O Senador Rebelde escrita por André Tornado


Capítulo 7
É preciso correr




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Ele queria muito fugir, mas num primeiro momento as pernas não lhe obedeceram. Os joelhos estavam como gelatina, demasiado moles. Arfava e sentia um calor medonho nas faces, mas não se descartou da sua capa. Quando a adrenalina se esvaísse, iria ter frio. O androide rolou pela rua e ele obedeceu ao comando da máquina. Começou, então e só então, a correr.

O seu destino era incerto. Achou que se corresse, em qualquer direção, seria suficiente para se afastar do perigo. Por isso fugiu até ao fim daquela via e quando deu por si estava rodeado por uma pequena multidão que assistia a um espetáculo de rua. Dois malabaristas que provocavam reações de entusiasmo. Tinha perdido Jotassete de vista. Não se importou. A sua ligação com o banco de dados era casual e provavelmente já teria terminado, assim que ele saíra da cantina. O que mais podia o androide fazer para protegê-lo?

Esgueirou-se por entre os corpos, recebeu algumas cotoveladas de protesto, pois julgavam que ele estava a tentar conseguir um lugar mais adiante para conseguir ver melhor os artistas que lançavam ao ar bolas e pinos, mas ele só queria ultrapassar aquela multidão.

Escutou um grito.

— Parem esse homem!

Era o soldado que saíra da cantina e tinha vindo em sua perseguição. Inacreditável! Mas o milium só iria desistir com a sua morte efetiva? Ou era o caso de os seus guarda-costas serem diligentes demais?

Teria de continuar a correr!

Esqueceu as boas maneiras e empurrou quem se colocava à sua frente. Ansioso e zangado, percebeu que tinha atirado gente ao chão, mas ele precisava de se escapar do soldado insistente. Escutou uma pequena explosão, muito perto da sua orelha direita e adivinhou pelo cheiro acre que lhe preencheu as narinas que havia sido outro disparo. Aconteceram protestos pela sua brusquidão, alguém lhe puxou pela capa que ele arrancou das mãos desse outro com um safanão, rasgando uma das pontas.

Correu, correu até os músculos das pernas lhe doerem, correu até ficar sem fôlego. Não sabia por onde estava a ir, mas não se importava. Tinha de ganhar distância do maldito que o queria assassinar.

O pensamento era tão estranho como um bantha nas neves eternas de Hoth. Ele era um alvo a abater, a vítima de um crime iminente, um quase cadáver. Dividia-se entre a raiva da noção incrível e a vontade de sobreviver.

Atropelou um sem fim de gente que se atravessou na sua corrida insana, pelas ruas daqueles bairros de Ferth, mas nunca parou para pedir desculpa ou para verificar os estragos causados. Se o fizesse, acabaria estendido no chão, derrotado, calado, exangue e, bem, bastante morto. Para gáudio do milium que precisava de continuar a ser o senador Heskey, de Corulag.

Escondeu-se numa esquina, atrás de uns contentores que albergavam uma colónia de ratazanas womp. Os bichos fugiram aos guinchos quando ele se espalmou num intervalo entre duas caixas metálicas de tamanho considerável. Teriam feito parte de algum cargueiro e após a entrega da carga, foram largados ali para enferrujar. Havia odores a podridão, a urina e a sebo. Ele sacudiu a mão junto ao rosto suado para afastar insetos que zumbiram próximo ao nariz.

Fixou-se nos sons das ruas, para perceber se estava livre de perigo e concluiu que era impossível discernir se o perseguidor continuava no seu encalço. Havia demasiado ruído para que as passadas pesadas das suas botas sobressaíssem daquela cacofonia. Aguardou um minuto, talvez dois minutos-padrão, hesitando sempre entre sair daquele esconderijo, ou ficar espremido entre os contentores.

A sua respiração normalizava depois de ter estado ofegante.

Talvez estivesse a salvo, talvez fosse uma ilusão, ele de repente já não queria saber. A sua melhor opção era deixar de correr. Aquele tinha sido o conselho de uma base de dados, pelas rugas do Imperador! E ele não fazia o que uma lata que armazenava informação lhe dizia para fazer. Pois bem, iria deixar de correr e seguir para o espaçoporto. Se teriam ou não passado as duas horas-padrão, ele não se importava com esse detalhe. Queria regressar ao cargueiro da pirata espacial, refugiar-se na arrecadação, prensar a cabeça entre as mãos e amaldiçoar toda aquela desventura.

Aconchegou a capa melhor sobre os ombros, movimentou o pescoço. Tentando ser o mais natural que conseguia, dadas as circunstâncias, dado o seu nervosismo, avançou por aquela viela imunda. Não quis regressar ao emaranhado das ruas principais, já que achava que o soldado andaria por lá, a esquadrinhar todos aqueles que seriam semelhantes a ele.

Amargurado, verificou que a sua vida se tinha tornado num lodaçal, numa lixeira desde que saíra de Coruscant, desde o fim do Senado Imperial. Ele não tinha procurado por nada daquilo, mas os acontecimentos empurravam-no para uma existência no limite da indigência e da criminalidade que ele abominava. Tudo lhe parecia sujo, negro, desgraçado, sem propósito. Se fizesse a pergunta, por que razão?, espantava-se com a falta de resposta. Pois ele não procurara nada daquilo.

Respirou fundo e arrependeu-se logo, ao inspirar os perfumes hediondos do local. Apertou as narinas com a ponta dos dedos e pôs-se a resmungar.

Caminhava normalmente e no fim da viela, desembocou noutra rua pejada de lojas e de gente que vogava de um lado para o outro à procura de divertimento e de negócios. Não se importou por estar de novo, teoricamente, exposto. Naquela fase de descrédito e de raiva só pensava na maneira de desmascarar o milium e de pagar o que fosse preciso para que o par de mercenários passasse a trabalhar para si. Ele tinha as suas poupanças, ele tinha uma família abastada, ele…

Ele não era ninguém, porque o milium lhe tinha roubado a identidade e estava a gastar os seus créditos em bebida e sabia-se lá o quê mais! Os mercenários tinham uma ordem e iriam cumpri-la sem desvios. Honravam os seus contratos e para eles o verdadeiro Heskey era quem lhes estava a pagar. Os seus protestos seriam em vão.

Sentiu um puxão na capa que lhe fez dobrar as costas para trás. Voltou-se indignado e a primeira coisa que os seus olhos azuis fixaram foi o cano de uma arma laser. Levantou os braços, enchendo-se de medo. Fora apanhado. Um dedo metido numa luva esfiapada fez-lhe sinal que avançasse até um recesso escuro de uma outra rua lateral, muito parecida à viela de onde tinha vindo. O seu agressor estava encoberto pelas sombras e não o conseguiu identificar.

Ele obedeceu e foi com algum alívio que percebeu que não era o soldado. Era um simples ladrão e estava a ser assaltado. Um homúnculo corcunda e disforme, com o crânio enrolado em trapos que lhe escondiam a identidade. Mas era um humano.

Muito bem, outro infortúnio para acrescentar ao rol das coisas más que ele colecionava naqueles tempos… Teria umas excelentes memórias para relatar. Depois de sair do Senado Imperial conheci um lugar chamado Ferth— uma espécie de epílogo trágico. Ou cómico, se ele conseguisse sobreviver àquilo sem grandes cicatrizes.

— Passa para cá.

— Passa para cá o quê? – perguntou ele, fatigado. Notou que a sua voz soara ligeiramente provocatória.

— Não te faças de difícil. A minha arma não está programada para atordoar.

— Não tenho nada comigo, companheiro. Fui largado em Ferth por um amigo idiota com quem bebi demais e que não soube honrar a nossa amizade. Quando despertei estava sem documentos, sem créditos, sem nave, sem casa e sem amigo. Completamente pobre e abandonado. Ando à deriva, a ver se consigo comprar uma passagem com algum dos contrabandistas que por aqui andam, mas até agora não tenho tido sorte. Vão ter de confiar na palavra de um triste homem sozinho e isso não é fácil, num planeta onde ninguém fala a verdade.

Ficou impressionado com a história que acabava de inventar – mas pronto, ele sempre fora bom nos discursos que fazia na grande assembleia política onde fora um dos senadores mais aplaudidos. As suas sobrancelhas agitaram-se, orgulhoso consigo mesmo. O ladrão soltou um pequeno resmungo, que demonstrou a sua incredulidade.

— Essa capa é de bom tecido.

— Oh!, não me vais querer ficar com a capa! Vou morrer de frio.

— Não me importo com isso.

— Com a capa posso comprar a minha passagem para fora de Ferth.

— Azar, meu caro. Eu também fui largado aqui e tive de me virar para sobreviver.

— Começaste a roubar…

O ladrão deu um estalo com a língua.

— Pois… Cada um resolve os seus problemas à sua maneira. Se não quiseres roubar, põe-te a mendigar. Mas garanto-te que não resulta. Vais morrer de fome.

Ele irritou-se e deu um passo em frente.

— Ora, seu…

O ladrão fixou-lhe o cano da arma no esterno e ele recuou, instintivamente. Pediu, impaciente:

— Dá-me a capa e vou-me embora. Se pode pagar uma passagem numa nave, então é uma excelente aquisição. Sempre tive olho para roupas boas…

Heskey cerrou os dentes. Iria mesmo morrer de frio sem aquele agasalho e ao retirá-lo iria revelar o bom corte do seu trajo, pelo que o mais certo, já que o meliante tinha olho para roupas boas, segundo as palavras do próprio, seria acabar todo despido, em roupa interior, numa apresentação lamentável.

No entanto, aquela arma laser apontada ao seu coração não o deixava com grandes opções.

— Julgava que te tinha pedido para que corresses, senador.

A voz sintética surgiu num momento particularmente tenso de silêncio, estava ele, devagar, a lançar mão à dobra da capa que passava por cima do ombro, estava o assaltante a mirá-lo ansioso, com o braço esticado para receber o seu saque.

O ladrão estremeceu e rugiu:

— Um senador?! Estavas a enganar-me!

Ele aproveitou a deixa do androide que, miraculosamente, rolava pela viela, a aproximar-se dos dois, intacto, num registo que ele arriscava de salvador e disse:

— Creio que preciso de correr mais, Jotassete. Mas não consigo conceber como, nesta fase em que a minha corrida foi interrompida.

— Devo continuar a proteger-te, senador.

— Por favor, Jotassete! Eu não irei atrapalhar a tua missão. Protege-me, protege-me!

— Um senador?! Então tens mais do que essa capa, maldito!

— Já conheces o meu androide?

O ladrão deu meia-volta e apontou a arma a J7-21. Gritou:

— Parado! Ou rebento-te com a carcaça!

— Jotassete, deves obedecer. Este senhor está determinado em assaltar-me.

O androide parou. A arma voltou a estar-lhe apontada e Heskey mostrou as mãos.

— Tem calma, meu caro…

— Um senador é rico.

— Um senador vive do que lhe paga o erário público de Coruscant e, neste momento, após o decreto imperial que impôs a dissolução do Senado…

— Cala-te! Essa conversa está a cansar-me. Tira essa capa, despacha-te! Quero revistar-te!

— Oh, isso será um ultraje! Já te disse que não tenho nada comigo, só esta capa. Estou em viagem e fiz uma paragem inesperada em Ferth. Um planetazinho muito desagradável, se queres a minha opinião.

A arma imobilizou-se e isso era mau sinal. A paciência tinha-se esgotado e o assaltante estava a fazer pontaria. Não iria tolerar mais conversa e ele estava em apuros. Amarrotou a capa junto ao peito, para onde o cano negro apontava, certeiro. Iria arrancar a peça de roupa com dramatismo, com despeito.

Então, escutou-se um apito agudo e o ladrão estremeceu. Num movimento rápido, olhou por cima do ombro e ele, munido de uma coragem inédita potenciada pela adrenalina, pontapeou o outro. O ladrão desequilibrou-se, urrando surpreendido e disparou um raio laser que lhe passou rente à orelha esquerda.

— Mas o que…?

Tinha sido por pouco. O ladrão afinou a pontaria. Resmungando alguns insultos, tão de baixo nível que ele se sentiu chocado, voltou a apontar-lhe a pistola. Ele ainda abanou a cabeça e quando se encolheu, de olhos fechados, à espera da queimadura na pele pelo tiro que seria disparado, percebeu que algo se encostava às suas pernas. Olhou para baixo e viu o ladrão desmaiado, enrolado numa bola de trapos, a seus pés.

— O que foi… o que foi que aconteceu? – murmurou, desconcertado.

— Adormeci-o com uma descarga elétrica – esclareceu Jotassete, rolando para se aproximar mais. – Para fazê-lo apaguei um ciclo de registos, mas creio que ninguém vai sentir falta das fichas de cadastro de senadores que costumavam jogar com apostas altas, aqui em Ferth.

Heskey, ao ouvir aquilo, gaguejou:

— Eu estaria interessado…

Seria uma ótima informação para utilizar no futuro, se porventura fosse incomodado por um daqueles inimigos ridículos que colecionara, quase sem o saber na maioria das vezes, no Senado.

— Bem, paciência, Jotassete. Ajudaste-me. Obrigado. – Mordeu a língua após o agradecimento. Ele nunca gostara de privar com androides e agora estava a ser simpático para um deles.

— Será melhor continuares a correr, senador.

— A fugir. Prefiro fugir. Pareço um louco a correr pelas ruas desta cidade.

— O soldado continua à tua procura.

— Acredito que sim. Vou arriscar despistá-lo com inteligência, em vez de velocidade. Agora, vens comigo.

— Foste tu que te adiantaste, senador. Apenas demorei um pouco mais a alcançar-te, mas não te irei perder de vista.

— Claro, claro… – Depois compreendeu a insinuação. – Como é que nunca me irás perder de vista?

— Tens o intercomunicador no bolso equipado com um temporizador. As duas horas-padrão estão a esgotar-se.

— Oh, como sabes tu dessas coisas?

Julgou ter decifrado o enigma e sorriu de través.

— Mas, com certeza. Claro, claro… já descobri!

Voltou-se e deu um salto, ao dar de caras com uma segunda personagem que lhe barrava a saída para a rua principal. Os seus ombros descaíram, de puro desalento.

— O que foi agora?!!

Era outro humano, mas com um aspeto menos exaurido e maltratado do que o do ladrão que jazia sem sentidos no chão. E pelo menos não lhe apontava nenhuma arma. A ausência de uma ameaça, porém, não o fazia menos perigoso.

— Senador?

Resolveu fazer outra pergunta, desconfiado que estava de todas aquelas figuras que subitamente se chocavam com a sua ilustre, mas esgotada, pessoa.

— Conheces-me?

— Ouvi parte da conversa do androide. Uma unidade J7 é sempre muito… cordial.

Reparou num crachá desbotado de tecido, preso à lapela do casaco militar surrado. Era o símbolo do Império e o casaco era também uma reciclagem da farda de um oficial. Estaria na presença de um daqueles espiões imperiais mencionados à chegada a Ferth, mas achou por bem não perguntar. Iria confiar naquele homem, era a sua melhor hipótese, naquela ocasião, e ele não desperdiçava as benesses inesperadas. Era uma espécie de autoridade tosca, de garantia, uma escolta que o podia levar, são e salvo, ao espaçoporto. Declarou:

— Vais ajudar-me… Sim, sou um senador, legítimo representante do Senado Imperial e deparei-me com dificuldades em Ferth. A minha identidade foi roubada por um milium que está, neste momento, a arruinar a minha reputação numa cantina chamada “Fogo Rápido”.

— Um milium?

— Sim, uma daquelas criaturas dos subterrâneos que se apropriam das personalidades dos outros.

— Nunca ouvi falar.

Deitou uma rápida olhadela ao androide, estranhando a resposta do espião.

— És daqui? És de Ferth, meu caro? – indagou.

— Sim, nasci em Ferth, na colónia JK2.

— Oh… e não sabes o que é um milium?

— Devia saber?

O espião rasgou um sorriso no rosto e assentou-lhe uma mão entre as omoplatas.

— Meu caro senador, não deves dar ouvidos a lendas locais. Inventa-se com cada coisa… Vem comigo.

Deitou outra olhadela ao androide que não emitia qualquer som e isso causou-lhe estranheza. Resolveu não acusar a sua desconfiança – na sua situação não podia ser esquisito. Era aceitar o espião, malgrado o arrepio de alerta, ou continuar sozinho e já tinha percebido que estar por sua conta era infinitamente mais perigoso. Respondeu com um sorriso franco, tendo perfeita consciência que os seus olhos estavam opacos e sérios.

— Obrigado por me acompanhares – agradeceu numa voz melíflua. – Preciso de regressar ao espaçoporto.

— O espaçoporto.

— Sim, tenho lá… o meu transporte.

— Muito bem.

A mão que estava nas suas costas empurrou-o e ele avançou para a rua. Sentia-se desconfortável e inquieto, mas manteve o sorriso como forma de disfarçar os sentimentos que se agitavam no seu espírito. Enfiou os braços por dentro da capa e cruzou-os, cingindo-os ao corpo que arrefecia, por causa dos pressentimentos negros que queriam inquinar-lhe o espírito. Olhou discretamente para todos os lados e não notou nada de anormal na movimentada avenida onde se abriam um sem fim de lojas, um sem fim de negócios, clientes interessados, festeiros, transeuntes. Jotassete vinha a segui-lo naquele silêncio que lhe aumentava o pessimismo.

Notou que o espião tinha ficado para trás, olhou por cima do ombro.

— O que foi?

Chamava-o com um dedo e ele, ingénuo, foi ver o que se passava. O espião deu um passo para o lado e apareceu o soldado que o estava a perseguir, com a carabina laser apontada à sua testa. Um tiro impossível de falhar. E Heskey compreendeu a razão da sua inquietude e desconforto. Não descruzou os braços. O sorriso do espião alargou-se. O dele, obviamente, diluiu-se numa expressão de espanto e de horror.

Um brilho muito claro. O crepitar da faísca. O beliscão na pele.

Ele recuou um passo, firmou-se na perna esquerda que lançara para trás, as mãos a apalpar o corpo, em aflição. O seu coração ainda batia. Pestanejou e os seus olhos desanuviaram depois de terem estado momentaneamente ofuscados. E viu o soldado cair de joelhos, com um buraco aberto no peito. Viu o espião começar a fugir e a ser derrubado por um segundo raio laser. Caiu de borco, uma coluna fina de fumo a elevar-se das suas costas causticadas.

Gritos. As pessoas que estavam próximas do acontecimento debandaram numa berraria medonha.

O atacante estava nas suas costas. Ele saltou, girando o corpo para encará-lo.

— Ambarine!


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
Reencontro e salvamento.



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