Arthur batia a caneta de forma ritmada em sua mesa, sempre se considerou um iconoclástico e precisava de sua racionalidade para resolver aquele crime. Leu e releu as observações de Beatriz, relembrando quando ela o expulsou. Lembrando seus erros.

— Merda! – xingou, batendo na mesa com força.

Seu telefone tocou, era chamado. Sabia que Beatriz estaria em seu escritório, apesar da discussão anterior. Consultou seu relógio ao mesmo tempo que soava a campainha. Vestiu seu casaco.

— Acharam outro corpo – disse, ao abrir a porta e sem olhar para ela.

Beatriz sabia que ele estava bravo, mas não tinha nada para falar.