Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 26
De Férias na Terra


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/cpDSzHsaQXY-Lisa voz.



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P.O.V. Lorde Felicius.

Tudo aqui é manual. A tecnologia é absolutamente primitiva, quase pré-histórica. Mas, a comida tem um gosto exótico, as frutas até mesmo as doces, tem uma certa acidez. O sol é quente, mas incrivelmente belo. É radiante, ás vezes a luz é amarela, ás vezes avermelhada.

Tentei subir numa daquelas pranchas, mas a água me engoliu.

—Pelos Deuses! Isto é horrível.

—Você tomou cada caldo que eu fiquei com dó.

—Caldo?

—É uma gíria. Quando o surfista não consegue ficar encima da prancha e o mar vence, falamos que o dito cujo tomou um caldo. Relaxa, eu já tomei muito caldo antes de conseguir fica em pé encima da prancha. Ainda tomo de vez em quando.

—Ei, querida... porque nós não...

—Eu topo. Um dia no spa vai me fazer bem. Meu cabelo tá um lixo, minhas unhas estão mal feitas e... eu sinto falta de ser paparicada.

—Nunca vou me acostumar com isso.

—Minha mãe dizia a mesma coisa. Eu quero dizer... minha outra mãe.

Nos separamos e eu, o Khal e o humano Jeremy fomos fazer outra coisa.

P.O.V. Khal Khan.

Eu me lembro deste bar. Foi onde eu conheci Elisa. 

—Porque estamos no bar?

—Não é apenas um bar. É o bar Aloha onde eu conheci o amor da minha vida, a mãe da minha filha. A Doutora Elisa Carlton. Me lembro que entrei atraído pela música, mas fiquei por causa dela.

—O canto da sereia ein? Espera um pouco, a Lisa tem...

—Sim. Ela tem. Sereias não são como você pensa, sim elas são lindas, absolutamente magnificas como o sonho do paraíso, mas não chegue muito perto pois elas lhe afogam suavemente e quando vê já está sendo arrastado para as profundezas escuras do mar. Então, elas comem o seu cadáver.

—E como você sobreviveu?

—Tampões de ouvido. Mas, quase fui afogado. Elas atraem você para perto e quando vê, está com metade do corpo dentro da água.

O bar tinha um letreiro luminoso que piscava, por dentro era feito de madeira, taipa e algo mais para manter aquilo no lugar.

Algumas das mulheres usavam colares de flores e saias de folhas. O bar similar ao da praia, só que sem a areia.

P.O.V. Lisa.

Lama quente, pedras quentes, massagem, limpeza de pele, máscara facial, fazer as unhas, o pé, a mão, depilação com cera de abelha. Em zênite eu tinha que usar de vespa, umas vespas gigantescas que por um milagre nunca me picaram. Na verdade, agora parando para pensar, as vespas abrem passagem pra mim, elas me deixam enfiar a mão dentro da colmeia pra pegar a cera. 

Então finalmente o cabelo. Comprei maquiagem, roupas e depois de uma bela tarde de relaxamento, nós fomos para o bar Aloha.

—Está exatamente como eu me lembrava.

—Você já esteve aqui?

—Está brincando?! Eu conheci o seu pai aqui.

Ela me contou o que aconteceu e eu vi a memória passar pela mente dela. Minha mãe estava lá.

—Oh, é a noite do karaokê!

O povo começou a cantar e como eles eram ruins. Era muito muito ruim, mas cômico. De repente, senti esta... necessidade louca de cantar. E quando eu vi, já estava no palco com o microfone na mão.

—Nossa! Ela é demais.

—Quem é ela?

P.O.V. Elisa.

O que diabos? Começou a atrair todo mundo, homens e mulheres centenas de milhares de pessoas.

—Khan, vai me explicar o que tá acontecendo?

—Eu presumo que sejam os genes de sereia.

—Sereia? Ela não vai afogar alguém, vai?

—Não sei. Espero que não.

—E quanto tempo vai durar?

—Não sei. Se for algum tipo de imperativo biológico é impossível controlar.

—Nem me fale.

P.O.V. Mike.

O meu bar ficou lotado de gente. As pessoas vieram algumas á pé só para ouvi-la cantar e não me admira.

—Quem é ela?

—É a Lisa Carlton. Ela está cantando.

—Que coisa linda.

P.O.V. Lisa.

De repente, parou. A vontade de cantar acabou e eu parei. Dei o microfone na mão de alguém e desci do palco.

Mas, o povo do bar parecia que tava drogado. Eles só faltavam babar e começaram a tentar me agarrar. Eles rasgaram o meu vestido.

—Não! Não para!

Eu chutei, gritei e soquei com a maior delicadeza que consegui. Não queria machucar aquelas pessoas. Tinha alguma coisa errada com elas.

Minhas roupas foram reduzidas a trapos, fiquei quase pelada naquele bar.

—Venha comigo querida.

Disse meu pai jogando o casaco encima dos meus ombros.

P.O.V. Elisa.

Ela estava sendo atacada pela multidão era como se fossem aqueles fãs malucos só que levados á um outro nível, um nível muito mais alto.

 


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