Sob seu olhar escrita por Iced


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Perdoem os erros. Capítulo adiantado pois Sábado estarei ocupadíssima
Espero que gostem~



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— Minha ressaca está h-o-r-r-í-v-e-l!

Tereza massageia as têmporas na busca que isso alivie a sua dor de cabeça, por outro lado, ela não abdica nem por um momento de seus fones, que de tão altos consigo ouvir sem nem estar com eles no ouvido.

— Ah, eu imagino. — Digo, mas sei que ela não vai me escutar nem em sonho.

Dito e feito, ela começa a cantarolar a letra de "Wannabe" sem sequer fazer menção de ter me ouvido.

Não que isso seja ruim. Não. É muito bom, inclusive. Ter um momento de paz e clareza de pensamentos perto de Tereza as vezes é tão raro quanto ganhar na Mega-Sena.

Bem, clareza de pensamentos não é exatamente o que eu tenho desde ontem quando descobri que o incrível Noah estava olhando diretamente para mim.

Uma parte de mim diz o racional, que é normal encarar uma pessoa que acabou levar um banho de uma bola de canhão. A outra, entretanto, nega completamente a teoria, afirmando que o olhar dele possuía certa intensidade.

No fim nenhuma prevalece e eu sigo surtando internamente por isso.

— Catty mandou uma mensagem perguntando se nós não queremos ir na praia com ela.

Tiro as mãos do rosto, que não lembro de ter colocado lá, e olho na direção de Tereza, vendo que ela finalmente havia retirado os fones.

— Não tô com o mínimo ânimo para isso. — Sou sincera, e Tereza concorda, se recostando na cadeira de balanço do seu quarto.

— É, eu também não. Depois que você saiu ontem, a bebida foi a última coisa que me deu dor de cabeça. Vou avisar pra Catty que vamos deixar essa passar, okay?

Eu não respondo verbalmente, apenas confirmo com um gesto de "joinha". Porém, minha curiosidade fala mais alto e eu chamo a atenção de Tereza antes que ela coloque os fones novamente.

— Espera, o que aconteceu depois que eu fui embora?

Devido ao horário, tive que ir embora bem mais cedo que a maioria dos festeiros ali.

Tereza sorri, e joga os fones e o celular em cima da mesinha, enquanto corre e pula na cama, ficando bem ao meu lado.

— Você não vai acreditar. Parece que a bruxa estava solta ontem, sabe, aconteceu de tudo e mais um pouco. — Tereza começa a dizer, com um entusiasmo sem igual. — Jonathan terminou com a Ste-argh pela enésima vez, João Carlos brigou com o Wesley e quase os dois foram pro hospital, tivemos mais dois términos envolvendo apostas no strip-poker, e o maior babado da noite, Noah foi pra cima do Thiago depois que ele tentou beijar a Catty na marra. Foi lindo, mas tivemos que tirar o Noah de cima dele antes que o coitado do Thiago fosse parar na emergência. Tadinho, apanhou foi pouco.

Tereza não hesita em demonstrar sua felicidade por Thiago ter apanhado.

— Noite animada, hein? — Comento, imaginando como Noah deve estar naquele momento. Talvez ferido, ou não?

— Absolutamente. Se você estivesse lá iria ver o quão bom de porrada o pessoal de lá era. Me senti no canal combate, só que ao vivo.

Não deixo de rir com essa comparação, imaginando com seria Tereza assistindo uma luta ao vivo. Uma cena cômica, sem dúvidas.

Uma batida na porta nos chama a atenção, e apenas a cabeça de Diana aparece quando a porta se abre.

— Meninas, o almoço está pronto.

Diana logo fecha a porta novamente, e Tereza praticamente me puxa escada abaixo, alegando estar com a fome de mil homens.

...

A tarde de sábado foi quase tão tranquila quanto poderia ser. Cerca das duas da tarde eu retornei para casa, e fiquei curtindo a companhia do Petuxo durante toda a tarde.

Petuxo apesar de preguiçoso é um gato pra lá de carinhoso. Sempre deitando em cima de mim e fazendo questão de deixar seus pelos em minha roupa. Típico de gatos.

O resto do sábado foi dividido entre trabalhos a serem feitos e séries a serem atualizadas, uma pena que eu não tenha me focado direito em nenhuma dessas tarefas. A noite de sexta ainda rodava intensamente em minha cabeça.

...

A segunda-feira nunca foi um dos meus dias da semana favoritos. Parece que ela traz consigo uma vibe de cansaço interminável e uma vontade avassaladora de voltar para o final de semana.

Por outro lado, um dos prós da segunda-feira é que minhas aulas começam bem mais tarde, e por consequência eu posso dormir um pouquinho mais.

Uma pena que esse "pouquinho mais" não resolva para que meu cansaço diminua, como posso observar olhando meu reflexo na tela do celular.

Tereza não veio para a faculdade hoje, o que significa que meu dia será majoritariamente solitário. Consequências de se ter apenas um amigo, e não lidar bem com pessoas.

Nos corredores eu tento andar o mais rápido possível, querendo chegar na sala de aula o mais breve possível. Tarefa essa que não é exatamente fácil quando se tem lesmas ambulantes na sua frente.

— Gente, licença, tô passando!

Fico pasma quando sinto uma mão agarrando meu punho e praticamente me arrastando na direção do fim do corredor.

Seus cabelos loiros agora estão sem tranças, completamente lisos e esvoaçantes. Se um dia a Pantene se cansar da Gisele já podem contratar a Catterine.

— Meu Deus, Catty. Tá doida, mulher?! — Digo assim que chegamos ao destino e Catty solta meu pulso.

Ela começa a rir, mostrando que não leva a sério minha expressão assustada de quem praticamente foi arrastada através de um mar de gente por uma pessoa que parece ter surgido das trevas.

— Quem estava doida era você. Tem boca não, Maria? Iriam se passar 10 anos e você ali, esperando aquele bando de idiotas passar. Se imponha, mulher. — Catty faz uma pose de herói, como se sua fala fosse um daqueles discursos que os herói sempre dão em momentos de perigo.

Me limito a rir, pensando que Catty tem razão quanto a isso.

Paro a risada quando vejo a aproximação de duas pessoas que atraem bastante olhares no corredor. Catty sorri, enquanto parece que meu coração vai sair pela boca

— Noah! Rô. — Catty acena.

Rô? Okay, esse apelido consegue ser pior que minha crise de ansiedade.

— Gatinha, eae. — O tal "Rô" se aproxima de Catty, lhe dando um beijo na bochecha, e apenas me saúda com uma piscadela. — Eae, amiga da gatinha.

Aceno em resposta, sorrindo nervosamente. Ao lado de Rô, Noah apenas abraça Catty, e não faz menção de ter me visto.

Ótimo, acho que fui ignorada.

— Catty, acho que já vou. Minha aula vai começar já e o Ramiro não suporta atrasos. — Digo, vendo a sua expressão e a de Rô se transformarem em uma careta.

— Ramiro? Credo. Na época da matéria dele meu medo era ir na cozinha e ver ele me esperando com a tabela de exercícios na mão. DEUS É MAIS! — A fala de Rô me faz dar uma risada alta, porém não tão alta quanto a de Catty.

— Essa foi ótima, Rô. Okay, Maria, vai lá. Vou levar esses dois lindinhos aqui para as salas deles.

Dou uma última olhada neles, vendo Catty puxar tanto Rô quanto Noah, sendo que este, antes de dar as costas olha na minha direção. Alguns segundos, é a quantidade de tempo que ele olha diretamente para mim e depois se deixa ser levado por Catty.

É uma situação estranha. Pois em nenhum momento ele esboça qualquer tipo de reação.

Não evito franzir minhas sobrancelhas, completamente confusa. Antes Noah não parecia me tratar mal, embora só fosse educado.

Agora ele está claramente me ignorando. Ou será que entendi errado?

Giro meu corpo, indo em direção à sala de aula com o pouco de coragem que resta em minha pessoa.

De uma pessoa que ele só falava por educação, me tornei uma pessoa que ele está ignorando.

Isso me leva a uma pergunta central: Eu fiz algo errado?


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Notas finais do capítulo

WELL, WELL, WELL

Agora que vemos que a senhorita Noah não está para conversas, vamo bater um papo entre nós. O que mais gostaram no capítulo, hein? Hein?

Hoje vimos um pouquinho mais da Catty (minha fada amada) e de Rô k k k sério, eu ri tanto quando pensei neste apelido, maaasss, é isto.

Até a próximo, guys~



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