Laços de Sangue escrita por Mel Dobrev


Capítulo 49
Volte para mim.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindezas. Mais um capítulo para vocês.
Ótima leitura.



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Klaus despertou de seu sono profundo com a forte luz solar que invadia todo o quarto, ele se lembrou que na noite anterior estava muito ocupado para fechar as cortinas do ambiente. Klaus se virou calmamente para avistar Caroline dormindo. A loira estava deitada de costas para ele, com o lençol cobrindo seu corpo da cintura para baixo. Klaus ficou admirando silenciosamente aquela garota, ele se recordava de cada momento da noite anterior, cada toque que depositou nas curvas dela, cada beijo que havia distribuído em seus lábios, em sua pele... Klaus sorria lembrando da sua inesquecível noite. Há tempos ele desejava viver aquilo, ele tinha a certeza de que quando acontecesse seria bom, gostoso, mas a noite anterior havia surpreendido ele de maneira positiva, a noite não tinha sido somente boa, tinha sido incrível, Caroline sabia exatamente aonde tocar, o que fazer para deixar o britânico cada vez mais encantado por ela.

Klaus se aproximou mais da loira e ficou fazendo carinho nas costas dela de maneira delicada, ele não queria que ela acordasse, queria ficar o máximo de tempo ali, apreciando aquela cena aonde só existiam eles dois. Caroline despertou com o toque suave dos dedos de Klaus sobe sua pele, ela se virou aos poucos até está com o corpo totalmente virado para o rapaz.

— Bom dia Sweet. – Klaus disse.

— Você não cansar de me chamar de Sweet né?! – Caroline perguntou, mas não brava, e sim brincalhona.

— Não, você é minha Sweet. – Klaus respondeu visivelmente derretido.

— Sua Sweet? Estou achando que alguém dormiu demais, porque está delirando. – Caroline provocou Klaus.

— Isso fica zombando mesmo, mas não importa o que você fale, o que importa é que ontem você foi minha, somente minha. – Klaus não queria esconder o quão ele estava envolvido pela garota, ele não queria, não podia. O casal ficou por alguns segundos em silêncio, apenas se olhando. Klaus se atreveu a se aproximar um pouco mais de Caroline e acariciou seu rosto pálido, com alguns resquícios de maquiagem da noite anterior. Caroline não parava de olhar nos olhos do rapaz, ela queira tentar compreender o que ele de fato queria com ela, será que ele realmente estava apaixonado por ela como demonstrava? Ou será que ele só estava a usando? Será que a relação deles representava alguma coisa para ele? Ou será que ela era apenas mais uma “Paola” em sua vida?

Klaus secretamente pensava como um garota mimada, birrenta como Caroline Forbes havia conquistado seu coração, como aquela loira tinha o tocado profundamente. Klaus não conseguiu se segurar e colou seus lábios com o de Caroline num beijo apaixonado. Caroline correspondeu o beijo agarrando suavemente a nuca e os cabelos de Klaus.

— Preciso ir no banheiro, estou apertada. – Caroline pausou o beijo e disse.

— Isso não é nada romântico durante um beijo Srta. Forbes. – Klaus debochou soltando um sorriso.

— Posso fazer o que? Estou fazendo xixi nas calças. – Caroline se virou para sair da cama e Klaus a pegou pela cintura e se posicionou por cima da garota.

— Você pode ir ao banheiro, mas antes quero outro beijo de bom dia. – Klaus pediu e logo deu um beijo caloroso em Caroline, um beijo demorado, onde a língua dos dois amantes ficaram brincando por um bom tempo. Klaus finalizou o beijo e Caroline se levantou e foi direto para o banheiro. O rapaz também se levantou, vestiu sua peça intima e foi direto para a grande janela do quarto, ele queria apreciar o belo dia que estava nascendo naquela manhã. Caroline retornou e ficou curiosa para saber o porquê Klaus estava de pé olhando através da janela. A garota se pôs ao lado do rapaz e ficou também ali, contemplando o belo amanhecer. Klaus foi para trás de Caroline e a envolveu nos seus braços, Caroline correspondeu aquele abraço entrelaçando suas mãos com as de Klaus.

— Você tem um cheiro tão bom. – Klaus dizia beijando um dos ombros de Caroline.

— Creme direto de Paris, presente da mamãe. – Caroline se gabava soltando um pequeno sorriso.

— Direto de Paris é? Que tal da próxima vez você mesma ir comprar enquanto passeamos pelas ruas deslumbrantes de Paris?

— Tá me convidando para ir a Paris contigo? – Caroline perguntou, mas ela meio que já sabia a resposta.

— Sim. O que você me diz? – A cada palavra que Klaus pronunciava era um beijo a mais que Caroline ganhava em seus ombros e pescoço.

— Digo que tenho que pensar, afinal ficar ao seu lado é muito perigoso. – Caroline confessou se virando para ficar frente a frente com Klaus.

— Perigoso? Hum, posso saber porquê. – Klaus questionou, agora acariciando os cabelos de Caroline.

— Porque você desperta em mim sentimentos que eu não queria sentir. – Caroline foi direta. Klaus ficou encarando a loira, surpreso com aquela confissão. Ele já estava bem acostumado com uma Caroline que só lhe dava “patadas”, mas uma Caroline sentimental? Ele havia desejado aquilo secretamente, mas agora que estava acontecendo ele não estava acreditando, estava em êxtase.

— O gato comeu sua língua? – Caroline indagou percebendo que o rapaz ficou sem fala.

— Não, só estou em êxtase com suas palavras. – Klaus confessou. O rapaz ia de encontro aos lábios da loira novamente, quando foram interrompidos por um toque de celular.

— É o seu. – Caroline falou com cara de poucos amigos.

— Atende. – Klaus abriu espaço para que a loira pegasse seu celular que estava no bolso de sua calça. Klaus sabia que Caroline ainda estava desconfiada dele por causa da ligação daquele dia de sua “amiga” Paola, e ele não tinha nada a esconder dela, ele faria tudo para que a garota se sentisse segura e confortável ao lado dele.

— Não. Não quero vivenciar o que aconteceu naquele dia novamente. – Caroline disse séria.

— Não tenho o que esconder de você. Atende. – Klaus insistiu.

— Quer saber? Vou atender mesmo. – Caroline disse determinada. – E se for aquela sua amiguinha Paola, vou logo falar para ela ir tirando o time dela de campo. – Caroline continuou.

Klaus achou graça daquilo, ela realmente tinha ficado com ciúmes dele naquele dia, e agora queria marcar território, e sinceramente, Klaus estava adorando aquilo.

“Alô” Caroline atendeu com uma voz “amigável”, já que o número estava como desconhecido.

“Bom dia, o Sr. Mikaelson se encontra?” Falou um voz masculina.

“Só um momento que vou passar para ele, quem gostaria?”

“É o Henry Clark, o novo advogado da Sra. Mikaelson.” Ao ouvir aquelas palavras Caroline gelou. Ela devia estar imaginando coisas, tirando conclusões precipitadas, então resolveu perguntar:

“Como?”

“O novo advogado da esposa dele.” Ali veio a confirmação, a decepção. Caroline fuzilou Klaus com o olhar e continuou a ligação.

“Olha Sr. Clark o Sr. Mikaelson te liga daqui a pouco, no momento ele está de saída.” Caroline disse fria.

“Obrigada. Só peça para ele me retornar, pois é um pouco urgente.”

“Como quiser. Tenha um ótimo dia.” Caroline finalizou a ligação e ficou encarando Klaus. Caroline colocou o celular do rapaz sobe a poltrona e começou a se vestir. Klaus ficou intrigado com aquela cena. Ele foi até o estofado e pegou seu celular para ver quem tinha ligado e tinha deixado Caroline tão séria, porém o número era desconhecido.

— O que foi Caroline? Quem era? – Klaus perguntou.

— Henry Clark. – Caroline respondeu seca. Klaus continuou a olhando sem entender muito.

— O novo advogado da sua esposa. – Caroline completou ríspida.

— Não, não... não é nada disso do que você está pensando. – Klaus tentou se explicar.

— Me poupe das suas explicações. O que você vai inventar agora hein? – Caroline começou a ser mais grossa do que o normal.

— Não vou inventar nada, só vou lhe falar a verdade, como sempre fiz. – Klaus disse, agora também sério, o clima de romance tinha acabado de vez.

— Ah desculpa, esqueci que o Sr. é o todo certinho de caráter impecável. – Caroline ironizou.

— Não estou falando que sou certinho, mas tenho total orgulho de dizer que nunca menti pra você.

— Isso já é uma mentira, na verdade você só sabe falar mentiras para mim. – Caroline falava calçando suas sandálias. Klaus observava, ele não gostava de discutir, ainda mais sendo com Caroline que era cabeça dura.

— Vai Klaus pode para de se fazer de bonzinho, de cara romântico, você fez tudo isso pra conseguir me levar pra cama, não foi? – Caroline o confrontou.

— É isso que você pensa de mim? Que eu queria só lhe levar para cama? – Klaus definitivamente tinha se sentido ofendido com aquele comentário.

— É exatamente isso. Eu nunca deveria ter lhe dado ouvidos, nunca deveria ter caído no seu papo, me deixado se encantar por você. – Caroline falava com desprezo.

— Eu que nunca deveria ter lhe dado o apreço da minha companhia, ter gasto o meu tempo tentando conquistar uma garota mimada que só se importa com aquilo que é bom pra ela. – Klaus respondeu a loira cheio de rancor.

— E você só se importa com o que satisfaz seu ego, como por exemplo: Levar uma adolescente para cama.

— Não te forcei a nada, você veio porque quis, tanto quanto eu. – Klaus a essa altura já estava se vestindo.

— Eu tenho nojo de você. – Caroline falou alterando seu tom de voz.

— E eu tenho raiva, mas não de você, de mim. Por baixar minha guarda e pensar que uma garota que nem saiu das fraldas ainda pudesse corresponder meus sentimentos. – Klaus não gostava de discutir, mas também não ia ficar calado ouvindo os desaforos de Caroline.

— Eu te odeio, te odeio. – Caroline ia abrindo a porta para sair, quando Klaus a impediu segurando a porta.

— Estou pedindo uma última vez: Me deixe explicar o que de fato está acontecendo. – Klaus pediu mais calmo, porém Caroline ainda permanecia com raiva, se sentindo enganada, usada.

— Nunca mais me dirija a palavra, nunca mais olhe para mim, se me encontrar na rua mude de calçada, porque eu farei a mesma coisa. – Caroline respondeu friamente. Klaus assentiu positivamente com a cabeça e desencostou da porta. Caroline a abriu e saiu porta a fora sem nem olhar para trás. Klaus respirou fundo e se sentou na cama para calçar seus sapatos. Ele não podia acreditar no quão infantil era Caroline quando estava com raiva. Ela não poderia ser um pouco mais racional e deixar com que ele se explicasse? Klaus sabia que a situação não estava tão favorável quanto ele pensava, talvez se fosse ele no lugar dela ele ficaria furioso também, magoado, mas ele lhe daria o benefício da dúvida, deixaria ela se explicar, tentaria ver uma solução, pois o que ele estava sentindo por ela era maior do que qualquer sentimento que ele havia sentido na vida. Porém se por qualquer coisinha a loira já jogava tudo pro alto e nem dava a ele o direito de se explicar é porque ela não sentia a mesma coisa por ele, e na realidade era até melhor, porque ele não tinha paciência para viver um relacionamento conturbado, cheio de dramas adolescente, ele já estava na casa dos trinta, queria uma relação séria, madura, e estava na cara que Caroline não estava preparada para aquilo.

Caroline saiu enfurecida pelo longo corredor da mansão dos Salvatores. Caroline logo encontrou um rosto amigo, quando deu de cara com Elena saindo do quarto ao lado.

— Caroline era você que estava falando alto? Acordei com vozes altas. – Elena perguntou confusa.

— Eu sou uma idiota amiga, uma burra. – Caroline desabafou.

— Ei. – Elena ao perceber a expressão de sua amiga foi logo a abraçando.

— Sou tão estupida. – Caroline choramingo no ombro de Elena.

— Vamos para o quarto, lá você me conta tudo. – Elena pegou numa das mãos de Caroline e a conduziu para o quarto.

— Espera. – Caroline parou no meio do caminho. – Não tem nenhum Salvatore/ Grey no seu quarto não né? Não quero ficar de vela. – Caroline disse.

— Não, estou no quarto do Stefan, estou sozinha. – Elena explicou. Caroline tornou a acompanhar Elena até o quarto. Chegando ao quarto, as duas amigas se sentaram na enorme cama e Caroline começou a contar tudo o que tinha se passado na noite anterior até minutos atrás entre ela e Klaus, e Elena ouvia tudo atentamente.

— Mas por que você não deixou ele se explicar Car.?

— Explicar o que Elena? Ele é casado, CASADO. Você tem noção disso? Eu fui pra cama com um homem casado. – Caroline se lamentava.

— Estranho que o Damon ou ninguém nunca comentou que ele era casado. – Elena falava pensativa.

— Porque o Damon é amigo dele, e encobre ele. – Caroline falou entre dentes.

— Car. se ele for realmente casado quem errou foi ele, tudo bem você ficou com ele, mas você não sabia que ele era casado, sua consciência tem que estar tranquila.

— Eu estou com tanto ódio dele Elena, tanto. Eu odeio ele, odeio com todas minhas forças. – Caroline falava esmurrando um dos travesseiros que havia em cima da cama.

— Mas você está com ódio por que descobriu que ele é casado ou por que você estava começando a sentir algo por ele? - Elena questionou sua amiga.

— Porque descobrir que ele é casado. – Caroline respondeu rapidamente.

— Caroline Forbes, vai mentir pra mim? – Elena continuou questionando.

— Vai me julgar? – Caroline perguntou receosa.

— Jamais, não sou a Srta. – Elena disse brincando.

— Ai desculpa, eu sei que fico julgando todo esse lance entre você e o Damon, me perdoa.

— Tá, mas não foge da pergunta. E então? – Elena continuou.

— Ai Elena ontem foi tudo tão fora do comum e tão incrível ao mesmo tempo. Ele me fez sentir coisas que eu ainda não havia sentido com nenhum cara antes, o beijo dele é fatal, o toque dele... fico arrepiada só de pensar. E sim, eu vou admitir isso somente essa vez, eu comecei a sentir algo por ele. – Caroline pegou um dos travesseiros e tapou seu rosto.

— Não precisa ficar com vergonha de mim Car. Eu já fiz tantas burradas e você me aconselhou... Apenas seja sincera consigo mesmo, eu sempre vou te apoiar no que você escolher seguir.

— Como eu te amo amiga. – Caroline retirou o travesseiro e abraçou Elena fortemente.

— AI MEU DEUS!! – Caroline deu um pulo da cama. – Hoje é de verdade seu aniversário, parabéns meu amor. – Caroline tornou a abraçar Elena e ficou ali um longo tempo felicitando sua amiga.

— Venha, temos que descer. – Caroline já foi puxando Elena pela mão.

— Caroline eu nem troquei de roupa, ainda estou com a roupa da festa.

— Dormiu com essa roupa foi? – Caroline perguntou e Elena assentiu positivamente para amiga. – Credo, sua porquinha. – Caroline zombou de Elena, mesmo assim Caroline puxava Elena pela mão.

— Está muito cedo, são sete horas, ninguém levantou ainda. – Elena dizia sem muito sucesso, pois Caroline já estava a arrastando para fora do quarto. As duas garotas desceram rapidamente as escadas e se encaminharam a sala de jantar, quando Elena chegou a mesa já estava cheia de rostos familiares: Lily, Giuseppe, Damon, Bonnie e Lucas.

— Feliz aniversário. – Todos falaram juntamente. Elena ficou bastante surpresa, ela não imaginava que teria um café da manhã surpresa em seu aniversário.

— Pensou que o dia real do seu aniversário passaria em branco? Jamais. – Bonnie foi abraçando sua amiga e lhe desejando muitas felicidades. Depois foi a vez de Lily abraçar a sua querida amiga e lhe desejar grandes conquistar e lhe elogiar o máximo que podia, logo depois foi a vez de Giuseppe que também rasgou elogios a Elena e lhe desejou o melhor que o mundo poderia lhe oferecer. Lucas foi breve e abraçou sua colega de curso e lhe desejou muitas e muitas felicidades para aquele novo ano. Todos retomaram o seu lugar e foram se servindo dos quitutes que Lily e sua cozinheira havia preparado para aquele farto café. Damon foi se aproximando aos poucos e deu um abraço caloroso em Elena.

— Que seu novo ano seja incrível, que seu dia seja mágico, e que você seja imensamente feliz todos os dias da sua vida. – Damon disse durante o abraço no ouvido da garota.

— Obrigada. Obrigada por tudo, obrigada por muito. – Elena disse, também falando no ouvido do moreno. Ambos trocaram um olhar confidente e logo se juntaram com o pessoal ao redor da mesa. Caroline trouxe um segundo bolo, que desta vez tinha sido feito por ela e Bonnie. O grupo de amigos cantou parabéns para Elena e começaram a saborear o bolo que continham bastante chocolate.

— Está muito bom meninas, vocês estão de parabéns. – Giuseppe elogiava se referindo ao bolo.

— Já pode casar em Srta. Bonnie Bennette. – Elena dizia lançando olhares para Lucas.

— Casar? Oie? – Lucas começou a tossir, fingindo que tinha se engasgado com aquela indireta. Todos riram, inclusive Bonnie, que sabia o namorado brincalhão que tinha.

— Barbie. – Damon cumprimentou Caroline, que estava bem próxima dele.

— Por acaso você viu seu querido amigo hoje? – Caroline perguntou discretamente, ela queria saber se Klaus já havia ido embora.

— Que amigo? – Damon perguntou se fazendo de desentendido.

— O único amigo com sotaque que você tem. – Caroline revirou os olhos.

— Ah, você deve estar falando de um certo britânico, que estava aos beijos com você na noite de ontem. – Damon disse cinicamente.

— Ele que lhe disse isso? – Caroline até se engasgou com o suco que estava tomando.

— Calma loirinha. Não, eu que estava indo para a cozinha pegar um copo d’agua e me deparei com vocês quase que transando em cima da pia. – Damon falou com uma cara bem safada para Caroline. Caroline deu um tapa no ombro de Damon.

— Para de ser chato, como se você também já não tivesse se pegado na cozinha. – Caroline lhe lançou um olhar provocativo. Damon sabia que ela estava se referindo a vez que ele e Elena “se pegaram “ na cozinha de seu apartamento.

— Então viu ou não viu? – Caroline retornou a perguntar.

— Sim, ele já foi embora.

— Menos mal. – Caroline agradeceu mentalmente.

— Por que? Você queria falar com ele? – Damon perguntou, fingindo não saber de nada, mas ele e Klaus eram muito ligados, na verdade eles formavam um trio de “irmãos”: Klaus, Damon e Stefan, os três eram inseparáveis na adolescência, apesar da diferença de idade. Klaus já havia lhe contado sobre tudo o que havia se passado com ele e a loira, porém Damon preferiu não se meter, até porque Klaus pediu isso a ele.

— Não, só queria saber se ele já tinha ido embora mesmo. – Caroline deu de ombros.

A campainha tocou e Damon se ofereceu para atender, já que no domingo todos os empregados ficavam de folga, somente a cozinheira estava naquele dia fazendo hora extra.

— Pois não? – Damon atendeu a porta recebendo dois policiais.

— Por favor o Sr. ou Sra. Salvatore. – Um dos policiais pediu sério.

— Do que se trata? – Damon perguntou, vendo o semblante sério dos policiais.

— Gostaríamos de falar com os pais ou algum parente de Stefan Salvatore.

— Podem falar comigo, sou o irmão dele. – Damon falou. Na mesma hora Lily apareceu na porta e pela expressão de Damon percebeu que havia algo errado.

— O que aconteceu? – Lily perguntou preocupada.

— O Sr. Stefan Salvatore foi pego numa emboscada por alguns traficantes e deu entrada no hospital geral nessa madrugada. – Um dos policiais explicou.

— Como assim? Ai meu Deus. – Lily estava aterrorizada. Damon a apoiou em seus braços.

— Como ele está? Qual o estado dele? – Damon perguntou.

— Ele levou uma surra, também ele estava sozinho contra três caras, mas fiquem tranquilos que ele está estável.

— E os caras que fizeram isso? Pegaram os filhos da puta? – Damon perguntou nervoso.

— Sim. Conseguimos chegar a tempo porque pessoas que passavam pela rua 43 nos ligou denunciando, como estávamos de patrulha bem perto daquela rua nós chegamos bem rápido.

— A rua 43 é perto daqui, somente algumas quadras. – Lily pensou alto.

— Precisamos que os pais ou um parente legal compareça ao hospital para assinar a papelada de sua internação.

— Vocês estão perdendo toda a diversão, vamos .... – Caroline parou de falar quando viu os policiais. – O que aconteceu? – A loira perguntou bastante preocupada.

— O Stefan está no hospital. Levou uma surra dos traficantes. – Damon explicou.

— O que você acabou de falar? – Elena que chegava no hall de entrada acompanhada de Bonnie havia ouvido parte da conversa e se assustou.

— Elena meu amor, o Stefan foi pego numa emboscada, ele está no hospital. – Lily disse. Elena sentiu aquela noticia lhe apunhalar e com o baque Elena se sentiu tonta, tombando para trás. Damon na mesma hora correu e segurou Elena em seus braços.

— Você está bem? – Damon perguntou bem preocupado.

— Eu não ouvi direito, não ouvi. – Elena se recusava a acreditar naquilo. Damon a pegou no colo e a colocou no sofá mais próximo.

— Caroline me traga um copo d’agua com açúcar por favor. – Lily pediu. Caroline foi correndo pegar.

— Você está bem? O que você está sentindo? – Damon perguntava olhando atentamente cada expressão de Elena.

— Eu estou bem, só senti um tontura. Damon me diz que ele vai ficar bem. – Elena pediu com os olhos lagrimejados.

— Vai sim, vamos agora ver ele.

— Eu também quero ir. – Caroline disse entregando o copo com água e açúcar para Elena.

— Eu levo todos, no meu carro cabe. – Damon disse ajudando Elena a se levantar.

Damon ajudou Elena a se acomodar no banco do passageiro, e Caroline, Lily, Giuseppe, Bonnie e Lucas se acomodaram nos bancos de trás. Damon dirigia apressadamente para o hospital, ele queria muito ver como Stefan estava, mais também estava preocupado com Elena.

Chegando no hospital todos estavam aflitos, querendo saber o estado de Stefan e se poderiam vê – lo. Sem muita demora, os policiais levaram todos ao médico que atendeu Stefan e o internou.

— Agora ele está estável, pedi alguns exames e tudo está bem. Ele chegou aqui com alguns cortes superficiais no rosto e com uma das costelas quebrada, porém devido a seus exames estarem bons eu já poderia dar alta para ele, mas vou esperar mais algumas horas para observar o quadro dele. – O médico explicou a todos.

— Podemos ver ele? – Lily perguntou.

— Podem, porém peço que entre de dois em dois, pois podem sobrecarregar a ala, e além do mais ele está sedado, vai dormir por pelo menos umas três horas.

— Quem vai primeiro? – Giuseppe perguntou.

— Vai a Lily e a Elena. – Damon decidiu. Lily e Elena entrelaçaram os braços e seguiram o médico até o segundo andar, aonde Stefan se encontrava.

Ao chegaram no quarto, Lily já começou a chorar ao ver seu filho com alguns hematomas roxos espalhados pelo rosto e alguns cortes. Lily se aproximou e ficou pegada na mão de Stefan.

— Ah meu filho, por que foi acontecer tudo isso justo com você? Meu doce menino. – Lily falava entre lágrimas.

— Você vai se recuperar, vai voltar para nossa família, você ainda vai ser muito feliz. – Lily não tirava os olhos de seu precioso menino.

Elena ficou um pouco distante, observando Lily conversar com Stefan, observando o estrago que os traficantes tinham feito nele, e se sentindo muito culpa, porque se não fosse seu envolvimento com Damon Stefan não teria se entregado as drogas, e se ele não tivesse se entregado as drogas aquilo jamais teria acontecido.

Lily caminhou até Elena e lhe chamou a atenção.

— Meu bem vem ficar com ele.

— Isso tudo é culpa minha. – Elena falava tentando segurar suas lágrimas.

— Claro que não minha querida. Nada disso é sua culpa, pare de se martirizar por isso. – Lily conduziu Elena até ao lado da maca que Stefan estava. Ao ver Stefan naquele estado o coração de Elena doeu, sangrou. Ela sentiu tanta pena dele, sentiu tanto por todo sofrimento que ele passou.

— Acharam ele na rua 43 Elena. – Lily falava para sua ex – nora.

— Fica perto da mansão. – Elena pensou alto.

— Exatamente. Ele estava indo para o seu aniversário. – Lily concluiu.

Um esperança dentro de Elena se acendeu, uma pequena faísca virou um fogaréu desenfreado. Elena pegou na mão de Stefan e apertou:

— Fica bom logo, volte para todos nós, volte pra mim. – Elena pediu beijando a mão de Stefan.

Lily foi saindo devagarinho, observando através da janela de vidro Elena falar com seu filho.

Elena ficou acariciando o rosto todo machucado de Stefan e pediu mentalmente para Deus que a vida dele de agora em diante fosse mais fácil, que ele fosse imensamente feliz, não importava se seria com ela ou não, o importante era ele ser feliz, ser preenchido com toda felicidade do mundo, porque ele merecia isso, ele tinha que ser feliz.

 


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Caroline e Klaus se odeiam e se amam, será que essa relação tem futuro? E o que vai acontecer com Stefan agora?
Até quinta no próximo capítulo.
Xoxo.

Músicas:

— Klaus vendo Caroline dormir e eles conversando depois. (Andrew Belle – Pieces)

— Klaus e Caroline discutindo. (Gnash feat. OliviaO’ Brien – I hate u, I love u)

— Damon abraçando Elena. (Aj Mitchell – All my friends)

— Elena vendo Stefan no hospital e “falando” com ele. ( Chord Overstreet – Hold on)



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