Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 16
Felicius de Astória


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/-fPg8DE1T0U-Lisa defende os convidados.
https://youtu.be/yMxl-_bIiFQ-Lisa acaba com a General Ghana



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P.O.V. Felicius.

Quando eu a vi, compreendi o porque do ter Khal Khan se encantado por uma delas. Os olhos doces, os cabelos cor de fogo, a simpatia, o sorriso.

Se a mãe era nem que seja um pouco como ela, não me admira ele ter se enamorado dela. O modo como tratou os convidados com verdadeira simpatia.

—Ela é realmente a criatura mais bela que eu já contemplei.

Convidei-a para dançar e ela aceitou cordialmente. Mas, infelizmente levei muitos pisões no pé.

—Me desculpe. Me desculpe.

Disse, escondendo o rosto entre as mãos. As bochechas ficaram rosadas.

—Esse com certeza não é o meu ambiente. Sou mesmo alguém de outro planeta.

Disse em tom de humor. Mas, havia alguma mágoa em sua voz.

—Você não é tão... pálido quanto os outros.

—Sou Astoriano.

—Certo. Como a Rainha. Ela meio que me odeia, também...  não sou filha dela e eu cai de paraquedas vinda de outra galáxia para ser... a Princesa do Reino dela.

Disse a garota se sentando. Ela respirou fundo e exalou.

—Ás vezes, penso que eu não deveria existir pra começar.

—Porque diria isso?

—Quando penso em todas as coisas loucas que me levaram a nascer. Meu pai... vem de outro planeta, outra galáxia sabe se lá Deus porque, minha mãe é uma cientista parte de um experimento secreto do governo americano. De algum jeito meu pai conhece minha mãe Elisa, eles se apaixonam, fazem sexo e então... Boom! Bebê milagroso. Como alguém pode ser um erro e um milagre ao mesmo tempo?

Meus Deuses!

—Ninguém é um erro, Khalissa.

—Eu sou. Uma piada cósmica de mal gosto. Minha mãe, Elisa deu sua vida pela minha. A droga que estavam injetando nela ia matar nós duas, então meu pai... colocou D.N.A. de fada, bruxa, vampiro, lobisomem, banshee e sei lá mais o que nas minhas células e graças a isso minha mãe morreu no segundo em que eu nasci. Minha mãe Emília que na verdade é minha tia... lutou com unhas e dentes para me manter escondida e viva desde o momento em que soube da minha existência.  E então, ela também morreu por minha causa.  E... ainda assim, o universo tá tentando me matar desde antes de eu nascer. Como a Hope Mikaelson. Para restabelecer o equilíbrio da natureza.

—Hope Mikaelson?

—É uma personagem de um programa da TV. Ela também é um erro cósmico. Como eu.

—Você não é um erro. Se me permite, gostaria de saber o que são estas marcas.

—Runas. Essas vieram de uma saga de livros. Bravos guerreiros com sangue de anjo que defendem a humanidade do mal.

Ela explicou o significado de cada símbolo. Velocidade, força, coragem, bravura, visão noturna e assim vai.

—E você possui todas estas habilidades?

—Talvez.

Respondeu com um sorriso maroto.

—O que vai ser feito da comida que sobrou? Ninguém consegue comer tanto assim. Consegue?

—A comida vai alimentar os Houds.

—Como cães. Espera, vai dar toda essa comida para os cães?

—E o que se me permite perguntar, faria com ela?

—Alimentaria o povo, é claro. O povo de Zênite é mais importante do que os Hounds. Hounds podem caçar sozinhos.

Ela foi até o Khal e minha tia.

—Sim, minha cara?

—Ahm, pai... porque ao invés de usar o que sobrou do banquete para alimentar os Houds, nós não... damos para o povo?

P.O.V. Lisa.

Ele sorriu.

—O que?

—Você percebe que esta foi a primeira vez que me chamou de pai?

—Certo. Oh, Grande Khal será que não seria melhor usar essa comida para alimentar seu povo ao invés dos seus cães?

—Não estava reclamando. Mas, está certa. O povo deveria ser nossa prioridade.

—Nisso concordamos.

E a Rainha Una com aquela cara de entojo. O ódio no olhar dela.

Mas, eu honestamente não me importo. Una tem inveja, sei que meu pai não a ama e ela sabe também.

Então, previ uma coisa. Um ataque. Eles estão aqui.

—Lisa? Lisa?

—Eu já volto. Diga para os guardas ficarem alertas.

Corri para o meu quarto. Não dava tempo pra colocar a armadura então, simplesmente tirei o vestido, coloquei uma roupa menos extravagante, peguei a Serafim e os punhas e voltei correndo. Podia ouvir os gritos, o ataque já estava acontecendo.

P.O.V. Felicius.

A velocidade, a força, a destreza. Ninguém que eu conheça se move como ela. Ela tem tamanha habilidade com a espada, fúria e um instinto assassino. Isso sem contar a energia que saia de suas mãos incinerando qualquer inimigo que ficava no caminho.

Mas, então um dos inimigos atirou no humano.

—Jeremy!

A jovem Khalissa correu e tomou a carga, o tiro de plasma no lugar dele. Mas, isso não a matou, na verdade a deixou mais forte. Lisa absorveu a energia, toda ela.

O soldado atirou no seu amigo e isso... isso a deixou furiosa.

—Impressionante. Mas, você ainda assim não é uma de nós. É uma forasteira. Você renasceu como Khalissa Lisa.

—Meu nome é Lisa Carlton.

A General Ghana atirava uma intensa rajada de energia na jovem Khalissa e ainda assim ela resistia, marchava contra a rajada. E suas mãos brilhavam.

—Eu sem saber tenho lutado com um braço amarrado nas costas todo esse tempo. Vamos ver o que acontece quando eu me solto?

Ela arrancou o nano chip de dentro do pescoço e o amassou. Era um supressor. Todo o corpo dela começou a brilhar, aquilo era energia.  A mesma energia usada nos motores das naves Zenitianas, nos canhões de plasma.

E a Khalissa atirou uma rajada inigualável de energia sob a General Ghana que foi desintegrada. E ela massacrou os soldados. Só sobrou o Comandante.

—Porque não para de usar a energia e lutamos como iguais. Prove-me que...

Ela deu um murro na cara dele.

—Eu não que provar nada pra você. Mas, você está certo. Não sou Puro Sangue, não sou Astoriana e sou só três quartos Zenetiana. Fui criada pelos humanos, numa... fazenda como vocês chamam. Mas, goste ou não estou aqui e eu vou fazer o que a honra exige.

—Honra? E o que a sua honra exige?

—Que eu defenda minha família daqueles que nos feririam, que eu defenda este povo, meu povo daqueles que nos trairiam.

—Então vamos lá.

—Você está sendo acusada de tentativa assassinato, está sendo acusada de traição. Como responde a estas acusações... Khal Una.

Todos no salão ficaram em silêncio. Um silêncio sepulcral e todos os olhos se voltaram para minha tia.

O Khal olhou para ela e disse:

—Minha filha lhe fez uma pergunta.

Minha tia finalmente se pronunciou:

—O que?! Sua Alteza, perdoe-me estou um tanto desnorteada, devo confessar confusa.

—Mas, qual destas acusações a confunde? Vamos começar com a mais simples.  Tentativa de assassinato. Você usou o veneno de uma de suas criaturas de estimação para envenenar a bebida de meu pai ontem á noite. E teria conseguido, se eu não tivesse o faro que tenho. Você nega?

—Eu fiz para proteger o Reino.

Todos ficaram chocados.

—Você fez porque está com ciúmes, fez para tomar o Poder em Zênite. E antes disso conspirou para assassinar o meu avô Khal Lego, deu ao guarda uma boa quantidade de créditos e o mesmo veneno vindo da mesma criatura para envenená-lo. Você nega?

—O que quer que tenham lhe dito, há muitos inimigos do Khal em Zênite.

—Você fez o meu pai acreditar que foi o povo Telso que assassinou meu avô, quando na verdade foi você. O conflito entre os Telsos e os Zênitianos que dura até hoje foi você quem começou, você nega?

—Eu não sei de nada disso.

—Você conspirou contra meu pai, meu avô e agora contra mim, contra meu povo. Você assassinou meu avô, tentou matar o meu pai e mandou seu querido sobrinho tentar me seduzir. Graças aos seus joguinhos meu avô está morto e milhares de Zenetianos inocentes estão morrendo por uma guerra baseada numa mentira. Crianças sendo forçadas a crescer numa zona de guerra, famílias sendo separadas, massacradas. Você nega?

—Eu nego. Nenhum de vocês estava lá, nenhum de vocês sabe o que aconteceu.

—Na verdade eu sei.

A Khalissa Lisa se levantou e tirou uma faca das vestes de minha tia.

—Você colocou esta faca na garganta do pobre guarda. E disse: "Eu avisei para não confiar em mim." Então começou a gritar, acusou-o de tentar abusar de você e o mandou para a morte.

A expressão no rosto de minha tia tirou qualquer dúvida de que a culpa era dela.

—Você disse a meu pai que esta faca pertencia ao soberano do povo Telso, mas essa era mais uma de suas muitas mentiras. Para um povo que nunca conta uma mentira, você, Una está chafurdada até o pescoço nelas. A faca era sua. Sempre foi sua. Talvez, o fato de você não conseguir ter um filho seja algum tipo de castigo divino.

—Sua pequena víbora. Somos iguais você e eu, por fora parece uma florzinha inofensiva e bela, mas é uma serpente por dentro.

—Nunca, compare-se a mim. Sou tudo o que você não é Una. Ás vezes quando estou tentando entender a mente de alguém, eu faço um joguinho. Eu presumo o pior. Qual seria o pior motivo que você teria para me virar contra meu pai? É o que você faz não é? É o que sempre fez. Vira família contra família, pai contra filho. Foi o que fez com meu pai e meu avô e o que tentou fazer conosco.

Una olhou para o Khal Khan.

—Khan, por favor... se pudermos falar á sós... posso lhe explicar tudo.

—Eu sabia que era traiçoeira Una, mas não esperava que se afundasse tanto.

—Porque não me amou? Porque dentre tantas foi amar um ser duma espécie tão inferior, subdesenvolvida e inútil? Uma puta humana...

Una não teve chance de terminar pois a Khalissa Lisa enfiou a faca fundo em sua jugular e bebeu seu sangue.

—Não fala da minha mãe, sua vadia. Tem mais alguém que quer tentar? Ótimo, então... feliz aniversário pra mim. 

Ela passou por mim, agarrou meu braço e disse olhando diretamente nos meus olhos.

—Eu sei que estava fazendo isso porque pensou que era o melhor para o seu povo, mas tente de novo... e eu te mato. 

Então saiu.

—Eu acho que a subestimei.

O humano sorriu sacana pra mim e disse:

—É. Isso acontece muito.

—Como pode alguém ser tão... genuinamente doce, meiga, amável e ainda assim ter esta fúria assassina?

—Lisa é uma pessoa complicada. É o que a torna interessante.

Respondeu o humano Jeremy.

 


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