Retornos & Reencontros escrita por Auto Proclamada Rainha do Sul


Capítulo 16
Capitulo 14




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Gendry estava segurando o bebê em seus braços fortes. Os olhos azul acinzentados do bebê brilhavam sob a luz de velas enquanto ele balançava o menino levemente, tinha nas mãos gorduchas um brinquedo que Sansa lhe dera. Ele acariciava os ralos cabelos negros quando foram chamar ele para ir ao quarto onde a criança nascera.

O quarto estava com todas as janelas abertas, o que ajudava a tirar o cheiro de dor e morte que havia estado por lá tanto tempo antes. Haviam várias velas pelo local e bem no meio, deitada na cama, Arya estava sentada com o corpo apoiado na guarda da cama.

A menina estava com os olhos cinzas abertos e um sorriso sério nos lábios. Uma camisola branca se mesclava com a cama agora limpa do sangue. Gendry retribuiu aquele sorriso ao se sentar ao lado dela.

Arya mordeu os lábios e acaricio a cabeça quase careca e se apoiou no ombro do amado. Era um menino forte e saudável, ninguém poderia dizer que aquela era a mesma criança que havia passado por tanta coisa para nascer e que quase morrera sufocado por ter o cordão umbilical enrolado no pescoço.

— Você quer pegá-lo no colo? — perguntou o homem. O garoto logo começou a chorar alto e estridente — Acho que ele está com fome.

Arya nunca havia pego um bebê no colo, ao menos nunca um tão pequeno e frágil como aquele, afinal ele quase havia morrido duas vezes durante o parto.

Mas esse não era o único motivo para hesitar em segurar o bebê. A verdade era que ela ainda não havia decidido se iria ou ficaria e não queria se apegar aquela bolinha que lhe dera tanta dor.

— O que ele comeu? — ela perguntou enquanto Gendry colocava a criança em seus braços da forma certa, com o tempo ela iria aprender a segurar o menino sem medo.

— Nada ainda — respondeu com simplicidade antes de escorregar as mangas da roupa da garota para que o menino pudesse se alimentar.

Por extinto ela o aproximou do peito e bebê fizera o resto. Era incrível como uma gengiva desdentada poderia ser forte, a dor nos mamilos de Arya era a agonizante, nem de longe era a pior coisa que já sentira, mas era uma dor significativa agora que todo o corpo parecia ter sido atropelado por 10 dragões.

— Dói? — ele perguntou, observando o rosto que se contorceu um pouco, ela apenas sorriu.

Gendry envolvera o corpo dela, acariciando os fios lisos e negros de um lado e lhe beijando o rosto com carinho. Enquanto tudo acontecia, Arya pensou que nada na vida poderia justificar aquilo, mas nesse momento em que estavam os três juntos… Ela não tinha tanta certeza de nada.

— Ele vai precisar de um nome — falou Gendry, afundando o nariz nos cabelos castanhos da mulher - Não podemos chamar ele de menino para o resto da vida.

— Pode ser menino, garoto, rapaz — ela respondeu de brincadeira, super consciente dos quase 3 quilos em seus braços, era um menino muito grande e disseram que essa era a explicação para a dificuldade do parto.

— Eu pensei em chama-lo pelo nome do homem que primeiro me procurou como filho de Robert — ele falou, encostando a cabeça nos ombros da mulher — Se não fosse por ele, eu provavelmente ainda seria um ferreiro sem sobrenome na baixada das pulgas.

— E como era o nome desse homem? — ela perguntou, não se lembrava de ter ouvido essa historia e certamente não sabia quem era aquele misterioso lorde.

— Nosso bebê poderia se chamar Eddard — ele respondeu com calma, finalmente olhando nos olhos cinzentos da mãe de seus filhos — Esse era o nome do lorde, Eddard Stark.

Os olhos de Arya se encheram de lágrimas, não eram sobre de tristeza ou dor como aquelas que soltara desde o dia anterior quando entrara em trabalho de parto.

— Eddard — ela falou, voltando os olhos para o bebê em seu colo, os olhos azul acinzentados abertos enquanto o leite escorria pelo canto dos lábios — Meu pequeno Ned.

Naquele momento ela percebeu que não adiantaria fugir, ela já havia se apegado ao pequeno Eddard, já havia se apegado muito antes de escolher o nome de seu próprio pai para aquele bebê.

— Eu levei um susto quando me disseram que você não acordara depois do parto — ele voltou a puxar um novo assunto, acariciando os cabelos finos e castanhos antes de beijar atrás de suas orelhas — Eu achei que você tinha morrido, que eu tinha perdido tudo.

Ela não respondeu. Ned havia parado de mamar e soltar o bico do seio antes de adormecer e Arya se ajeitou mais nos braços de Gendry, se deitando sobre ele.

— Você nunca vai me perder — ela respondeu, usando a mão livre para acariciar os cabelos negros grossos que logo estariam na cabeça de seu bebê — Gendry, eu te amo.

— Você aceitaria se casar comigo — ele perguntou enquanto a observava sob a luz etérea das velas ela parecia chocada com a proposta — Jon esteve aqui e ele ordenou que nos casássemos para que o pequeno Ned não fosse um bastardo — ele ficou quieto esperando por uma resposta que não veio — Eu não estou te pedindo para ficar, eu só quero estar com você pelo tempo que puder.

— Sim — ela respondeu sem pensar duas — Eu me caso por você, por nós e por ele. Eu vou casar com você.

Ele pegou uma das mãos dela e beijou com delicadeza antes de abraça-la suavemente, tirando o pequeno Ned dos braços dela e se levantando para coloca-lo em um pequeno bercinho que fora posto no quarto após arrumarem tudo, aquele fora um pedido de Gendry e também de Sansa.

— Onde você…? — Arya começou a perguntar, mas Gendry logo voltou para a cama e a abraçou, beijando a testa, as bochechas e os lábios, sem permitir que ela falasse qualquer outra coisa.

— Você precisa descansar — ele disse, aninhando o corpo da mulher em seus braços e encostando as costas dela em seu peito e beijando o pescoço — Quando você se recuperar nós vemos tudo isso.


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Notas finais do capítulo

E então? Me perdoaram pelo último capitulo?



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