Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 22
Sem reação




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P.O.V. Khan.

Eu não sabia o que pensar. O que fazer, nenhum de nós esperava por aquilo. 

—Não sabia que Lisa guardava tanta mágoa de mim.

—De nós.

—Sim, de nós. Não sabia que ela era capaz de tamanha atrocidade.

Então, ouvimos a voz de sua melhor amiga, Bev.

—Ela não é. Ela não é! Oh, Meu Deus!

—O que? Do que está falando?

—A coisa que atacou você, que matou você... não é a Lisa. É a Escuridão.

Escuridão?

—O que quer dizer, com Escuridão?

—É como nós chamamos. Quando você misturou os D.N.A.s dos sobrenaturais com o da Lisa, algo deu errado ou coisa assim. É tipo um efeito colateral. Começou quando ela tinha sete anos e atingiu os vinte por cento. Ela ficava reclamando que tinha sussurros na cabeça, que estava com dor. Primeiro a tia Em achou que fosse a telepatia dando tiu-ti. Então, começaram a aparecer essas veias negras horrorosas pelo corpo da Lisa. Como uma infecção que se espalhava pelo corpo dela. E rápido. Ai, a Tia Em convocou a equipe médica e fizeram todo o tipo de exame nela. Tomografia, ressonância, exame de sangue, de fezes, de urina, de tudo e não dava nada. E a Lisa reclamando que tava doendo e que tinha os sussurros na cabeça.

—E?

—E que a tia Em fez o impensável. Ligou para um padre.

—Um Padre?

—Sim. Fomos na Paróquia local e lá dentro tinha um exército de padres com batinas vermelhas, carregando crucifixos, terços, água benta e aquela coisinha fumacenta.

P.O.V. Elisa.

Emília nunca foi devota. Ela na verdade era ateia. Mas, pelo o que a garota está descrevendo... eles tentaram exorcizar Lisa.

—E?

—E que os padres começaram a falar latim e a tacar água benta na cara da Lisa e ela ficou pistola com isso. E desceu o sarrafo neles. Aquela luz azul saindo de dentro dela como uma rajada e atingindo os padres que foram nocauteados, tudo voou longe. Os padres, os terços, os bancos de igreja.... ficou tudo detonado. Ela fez eles de saco de pancada. Os corpos ficaram estraçalhados, ossos quebrados, fraturas expostas, mutilados. E quando ela acabou... disse que os sussurros tinham parado e as veias sumiram.

—Como?

—A tia Em desenvolveu uma teoria de que a escuridão é tipo, o lado negro da Lisa. E com o tempo a Lisa crescia e se desenvolvia e a Escuridão crescia com ela. A coisa começou a fazer armadilhas pra nós.

Armadilhas?

—Como assim armadilhas?

—Armadilhas. A Lisa é um gênio, ela é uma estrategista incrível. Enquanto nós é recém tá indo ela já foi e tá voltando. A Escuridão e a Lisa tem uma conexão, de algum jeito. Neste momento, ela é uma predadora-alfa puta da vida, cheia de magia negra e nós... somos o alvo. Somos as presas.

Uma predadora alfa. Uma arma.

—De que tipo de armadilha estamos falando?

—Armadilha de todo tipo. Especialmente manipulação emocional. A Escuridão vai fingir ser a Lisa, vai ligar, entrar na nossa cabeça, vai dizer que sente muito, que está com medo, que está assustada, sozinha... vai chorar, espernear. Não caiam nessa. É armadilha. Ela vai nos fazer crer que estamos vencendo, que estamos no controle, que somos nós no comando, mas não é. A cada passo que dermos A Escuridão vai estar a mil passos á nossa frente. Vai antecipar cada plano, cada estratégia. A Escuridão vai dar um jeito de passar a maior rasteira na gente.

Então perguntei.

—E o que devemos fazer?

—Pense nessa Lisa como uma bomba. Uma super-mega, ogiva nuclear prestes a detonar. O que temos que fazer é sair da zona de impacto e não jogar o jogo dela. Porque ela é a Rainha e nós os peões.


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