respondeu, tomando-a nos braços, o corpo nu colado ao dele — Eu vou estar aqui, ao seu lado quando estiver pronta — ele disse, acariciando os fios alaranjados — Nós vamos ter todo o tempo do mundo.

Ela sorriu, um sorriso curto, mas que iluminava a escuridão do quarto em uma felicidade genuína que parecia irradiar, mesmo sob a pele branca.

Ela se aninhou ao corpo dele, abraçando o peito dele e voltando a beijar os lábios de seu rei, que não demorou a puxa-la para cima de seu corpo. Sansa nunca havia ficado daquela forma antes, enxergando um homem de cima para baixo, tendo todo o poder e domínio sobre a relação.

Não sabia dizer se aquele era o plano de Jon, mas pela primeira vez ela se sentia bem por estar nua na frente de outra pessoa. Se sentou sobre o colo dele, permitindo que ele acompanhasse o seu movimento, mais beijos foram trocados no silencio acolhedor do quarto.

As mãos de Sansa percorrendo até a base da camisa do rei e por baixo dela, apalpando o corpo desenhado pelas inúmeras batalhas do último ano, mas foi o próprio Jon quem retirou a peça, deixando o peito nu em contra parte ao dela.

Ela nunca se sentira tão bem quanto como no momento em que os dois se beijaram sentindo o calor dos peitos colados, mas Sansa ainda não estava satisfeita com aquilo, ela tinha todo o poder em suas mãos e não queria desperdiçar.

Os lábios dela seguiram para baixo até o pescoço grosso e então andaram pelos ombros deixando pequenas marcas fora da vista. Jon se aproveito daquele momento para descer as mãos pelo corpo da ruiva, passando pelas nádegas e parando no joelho para ajeita-la mais perto.

Sansa sorriu, voltando a tocar o nariz dele com o seu e fechando os olhos antes de beija-lo. Ela queria tentar ir além e nenhum dos dois precisava falar sobre isso, o corpo de Jon também reagia, pulsando entre as pernas da mulher, mostrando o quanto ele desejava acabar aquilo naquela mesma noite, porém havia algo certo a se fazer e era esperar, ir com calma.

— Vamos dormir — ele falou com simplicidade, deitando-a ao seu lado e então a abraçando com carinho, as pernas entrelaçadas, os braços entrelaçados e as testas unidas.