Laços de Sangue escrita por Mel Dobrev


Capítulo 51
Brother


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindezas, tudo bem?

Sorry pela demora para postar esse capítulo, é que ultimamente esta muito corrido para mim, com trabalho, cursos, faculdade. Estou tentando conciliar ao máximo meu tempo, porém tem dias que não consigo.
Quero deixar claro que não irei abandonar a fanfic, já que tem muita coisa ainda para acontecer, porém por enquanto vou postar somente uma vez por semana. Ok?!
Espero que gostem desse capítulo.
Ótima leitura. :)



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Naquele dia Stefan convidou Elena para almoçar com ele e seus pais em sua casa, ela não pode recusar, na verdade ela não queria dizer não. Poucos minutos e todos estavam reunidos na grande mesa na sala de jantar: Lily, Giuseppe, Stefan e Elena. Todos conversando animadamente entre uma garfada e outra, como no dia em que Stefan apresentou Elena para seus pais. Depois do almoço Giuseppe foi cumprir alguns compromissos perante a universidade, já que faltavam apenas alguns dias para as aulas retomarem, Lily foi para o escritório, precisava urgente ligar para Lexi, para resolverem alguns assuntos sobre a boutique, na realidade Lily pensava incansavelmente um jeito para recompensar Lexi por todo trabalho duro que ela estava fazendo ultimamente, ela era o braço direito de Lily em relação aos negócios, e praticamente estava levando a boutique toda nas costas nos últimos dias. Stefan resolveu ir até o jardim vê como estava a parte mais querida da casa por sua mãe, Elena o acompanhou, os dois foram conversando sobre a relação de Caroline e Tyler.

— Ah fala sério, ela gosta do Klaus, se não gostasse não teria ficado com ele. – Stefan pontuou se sentando num banco de balanço que ficava no centro do jardim.

— Como você sabe que eles ficaram? – Elena perguntou um pouco confusa.

— Caroline me contou.

— Ela te contou ontem quando foi lhe visitar? – Elena perguntava surpresa, pois Caroline não tinha ficado tanto tempo assim para lhe contar “ as novidades”.

— Sim. Meu pai se ausentou por alguns minutos para atender uma chamada, e assim ela aproveitou pra me colocar a par de como tinha sido seu aniversário.

— Mas essa menina adora uma fofoca hein. – Elena sorria ao se lembrar do jeito todo espevitado e espontâneo de sua amiga.

— Caroline é fogo. – Stefan também soltou sorrisos ao se lembrar do jeito “Caroline de ser”.

Elena se sentou ao lado de Stefan, e ficaram ali alguns minutos conversando um pouco mais, sobre uma porção de coisas. Elena sentia saudades de conversar com ele daquele jeito, sem nenhum drama, nenhum receio, entre eles a conversa fluía normalmente, ela não precisava ficar dosando palavras, ou ficar pensando se deveria ou não falar de tal situação, simplesmente ela se sentia confortável ao lado dele.

— O sol está ficando forte, vamos entrar? – Stefan disse se levantando.

— Vamos. – Elena se levantou e caminhou ao lado do rapaz para dentro da mansão.

— E ai o que vamos fazer o resto da tarde? – Lily já foi perguntando ao encontrar o casal chegando na sala de estar.

— Eu não tenho muita opção, ou é ficar sentando ou deitado. – Stefan dizia apontando para sua costela, que ainda estava se recuperando da fratura.

— Eu daqui a pouco tenho que ir, combinei com a Caroline de comprar algumas coisas para redecorar o dormitório. – Elena falava olhando a hora no celular.

— Então só somos eu e você meu menino. Que tal fazermos uma maratona daquela série que você tanto gosta? – Lily propôs a Stefan com um sorriso de orelha a orelha.

— Vai assistir Dark? A senhora sabe que ela é bem complicada né?

— Por isso mesmo que quero assistir novamente a primeira temporada, pra assistirmos a segunda, porque já não me lembro de nada do que ocorreu na série.

— Por mim tudo ótimo. – Stefan respondeu.

— Então vamos assistir na sala do andar de cima, é mais espaçosa. Vamos assistir um pouco conosco Elena.

— Vou assistir só um episódio, porque realmente preciso encontrar a Car.

O trio então se encaminharam para o andar de cima da mansão, Lily caminhava de braço dados com seu filho e Elena vinha logo atrás, quando eles estavam chegando nas escadas os três deram de cara com Damon que acabava de adentrar na mansão.

— Desculpa vim assim sem avisar, não sabia que vocês estavam ocupados. – Damon disse surpreso em ver Elena ali, na verdade ele previa que ela pudesse estar ali, porém vendo a garota ali era como se sua ficha estivesse caindo somente naquele momento.

— Não precisa avisar meu filho, você sabe que essa casa também é sua. – Lily foi até Damon e o cumprimentou com um beijo no rosto, Damon retribuiu. Stefan ficou parado ainda perto da escada, observando aquela cena. Elena também ficou parada no mesmo lugar.

— Vim saber como você está Stefan. – Damon disse sério.

— Estou bem, me recuperando. – Stefan também respondeu sério. Lily e Elena ficava alternando seus olhares entre os dois homens.

— Bom então eu já vou indo. Elena. – Damon chamou o nome da garota a cumprimentando, Elena assentiu sua cabeça ao moreno assim também o cumprimentou.

Damon deu um meio sorriso a sua mãe e se encaminhou a porta, ele sabia que Stefan não ficaria muito confortável com sua presença ali, ainda mais com Elena também inserida no mesmo ambiente, mas ele tinha que saber se seu irmão estava bem, e no fundo ele queria ter a certeza se entre eles dois ainda havia magoas, ressentimentos.

— Damon. – Stefan chamou. Elena e Lily arregalaram os olhos. Damon se virou novamente para seu irmão e ficou o encarando.

— Preciso conversar com você. Me acompanha até a sala de visitas? – Stefan pediu deixando tanto Lily quanto Elena mais surpresas ainda.

— Claro. – Damon respondeu firme, assim seguiu seu irmão até a sala.

— Você acha que isso é uma boa ideia? – Elena questionou Lily apontando para os rapazes que já estavam há uma certa distância das moças.

— Acho que essa conversa entre os dois mais cedo ou mais tarde teria que acontecer. – Lily respondeu não tirando os olhos de seus filhos. Lily e Elena trocaram um olhar confidente e ambas pegaram na mão uma da outra e foram atrás dos rapazes.

Pelo caminho Damon pensava: “É agora que ele vai ferrar de vez com a nossa relação. Aposto que ele vai falar que não quer me ver mais, que é pra nunca mais eu dirigi a palavra a ele ou alguma coisa do tipo.” Damon rapidamente deixou seus pensamentos quando viu Stefan servindo dois copos de uísque.

— Vai mesmo beber? – Damon questionou, não acreditando que Stefan estava fazendo mesmo aquilo.

— Sim e você também. – Stefan se aproximou lentamente de Damon e lhe entregou um copo com uma dose da bebida.

— É tão ruim assim o que você tem pra me falar que eu preciso de bebida? – Damon questionou franzindo o cenho para seu irmão.

— Me desculpa. – Stefan pediu sério.

— Agora sim, mas tudo bem, eu bebo mesmo assim. – Damon ia dar uma golada em seu uísque quando Stefan continuou:

— Me desculpe por tudo. – Damon retornou com o copo e ficou sério encarando Stefan.

— Me desculpe por naquele dia ficar louco e bater em você, me desculpe por lhe ferir, me desculpe por tudo de ruim que você enfrentou. – Stefan se abria para seu irmão, e Damon continuava sério, com os olhos fixados em Stefan.

— Me desculpe por você ter sido privado de crescer com uma mãe amorosa, quando você a tinha bem debaixo de seu nariz, me desculpe por toda tristeza e magoa que foram esses anos pra ti sem mãe, pai, irmão. – Stefan queria estar tendo essa conversa há tempos, porém o que lhe faltava era coragem, coragem para se desculpar com seu irmão, e lhe aceitar de volta em sua vida.

— Nada disso foi culpa sua. – Damon respondeu ainda incrédulo com toda aquelas palavras.

— Eu sei, mas ninguém nunca se desculpou por tudo isso, e eu sinto que você precisa disso. – Stefan respondeu se aproximando mais de seu irmão.

— Saber que você é meu irmão me afetou de uma maneira que eu nem sei explicar. Se eu tivesse recebido essa notícia em qualquer outro dia, se não fosse naquela fatídica noite, teria sido um dos momentos mais feliz da minha vida. Eu sempre quis ter um irmão, e saber que meu melhor amigo na verdade também era meu “brother” seria a realização de um sonho.

— Stefan... – Damon tentou impedir que Stefan continuasse com aquela conversa, porém Stefan não deu ouvidos e continuou.

— Eu confesso que parte de mim ainda sente um pouco de magoa por você ter feito o que fez, não pelo fato de ter ficado com a garota que era minha namorada, mas por ter mentido pra mim, por não ter confiado em mim para me contar toda a verdade, mas... – Stefan deu uma pausa e ficou encarando Damon, ele queria procurar as palavras certas para falar com seu irmão, queria ter seu amigo mais velho que sempre fora seu exemplo na sua vida novamente.

— ... Eu também não posso lhe julgar e te crucificar pelo resto da vida, se eu ultimamente também andei errando. Fiz coisas de que não tenho orgulho, senti sentimentos ruins por você, desejei coisas ruins, mas somos todos falhos, somos humanos, e o lado bom de tudo isso é que podemos aprender com nossos erros. Damon eu não quero ter um irmão “morto”, um irmão só de nome, de parentesco, eu quero ter um irmão pra me aconselhar, pra desbrava o mundo comigo, pra me defender nas encrencas que eu me meter, pra puxar minha orelha e até me dá uns tapas quando eu me desviar do caminho certo, pra me ensinar sobre negócios, pra me mostrar que apesar das brigas e erros os laços que nos une é bem maior.

Damon recebia aquelas palavras como lanças que o feriam, ele se sentia incapacitado de se mover, ele sentia uma onda de sentimentos o invadir. Palavras que nunca foram ditas, palavras que no fundo ele sonhava em ouvir, palavras que ele queria falar também ao irmão que ele sempre considerou, ao irmão que ele sempre confiou, ao irmão que ele sempre estimou.

— Tanto eu quanto você erramos, mas eu estou disposto a mudar isso, estou disposto a começar novamente, porque eu não posso ficar sem meu melhor amigo para sempre, eu preciso de você na minha vida irmão. – Stefan desabafou tudo o que estava dentro de si, ele não queria guardar nada, mesmo que aquilo lhe fizesse sentimental demais para Damon, não importava, ele queria ser cem por cento verdadeiro naquele momento. Damon sem hesitar se aproximou rapidamente de Stefan e o abraçou. Stefan também o abraçou forte, como se fosse o ultimo momento deles juntos.

— Eu te amo brother. – Damon enfim conseguiu pronunciar as palavras que ele tanto queria falar, porém estavam guardadas a sete chaves dentro de si.

— Eu também te amo brother. – Stefan também disse ainda abraçado ao seu irmão. Ele estava tão feliz, feliz por ter seu melhor amigo de volta, feliz por ter tido a certeza de que não importava o que houvesse entre eles ou por quantos perrengues a relação deles ainda iria passar, pois nada abalaria o amor que ambos sentia um pelo o outro, nada seria mais forte do que o elo que eles tinham.

Há alguns centímetros dali, escondida perto da grande estante de livros, estava Lily emocionada, completamente feliz, e ainda anestesiada com a conversa entre seus filhos, ela e Elena ouviram tudo, e estavam tão felizes, tão realizadas. Naquele momento, ao ver seus filhos se abraçando, Lily pode sentir uma felicidade plena, um amor sem igual, que ela nunca havia sentido antes. Elena também estava imersa naquela cena, os dois homens que ela tanto queria bem, que ela tanto queria ver feliz, estavam finalmente se entendendo, finalmente sendo o que de fato eles deveriam ser: irmãos.

Lily percebendo que os seus meninos saiam da sala, saiu apressada pegando Elena pelo braço e a puxando, ela não queria que eles soubessem que ela estava ali o tempo todo, não queria estragar um minuto sequer daquele doce acerto de contas. Lily e Elena rapidamente se sentaram no sofá e fingiram conversar sobre qualquer assunto bobo. Damon e Stefan chegaram sérios e ficaram parados na frente das duas mulheres.

— Precisamos falar algo para vocês. – Stefan se pronunciou quebrando o silêncio. Lily e Elena trocaram um olhar cumplice e voltaram os olhos para os dois irmãos. Elas já sabiam o que estava por vim, porém preferiram deixar que eles pensassem que as pegariam de surpresa.

— Stefan virou traficante. – Damon disse sério. Elena deu um pulo do sofá imediatamente e Lily quase que voou em Stefan.

— Você está louco? Me fale que isso não tem fundamento. – Lily pediu brava.

— Me deve dez dólares. – Damon disse a Stefan, exibindo um grande sorriso.

— Caramba Damon, como você sabia que a mamãe ia cair? – Stefan perguntou entrando na brincadeira.

— Sabendo ué, ela acredita em tudo que eu digo. – Damon deu de ombros.

— Isso é uma brincadeira? – Elena perguntou confusa.

— Mas claro que é, tá doida que vou deixar meu único irmão virar traficante. – Damon deu um leve empurrão em Stefan com o ombro, e Stefan fez o mesmo com seu irmão.

— Eu e o Damon estamos bem, agora sim somos irmãos. – Stefan anunciou.

Lily não se conteve e automaticamente sentiu lágrimas cair de seus olhos, ela foi o mais rápido que pode para perto de seus “passarinhos” e os abraçou, como se não houvesse mais ninguém naquela sala, como se o mundo fosse só eles. Damon estavam se sentindo tão feliz, tão amado, que por um momento se esqueceu de Elena, ele nunca pensou que poderia sentir aquela sensação, que poderia se sentir tão querido ao ponto de realmente acreditar naquilo, de ser amado, não por uma simples pessoa, mas pela mulher que lhe deu a vida, e pelo seu “pequeno maninho”.

Elena também se sentiu emotiva vendo aquela cena, se sentiu tão feliz e ao mesmo tempo tão nostálgica, ela se lembrava dela com seus pais, e sabia que aquele abraço ela nunca mais iria sentir. Stefan viu Elena enxugar as lágrimas e de alguma forma ele sabia que aquelas lágrimas não eram por causa daquilo que estava acontecendo, mas sim porque ela não teria mais a chance de sentir aquele carinho de seus pais novamente.

— Elena. – Stefan chamou, ainda perto de Damon e Lily.

— Só fiquei emocionada com tudo isso. – Elena disfarçou, limpando algumas lágrimas.

— Venha meu bem, venha pro abraço coletivo. – Lily pediu.

— Imagina, esse abraço é de família. – Elena disse tentando se retirar.

— E quem foi que disse que você não é da família? – Damon disse firme. Stefan ficou olhando por alguns segundos seu irmão e também concordou: - Damon tem toda razão, você faz parte dessa família.

Lily abriu os braços para Elena e a garota não pode resistir a um carinho maternal. Elena foi envolvida no abraço afetuoso de sua ex sogra. Stefan e Damon se olharam, como que se tivessem conversando mentalmente e concordando que ambos também tinha que participar. Damon e Stefan se aproximaram e abraçaram Lily e Elena, assim formando um abraço por cima do outro, um grande abraço, um abraço que inundava amor, compaixão, perdão.

Depois de alguns minutos o quarteto se recompôs e Lily decidiu sair para jantar com os dois homens mais importantes da sua vida: Stefan e Damon, enquanto que Elena sairá para cumprir o combinado de encontrar sua amiga.

Aquele dia com certeza iria ficar marcado na memória dos irmãos e de Elena, mas mais ainda na de Lily, pois tudo o que ela havia desejado um dia tinha se tornado realidade, ela se sentia tão completa, tão realizada.

(...)

A semana se arrastou tão rápido que Elena nem se lembrava se realmente tinha vivenciado todos aqueles dias, ou se simplesmente havia sonhado, o lado bom de que o tempo estava passando depressa era que se aproximava o dia de Hayley ir para NY e cursar odontologia na mesma faculdade que Elena, e isso deixava a morena cada dia mais feliz e mais ansiosa.

— Já acabou? – Caroline perguntava com um semblante de brava para Elena, ela estava daquele jeito porque Elena estava quase que uma hora pendurada no celular com Hayley.

— Pare de ser ciumenta. Daqui uns dias ela vem pra cá e eu quero que vocês se deem super bem.

— Difícil, ela tem cara de enjoada. – Caroline fazia uma careta apontando para uma foto de Elena com Hayley que ficava no mural.

— Caroline Forbes, o que foi que aconteceu com aquela história de: Não julgue o livro pela capa?

— Nada. Nunca acreditei muito nisso mesmo. – Caroline dizia cinicamente.

— Você vai adorar ela, ela é bem parecida comigo, e ainda é do mesmo signo que eu, sei que você adora essas coisas.

— Quem é a louca dos signos é a Bonnie e não eu, e quando é que ela faz aniversário?

— Exatamente uma semana antes de mim, ela é mais velha.

— Isso muda tudo, o ascendente muda tudo. Aposto que ela deve ter ascendente em escorpião, deve ser o capeta. – Elena não conseguiu se segura e gargalhou daquela ultima frase de sua amiga. Como poderia existir alguém como Caroline? Essa sua amiga era única, adoravelmente e irritantemente única.

Bonnie adentrou no quarto como um vendaval:

— Noite das meninas! – Bonnie se jogou literalmente entre Elena e Caroline que estavam na cama. A morena estava com um cartaz enorme de alguma festa que ira rolar num barzinho próximo do campus.

— Quando vai ser isso? – Caroline perguntava olhando atentamente cada detalhe do cartaz.

— Hoje a noite. Vamos? – Bonnie pedia com uma certa animação.

— Noite do karaokê? Sem chances, tenho vergonha de cantar em público. – Elena morria de vergonha de soltar a voz para que todos vissem, ela ficava vermelha só de pensar.

— Mas bem que pro Stefan você cantou né? – Caroline indagou levantando uma das sobrancelha a Elena.

— Aquilo foi diferente. – Elena tentou se defender, porém pela cara que Caroline ainda a olhava ela sabia que tinha falhado.

— Concordo com a Caroline, mas você não precisa cantar, vamos pra aproveitar a noite, aproveitar a companhia uma das outras, faz tempo que não ficamos juntas, só nós. – Bonnie praticamente estava se ajoelhando na frente de Elena.

— Tá bom, vocês me ganharam. Deixa eu ver se tenho alguma roupa decente limpa. – Elena se levantou e foi até seu guarda roupa.

— Você não falou sério quando disse que ela não tinha que cantar né? – Caroline questionou cochichando para Bonnie.

— Mas é claro que ela vai cantar, ela só não precisa saber disso agora. – Bonnie respondeu no mesmo tom, dando uma risada cumplice com Caroline.

(...)

Elena, Caroline e Bonnie já chegaram no tal barzinho pedindo uma dose de tequila e brindando para começarem a noite bem. O local estava lotado, era gente por todo lado, que praticamente não dava para se movimentar sem que esbarrassem em alguém. Caroline elétrica que só já foi logo para pista de dança, se juntando com algumas garotas que estavam descendo até o chão e deixando alguns caras “loucos”. Elena e Bonnie ficaram um pouco mais distante e não economizaram na hora de tirar selfies para mas tarde postarem no instagram.

As duas amigas começaram a se mover um pouco tímidas entre o pessoal, e em questão de minutos Bonnie foi laçada por um cara de porte alto, esbelto, que passou como um borrão aos olhos de Elena, porém só por esse borrão ela podia afirmar que ele era apresentável, bem apresentável. Elena foi andando entre as pessoas, para que chegasse perto de Caroline, que só faltava subir em cima do palco, de tão animada que estava. Não tinha como Elena não esbarrar nas pessoas, e isso parecia ser tão normal que as pessoas pareciam nem se importar, Elena estava cada vez mais perto de Caroline quando ela esbarrou em alguém e sentiu um liquido se chocar contra o seu ombro e parte do braço.

— Ai meu Deus, não acredito nisso. – Elena disse um pouco irritada, se virando para perguntar ao ser humano se não dava pra segurar direito o copo de bebida.

— Me desculpe, sinto muito. – Uma voz familiar lhe disse. Elena se virou e ficou surpresa ao ver aquela pessoa em sua frente, na verdade ficou muito feliz.

— TYLER. – Elena gritou, abraçando seu amigo. Tyler correspondeu o abraço, feliz da vida.

— Quando você chegou? Por que não me ligou? – Elena tentava falar mais alto do que a música.

— Eu cheguei ontem a noite, pra ser mais exato ás onze horas da noite, estava cansado. Hoje foi uma correria só, arrumei algumas coisas e agora estou aqui. E ai o que achou do meu visual novo? – Tyler dizia alisando sua recém barba crescida.

— Está lindo, parece até um homem mais velho. – Elena dizia observando como as férias tinham feito bem a Tyler.

— E a Srta. também está lindíssima, nesse mini vestido verde. Sorte sua que não é minha irmã, se não mandaria você voltar pra casa para trocar. – Tyler se fazia de bravo, medindo mentalmente o tamanho da saia do vestido da sua amiga.

— Para de ser chato vai. – Elena pediu dando um tapinha no peito de Tyler. – Que saudades eu estava de você. – Elena retornou a abraçar Tyler.

— Ei você veio sozinho pra um barzinho? – Elena perguntou e Tyler ficou a olhando com uma cara que Elena não sabia identificar o que era exatamente.

— Ai meu Deus! Você veio acompanhado? Tyler a Caroline está aqui, ela e a Bonnie, por favor me fale que você não veio com uma garota. – Elena já imaginava a confusão que ia ser se Caroline o encontrasse com uma garota.

— Caroline está aqui? Claro que está, é Caroline Forbes, acha que perderia uma festa. – Tyler batia na própria testa, afirmando que a loira sempre estava aonde tinha agitação.

— Tyler você não me respondeu. Veio com quem?

— Na verdade eu vim acompanhado sim, mas não como você está pensando. – Elena ficou sem entender e Tyler lhe virou de lado e apontou para as baquetas que ficavam ao redor do bar: - Olha lá com quem eu vim.

Stefan Salvatore! O próprio.

— Como? Como vocês vieram juntos? – Elena perguntou ainda atordoada com a presença de Stefan ali.

— Encontrei ele hoje mais cedo no hospital, fui levar minha mãe para fazer uns exames e ele estava passando na avaliação, ficamos conversando longas horas e resolvi que precisávamos de uma noite agitada para comemorar a recuperação dele e a minha volta.

— E você não pensou em ligar para a sua amiga aqui? – Elena se fazia de brava.

— Ah para, você é minha maninha, mas hoje queria uma noite só dos homens sabe?! – Tyler piscou para Elena, tomando mais um gole do que havia restado no copo.

— Vou lá falar com ele. Vê se não some, quero dançar contigo ainda. – Elena disse saindo, indo em direção a Stefan que estava sentando de costas.

— Então quer dizer que nas noites de sábado o Sr. sai pra beber? – Elena se aproximou questionando, Stefan virou bruscamente para a garota.

— Desde quando você se tornou a patrulha do álcool? Ei, eu sou mais velho que você, eu que tenho que lhe questionar isso. – Stefan respondeu se fazendo de sério.

— É sério Stefan. Não acredito que você está bebendo ainda tomando antibióticos, como quer que os remédios façam efeito assim? – Elena agora sim parecia aborrecida.

— Calma, eu não estou bebendo, isso aqui é um drink sem álcool. Pode beber para se certificar. – Stefan deu o copo a Elena, que fez uma careta lhe devolvendo o copo.

— Eca, tem cheiro de xixi. – Stefan riu daquela comparação.

— Bem vinda ao mundo das bebidas sem álcool.

Elena se sentou na banqueta do lado de Stefan e ficou olhando para a multidão de pessoas que dançavam sem parar, enquanto Stefan não conseguia disfarçar seu olhar sobre a garota.

Elena estava com um vestido transpassado de manguinhas, um pouco mais acima do joelho. Stefan não conseguia silenciar seus pensamentos quentes : “Porra Elena, precisava vim desse jeito pro barzinho? Precisava colocar esse vestido que evidencia suas belas curvas e ainda de quebra mostra suas lindas coxas? Precisava caprichar no batom e deixar sua boca mais chamativa? Meu Deus Elena, porque você é tão linda?” Stefan pensava secretamente, quando saiu do transe e se deu conta de que Elena estalava os dedos na sua frente.

— Planeta terra chamando.

— O que você dizia? – Stefan perguntou bêbedo todo o seu drink de uma vez, quem sabe aquilo apagasse um pouco o fogo dele.

— Perguntei se vai ficar ai a noite toda, ou se quer dançar?

— Sabe que eu estou um pouco enferrujado né?

— Não sei não, sei que você dança bem até demais. Vamos. – Elena pegou na mão de Stefan e o levantou, fazendo ele ir atrás dela.

— No que você estava pensando? – Elena questionou andando entre as pessoas.

— Nem queira saber. – Stefan disse, soltando uma risadinha. Elena se virou e ficou olhando para Stefan séria.

— O que? Estou falando que não era nada demais. – Stefan disfarçou. Elena estreitou o olhar para ele, porém se virou e continuou a andar, procurando um lugar confortável para poderem dançar.

Mas a frente na pista de dança, Caroline dançava sozinha, apenas se deixando levar pelas batidas da músicas, quando ouviu uma voz que ela conhecia bem:

— Quer companhia para dançar?

Caroline sentiu toda a sua espinha se arrepiar, sentiu o gelo tomar conta de todo o seu corpo. Caroline se virou apressadamente, era um misto de alegria e alivio ver Tyler ali na sua frente, a loira parecia não estar acreditando no que via diante de seus olhos.

— Mudei muito assim que você não está me reconhecendo? – Tyler perguntou se aproximando mais de Caroline.

— Tyler. – Caroline balbuciou numa fala fraca.

— Sentiu saudades? – Tyler novamente perguntou. Caroline sem pensar duas vezes correu para os braços de Tyler, lhe dando um abraço e entrelaçando suas pernas no quadril do rapaz.

— Porque eu senti muito a sua falta Caroline. – Tyler retribuiu o abraço com toda força que tinha. Seu coração batia rapidamente, tão descompassado, que ele podia jurar que a qualquer momento teria um ataque cardíaco.

— Por que você não me ligou? Por que não me procurou? – Caroline indagava ainda grudada em Tyler.

— Porque eu sou um idiota, e achei que seria melhor te dar espaço invés de lhe mostrar o quanto eu quero você na minha vida, o quanto eu sou louco por você.

Caroline sem hesitar tascou um beijão em Tyler, daqueles que parecia cena de filme romântico. Caroline sentia a necessidade de ter ele em sua vida, de ser novamente a garota dele, de ser amada por ele.

— Isso responde a sua pergunta? – Caroline questionava.

— Eu amo você, minha doida e insubstituível Caroline Forbes. – Tyler dizia entre sorrisos e selinhos que depositava nos lábios da loira.

— Acho que eu estou sonhando, mas se eu tiver por favor não me acorde. – Caroline desceu do colo de Tyler e repousou sua cabeça no peito do rapaz, ficando abraçada com ele, na pista de dança, no centro da multidão, apenas ouvindo o som que ela tanto havia sentido falta: O som das batidas do coração dele.

 


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam desse capítulo? Finalmente esses irmãos se entenderam, Glóriaaaaaa... E agora como vai ficar o coraçãozinho dessa galera?
Tyler enfim voltou, e parece que ele e Caroline vão se acertar, será?
Até semana que vem.
Xoxo.

Músicas:

— Stefan e Damon fazendo as pazes (Dean Lewis – Waves)

— Elena e Stefan no barzinho (Arcade Fire – Afterlife)

— Caroline e Tyler se reencontrando (Future Generations – Stars)



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