O Senador Rebelde escrita por André Tornado


Capítulo 26
Entrevista




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Heskey foi levado para a Executor, um super star destroyer que era a nave bandeira da Esquadra da Morte, a armada pessoal do Lorde Negro, Darth Vader. Era a maior nave alguma vez construída pelo Império, com quase vinte quilómetros de comprimento, treze propulsores, mais de cinco mil turbolasers e canhões de iões, uma estrutura massiva de força que impunha o símbolo do Império Galáctico.

Ele julgava que não era possível existirem naves daquela envergadura até ver a Executor. Ficou boquiaberto quando, através de uma escotilha do transportador militar anfíbio, que o trazia da cintura de asteroides onde fora capturado, contemplou aquela massa de aço e engenho a flutuar no espaço. O casco em forma de seta apontada ao coração dos inimigos, a torre de comando trapezoidal à ré, o vasto convés coberto por uma cidade iluminada. A nave gigantesca afetava as outras que a seguiam e que se aproximavam, os corpos celestes que existiam na sua rota por causa da gravidade que criava.

Perante a Executor todos os sonhos murchavam e todas as ideias revolucionárias feneciam. Era impossível combater contra aquela afirmação de incontestado poder imperial. Heskey apertou as mãos uma na outra e dobrou o pescoço.

O nervosismo atacava-o, pois não sabia muito bem o que se seguiria, mas tentava, por outro lado, acalmar-se e procurar algumas soluções práticas que iriam permitir salvar-se de qualquer punição que lhe estivessem a preparar.

A sua mente lógica esquematizava os acontecimentos – Emile Omonda, Pesak, os caças TIE, meses no quartel-general da Aliança em Hoth, asteroide 777, o clã dos bothans. Com um discurso ardiloso e pungente ele conseguiria justificar todos esses passos e apelar à sua inocência. A confiança aqueceu-lhe o corpo frio. Nunca tinha sido algemado e fora tratado com uma indiferença estanque pelos soldados. Era essa a sua vantagem e iria aproveitá-la.

No hangar que o recebeu a bordo da Executor desenrolava-se a costumeira azáfama de uma pista de aterragem militar. Avisos sonoros, pequenas patrulhas de soldados a fazer a vistoria das instalações, reparação de naves, ordens seguidas ao pormenor sem permitir um qualquer desvio, confirmação e reconfirmação de folhas de serviço. Calibrações de armamento e de motores. Muitas continências batidas, oficiais e praças num encadeamento perfeito de hierarquia.

Foi novamente acompanhado pelos stormtroopers e, desta vez, pelo capitão. Depois de uma revista rápida – não lhe encontraram objetos comprometedores nos bolsos ou dentro do casaco, ele nunca andava armado e nada trouxera de Hoth – depois de uma subida num elevador tubular, entregaram-no a um outro capitão e aos seus soldados. Atravessou um corredor interminável, negro e tão polido que podia ver o seu reflexo nas paredes e no chão. Mais elevadores, senhas e contrassenhas, códigos que davam acesso a áreas restritas e deixaram-no, sozinho, por mais estranho que parecesse, pedindo-lhe que aguardasse. E foram essas as primeiras e únicas palavras que lhe dirigiram desde que entrara para a esfera da proteção militar do Império, para usar um eufemismo.

— Aguarde aqui.

Ele colocou os braços atrás das costas e decidiu-se a ficar completamente imóvel, no centro daquela sala vazia. À semelhança dos corredores, as suas paredes eram negras. A iluminação era fornecida por luzes azuladas, pelo que ali dentro existia um ambiente tépido e anestesiante. O zumbido constante da maquinaria que atravessava qualquer espaço cego daquela nave monstruosa, que necessitaria de uma energia quase ilimitada para viajar através da galáxia naquela majestade incontestada, associado à pouca luz, causavam-lhe sonolência e desnorte. Mas ele manteve-se desperto, contando mentalmente os buracos das vigas metálicas que sustinham o teto.

Havia seis vigas e ele repetia a contabilidade, variando aleatoriamente cada viga.

Primeiro a viga da sua direita, a mais afastada. Depois a viga à sua esquerda, ao seu lado. Passava para a viga atrás de si. E a seguir vinha a viga…

Uma porta deslizou para cima num som suave e impecável. Ele distraiu-se das vigas e dos buracos. Endireitou-se até ficar tão rígido que sentiu um esticão nos músculos que lhe ligavam os ombros ao pescoço. Pela abertura recentemente revelada passou um sujeito velado por pesada capa, tão escura como a sala, um gigante mascarado que não precisava de qualquer introdução. A sua respiração mecanizada e profunda, as suas passadas veementes, a sua presença severa entregavam a sua identidade.

Heskey pestanejou. Já esperava encontrar-se com Darth Vader, mas tê-lo ali, à sua frente, sem qualquer anúncio formal que pudesse prepará-lo mentalmente para o desafio, causou-lhe um enorme desamparo.

A maior surpresa, porém, foi ver Onca aparecer, pela mesma porta. O ithoriano caminhava normalmente, a alguma distância do Lorde Negro, sem sinal de estar a ser coagido. Os lábios de Heskey descolaram-se e ele forçou o maxilar inferior para cerrar a boca, não queria parecer um néscio capturado numa armadilha inesperada. Embora tivesse todo o direito de assim se sentir, já que a situação era imprevista, para além de estranha e de contraditória.

— Senador Heskey – disse Vader na sua voz grave e ameaçadora.

— Lorde Vader – devolveu ele, sem acusar a sua inquietação.

Olhou brevemente para Onca, que se postava ao lado de Vader. Impávido, descontraído, formal. Também não tinha sinais de que estava hipnotizado ou dopado. Agia como lhe era habitual – discreto, a aguardar a deixa para intervir.

 O silêncio derramou-se pela sala, como um líquido quente e ele começou a suar. Mantinha, contudo, o contacto visual com a máscara inexpressiva de Vader. Era complicado permanecer calmo naquele duelo surdo, mas não seria ele que iria render-se e debulhar-se numa confissão atabalhoada de uma culpa que ele, sinceramente, não conseguia sentir. Nada fizera de deliberado, a não ser interferir com a justiça de Curamelle e libertar um gotal inocente. Só responderia se lhe fizessem perguntas, só argumentaria se lançassem a dúvida. Nunca tomaria a iniciativa no debate.

O som das inspirações e das expirações de Vader eram irritantes.

E após a pausa programada, em que o calor ficava cada vez mais insuportável, foi Vader que disse:

— Creio que te sentes melhor, senador Heskey.

— Melhor… receio não estar a compreender.

— Longe do perigo.

— Sim… – Hesitou. Ele desconhecia o jogo, mas não iria revelar a sua ignorância. – Sim, não estou em perigo. Não aqui. – Abriu um sorriso forçado. – A Executor é magnífica, Lorde Vader. Não fazia ideia de que era possível construir uma nave desta dimensão e deste calibre. Que maravilha! Uma verdadeira joia na armada invencível do Império. Os meus parabéns.

A bajulação era asquerosa, mas o elogio não distraiu Vader.

— O teu assistente ithoriano desconhecia o teu paradeiro e por isso solicitou a ajuda da armada imperial. Para tua enorme fortuna, a Esquadra da Morte encontrava-se a realizar manobras nas proximidades de Iskarish e pude… responder ao pedido de auxílio.

— Oh… Estou profundamente grato, lorde Vader… por te interessares pelo meu caso.

Voltou a hesitar. Aquele ciborgue sinistro estava a comunicar-lhe que fora ele, pessoalmente, que interviera para que o seu encontro com Onca acontecesse e de Iskarish seguissem para Corulag. Disfarçou a sua confusão. Vacilava e estremecia, censurou-se interiormente por estar a revelar todas as fragilidades da sua mentira. Onca estava a portar-se melhor do que ele. Não lhe fazia qualquer sinal, contudo, para que melhorasse a sua prestação.

— Lamento que não tivesses aproveitado o auxílio inicial que te enviei, senador Heskey.

— Auxílio?

Uma segunda porta, secundária e mais estreita, abriu-se na parede que ficava à sua esquerda e por esta passou uma figura feminina, trajando como um tenente. Os cabelos estavam impecavelmente apanhados num carrapito junto à nuca e usava uma leve maquilhagem que lhe realçava a boca pequena e os olhos grados. Heskey reconheceu a espia imperial que o tinha interpelado no asteroide 777. Kiiara!

A mulher olhava-o de um modo insistente e provocador. Queria arrancar dele o seu derradeiro pedaço de autodomínio e de dignidade. Finalmente, a confissão imprescindível para desmascará-lo.

Por instantes, desesperou-se. Estava na antecâmara do seu julgamento por traição. Onca era uma testemunha dos seus crimes, aquela mulher faria o depoimento final e seria Vader que o entregaria à justiça que o condenaria.

Vader prosseguiu, naquele tom monocórdico e desconcertante:

— Infelizmente, foste raptado por um clã de bothans quando a minha agente se preparava para fazer contacto e extrair-te do asteroide hostil. A operação que se destinou a salvar-te, foi um sucesso, graças à persistência e diligência da minha agente. Deverás também agradecer-lhe a razão de te encontrares são e salvo a bordo da Executor.

Havia ironia naquela declaração? Era impossível saber devido à precisão do modulador de voz que ajudava Vader a comunicar-se verbalmente com o exterior. No entanto, tudo aquilo era uma mentira maior do que aquela que ele ocultava.

— Evidentemente. – Inclinou a cabeça na direção da mulher. – Muito obrigado.

Vader indicou o ithoriano com a mão esquerda enluvada.

— O teu fiel assistente contou-nos tudo o que aconteceu contigo. É para nós motivo de grande satisfação que te encontres bem de saúde, depois de teres estado desaparecido durante tanto tempo. A amnésia não te deixou informá-lo com maior antecedência onde te encontravas, daí que a operação de resgate só tenha ocorrido agora. Foste identificado na companhia de perigosos contrabandistas. Se não tivesse colocado a minha agente em campo, estarias ainda prisioneiro dessa gente de má reputação, com risco da tua própria vida.

— Certamente… lorde Vader.

— Se pretenderes apresentar os teus respeitos ao Imperador poderás fazê-lo, através de uma gravação holográfica que lhe será entregue. Creio que seria um gesto bastante agradável da tua parte, senador Heskey. No fundo, a tua boa saúde depende da generosidade do Imperador e não da minha.

— Oh, sim… Fá-lo-ei de imediato.

— O teu assistente irá indicar-te a sala de comunicações mais próxima. Se o desejares poderás ficar alojado na Executor, mas apenas por um dia-padrão. Estamos em manobras militares e a executar exercícios táticos, que não permitem civis a bordo.

— Compreendo perfeitamente, lorde Vader.

— O teu transportador está pronto para partida imediata, se optares pela saída para Iskarish.

— Obrigado. Irei considerar todas as hipóteses.

Vader movimentou o capacete negro que lhe ocultava o rosto.

— Já sei tudo o que precisava de saber, senador Heskey. O teu assistente foi… bastante útil.

— Oh, claro. Encontramo-nos ao serviço do Imperador.

Heskey dobrou as costas numa deferência, que usou para esconder o rubor que lhe subiu às faces. Reparou, de esguelha, no sorriso ladino da mulher. Como espia imperial estaria habituada a logros, dissimulações, subtilezas, diplomacias, espertezas e deslizes. E tudo aquilo seria bastante divertido.

Darth Vader girou sobre os calcanhares e abandonou a sala.

Heskey evitou respirar de alívio, para não assinalar ainda mais a sua culpa. A última frase de Vader ecoava na sua mente, em toda a sua duplicidade. Encarou a mulher que continuava a sorrir-lhe. Notou, pela primeira vez, que o lorde Negro não tinha mencionado qualquer nome, para além do seu.

Ele cruzou os braços, passou o peso de uma perna para a outra. Semicerrou os olhos.

— Então, jovenzinha… tens mais algum dado a acrescentar a esta entrevista tão interessante?

— Não, senador.

— Como te chamas? – indagou, fingindo uma curiosidade afetada.

A mulher riu-se, de boca fechada.

— Ah, senador. Tu sabes como me chamo. O teu amigo bothan decerto que te contou.

— Era uma amiga.

— Oh, um bothan fêmea. Que curioso! Sabes que os bothan podem cruzar-se com qualquer espécie galáctica? Até com os humanoides. – E pestanejou ao lançar aquela afirmação indelicada.

— Vou fingir que não ouvi o que acabaste de dizer.

— Então, chegou a ser… satisfatório? Para estares com tanto pudor.

— Eles estão todos mortos. Merecem o nosso respeito. Ou não te ensinam isso na escola de espionagem do Império? Respeitar os inimigos?

— Frequentei a mesma escola em que te ensinaram a arte da dissimulação, senador. Também vivi em Coruscant durante os meus melhores anos.

— Os meus melhores anos foram vividos numa cantina fumarenta, com um copo de whisky corelliano na mão, a saborear um excelente charuto cigarra, a tocar música, jovenzinha. Não presumas que me conheces, só porque participaste num qualquer esquema idiota para salvar a minha vida, a troco de um qualquer compromisso que me é totalmente desconhecido e, sobretudo, indiferente. Talvez tivesses usado toda esta peripécia para saldares a tua própria dívida. Sinceramente, não quero saber. Estamos num star destroyer, todas as paredes têm ouvidos. E lorde Vader está muito bem informado. Agora, se me dás licença… é aqui que nos separamos. Poderia ter-te conhecido melhor, talvez tivesse gostado de te conhecer melhor, se não existisse entre nós o massacre abjeto de um clã de bothans.

Estalou os dedos na direção do ithoriano e seguiu para a porta por onde saíra Vader. A mulher disse-lhe:

— És um homem que vale a pena conhecer, em qualquer circunstância. Senador.

Deixou-a sem resposta. Caminhava agitado pelo corredor.

— Onca, o que é que se passou?! – sussurrou agastado, penteando o cabelo nervosamente com a mão esquerda. – Espera, não me contes já…

— Posso contar-te… não é uma história muito longa.

— Primeiro, irei enviar essa mensagem a Palpatine. Leva-me à sala de comunicações.

— Por aqui… Senador, o meu transportador foi intercetado.

— Omonda?

— Sim. Ele não desiste. Sabe que escapaste de Pesak com alguém que é bastante importante para Vader. O juiz pretende conseguir mais favores do Império. Neste momento é o magistrado mais importante de Corulag. Preside ao Supremo Tribunal e tem sido bastante parcial nas suas decisões, favorecendo todos os corruptos que se mostrem leais ao Império, não importando se têm a lei do seu lado ou não…

— Espera… espera, o que disseste antes… eu fugi de Pesak com alguém importante para Vader?

— Assim é.

Heskey parou, inquieto com essa revelação.

— O quê? Vader está interessado… em Luke Skywalker? – De seguida, olhou para todos os lados, arrependido de ter cometido a inconfidência de ter revelado o nome do rapaz que era o melhor piloto da galáxia e um dos comandantes rebeldes.

— Podes mencionar esse nome à vontade aqui, senador – esclareceu Onca. – A Esquadra da Morte está a vasculhar a galáxia não apenas à procura do quartel-general da Aliança, mas também à procura de Luke Skywalker. É uma cruzada pessoal de Vader. Todos os almirantes da Esquadra sabem disso.

Recordou-se do sabre de luz do rapaz, da sua lâmina azul mágica. Ainda não era um Jedi, faltava-lhe o treino. Sentia a Força, mas não a controlava totalmente. Vader também usava um sabre de luz pendurado no seu cinturão que lhe apertava a armadura biónica na cintura. Vader perseguira os Jedi incansavelmente pela galáxia, alguns escaparam-se à sua ira demente e assassina que acabou por exterminar os cavaleiros que outrora serviram a República. Mas um Jedi ou mais do que um tinham conseguido iludir o lorde negro e fora esse que dera a Luke o seu sabre de luz. Se Luke tivesse o treino adequado, também se iria converter num Jedi e seria um poderoso adversário das trevas.

Heskey esfregou as mãos na cara, para afastar o torpor daquele turbilhão de pensamentos. Ele não percebia nada da Força, dos Jedi, dos equilíbrios cósmicos entre luz e sombras.

— Onca, meu amigo… não aceitarei a hospitalidade de Vader. Podemos partir de imediato, como ele disse?

— Sim, podemos. Tenho os códigos de saída.

— O plano mantém-se? Seguimos para Iskarish e depois para Corulag?

— É o plano de voo que está autorizado. Não podemos usar outra rota, Vader está a controlar pessoalmente esse plano.

— Muito bem. – Retomou a marcha. Respirou fundo. – Onca?...

— Sim, senador?

Baixou a voz, para um murmúrio quase inaudível:

— O que é que Vader sabe?

— Ele sabe de tudo.

— Duvido! – exclamou, desafiador. – Duvido que saiba mesmo de tudo. Ou neste momento a Esquadra da Morte estaria a dirigir-se para a fronteira entre a Orla Exterior e as Regiões Desconhecidas.

— Ele sabe o que precisa de saber.

As suas mãos seguraram nas abas do casaco, de uma cor tão clara que destoava daquele ambiente obscurecido do star destroyer. Era roupa talhada para a neve, bastava uma investigação rápida e até descuidada para inferir que ele estivera num planeta onde predominavam as temperaturas baixas. Botas forradas de pelo, calças grossas, blusa quente, casaco acolchoado. Aliás, todo ele suava debaixo daquela farda.

Pensou na espia – ela teria feito a dedução. Olhou para trás, mas a mulher não os perseguia.

Pararam em frente à sala de comunicações, um espaço aberto que ocupava uma plataforma elevada sobre um átrio onde passavam soldados, oficiais e androides. Um tenente veio recebê-los à entrada. Já estava à espera deles.

Heskey sentiu um arrepio quando foi tratado pelo nome. Postou-se no círculo de onde faria a emissão do seu holograma, relembrou as frases de cortesia que usava quando se dirigia a Palpatine. Sorriu, no seu melhor fingimento.

Vader nunca iria saber o que precisava de saber, pelo menos com a sua colaboração. Iria resistir. Ele saberia resistir. Alguma faísca rebelde tinha entrado no seu organismo, enquanto morria de frio em Hoth. Enquanto escutava a queda heroica dos bothans na caverna. E essa faísca iria manter-se viva e acesa, contribuindo para a sua reabilitação.

Ainda queria viver uma reforma aprazível e tranquila em Corulag, ainda queria escrever as suas memórias e ainda queria realizar o piquenique nas florestas de bambu de Kallis do Sul.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
A mulher impossível.



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