Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 25
De volta ao normal




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P.O.V. Felicius.

Ela mandou o Khal Khan e a própria mãe para uma instalação médica.

—Como eles estão?

—Sobreviverão.

Haviam várias máquinas que apitavam, muitos humanos vestidos de branco que vez por outra corriam de um lado para o outro. Os veículos apitavam e piscavam a qualquer som do apito socorristas iam removiam os feridos de dentro do veículo.

—Eles vão levar muito tempo pra curar sozinhos. Eu fodi a vida deles e eles foderam a minha. É, realmente somos uma família.

Ela entrou no quarto onde Khal Khan estava deitado numa cama. Ela posicionou as mãos sob ele, sem tocá-lo e de repente os ferimentos começaram a cicatrizar.

—Meus Deuses!

A jovem Khalissa foi para o quarto onde estava sua mãe. Segurou sua mão.

—Eu sinto muito. 

Vi as lágrimas escorrendo pelas suas bochechas.

—Eu fui horrível com você.

—Oh, Lisa... você tem um coração tão grande. Está tudo bem deixar as outras pessoas verem isso. Oh, bela garotinha... você é tudo... pelo o que eu poderia ter desejado. Tudo.

P.O.V. Elisa.

Ela segurou a minha mão e senti este calor. Não era algo desconfortável, era bom. Olhei para nossas mãos e vi a luz. Era violeta, uma luminescencia e Lisa fechou os olhos. Minha dor pouco a pouco foi atenuada, senti os ossos quebrados voltarem ao lugar, mas o nariz dela estava sangrando. Muito.

—Lisa?

Ela abriu os olhos e disse:

—Eu te amo.

Olhou para o pai dela, Jeremy, Beverly e até mesmo o sobrinho de Una.

—Eu amo... todos vocês. Muito.

—Não! Não você tem que parar!

Protestou Beverly.

Lisa voltou a fechar os olhos e apesar do sangue que saia, jorrava de seu nariz como uma cachoeira e então ela caiu. Caiu no chão.

—Lisa. Lisa!

P.O.V. Beverly.

Não acredito que ela fez isso.

—Sua idiota! Ela não ia morrer! 

Disse abraçando o corpo. Eu estava chorando muito, porque eu sei o que ela fez. Curar alguém requer doar uma parte de si mesmo. Sempre que a Lisa cura alguém, ela tira a energia de dentro dela mesma, da sua própria força vital. Ela curou até morrer.

—Mas, se ela é vampira... isso implica que ela é imortal e ela pode...

Peguei uma das facas e cortei o meu pulso. E a fiz beber. Felizmente, ela bebeu. Quando Lisa me mordeu não doeu, foi... bom.

P.O.V. Jeremy.

É estranho ver a sua namorada literalmente morder a melhor amiga e esta amiga parecer ter um orgasmo com isso.

A Lisa quase matou a Bev.

—Bev? Bev? Bev!

—Acho que ela vai precisar de uma transfusão.

—Algo assim.

Ela se mordeu e forçou o sangue pela goela abaixo da amiga.

—Vamos. Por favor. Isso já é ruim o bastante.

Na terceira vez ela reagiu.

—Ai Graças á Deus!

—Porque estou coberta de sangue?

Bev olhou para o pulso e...

—Eu... o que aconteceu com a ferida?

—Curou.

—Eu não curo rápido assim... Lisa!

—Meu sangue curou você.

—Que nojo!

Lisa cruzou os braços, olhou feio para Beverly e falou:

—Preferia que eu te deixasse morrer?

—Como é que você fez isso? Como o seu sangue faz isso?

—Eu não sei. Pergunte ao papai Frankeinstain. Então, podemos ir pra casa agora? Eu gostaria muito de dormir por alguns meses.

Lisa cambaleou e quase desmaiou. Infelizmente, o Príncipe traidor chegou para pegá-la antes de mim.

—Eu peguei você, amor. Peguei você.

Ele falou amor de propósito. Para me provocar. 

O médico deu alta para os pais de Lisa e eles alegaram que ela operou um milagre e de certa forma foi bem o que aconteceu.

P.O.V. Felicius.

Ela estava disposta a sacrificar a própria vida para curar os pais, para salvá-los.  A Khalissa estava disposta a morrer para curá-los. Não, era mais do que isso. Ela estava feliz em morrer, queria morrer. E estou feliz que isso não aconteceu, o universo seria um lugar muito mais obscuro sem ela. Apesar de ser muito egoísmo de minha parte, quero que ela viva. Porque... Lisa é boa e eu preciso desesperadamente de um pouco de bondade em minha vida.

Deitei-a na cama que era feita de um material que parecia madeira e havia algo fofo sob aquela estrutura. Após deixá-la lá para que pudesse repousar e se recuperar fui atacado por um humano furioso.

Senti o golpe atingir o meu rosto, ouvi o barulho de algo quebrando e senti a dor.

—Fique longe dela seu Lorde Alienígena de merda! Ela é minha namorada!

—Ei! Parem já com essa briga! Eita excesso de testosterona viu?

A mãe de Lisa se colocou entre nós.

—Você. Vai lá pra fora tomar um pouco de ar. E você? Vem comigo.

Ela me levou para dentro da residência.

—Coloque a cabeça pra cima ou vai se afogar no próprio sangue.

A mulher humana de cabelos cor de fogo, molhou um pano em água corrente e limpou delicadamente o meu nariz. Minhas narinas para ser mais exato.

—Vou fazer um curativo nisso ai.

—Não há necessidade.

Fiz o meu osso voltar ao lugar.

—Você... você também pode controlar o seu corpo?

—Sim. Não no mesmo nível que sua filha, mas... sim.

—Quanto de sua capacidade cerebral você usa?

—Vinte por cento. Como Khal Khan.

—Ah, mas eu sou mesmo uma leiga. Pobre de mim, só uso três por cento da minha.

—Suponho que seja o que... lhe faça humana. Astorianos e Zenetianos são a maior parte do tempo, lógicos. Um de nós, jamais faria o que a Khalissa fez hoje. Deixaríamos vocês morrerem. O Trono tem uma herdeira, o Khal tem clones de si mesmo e de você, temos todas as suas novas memórias já gravadas e tudo o que teríamos de fazer seria uma transferência de consciência.

—É. Fácil assim.

—Sim. Fácil assim.

Ela respirou fundo e se sentou.

—O que para você é algo absolutamente normal e simples, para mim... ainda estou processando. Você tem que entender, para os humanos nós nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. É como é. Mas, ser capaz de viver inúmeras vidas, nunca morrer realmente. Não sei se isso é bom.

—E porque não seria?

—Eu me lembro de morrer.

—Sim, mas isso pode ser removido.

—Alterar as memórias? Mas, nossas memórias nos fazem quem nós somos. Sem elas... somos apenas cascas vazias. Somos nada. Ninguém deveria ter um poder como este. Ser capaz de controlar corações e mentes. É o suficiente para levar até a mais bondosa das almas para lugares sombrios.


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