Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Uma família complicada




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P.O.V. Jeremy.

Beverly foi a um encontro com um rapaz e nós estamos em asilo político na Inglaterra. Eu sei que Lisa sente falta de Paradise Coast.

Estava procurando algo comestível no armário quando começo a ouvir:

—Você, você, vem pra árvore... onde enforcaram um homem que dizem que matou três. Não mais estranho seria a gente se encontrar, á meia-noite na árvore forca.

Eu segui a voz e vi a Lisa. Era ela que estava cantando, mas ela é soprano. Não é?

—Eu sou e não sou.

Então ela continuou:

—Você, você, vem pra árvore onde um homem morto clamou para o seu amor fugir. Não mais estranho seria a gente se encontrar, a meia-noite na árvore forca. Você, você, vem pra árvore onde mandei você fugir pra nós ficarmos livres. Não mais estranho seria a gente se encontrar, á meia noite na árvore forca.

Era o jeito de Lisa expressar sua tristeza. Não, isso é mais que tristeza, é decepção.

—Com certeza. Estou decepcionada, desconfiada, magoada e furiosa. Realmente, sou uma heroína.

Chegando mais perto eu vi as lágrimas.

—Sinto muito Lisa.

Alguém bateu á porta.

—Isso é estranho. Não detectei a presença da pessoa, mas também... estou exaurida se eu forçar muito mais vou começar a sangrar.

Ela pegou uma arma e foi abrir a porta. Ela a escancarou e apontou a arma para o indivíduo.

—Isso é maneira de receber o seu pai?

—Meu pai?!

Eram dois indivíduos. Um homem e uma mulher.

—Pare de apontar este objeto ridículo para nós e nos convide a entrar.

—Vocês são vampiros?

—Não. Somos educados.

A mulher era a...

—Você é a Angelina Jolie?

—Sou? É apenas uma forma qualquer. Pensei que ela era bela. Seria apropriado.

—Bom, agora estou curiosa. Entrem.

P.O.V. Khal.

Como imaginei que aconteceria, ela estava com raiva.

—Imagino que deva ter um milhão de perguntas para mim, Lisa.

—Só uma. A mais importante de todas. Porque? Porque você me deixou?

—Para a sua segurança.

—Minha segurança. Onde você estava quando tudo começou a desabar? Quando minha mãe morreu?! Quando o povo do governo veio atrás de mim?! Quando todo mundo que eu amava começou a morrer?! Quando fui sequestrada?!

Ela chorava de fúria.

—Eu estava lá quando sua mãe morreu, quando você nasceu foi... o pior e mais doloroso momento de minha vida e ainda assim o mais feliz.

O lugar onde ela morava era pequeno, três quartos minúsculos, uma sala de estar e um banheiro.

—Fala quem é você? O que é você?

—Meu nome é Khal Khan, sendo que Khal é meu título e Khan meu nome. Vim de um planeta chamado Zênite. 

Ela caiu sentada no sofá.

—Puta merda, sou alienígena. 

Depois de alguns segundos ela perguntou:

—Se importa em me dizer porque fez a minha mãe de barriga de aluguel?!

—Eu amava sua mãe. Elisa era linda, inteligente, cheia de luz. Eu a amei mais do que imagina.

—E ainda assim você a matou, nós a matamos. E como eu tenho D.N.A. de seres sobrenaturais?

—Quando cheguei á este planeta, pesquisei as lendas, os mitos e comecei a procurar. Encontrei um membro de cada espécie, fiz acordos, pelos seus D.N.A.s e depois que sua mãe ficou grávida ela só descobriu depois de o experimento já ter começado. Ela ficou desesperada, não queria perder você, então peguei o D.N.A. destas espécies e mesclei com o seu.

—Então se aproveitou do desespero da minha mãe para criar uma experiência?

—Não. Eu queria que você vivesse e sua mãe também. Ela sabia que se eu mesclasse o D.N.A. das outras espécies com o seu... ela não sobreviveria. E Elisa me fez prometer, jurar que não importasse o que eu tivesse de fazer, eu cuidaria de você. E manter-me afastado era a melhor forma de fazer isto.

—Ótimo. E quanto a você? Irmã mais velha?

—Una é minha esposa.

—Oh, então fez minha mãe ser a outra. Adorável.

—Eu não era casado quando estive com a sua mãe. E mesmo se eu fosse, em Zênite os casamentos são políticos. Especialmente o meu.

Sabia que ela estava colocando dois mais dois.

—Porque?

—Creio que saiba o porque.

—Mas, eu quero que você diga.

—Porque sou o Monarca de Zênite. O Khal.

—Então, sou uma Princesa Alienígena. Ótimo.

Ela olhou para Una com cólera.

—Maldita mestiça é a sua vó! 

—Sabe, para uma espécie tão subdesenvolvida e desprezível, vocês até que fazem coisas bonitas.

—Nossa! Obrigado. Estou lisonjeada.

—Perdoe a Una, Astorianos não mentem. 

—Melhor ainda. Espera, eu pensei que fossem de Zênite.

—Eu sou de Zênite. Ela é de Astória. Um planeta vizinho.

—Sei. Mas, já que vocês não mentem, eu te acho uma vaca e se quer mesmo saber, você é que é desprezível. E não é bonita.

Una não disse nada, mas soube que ela se ofendeu.

—Tem coisas que a gente não fala, querida. Não precisa mentir, mas em boca fechada não entra mosca.

O clima na sala era tenso, mas então alguém cuja presença eu não havia notado até o presente momento se pronuncia.

—Que tal... pedirmos uma pizza? Tudo fica melhor com pizza.

—Concordo estou com fome.

—E quem seria você?

—Jeremy Peterson. Sou humano.

—Disso estou ciente.

Eles pediram a comida e eu me lembro do sabor desta comida. Eles pediram de cogumelos que também era o sabor favorito de Elisa.

—Realmente, é bom.

—Eu sei, certo. E eu fui meio dura com você, Una. Sinto muito.

Ela não respondeu, mas já foi um avanço creio eu.

—Então, vocês mudam de forma. E qual é a sua forma Original? Por favor não me digam que vocês são azuis!

—Nós não somos azuis.

—Verdes?

—Não. Temos dois pés, uma cabeça e dois braços. Como você. Nossa pele é muito mais pálida do que a de um humano. Porque Astória e Zênite são planetas gelados. Não há sol amarelo como este, o nosso é azulado e as luas são lindas.

—Parece legal.

—É sim.

Ela jogou a embalagem fora, limpou a mesa.

—E porque aparecer agora? Porque está aqui, depois de todo este tempo?

—Porque você é minha filha.

Ela olhou para mim com cara de incredulidade.

—Sério?! Espera que eu caia nessa? Tenho vinte anos não sou burra.

Então, a compreensão apareceu ao seu semblante.

—Você precisa de um herdeiro. Por isso veio atrás de mim. Mas, o que acontece quando a Rainha Una parir um filho membro da sua raça superior? Já sei, serei uma ponta solta, uma ameaça ao Trono e ela vai ter a desculpa perfeita para me matar.

—Infelizmente, temo que sou estéril.

Disse Una. E Lisa olhou para ela e respondeu com franca sinceridade e piedade:

—Sinto muito. Mas, você pode... adotar.

—Precisamos de sangue real para se sentar no Trono.

—Oh! E de novo, sou um meio para um fim.

—Não que você saiba governar.

—Oh, querida... eu sei como funciona. As tramoias. Assisti Reinado, The Tudors, Merlim, Once Upon a Time e Game of Thrones. É incrível o que você aprende assistindo TV. Eu li a Arte da Guerra, Othello, etc... para um povo tão desprezível e subdesenvolvido... os humanos sabem algumas coisas. Pombinha.

Disse Lisa em tom de deboche para Una.


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