Magi Progenie - A Origem da Magia escrita por Child


Capítulo 5
Capítulo 5 - O Chamado


Notas iniciais do capítulo

Tive que dividir esse capítulo em duas partes, ele acabou ficando grande demais e para não cansar vocês decidi transformá-los em dois capitulos diferentes.

Espero que gostem.



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A noite avançava devagar naquele hemisfério, Kalythea encontrava-se em seu quarto como todos naquele castelo, mas diferente deles ela não estava na cama e sim visualizando a bela vista noturna da clareira dos ipês da sacada de seus aposentos. Estava sem sono, algo a impedia de dormir naquela noite, embora já tivesse tentado porém tivera um sonho estranho com uma voz feminina que a chamava constantemente pelo nome, depois disso não conseguira pegar no sono uma outra vez. 

Ela olhava os ipês cujas folhas balançavam suavemente conforme o vento passava sobre elas, olhava também a lua em quarto crescente, parecia mais brilhante que as outras noites. Permitiu-se devanear um pouco sobre Hogwarts, faltava menos de quarenta e oito horas para o início do ano letivo e por estar tão ansiosa quanto seus alunos - ao menos os primeiranistas -. Foi quando a mesma voz de seus sonhos a alcançou novamente.

— Venha a mim, Kalythea. Eu estou a sua espera. — Disse a voz feminina soando como sinos.

A dona da voz não parecia ser alguém ruim, muito pelo contrário, ouvi-la trazia uma calmaria sem fim, era como estar a flutuar pelas nuvens mais brancas ou nadar no oceano mais límpido e aconchegante. Kalythea não tinha medo daquela voz que a acompanhava a alguns dias, mas essa foi a primeira vez que a voz lhe falou com clareza o seu objetivo. 

— Mas como chego até você?

Kalythea se sentiu estranha, estava mesmo falando com a voz que lhe acompanhava por esses dias? Se sentiu um pouco abestalhada também, quem lhe garantia que a pessoa por trás da voz ouviria sua pergunta e ainda a responderia. 

— O povoado foi dividido por uma diferença ímpar, porém, ainda viviam juntos, o contrato de sigilo foi selado uma vez que um não pode conviver com o outro, entre as colinas e jardins vocês hei de me encontrar. — A voz recitou como uma poesia cantada. 

A mulher então percebeu a mente vazia, aquele parecia ter sido o recado final. Olhou para a cama vazia, estava mesmo em pé e acordada, ora, mas é claro que estava. O que aquilo significava? Deveria mesmo ir? Onde aquilo daria? De quem ou o quê era aquela voz? Eram tantas perguntas. Entrou para o quarto e fechou as enormes portas da sacada incluindo as cortinas, descalça mesmo rumou para o corredor subindo silenciosamente e percebendo que todos estavam dormindo, ao chegar no quarto de Gaheris, abriu a porta devagar para vê-lo dormir profundamente, fechou a porta e rumou para o quarto de Galahad, este também dormia profundamente todo esparramado na cama e nem se o castelo explodisse ele acordaria.

Então Kalytha desceu para seu escritório, era o único lugar da residência que conseguiria pensar, afinal aquele aquele enigma precisava ser resolvido o quanto antes. Ao chegar no escritório repetiu para si várias vezes a fala da voz misteriosa enquanto pensava no que tudo aquilo poderia significar. 

— Povos separados por uma diferença? — Questionou-se, negando logo em seguida. — Contrato de sigilo. — Repetiu. — Só pode estar falando de bruxos e trouxas. temos um sigilo sobre o mundo da magia, mas onde isso foi mais acentuado? - Kalythea sempre fora uma bruxa de pensamentos rápidos e certeiros, era por isso que ela era a melhor aluna da corvinal de sua época. — Mas é claro, Ottery St. Catchpole, é o único lugar com colinas e jardins, tudo se encaixa. Tenho certeza, teve uma época que o vilarejo era habitado por bruxos e trouxas. 

Kalythea retornou ao seu quarto, ao closet mais especificamente, foi difícil achar algo que não fossem vestidos e terninhos que cobriam grande parte de sua vestimenta, por fim encontrou um jeans escuro, uma blusinha verde musgo gola v e botas de cano médio, mesmo que faltassem poucos dias para o outono o calor do verão ainda permanecia. Não se preocupou com maquiagem, era tarde da noite e sua beleza por si só já era chamativa, apenas pegou a varinha e aparatou dali mesmo. 

Ela então desaparata em Ottery St. Catchpole no meio de um jardim de narcisos amarelos, olhou em volta e não via mais ninguém e se perguntava se estava fazendo o certo ou se era uma completa maluca por seguir a voz de sabe-se lá quem no meio da madrugada, costumava ser uma mulher tão prudente mas algo naquele caso a fazia crer que daria certo, às vezes era necessário se arriscar. Sem saber por onde ir saiu do meio dos narcisos e seguiu para uma trilha subindo o monte onde estava, mesmo olhando em volta não encontrava nada, talvez tenha aparatado longe demais, afinal, a única lembrança que tinha daquele lugar eram sim os campos de narcisos e algumas residências de bruxos tão antigos quanto sua própria família. O caminhar de Kalythea para o norte era apressado e pesado ainda mais por subir a aclive em seu caminho. Naquele momento a mulher já pensava em dar meia volta e retornar para o castelo Hagewasser, mas outra pessoa também havia desaparatado naquele lugar inóspito. 

Tyler Dankworth estava ali pelo mesmo motivo, ele também fora chamado pela mesma voz misteriosa a qual Kalythea ouvira, mas ao contrário de Kalythea ele havia demorado um pouco mais para resolver a charada cedida pela voz, eles estavam prestes a trocar palavras quando uma terceira pessoa aparece flutuando por suas cabeças com o auxílio de uma Black Firebolt, uma das vassouras voadoras mais caras do momento, esta possuía cerdas e cabo preto  com pedal e estrias em bronze sua performance era muito parecida com a da Firebolt de 1994, mas a Black Firebolt era mais rápida chegando até 350 Km/h e por ser mais leve e mais estável. O bruxo então pousou e mandou a vassoura embora afinal, ele poderia chamá-la de volta na hora que bem entendesse, o homem era ninguém menos que o professor Neal Yaaktboren, o docente de Defesa Contra as Artes das Trevas de Hogwarts. 

— Fico feliz que eu não tenha sido o único a ser chamado até aqui. - Disse o professor. 

— Então vocês também a ouviram? — Indagou Tyler. – Espera, como sabe o motivo de estarmos aqui? 

— Porque ele é legilimente. — Revelou Kalythea aproximando-se deles. 

— É involuntário. — Alegou Neal. — Ouço pensamentos de todos ao meu redor mesmo sem querer. 

O professor Nealus tinha uma habilidade muito incomum para a época, com o tempo a Legilimência foi sendo perdida, bruxos não praticam mais essa arte, embora o mesmo não tenha adquirido a habilidade com o passar do tempo e sim nascido com essa habilidade. Talvez essa fosse a razão pela qual poucos oclumentes conseguissem bloquem a habilidade hereditária do professor, seu dom era muito mais forte comparado a aqueles que aprenderam a Legilimência.

— A voz também os trouxe até aqui? - Indagou Kalythea. 

— Sim. — Eles responderam.

Kalythea demonstrou-se pensativa, o que eles poderiam ter que a voz misteriosa iria querer? Suas visões geralmente eram tão eficazes nesse momento, mas dessa vez a clarividência não se mostrou eficaz para revelar os segredos por trás daquele mistério. Tyler estava curioso, mas aliviado por não ser o único a ser chamado naquele lugar. Neal por outro lado lidava com a situação com brilho nos olhos, este adorava uma aventura, como professor de defesa contra as artes das trevas ele não sentia nada relacionado as artes das trevas nisso, muito pelo contrário, ele havia percebido a mansidão por trás da voz todas as vezes que a ouvia falar. 

— E agora o que faremos? - Questionou Tyler. 

Tyler mal tinha dito, os vagalumes se fizeram presentes na escuridão da noite e se aglomeram no alto, suas luzes em conjunto produziram uma esfera de luz esverdeada que pairava sobre as cabeças dos três bruxos presentes, eles se entreolharam, aquilo não era nada normal. A esfera começou a se afastar indo para longe parando apenas ao ficar bem distante.

— Vamos, acho que devemos segui-la. — Anunciou Kalythea. 

Eles se apressaram e seguiram o caminho colina abaixo seguindo a esfera na velocidade que suas pernas permitiam, desceram colina abaixo até chegar em uma estrada de terra onde continuaram o caminho. A caminhada durou cerca de vinte minutos quando finalmente avistaram um casarão aparentemente abandonado onde a esfera desapareceu. 

— Deve ser aqui. — Disse Tyler.

— Será que está vazia? — Indagou Kalythea.

— Não sei srta. Hagewasser, mas a gente entra e descobre. — Articulou Neal. 

Decididos a entrar eles não perderam tempo, os três empunharam as varinhas para o que estivesse lá dentro e finalmente entraram. A porta rangeu com força, eles ativaram o feitiço lumos que revelou um hall de entrada vazio e empoeirado, algumas madeiras faltavam no solado deixando grandes buracos no piso, o teto estava descascado e com rachaduras parecia que a qualquer momento cairia sobre suas cabeças, as escadarias que levavam para os andares superiores estavam interditadas até porque faltavam degraus o que impedia a subida. 

— Homenum Revelio. — Neal agitou a varinha que revelou a presença de alguém escondido no casarão. — Tem alguém aqui.

No mesmo instante Kalythea percebeu algo que não tinham notado ao entrar no recinto, as paredes claras estavam cobertas por uma escrita diferenciada.  Ela se aproximou das paredes e tocou a escrita em relevo contornando os desenhos um a um. 

— Eu não entendo. — Disse Neal. 

— Também não compreendo. — Falou Tyler. 

— São runas celtas. — Revelou Kalythea.

— Que beleza, eu nunca prestei atenção nas aulas de runas antigas. — Balbuciou Tyler revirando os olhos.

Kalythea olhou atentamente para as escrituras nas paredes e percebeu que o padrão se repetia constantemente, fazia muito tempo que não estudava as runas antigas, mas ainda era fluente no idioma. Ela então disse em voz alta e as runas se iluminaram. 

— O que isso quer dizer? — Questionou Neal.

— Um teste de lealdade. — Contou Kalythea.

— Lealdade a quem? — Indagou Tyler.

No mesmo instante as paredes do casarão ruíram e de desfizeram ao chão, de repente o local a qual os três bruxos se encontravam agora havia mudado era apenas um céu vazio e um solo aguado. Os três agora estavam a uma distância considerável um do outro e se enxergavam perfeitamente mesmo que não ou esse nenhuma iluminação, antes mesmo de entenderem o que estava acontecendo Tyler soltou um urro ao se assustar, raízes de árvores se enrolavam na mão que segurava a varinha e forçava para baixo impedindo-o de conjurar qualquer feitiço, as raízes enrolavam suas mãos prendiam suas pernas e subiam pelo tórax o puxando para o chão. 

 

Neal correu ao auxílio do colega, mas antes que pudesse chegar viu seus pés se perderem no chão e caiu em um alçapão que apareceu do nada, ele caiu com tudo no chão batendo as costas e por pouco a cabeça perdendo a varinha na queda, ele se levantou em um pulo, a escuridão que ali estava a impedia de localizar a varinha de imediato, mas notou algo em seus pés, a água já a alcançava na altura dos tornozelos e parecia subir cada vez mais rápido após o fechamento da tampa do alçapão. Kalythea era a única que estava sã e salva, uma névoa surgiu ao seu redor e a impediu de visualizar o que acontecia mais a frente, mas ela podia ouvir o desespero de Tyler que já tinha raízes por todo o corpo e só estava com a boca descoberta para respirar e nesta altura do campeonato a água já havia coberto Neal por inteiro. 

— Você só pode salvar um deles — A voz se fez presente em sua cabeça mais uma vez dizendo apenas essas palavras. 

Kalythea se alarmou, não tinha ideia do que estava acontecendo com Tyler e Neal, mas se a voz havia usado a palavra salvar com certeza isso não significava coisa boa. Se viu em uma encruzilhada, como perderia escolher entre salvar uma vida e perder outra, isso era impossível, não estava dentro de sua ética e moral. Poderia até não conhecê-los, mas se sentiu responsável por tudo aquilo, afinal, o feitiço rúnico não teria se ativado se Kalythea não tivesse o pronunciado em alto som. 

— Me leve no lugar deles então, a culpa disso tudo é minha, eu não vou deixar eles morrerem por algo que eu fiz. — Respondeu Kalythea sem nem ao menos pensar duas vezes.

Embora não tivesse muito contato com eles, nunca os deixaria morrer daquela maneira. Ela percebeu que os gritos de Tyler e Neal cessaram e quando deu por si estava no fundo de um alçapão que estava se enchendo de água com raízes a puxando para baixo, ela até sacou a varinha e utilizou-a para cortar as raízes, mas eram muitas e ela não dava conta. Tyler foi o primeiro a se soltar e levantou-se rapidamente, avistou Neal nadando para a beirada e o ajudou a levantar quando perceberam o sumiço de Kalythea. 

— Onde ela está? — Indagou Neal.

— A amiga de vocês trocou sua própria vida  para salvar-lhes. — Disse a voz. 

Tyler e Neal se desesperaram, como ela pode fazer isso? Eles começaram a procurar por toda a parte qualquer vestígio de Kalythea, mas não encontraram nada, até que Tyler percebeu que a água do chão estava escorrendo para um único lugar e finalmente encontraram-na no fundo do alçapão cuja tampa era feita de um material transparente. Neal puxou a varinha e bombardeou o tampão, Tyler rapidamente mergulhou com sua varinha em mãos até o fundo, como estava escuro ele ativou o feitiço lumos para que pudesse enxergar melhor. Kalythea parecia inconsciente no fundo já que não reagia a nada nem mesmo ao aparecimento de Tyler, ele nadou mais rápido e a alcançou, com a ponta da varinha começou a cortar as raízes que lhe seguravam e então a soltou, segurou firme no corpo da mulher e impulsionou o corpo para cima com os pés subindo até a superfície e quando amparava Kalythea.

Ao emergir da água ele respirou com urgência, Neal estendia a mão para ajudá-lo a sair da água. Finalmente estavam seguros, Tyler imediatamente bombeou os pulmões de Kalythea para que ela pudesse respirar estava prestes a fazer respiração boca a boca quando ela jogou toda a água de seus pulmões para fora e sugou o ar com força. 

— Você está bem? — Questionou Tyler.

— Estou. E vocês como escaparam? 

— De repente eu estava na superfície novamente. — Disse Neal.

— As raízes me soltaram. — Objetou Tyler.

Eles a levantaram e então ouviram: 

— Vocês foram leais uns aos outros, passaram no teste. — Disse a voz.

De repente eles já não estavam mais naquele lugar sem céu e completamente inóspito, estavam no casarão novamente mais especificamente no Hall de Entrada completamente secos, como se nada daquilo tivesse acontecido, perceberam que o local estava bem diferente de quando entraram, tudo estava novo e renovado, o chão era de mármore com colunas de alvenaria e teto de gesso, as escadas também eram em mármore impecável, eles seguiram até as escadas e pensaram em subir, mas de um outro cômodo surgiu uma criaturinha engraçada.

Ela media 90 centímetros e utilizava um cajado como apoio, seu rosto era arredondado com olhos grandes e redondos negros e brilhantes, bochechas coradas e lábios finos, orelhas pequenas e pontigudas, nariz achatado. Suas vestes eram amareladas amarradas na cintura com uma corda e um chapéu verde alto que lhe dava mais dez centímetros de altura, uma capa com capuz cobria suas costas e era acoplada as suas vestes.

— Olá, estava aguardando os senhores e a senhorita. — Disse a criatura. — Eu sou Arak.

— Olá. — Disse Kalythea curiosa com a criatura.

— Você não é um elfo doméstico. - Disse Neal. — O que é você? 

— Eu sou um urigrin, sou responsável por vocês. — Contou Arak — Vamos ela os aguarda. 

— O que é um urigrin? — Sussurrou Tyler para Neal antes de começar a seguir a criatura.

Neal deu de ombros, em toda sua vida como docente de defesa contra as artes das trevas nunca ouviu falar de tal criatura. Eles seguiram o urigrin pelo Hall de entrada, passaram pela sala de estar totalmente equipada até às portas do fundo que levavam ao jardins, uma vez do lado de fora da casa a criatura os levou para o porão através de uma escada, os três bruxos se surpreenderam ao perceberem que a casa tinha uma caverna subterrânea cada vez mais funda conforme desciam as escadas. Haviam sinais de umidade, as paredes eram feitas de pedra de calcário, haviam runas celtas por toda a extensão da caverna desde o chão até o teto, tochas se acendiam conforme eles passavam pelo caminho. 

— O que é um Urigrin? — Tyler não aguentou a curiosidade e perguntou.

— Somos criaturas astutas e sábias, podemos ser seu amigo ou seu pior inimigo. Somos donos de uma magia de cura muito forte e nossa sabedoria é ímpar, pergunte qualquer coisa a um urigrin e ele saberá a resposta, agora se ele vai te responder é que são elas. — Respondeu o Urigrin satisfeito. — Chegamos. 

Kalythea estava encantada, Tyler estava embasbacado e Neal não sabia para onde olhar. Os três bruxos depararam-se com uma caverna toda feita de pedras de calcário iluminada por tochas, havia uma piscina natural com uma cachoeira que se originava da parede e ondulava toda a piscina cujas águas eram cristalinas e resplandecentes, do outro lado também havia outra piscina, mas essa tinha uma grande pedra no meio como se a pedra fosse uma pequena ilha, a pedra tinha uma espada estava cravada em seu interior. Kalythea notou que as runas também estavam presentes nessa parte da caverna no fundo da piscina, nas paredes, no chão, no teto e na pedra com a espada cravada. Kalythea identificou runas de purificação, de proteção, de cura, de canalização e muitas outras, dessa vez elas não montavam nenhuma frase específicamente e também não se repetiam, também haviam runas tão antigas que mesmo Kalythea com todo seu estudo não conseguia compreender o que estava vendo, ela só tinha certeza de uma coisa, aquele lugar não era um lugar de magia negra. 

O urigrin começou a cantarolar um idioma estranho e muito antigo, os bruxos não entendiam sequer uma palavra com exceção de Kalythea que compreendia uma a cada sete palavras, ela conseguiu distinguir as palavras lago, vinda, alteza e chegada, não necessariamente nessa ordem. O urigrin continuava com a cantoria, sua voz era até bem afinada. Ele se aproximou da piscina natural e deixou que suas mãos revelassem a magia por trás de sua misticidade, partículas de magia caíram sobre a água que começou a borbulhar fervorosamente cada vez mais e mais. A água então aumentou consideravelmente e obteve a forma da silhueta de uma mulher, quando a água escorreu pela silhueta este revelou o corpo de uma mulher jovem. 

A água moldava cada centímetro do corpo da mulher e depois escorria revelando seu verdadeiro corpo, a mulher possuía uma pele tão branca quanto as pétalas de uma margarida e sua pele era macia como veludo, sua pele não possuía nenhum sinal de tempo, ora essa, mas é claro que não possuía, aquele ser não envelhecia; seus cabelos louros prateados estavam amarrados a cabeça em um coque baixo que cobriam as orelhas pequenas e pontiagudas, suas vestes consistiam em um manto de um ombro só na cor azul celeste com filetes de purpurina prateados que desciam até os pés e se transformavam em água e o que mais chamava atenção, suas enormes asas de borboleta tão finas quanto seda, a magia transpassa suas asas através de veias finas capazes de se ver a olho nu, simplesmente um ser majestoso.

Ao ver sua majestade, Arak ajoelhou-se. Embora a fada não usasse nenhuma coroa todas as criaturas de Avalon a tinham como rainha. Diante daquele ser esplêndido Neal caiu de joelhos, em toda sua vida nunca vira nada parecido e nem tão grandiosos quanto aquele ser que estava diante de seus olhos naquele momento.

— Eles estão aqui, como vossa senhoria previu. — Disse o urigrin.

— Saudações Kalythea, Nealus e Tyler. É bom ver que escolheram o caminho certo. - Saudou a fada. - Saudações Arak, estou grata por trazê-los a mim. 

Arak sorriu satisfeito e com a sensação de dever cumprido. Os três bruxos não sabiam o que dizer diante daquela situação e calados eles continuaram enquanto observavam as atitudes da fada cheios de expectativa.


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