Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Lisa Carlton, a arma viva




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P.O.V. Jeremy.

Nós esperamos. Era só o que dava pra fazer.

Imagine a minha cara quando Lisa, a médica que invadiu o apartamento dela e outro cara saem de dentro da instalação.

—O que?! Meu Deus é a Lisa!

—Como ela saiu assim duma instalação militar?

—Ela é a Lisa.

P.O.V. Lisa.

Passamos para pegar a Doutora e saímos.

—Muito bom, camarada.

—Só tem um problema.

—E qual é?

Apontei a arma para ele.

—Não sou sua camarada.

Dai eu estourei os miolos dele. Ouvi a Doutora gritar.

—Era o que você queria não era? Me trazer pra cá, a qualquer custo. Meus parabéns.

—Você sabia. Sabia de tudo, armou isso tudo.

—Exatamente. Enquanto você estava indo com a farinha, eu já estava voltando com o pão. É melhor a gente sair daqui logo, este lugar vai se auto-destruir.

—O que?!

—Vamos.

Eu vi Jeremy e Beverly á distância.

P.O.V. Jeremy.

Ouvi o disparo.

—Meu Deus! E se alguém atirou na Lisa?! Lisa!

A civil maluca foi correndo, desarmada em direção a uma instalação militar de alta tecnologia!

—Beverly!

Estávamos no meio do deserto de Mohavi na Califórnia. E eu fui atrás dela. O que mais poderia fazer? 

Paramos diante da enorme cerca com arame farpado onde estava o aviso de Não entre, somente pessoal autorizado. Havia um cadeado que segurava pesadas correntes.

—Lis! Lis! Diz alguma coisa Lisa!

De repente, atrás de nós ouço um...

—Bo!

Rapidamente me viro e aponto meu revólver para quem quer que seja. E era Lisa.

—Que que se tá fazendo com isso menino? Vai dar um tiro no próprio pé!

—Sobre isso... ele não vai.

Beverly correu para abraçar Lisa.

—Ai Graças á Deus! Estamos te rastreando á meses.

—Me rastreando? Como assim me rastreando?

Beverly olhou pra mim e eu olhei pra ela.

—O que é que vocês estão escondendo de mim? Vocês não tem que me proteger de nada. Desembuchem.

—Eu sou... um soldado.

—E? Esse era o seu grande segredo?

—Ele não é só um soldado. É um...

—Sou um espião.

—Sério? E o que um espião estaria... não. Não. Eu não acredito.

Vi as lágrimas brotando dos olhos de Lisa. Escorrendo por suas bochechas.

—Você veio atrás... de mim. Eu... eu te deixei entrar. Eu te deixei entrar, eu não deixo as pessoas entrarem.

Eu entendi que ela não estava falando literalmente. Estava falando figurativamente, de seu emocional.

—Eu sou tão burra. Tão burra em pensar que... você iria realmente gostar de mim. O quanto você sabe e pra quem você contou?

—Lisa...

—Fala!

—Estive mandando relatórios de suas habilidades desde o primeiro dia.

—Leu o meu diário?

Eu não conseguia responder.

—Você leu, não leu? Ele leu. Contou para quem quer que sejam os seus mandantes sobre minha mãe?

—Contei. Sobre o experimento, sobre sua mãe biológica, sobre a morte de Elisa e a de Emília. Mas, eu... parei de mandar...

—Cale a boca! É tudo o que eu sou para vocês. Para todos vocês. Para você Doutora, sou cobaia, uma fonte de remédio, a cura para o câncer. Para você Jeremy se é que esse é o seu nome mesmo, sou uma arma. Uma força ofensiva para intimidar o inimigo e subjugar os outros, para o russo eu era sua camarada. É mentira! É tudo mentira! São todos mentirosos!

—Lisa. Lisa... calma.

O surto emocional de Lisa começou a afetar o ambiente. As pequenas pedrinhas flutuando, seus pés começaram a sair do chão.

—Lisa Carlton, a aberração! Lisa Carlton, a experiência, Lisa Carlton, o sucesso. Lisa Carlton, a arma. Lisa Carlton, a coisa!

Então ela, ela voou. Ouvi o barulho, ela rompeu a barreira do som.

—Ela é capaz de voar. Ela é capaz de... voar.

—É. Agora é.

 

Então ela ficou parada bem acima de nós. Era algo impressionante. Os cabelos estavam luminosos e os olhos também, tinha toda aquela luz envolta dela.

—O que é isso? Uma Fênix Negra?

—O que?

—Lisa. Lis! Tá me ouvindo?

—Sim, eu posso te ouvir Beverly. Aposto que pego a maior onda antes de você.

—O que? Lisa? Você está bem?

—Melhor do que bem. Você vai perder, vou pegar a maior onda e você vai ter que me pagar um suco.

—Ai Meu Deus!

—O que?

—Acho que ela está dormindo.

—Como assim?

—Ela tá dormindo, está sonhando. Ela não sabe que estamos no deserto ainda.

—Deserto?

—Lisa, estamos no deserto de Mohavi. Não estamos na praia.

Então, os olhos dela piscaram e ela despencou. Felizmente eu a peguei que se caísse.

—Ai. Eu to tão cansada, o meu corpo está doendo. Como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão.

—Qual é a última coisa da qual se lembra?

—Estávamos no hotel.

—Qual deles?

—O que tinha a placa vermelha. E a atendente oferecida.

—Este tempo todo ela estava dormindo. Inconsciente, porém consciente.

—Ei! Você me drogou! E me sequestrou!

—Dupla personalidade?

—Não exatamente. Acho que a Lisa não dorme mais como antes.

—O que isso quer dizer?

—Seu inconsciente toma o controle quando você dorme. Está andando, falando, atirando, mas está dormindo.

—Atirando? Oh, os soldados. Eu sabia o que estava fazendo, mas... foi um sonho. Foi um sonho. Não foi?


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