Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Memórias




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P.O.V. Lisa.

Eu me lembro. Eu me lembro de tudo.

Quando era bebê, de estar no colo da minha mãe, de ouvi-la cantando para eu dormir, do quanto a voz dela era calmante. O berço, com o mobílie de estrelinhas. Quando era criança, meu padrasto Clark que foi meu pai para todos os efeitos, o dia que ele morreu. De ir ao enterro.

Clark era policial, respondendo a uma chamada de violência doméstica ele foi baleado e morreu.

P.O.V. Beverly.

Ela estava varrendo as capsulas de bala do chão, catando com uma pá, transformando-as em pó e jogando no lixo.

O cadáver da tia Em ainda estava na sala.

—Vai mesmo atrás dos russos?

—É claro que não. Vou fazê-los virem atrás de mim.

Depois de enterrarmos a tia Em num campo florido, Lisa voltou para o apartamento e pediu para nós esperarmos.

P.O.V. Lisa.

Sei como eles rastreiam as pessoas. Então, peguei algumas das minhas roupas. Biquini, roupas íntimas, umas mudas de roupa, o álbum de fotos de família e depois disso... abri o gás do fogão, joguei álcool pela casa inteira.

Quebrei os móveis de madeira, os porta retratos, o armário, tudo. Acendi um fósforo e botei fogo.

P.O.V. Jeremy.

Ouvi a explosão. Todo mundo ouviu a explosão.

—Lisa!

Pensamos que ela tinha morrido, mas não. Ela saiu pela parte de trás do prédio, evitou todas as câmeras de segurança e veio até onde estávamos.

—O que aconteceu?!

—Eu. Fiz de propósito. Tudo o que eu tinha, tudo o que era... se foi. Clark morreu, minha mãe morreu, tudo mundo morreu.

Disse Lisa chorando de desespero.

—Tenho que sair de Paradise Coast. Só falta mais uma coisa.

—O que?

P.O.V. Lisa.

Na porta do banco, eu rapidamente desliguei e desativei todos os alarmes, todas as câmeras de segurança. Entrei, abri o cofre onde guardavam o dinheiro e bens da minha mãe e retirei tudo. Então, fiz os funcionários do banco se esquecerem que eu se quer estive lá e religuei as câmeras de segurança.

—Agora podemos ir.

—Lisa, o que você fez?

—Uma grande retirada. Temos que ir porque, o povo do governo russo virá atrás de mim. E vai encontrar o cadáver do atirador.

 Coloquei as malas no porta malas, amarrei as pranchas de surfe encima e subi no Ford Escape.

P.O.V. Jeremy.

Eu encontrei Lisa no quarto onde havíamos nos hospedado. Ela estava trançando o cabelo.

—Porque trançar o cabelo antes de dormir?

—É o truque mais velho do mundo. Não deixa o cabelo embaraçar.

—Boa noite então.

—Boa noite.

Fui para o meu quarto, mas aquilo ficou na minha cabeça. Então, fui bater no quarto de Beverly.

—O que foi? Porque está aqui?

—Porque Lisa trançaria o cabelo antes de dormir?

Ela se levantou num pulo.

—A trança era lateral? Dupla?

—Eu não sei. Acho que era.

Bev correu até o quarto e abriu o armário.

—A armadura sumiu. Lisa foi atrás do cara.

P.O.V. Lisa.

Eu cheguei bem na hora. Cheguei assoviando. Cara, eu sou muito nerd! E me orgulho disso. Eles querem uma arma? Terão uma arma. Uma arma que vai explodir na cara deles.

P.O.V. Presidente Keshner.

Todos os canais de televisão, todos os celulares.

O que é isto?

—Uma interferência, senhor.

—Povo da Russia! Meu nome é Lisa Carlton! Sou uma garota de vinte anos, sou uma cidadã americana. A suposta terra da liberdade, mas é tudo mentira! Meu governo me criou. Está me caçando enquanto falamos e o seu também! O seu Presidente, mandou seus camaradas atrás de mim! Mandou o atirador que matou a minha mãe! Sou fruto de um experimento, fui feita para ser uma arma. Eles querem me explorar. Querem que eu seja uma arma, então é isso o que eu serei! E vou explodir nas caras deles!

Os soldados atiraram nela, mas as balas pararam no ar e ela os assassinou. Um aceno de mão e eles caíram mortos.

—Passar bem, camarada Presidente. Traduzindo, vai se foder seu assassino filho da puta!

A transmissão foi encerrada com aquela música, aquele assovio.

—Mas, que melodia é essa?

—Eu não sei. Não reconheço. Mas, de acordo com pesquisas, o cabelo dela é como o de uma personagem chamada Katniss Everdeen.


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