Futago escrita por Gabs


Capítulo 15
Yota - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

"Nós vamos levá-lo sob custódia"



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Cansada, a Uchiha sentou-se no chão, apoiando suas costas no tronco de uma das árvores da floresta. A garotinha respirou fundo, enquanto limpava o suor de sus testa. No chão ao seu lado, se encontrava seu tantō, o qual estava sendo o foco de todo o seu treinamento recente e tinha certeza que estava cada vez melhor no manejo de sua pequena espada afiada.

Ela fechou os olhos por alguns momentos, relaxando seu corpo.

Talvez se tirasse um cochilo, descansaria o suficiente para voltar ao treinamento.

Pareceu que segundos haviam se passado quando ela voltou ao abrir seus olhos e de fato, haviam sido apenas segundos. Um barulho ensurdecedor de um raio a assustou. Ao escutar o barulho novamente, ela se levantou, pegou seu tantō do chão e saiu correndo em direção ao barulho, o qual estava cada vez mais frequente e mais alto.

Emi Uchiha não acreditou em seus olhos quando os viu, mas de alguma forma, tudo fazia sentido. Lá estava Yota, o causador dos raios, atacando um dos alunos da sua classe na Academia, o garoto do clã Inuzuka e seu cachorro-ninja, qualquer que fosse seu nome. Naruto Uzumaki estava berrando o que eles haviam feito para que Yota não gostasse deles.

E, entre os garotos, havia uma menina de cabelos acinzentados. Mesmo de longe, Emi sabia que aquela era a neta do Segundo Hokage, Sayuri Senju, pois ela também era da sua classe na Academia. A Uchiha não estava tão surpresa em vê-la em meio daquilo tudo, já que a garota Senju e o Uzumaki pareciam ser grandes amigos.  

— Eu não sei! – Kiba, o garoto do clã Inuzuka berrou de volta – Eu estava andando com Akamaru e o vi. Começaram a vir raios por todo o lado. É coisa dele, né?

Yota parecia extremamente irritado e com isso ele fazia raios.

— Ei, Yota! – Emi gritou, andando a passos largos em direção a ele, antes de apontar em direção ao cachorro de pelugem branca – É só um filhote de cachorro, não faz mal a ninguém!

— Eu não gosto de cachorros!

— Mas esse é bonzinho, Yota! – A voz de Fō soou, meio ofegante

Correndo em direção a clareira, estava o mesmo grupo de colegas de classe que ela havia deixado com Yota dias antes. Mas, antes que pudesse falar ou fazer alguma coisa, ela pulou, quando um raio acertou o chão próximo a ela.

[...]

Os olhos ônix de Emi Uchiha estavam presos na casa da árvore destruída. O coração dela estava apertado por descobrir que alguém havia destruído a casa de uma criança tão boa quanto Yota.

— Quando o Yota foi a Vila e colocou as flores na mochila do Sasuke, ele disse que uma criança estranha loira e uma garota de olhos vermelhos o tinham visto. – Fō lhe disse. Ele estava em pé ao seu lado, enquanto os outros decidiam de qual brincadeira iriam brincar – Achamos que havia sido culpa deles... Ou sua, desculpe.

Emi continuou em silêncio. Ao fundo, escutou que a brincadeira seria esconde-esconde e por isso, teve uma enorme vontade de ir embora. Ela costumava brincar disso com seus irmãos, nos dias felizes... Não parecia certo brincar disso agora.

Quando Shikamaru chutou a latinha, Fō agarrou sua mão e saiu correndo, arrastando-a com ele. E, quando já estava escondida, atrás de uma árvore próxima juntamente com Fō, ela escutou Kiba começar a contar até cem.

A Uchiha sentou-se no chão, expulsando seus pensamentos não-tão-felizes sobre o que aquela simples brincadeira lhe trazia.   

— Te achei, Naruto! – A voz de Kiba soou, assim que ele terminou de contar

— Droga, aquele Yota...

Se Emi Uchiha fosse brincar, tinha que fazer aquilo valer a pena.

Decidida a entregar-se totalmente a brincadeira com seus colegas, Emi levantou-se lentamente e saiu correndo em direção a latinha, para chutá-la e, consequentemente, salvar Naruto, mesmo que isso fizesse com que Kiba lhe pegasse, pois os dois já estavam indo em direção a latinha. Mas, ao perceber que todos os outros estavam correndo em direção a latinha para fazer o mesmo que ela pretendia e que Kiba já os havia visto, e estava muito mais próximo do que eles da latinha, desacelerou um pouco seus passos.

— Fō, Emi, Shikamaru, Ken, Ino, Sakura e Sayuri! – Kiba disse seus nomes, após correr em direção a latinha e colocar o pé em cima, impedindo que a chutassem – Só falta o Yota. 

Emi olhou ao redor, enquanto todos os outros ficavam em silêncio. Yota conhecia as regras da brincadeira e ele com certeza tentaria salvar um deles se fossem pegos. O olhar atento da Uchiha se fixou na direção em que uma súbita chuva forte havia começado a cair.

— O Yota está chorando... – Sakura murmurou, juntando as sobrancelhas

A Uchiha nem ao menos pensou antes de sair correndo em direção a chuva. O vento batia em seu rosto cada vez mais forte conforme se aproximava. E, tendo consciência de que estava sendo seguida de perto pelas outras crianças, se sentiu de certo modo confiante de que Yota estava apenas perdido. O chão pareceu sumir quando ela finalmente parou de correr, ao chegar no meio da chuva, onde Yota estava, preso. Haviam três Anbus em cima das árvores, terminando de amarrar o pequeno Yota dentro de uma rede pendurada pelos galhos grossos das árvores.

— YOTA! – Emi berrou, antes que pudesse se conter

Antes mesmo que pudesse se mover, um dos Anbus pulou bem em frente a ela e as outras crianças da Academia, impedindo-os de chegar perto.

— Nós vamos levá-lo sob custódia. – O Anbu anunciou, colocando as mãos na cintura, enquanto os olhavam do alto – Ele será mantido sobre rigorosa observação e será interrogado.  

— Mas o Yota não é assim... – Ino retrucou, alto

— Solte-o já! – Ken berrou, irritado

— Além dos membros de Konoha, ninguém tem autorização para ficar nos limites da vila sem a autorização. – O Anbu disse, no mesmo tom de voz sério de antes – Vocês também serão chamados quando for a hora. Até lá, voltem para suas casas e permaneçam lá.

— Yota... – Naruto disse alto – Yota é meu...

No segundo em que Naruto levantou a mão, para gesticular, o Anbu segurou seu braço. Emi, assim como todos os outros, começou a reclamar, num tom de voz alto e insatisfeito.

Mas nenhum deles conseguiu de fato impedir com que Yota fosse levado.                        


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